🌹You are an angel?🌹
(Você é um anjo?)
—x—
O nervosismo me definia naquele momento. Eu nunca senti isso em toda a minha vida. Claro, com Nick eu sentia a minha barriga formigar, mas o meu corpo inteiro estava em formigamento. Eu estava confiante, mas estava querendo me convencer de não está. Pois sempre que estou, algo sempre dá errado.
— Não vai acontecer nada de errado. — Diz Lana me maquiando. Estávamos na cozinha. Chamei ela para me ajudar com uma maquiagem básica, ela foi em casa e voltou com três maletas de maquiagens.
— Como sabia o que eu estava pensando? — Eu pergunto um pouco assustada.
— Pois eu senti a mesma coisa quando me soltei para mostrar ao Justin quem eu era de verdade. — Ela diz passando um batom em mim. Eu só veria o resultado no final.
— Também passei por isso com seu irmão. — Cristal diz sentada do meu lado.
— Eu ia perguntar os detalhes, mas aí lembrei que é meu irmão. — Eu digo dando uma bela risada.
— E o que tem? Somos um casal da porra. — Diz Michael invadindo a cozinha para pegar um biscoito da prateleira.
— Vai ver seu filme com o Justin por favor! — Eu digo tentando acertar um tapa nele, mas erro, pois eu não posso me mexer.
— Que filme está vendo amor? — Cristal pergunta curiosa.
— A Star Is Born. — Ele diz e Cristal arregala os olhos.
— AAAAAAH. — Cristal grita e vai em direção a Michael na sala.
— Veio me dar um beijo é? — Ele pergunta tentando se aproximar.
— Não querido, vim pegar o controle da sua mão e aumentar o filme. — Ela diz puxando o controle da mão dele e se jogando no sofá, fazendo todos rirem.
— Amor, termina isso para eu não ficar de vela. — Diz Justin revirando os olhos ao ver Michael beijando Cristal, atrapalhando ela de ver o filme e ela rindo fingindo não gostar.
— Já estou indoooo. — Ela grita dando o último retoque em mim. — Prontinho. Você está linda. — Ela diz me dando o espelho.
— Uau. — Eu só consigo expressar isso no momento. Eu nunca estive tão maquiada em toda a minha vida. — Obrigada Lana. Você tem um talento e tanto para desenho e maquiagem. — Eu digo a abraçando agradecida.
— Não tem de quê. Vai e arrasa no seu encontro. — Ela diz com um sorriso sincero. Era legal ver que todos estávamos nos dando bem no final de tudo.
Eu estava com um vestido vermelho, um salto alto preto e com as tranças presas em rabo de cavalo. Eu estava me sentindo linda, me sentindo feliz, sem ninguém para chegar e estragar isso. Era uma sensação maravilhosa.
— Não destruam a minha casa. — Eu digo preparada para ir ao meu encontro.
— Eu moro aqui maninha. Pode deixar que eu cuido de tudo. — Ele diz e eu reviro os olhos em sua direção.
— A palavra responsabilidade e Michael não combinam numa mesma frase. — Eu digo dando uma risadinha e ele finge que se ofendeu.
— Pode deixar amiga, nada vai acontecer. Vai pro seu encontro. — Diz Cristal se virando com um sorriso e em seguida todos se viram, fazendo um pouco do meu nervosismo ir embora.
— Me desejem sorte. — Eu digo ao ouvir o som da buzina do carro.
— Pede para o Simon cuidar do meu carro. Já que ele é mais dele do que meu. — Ele diz e eu começo a rir concordando positivamente com a cabeça.
Antes de abrir a porta, eu respiro fundo, me dizendo que tudo dará certo, que nada irá acontecer. Ser uma pessoa insegura é desgastante de vez em quando.
Quando saio, eu vejo ele fora do carro com um terno preto, com as mãos no bolso e um pouco nervoso. Mas ao me ver, ele fica sem reação. Será que eu estava feia?
— Oi... — Eu digo chegando perto dele sem jeito.
— Oi... — Ele diz me encarando. Eu queria cavar um buraco e me jogar dentro dele. — Você está linda. Mais do que o normal. — Ele diz esbanjando um sorriso e eu não consigo conter o sorriso. — Pode entrar. — Ele diz abrindo a porta para mim. Totalmente um cavaleiro.
— Obrigada. — Eu entro me sentando no banco. — Aonde vamos? — Eu pergunto. Pois ele me mandou me arrumar, mas não disse nada sobre onde iríamos.
— Você irá ver. — Ele diz totalmente corado. Ele parecia tão nervoso quanto eu.
— Entendi... — Eu digo e abaixo a cabeça. Eu não sabia o que fazer e o que falar. Ficamos em silêncio, nós dois estávamos com vergonha de se comunicar um com o outro.
Eu pego o celular, e tinha uma mensagem de Justin.
"Te desejei sorte, mas quero acrescentar essa mensagem, caso você veja. Não seja no seu encontro a Beatriz antiga, que é a insegura. Você mostrou a todos que é uma nova pessoa. Então prove ao Simon que essa mudança é permanente."
Eu leio a mensagem surpresa em como eu e Justin havíamos virado amigos tão rápido. Amigos não. Melhores amigos. Ele me entendia realmente, e mesmo não estando perto, ele estava comigo. Minhas amizades eram saudáveis e graças a elas, eu iria criar coragem agora para me divertir com o cara que eu gosto. Amizades não definem tempo, e sim, em como a pessoa se importa com você.
Desligo o telefone, respiro fundo e parto para a batalha.
— Me fala sobre você. Como andou no tempo que esteve fora? — Eu pergunto mais calma, e ele se vira e começa a falar.
— Eu fiz algumas músicas com seu irmão e procurei um emprego para mim, para ajudar meus pais. — Ele diz com um sorriso meigo.
— Não sabia que você escrevia músicas. — Eu digo surpresa.
— Nem eu. — Ele diz com uma risadinha. — Fiquei inspirado com a sua carta. Tive que escrever, para não morrer sufocado com meus pensamentos. Obrigado. Graças a você, eu pude enxergar as coisas com mais clareza. — Ele pega na minha mão e eu fico totalmente envergonhada e sem jeito novamente.
— Eu não fiz nada... Quem mudou e evoluiu foi você. — Eu digo dando todo o crédito. E eu não estava mentindo. Não importa se eu ajudei, eu não devo me vangloriar com isso.
— Você sabe que fez. Mas nunca assume os créditos. — Ele diz enquanto estamos parado no sinal, me olhando com seus lindos olhos azuis. Sua mão continua entrelaçada à minha.
Depois, seguimos em silêncio novamente. Para quebrar ele, eu ligo o rádio, e estou tocando Umbrella da Rihanna, me fazendo recordar de quando éramos crianças e tocava essa música. Não conseguimos conter a tensão, e começar a cantar o refrão loucamente, igual duas crianças.
When the sun shine, we shine together
Told you I'll be here forever
Said I'll always be your friend
Took an oath, I'ma stick it out to the end
Now that it's raining more than ever
Know that we'll still have each other
You can stand under my umbrella
You can stand under my umbrella, ella, ella, eh, eh, eh — Berramos o refrão usando nossas mãos como microfone e fazendo a coreografia, como fazíamos quando crianças e em seguida, começamos a rir ao ver os carros de trás buzinar para seguirmos em frente, pois o sinal havia aberto.
Não ficou outro clima no carro, pois em poucos minutos conseguimos chegar ao local. Era a mesma praia que Alex estava. Mas eu não entendi o motivo de estarmos aqui. Saímos do carro, e eu continuava confusa.
— Paramos aqui por algum motivo? O pneu furou ou algo do tipo? — Eu pergunto sem entender e ele começa a rir.
— Fecha os olhos e me dê a mão. — Ele me encara com um sorriso, sem mostrar os dentes, se aproximando de mim. Pude sentir sua respiração. Meu coração começou a palpitar no mesmo momento.
— Ok. — Eu fecho os olhos e pego na mão dele, que estava bem quentinha. Em outro momento eu falaria para ele que isso era idiota, mas eu aprendi a ser paciente também.
Caminhamos até a praia, descendo algumas escadas, da calçada para a areia. Ainda bem que ele estava me guiando, pois eu iria cair com o salto.
Caminhamos um pouco, e de repente paramos.
— Pode abrir. — Ele diz e eu abro os olhos, olhando ao redor do que ele havia preparado. Eu estava chocada.
Era uma mesa de tamanho médio em formato vermelho, forrada com um pano preto, com uma jarra de suco de laranja em cima da mesa (meu sabor preferido) e uma panela cheia de macarrão (minha comida preferida) e umas velas no chão grudadas na areia, iluminando ao redor. Como e quando havia preparado tudo isso. Eu fico sem reação olhando para aquela mesa. Simon me conhecia bem ao saber que eu não me importava com coisas caras e grandes. Por tanto que seja algo que eu gosto, o mais simples que seja, ficará guardado em um espaço em meu coração.
— Co-co-como você fez isso? — Eu pergunto me virando para ele. Era muito lindo. Eu estava apaixonada por aquela mesa. E por ele também.
— Taylor se ofereceu para me ajudar. Depois de inúmeros pedidos de perdão, nossa amizade está indo bem. Ela deu a ideia do local. — Ele diz, mas eu mal estava prestando atenção, apenas olhando para seus olhos lindos.
— Entendi... — Eu digo ainda digerindo isso.
— Vamos comer então? — Ele pergunta puxando a cadeira para eu sentar.
— Vamos. — Eu sorrio e me sento, bastante empolgada.
— Quem fez a comida? — Eu pergunto curiosa, enquanto ele servia nossos pratos. O vento que corria em nossa pele era maravilhoso.
— Sua mãe me ajudou a fazer. — Ele diz e eu arregalei os olhos.
— Todo mundo sabia do encontro? — Eu pergunto curiosa.
— Então é um encontro? — Ele me pergunta me fazendo paralisar.
— Responde minha pergunta! — Eu jogo a bola da vez pra ele.
— Sim. Eles me ajudaram. Sabe que eu não sei fazer essas coisas sozinho. — Ele diz coçando a cabeça.
— Ficou incrível. Pode ter certeza que eu não vou esquecer. — Eu digo pegando o garfo. — E a resposta pra sua pergunta é sim. — Eu digo rapidamente e enfio o macarrão na boca e ele sorri imediatamente, me encarando por alguns segundos, e logo em seguida começou a comer também.
Havia se passado uma hora. O macarrão estava maravilhoso, batemos um papo enquanto comemos, e o tempo parecia passar devagar perto dele. Apenas parecia mesmo. Damos inúmeras risadas, pois antes de tudo, tínhamos uma amizade linda. Eu sempre tive receio em tudo, mas naquela noite eu estaria disposta a me entregar a qualquer ação do destino.
— Agora que terminou de comer, quero fazer uma coisa. — Ele diz se levantando, chegando ao meu lado e estende a mão e eu pego sem pensar duas vezes.
— O que vamos fazer? — Eu pergunto com o coração na boca novamente. Qualquer coisa que acontecesse ali era inesperada para mim. Eu estava nas nuvens com ele.
— Não fiz você se arrumar atoa. — Ele diz pegando uma caixa de tamanho médio, e coloca em cima da mesa. — Vamos reviver os velhos tempos? — Ele pergunta pegando o celular, e colocando alguma música no spotify e reproduzindo na caixinha.
E não podia ser outra música, além do Perfect do Ed Sheeran com a Beyoncé. Era minha música preferida de amor, e quando lançou, eu não parava de ouvir e cantarolar perto de Simon.
— Vamos dançar? — Ele estende a mão e pego nela novamente. Meus olhos brilhavam. Eu estava chocada com tudo esse encontro, o qual eu não iria esquecer.
— Vamos. — Eu digo e ele me puxa para perto dele. Meu corpo fica encostado no peito dele, uma de suas mãos segura na minha mão, e a outra, se entrelaça na minha cintura e começamos a dançar lentamente.
Simon era muito bom na dança, e eu apenas o acompanhava. Ele me girava algumas vezes, mas não paramos de olhar um para o outro.
— Você é um anjo? — Eu pergunto me aproximando dele, quando a música acaba.
— Acho que é uma ofensa aos anjos serem comparados a mim. — Ele diz franzindo as sobrancelhas e eu apoio meus braços no seu pescoço.
— Pra mim, é além do que você é. Tudo o que você fez aqui... Eu não tenho palavras do quão perfeito ficou. — Eu digo olhando para aquela mesa mais uma vez.
— Eu faria mil vezes, só para ver esse seu sorriso, o qual eu fico louco só de ver... Cada vez que você faz ele. — Ele diz e eu sorrio mais uma vez e ele ri ao ver ele.
— Tá tudo perfeito, mas sabe o que falta? — Eu digo fazendo uma cara de desgosto, o desesperando.
— Droga! Eu sabia que tinha feito algo de errado e... — Ele diz e o beijo antes que ele se ofendesse a ele mesmo mais um pouco.
Dar aquele beijo, era o que eu mais queria a meses. Nossos lábios se encostam lentamente um no outro, depois vai se movimentando com mais força, e ele enfia a língua dentro da minha garganta, colocando a mão na minha cintura com mais força, me fazendo me aproximar mais dele, e eu passo as mãos em seus cabelos ruivos. Ficamos um tempo assim e terminamos com uns selinhos, e entre um deles, uma pequena risada, mostrando nossos dentes. Corrigindo, nós dois queríamos aquele beijo.
— Eu te amo Beatriz Miller. Há muitos anos. — Ele diz e minha vontade era de chorar ao ouvir falando isso.
— Eu também te amo, Simon Baker. Não a tanto tempo como você, pois eu não enxerguei o lindo homem na minha frente. Mas eu pude abrir os olhos. — Eu digo tirando o meu salto. — E gostoso. — Eu concluo e nós dois começamos a rir.
— Agora vamos. — Eu digo terminando de tirar o salto.
— Pra onde? — Simon pergunta confuso.
— Pra água, ué? Você me faz ficar linda e bela, para jantarmos na praia, mas não vamos fazer o essencial? — Eu digo começando a correr igual uma louca para a água. — VAMOS LOGO. — Eu grito e começo a rir dele tirando o terno rapidamente, ficando apenas de calça.
— Eu entrei na fila da lerdeza dez vezes. Desculpe. — Ele corre em minha direção me pegando no colo e corremos para água, gritando igual uns loucos.
A água estava um gelo, mas não nos importamos. Nadamos, brincamos fazendo guerra d'água, e o essencial, nos pegamos dentro d'água. Teve um certo momento, que eu havia me pendurado nele e ficamos batendo papo na água, enquanto eu brincava com seus lindos cabelos ruivos e lisos. Esse dia ficaria para a memória.
Para nós, o tempo havia passado devagar, mas já era meia noite. Passamos algumas horas conversando na areia, e decidimos ir embora. Nos secamos um pouco e seguimos a estrada para casa. Mais meia hora de trajeto.
Eu entro em casa em silêncio, pois estava todo mundo dormindo. Meus amigos estavam todos dormindo no chão na sala, cada casal agarrado um no outro. E era a nossa vez de ficar agarrados também.
— Vem. Não faz barulho. — Eu digo guiando Simon no escuro até meu quarto. Subimos as escadas rapidamente sem barulho nenhum e entramos no meu quarto rapidamente.
Entramos e ficamos parados, encarando um ao outro respirando fundo. Eu queria mais do que nunca fazer sexo com ele, no momento certo, com o cara certo.
Abaixo totalmente o vestido, ficando apenas com minhas roupas íntimas e pulo para o colo dele o beijando de uma forma intensa. Nossos lábios se tocavam furiosamente, e sua língua entrava dentro da minha garganta repetidamente.
Ele vai até a minha cama, e se senta, colocando sua mão na parte de trás do meu sutiã e o tirando rapidamente, me deixando chocada.
— Uau. — Eu paro de beijar ele apenas para falar isso, e quando ele ia perguntar o motivo, eu volto a beijar ele instantaneamente, rebolando em seu colo para o deixar mais excitado. Logo em seguida, ele se levanta, comigo ainda seu colo, beijando meu pescoço e acariciando um dos meus seios, enquanto eu o ajudo a abrir o zíper da calça. Não irei contar os detalhes, mas a noite havia sido incrível, amorosa e excitante. Um pouco doloroso e assustador. Depois de transar com ele, dormimos nu debaixo da coberta, sem pensar no depois, com nossos corpos colados um no outro. Eu me sentia feliz e amada. E essa sensação era magnífica.
—x—
Praia de São Francisco
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