🌹Our mistakes are always highlighted, regardless of our successes🌹
(Nossos erros são sempre destacados, independente dos nossos acertos)
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Meu alarme desperta às 6:00 da manhã, e eu percebo que ainda não foi minha última pétala. Eu estava murcha, mas não morta. Não sei se é motivo de comemoração, ou de decepção. Mas vamos seguir o dia né!
Me levanto e fico sentada em minha cama, viajando em meus pensamentos, pensando em como eu iria lidar com o primeiro dia de aula naquele colégio onde já teve bastante confusões e deu no que falar, principalmente nos jornais: Blake. Eu passei nesse colégio com uma bolsa, mas mesmo assim eu tenho que pagar um terço da mensalidade, pois minha nota foi mediana, minha mãe nem falou muito no meu ouvido (para não dizer o contrário). A minha vida é mediana, uma hora que quero morrer, e outra hora eu quero matar alguém.
Me levanto da minha cama, indo em direção ao banheiro, para tomar um banho e colocar o uniforme, que é ao lado do meu quarto. Mas eu tenho uma surpresa:
— Michael, já está saindo? — Eu pergunto, ainda sonolenta batendo na porta.
— Não! É melhor esperar um pouquinho. Estou arrumando essa cara linda. — Ele diz num tom irônico.
— OLHA AQUI GAROTO, VOCÊ É FEIO DE QUALQUER JEITO! ABRE ESSA MERDA PRA EU NÃO ME ATRASAR NO PRIMEIRO DIA! — Eu grito dando inúmeros socos na porta, a ponto de acordar a vizinhança inteira.
— Você sabe que eu sou lindo pirralha. — Ele diz morrendo de rir com o meu espetáculo da manhã.
— Que gritaria é essa? — Pergunta a minha mãe, subindo as escadas furiosa.
— O Michael que não sai do banheiro. Eu tenho que me arrumar para a escola. — Eu digo me virando para ela.
— Pronto. Já saí. — Ele diz abrindo a porta com a cara do deboche. Como ele é irritante.
— Finalmente. Se eu fosse você voltava, ainda está fedendo, só que depois de mim. — Eu digo o empurrando, entrando no banheiro e trancando a porta.
Entro no banheiro e vou em direção ao espelho me perder em meus pensamentos. Eu tinha hábitos estranhos. Eu olhava para mim mesma, pensando em como minha vida seria melhor se me escutassem, me entendessem. Que pensassem que minha vida não gira ao redor de roupas, sapatos e internet. E sim, uma conversa madura, e um encaminhamento para um psicólogo.
Mas é um "drama adolescente" que eu faço, nunca é mais do que isso. Depois de me olhar, eu tiro a roupa, tomo banho e coloco meu uniforme, que é totalmente ridículo. Depois que os alunos exageraram na liberdade de ir com qualquer roupa, o colégio Blake criou o próprio uniforme. Uma blusa de manga longa branca, com botões vermelhos, um colete azul, e uma saia brega azul. Típico uniforme de escola cara. Pelo menos, podia ir com qualquer tipo de calça, e o colete, graças a Deus não era obrigatório. Apenas a camisa com o logotipo da escola e as meias longas. Saio do banheiro vestida com o uniforme, com o meu cabelo penteado, pronta para ir para a toca do diabo.
Desço as escadas, que vai em direção a cozinha, me juntar ao Michael e minha mãe, que já estavam tomando o seu café:
— Bom dia. — Eu digo com um sorriso, me sentando na mesa para preparar o meu pão e meu café com leite.
— Bom dia! — Eles dizem em coro.
— Então Michael, como você está indo no trabalho? — Pergunta minha mãe com um sorriso bobo no rosto.
— Estou indo bem. — Ele diz coçando a cabeça. Claro que ele não estava, estava quase sendo demitido, mas esconde isso da minha mãe, que puxava o saco dele em 5 em 5 minutos.
— E você Beatriz? — Pergunta a minha mãe olhando para mim e eu já imaginava que não era coisa boa. Nunca é comigo.
— O quê? — Eu pergunto e logo em seguida bebo o meu café.
— Esse ano você será a melhor aluna do colégio Blake? Você não pode deixar a aluna mais inteligente de lá te superar, a Lana Carpenter. Eu te criei para ser a melhor. — Ela diz me encarando. Por isso eu não morro de frio, pois estou coberta de razão. Eu sabia que não era coisa boa.
— Tá bem mãe. — Eu digo com vontade de chorar, tendo que suportar a cada dia a insatisfação dela comigo. O Michael era o filho preferido perfeito, e eu a menina burra dramática.
Quando termino de comer e escovar os dentes, ouço um barulho de carro, e finalmente eu dou um sorriso de verdade:
— TCHAU MÃE, TCHAU MICHAEL! — Eu falo gritando indo em direção a porta, nem dando a chance dele responderem. Quando eu abro a porta, lá estão eles, meus cristais inquebráveis dentro do carro.
— Viemos buscar uma gostosa. — Diz Meghan com a cabeça de fora do carro.
— Gostosa eu não sei, mas vocês vieram me buscar. — Eu digo rindo entrando dentro do carro, no carona, ao lado de Meghan.
— Como vocês estão? — Eu pergunto dando um abraço em Meghan e um carinho na cabeleira loira de Alex.
— Estaríamos melhor se estivéssemos sem esse uniforme. Pelo amor de Deus, que merda é essa. — Diz Meghan, nós três entrarmos numa crise de risos.
— Eu sei que eu estou gostoso. Eu fico lindo com qualquer roupa né meninas. — Diz Alex ironicamente.
— Claramente né Campbell. Eu dou em cima de você direto, você que não percebe. — Eu digo beijando a bochecha dele.
— Eu também. Você tem duas gostosas a fim de você. — Diz Meghan, fazendo nós três rimos novamente. Brincávamos muito e a gente ainda estava parado na rua da minha casa.
— É melhor irmos. — Diz Alex tentando ligar o carro velho que o pai havia dado para ele.
— Iiih, vamos ao drama do carro. — Diz Meghan, após ouvir os ruídos.
— QUE SACO! VAI! VAI! VAI! — Diz Alex socando o volante, e apertando o acelerador com uma força desnecessária.
— Calma, desse jeito o carro não vai pegar. — Eu digo num tom sério o fazendo parar.
Alex às vezes tinha um problema de violência desnecessária. Eu e Meghan tentava controlar isso, mas era bem difícil. E ele nunca contava o motivo.
— Foi mal... Vou tentar acelerar novamente— Ele diz parando com o surto dele.
— Finalmente. — Eu digo vendo que o carro voltou a funcionar.
— Então liga esse rádio e vamos ouvir música. — Diz Meghan e logo em seguida estamos os três as gritarias cantando Sabrina Carpenter: SUEEEEE MEEEEEEE!
Quando chegamos no colégio, deixamos o carro no estacionamento, e saímos de dentro dele, assustados com a escola nova. Todos nós somos bolsistas entendemos o preconceito com gente pobre. Estávamos assustados e trêmulos, como os riquinhos iriam nos receber e nos tratar? Era muita coisa a absorver. Mas tinha uma coisa que iria nos ajudar nesse colégio problemático: a nossa união. Estávamos juntos nessa, e o que acontecesse, um ajudaria o outro a se reerguer.
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Colégio Blake:
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