🌹Mental rest ... what many need🌹
(Descanso mental... O que muitos necessitam)
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Já tinha se passado mais de uma hora, desde que minha mãe tinha aparecido. Desde o meio dia eu estava deitada na cama, olhando para o teto, murcha novamente. Sem meus amigos, eu não tinha nada. Até quando eu vou entender que eles têm uma vida e que eles são felizes com ela?
Me levanto, pois eu já estava enjoada de está deitada, mas quando eu vou enjoar de ficar triste? Lágrimas desciam todo o santo dia, mas e os sorrisos? Eu não sei literalmente o que fazer. E quem eu queria enganar. Eu não estava assim por Meghan e Alex. Eu estava assim por estar perdida mesmo. Eu não tinha vida. Tudo se resume a alguém. Eu vou e volto da escola, discuto com a minha mãe e com meu irmão, vou pro meu quarto e choro. Durmo. Janto. Tenho meu ritual e volto a dormir e tudo se repete. Eu não aguentava mais, mas também não conseguia sair do transe. Eu sou uma pessoa muito confusa, será que algum canto do mundo, alguém me entenderia? Eu achei que esse ano seria diferente. Estou cada dia mais morrendo por dentro. E eu vejo que meus amigos não estão aguentando mais isso. Faço a lição de casa, leio umas fanfic, ouço minhas músicas repetidas e o álbum da Dua, e volto novamente a me lamentar. Quando vejo, já eram 18:00 horas da noite.
— Filha! — Diz minha mãe batendo na porta.
— Oi. — Eu digo disfarçando a voz para ela não perceber que eu estava chorando.
— Tem um menino te esperando lá embaixo. — Diz minha mãe querendo rir. Claro, porque toda menina está à procura de garotos para fazerem a vida delas felizes.
— Quem? — Eu pergunto, pois eu não esperava ninguém. Eu só tinha dois amigos, e eles estavam fazendo coisas mais importantes: viver.
— Ele se chama Nick Fallon. Vem logo, vai deixar o rapaz esperando. — Diz minha mãe animada. Deve estar achando que é o futuro genro dela.
— Tá bem. Diz pra ele que eu já vou. — Eu digo confusa, procurando o meu chinelo. O que esse garoto está fazendo aqui? E como ele sabe onde eu moro?
Após colocar o meu chinelo vermelho, eu desço as escadas, com meu cabelo solto. Eu estava com uma saia jeans, e uma camisa listrada, um conjunto de: não vou e nem quero sair de casa.
Desço as escadas rapidamente, queria realmente saber o porquê o Nick estava em minha casa. Eu não via nenhuma razão, ainda mais que ele ficava com a Lana; que me odeia. E é recíproco.
— Achei que não iria me receber. — Diz Nick se levantando do sofá da sala. Ele estava com um casaco preto, e uma calça jeans preta, e um chinelo azul escuro. Estranho, ricos não se vestem normalmente.
— Não sou tão mal educada como pensa. — Eu digo com um sorriso.
— Vou deixar vocês conversando. — Diz minha mãe com uma voz de criança. Nada a declarar.
— O que está fazendo aqui? — Eu pergunto num tom sério, como se eu não estivesse curiosa.
— Inspeção! — Ele diz e eu olho para ele confusa.
— Hã? — Eu digo franzindo a sobrancelha.
— Meu livro preferido do Josh Malerman. Inspeção. Mesmo sendo o último dele a ser lançado, me conquistou rapidamente. — Ele diz com um sorriso que mexia comigo. Mas não romanticamente, e sim de puxar ele e começar a conversar. Ele era interessante nisso.
— Vejo aqui somente para isso? Para responder a minha pergunta? — Eu digo vendo que ele estava nervoso.
— Não... Vim aqui para ver se você queria dar uma volta mesmo.
— De repente? A Lana não vai gostar. — Eu pergunto o provocando.
— Como a gente não conseguiu conversar na escola, eu vim até aqui. Se quiser eu vou embora. Ah! A Lana não manda em mim. — Ele diz com um pouco de raiva. Eu já estava passando dos limites para quem estava triste por falta de companhia.
— Me desculpa. Aceito sair com você. (Pelo visto meu plano de ficar em casa, foi por água abaixo). Mas... Uma última pergunta. Como você sabe meu endereço? — Eu pergunto curiosa.
— Li sua ficha antes de a Lana te entregar. — Ele diz soltando uma risada. Ele gravou o meu endereço desde de manhã, então tá, é estranho, mas quem liga né?
— Mãe, vou sair ok? — Eu digo um pouco assustada com o olhar de felicidade dela.
— Pode ir filha. Tchau Nick. — Ela diz da cozinha, onde estava lavando a louça, com uma voz infantilizada que me deu vergonha alheia.
— Tchau senhora Miller. — Diz Nick se despedindo educadamente.
— Para onde vamos? — Eu pergunto o encarando.
— Bom, eu não moro nesse bairro. Você decide. — Ele diz coçando a cabeça.
— Entendi... Eu sou convidada e ainda tenho que escolher o lugar. Meu Deus. — Eu digo rindo.
— Dessa vez sim. Na próxima eu escolho. — Ele diz me seguindo. Próxima? Convencido.
— Ok. Tem uma lanchonete aqui na esquina. — Eu digo andando do lado dele.
— Qual o nome? — Ele pergunta curioso.
— Lemonade. — Eu digo com vontade de rir ao ver a reação dele com o nome.
— Sério? — Ele pergunta rindo descontroladamente.
— É sério sim. Qual o problema? — Eu digo cruzando os braços enquanto caminhamos.
— Nada. Só lembra o álbum da Beyoncé. Eles devem ser fãs não? — Ele pergunta me fazendo surtar.
— Se eles forem, mas um motivo para eu amar a lanchonete. — Eu digo colocando a mão no bolso da saia.
— Então você me ama? — Ele pergunta me fazendo me engasgar com a minha própria saliva, e em seguida ele começa a rir da minha cara. Eu saí de casa pra isso?
— Oi? Tudo bem? — Eu digo o encarando assustada.
— Eu sou fã da Beyoncé de carteirinha. Mas não diz isso pra ninguém. — Ele diz me surpreendendo.
— Então eu te amo sim. — Eu digo com vontade de cavar um buraco e me jogar. A forma como ele ficou calado, mas convencido com isso me matou. Viramos para frente e caminhamos até o Lemonade.
— Uau. — Ele diz surpreendido com a beleza da lanchonete.
— É, eu sei. — Eu digo batendo no ombro dele entrando na lanchonete.
Entramos, e nada mudou: a lanchonete estava cheia, mas com sua beleza radiante. Aquele lugar brilhava. As funcionárias eram maravilhosas, com seus patins, e a dona, que semanalmente aparecia, era um doce de pessoa.
Fomos em direção a uma mesa, escolhemos uma do canto. Não que tivéssemos muitas opções, pois o Lemonade estava cheio.
— Boa tarde, o que irão querer? — Pergunta uma das funcionárias educadamente.
— Vou querer um milk—shake de morango, por favor. — Eu digo com um sorriso.
— E você? — Ela pergunta olhando para o Nick.
— Vou querer o mesmo por favor. — Ele diz, e a funcionária vai patinando em direção a bancada para falar o pedido.
— Gostei daqui. — Ele diz olhando ao redor igual uma criança.
— Aqui é incrível. E aí, o que mais você gosta? — Eu pergunto puxando assunto, coisa que nós dois éramos bons.
Quando vi, já eram 21:00 horas da noite. Havíamos conversado sobre todos os assuntos possíveis, e mesmo assim a lanchonete continuava cheia. Incrível. Mas voltando ao assunto, Nick Fallon era uma pessoa incrível. Não é generalizando, mas ele é diferente das outras pessoas ricas. Ele não era nojento, não tinha hábitos de fresco nem nada. Ele era diferente. E eu gostava.
— Já está tarde, melhor irmos não? — Ele diz preocupado.
— Sim, vou só ao banheiro antes, tá bem? — Eu pergunto.
— Tudo bem, pode ir lá. — Ele diz e eu vou rapidamente ao banheiro. Eu estava apertada demais.
Dou uma acelerada para ir ao banheiro. Empurro a porta rapidamente, e já entro em uma das cabines. Passou a idade de fazer xixi nas calças.
Quando termino de fazer xixi, vou em direção a torneira lavar as mãos. Eu estava realmente feliz por este rolê com o Nick, e menos triste em relação a Meghan e Alex. Quando vou me olhar no espelho, eu vejo, nem mais, nem menos, Meghan. Ela tinha acabado de entrar e tomar um susto com a minha presença.
— Beatriz? O que está fazendo aqui? — Ela pergunta paralisada.
— Eu que te pergunto. Não estava ocupada até o pescoço hoje? Ou era um pretexto para eu não ser a empata? — Eu pergunto andando em direção a porta furiosa nem dando a chance dela responder.
— Espera! — Ela grita.
Quando eu saio do banheiro, eu reparo na mesa do canto, e eu acabo vendo Alex. Eu estava puta e triste ao mesmo tempo.
— Sério? — Eu pergunto ao ver a cara de espanto deles.
— Beatriz, a gente pode explicar. — Diz Alex ao ver Meghan saindo desesperada.
— Por qual razão vocês complicam tudo? Era só dizerem que não queriam sair COMIGO! — Eu digo aumentando a voz e atraindo uns olhares.
— Beatriz... — Tenta dizer Meghan com a voz fofa dela.
— Cala a boca! Vocês são uns falsos do caralho! FALSOS DO CARALHO! — Eu grito atraindo os olhares da lanchonete inteira para mim, inclusive o do Nick.
Envergonhada e irritada, eu saí andando indo em direção ao Nick, pego na mão dele e o puxo para fora da loja, eu queria ir embora dali.
— O que aconteceu? — Ele pergunta sem entender.
— Nada. Só amigos imbecis que eu tenho.. — Eu digo respirando ofegante.
— Tem certeza que você está bem? — Ele pergunta novamente.
— Tenho. Esse passeio foi incrível. Obrigada. — Eu digo o beijando na bochecha. Eu pude ver ele corando, enquanto andávamos em direção ao carro dele, que estava de frente para a minha casa.
— Então boa noite. — Ele diz me abraçando e entrando no carro.
— Boa noite. — Eu respondo com um sorriso bobo. O que eu estava fazendo?
Eu entro em casa, fico encostada na porta. Havia um turbilhão de sentimentos em mim, eu estava feliz, triste, puta para um cacete. Pela primeira vez eu estava sentindo sono. Por mais que eu tenha motivos para chorar, com a atitude desnecessária daqueles dois, eu só queria dormir. Eu precisava de descanso mental. Mas antes, eu me senti impulsionada a fazer algo.
Pego o celular, vou no instagram e pesquiso o nome do Nick, e o sigo. Faço a mesma coisa no twitter, o motivo? Não sei.
Subo as escadas, após ver que minha mãe já estava dormindo. Ela costumava dormir cedo, amém. Quando estou prestes a entrar no meu quarto, vem uma notificação no meu celular.
@NickFallon começou a seguir você.
Depois do meu sorriso bobo, que eu não conseguia evitar, entro no quarto e vou ter uma noite de descanso. Amanhã o dia será longo novamente.
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