VII
A primeira coisa que pensei foi: Como é o sobrenome dela mesmo?
A segunda foi: Quem é ela e como fez isso?
A terceira: Deuses, o cabelo dela está mudando de cor!
E a quarta: Beatriz sonhou com ela, como pode estar viva?!
– Como você sabe disso tudo? Sabe o que está acontecendo? – pergunto depois de puxa-lá pelo braço até um canto atrás da coluna.
– Não sei de muita coisa. Ela me prendeu aqui.
– Ela quem?
– Também não sei.
– Está aqui faz quanto tempo? – ela abaixa o olhar, triste e esfrega as mãos.
– Não sei. Parece que o tempo não passa aqui, entende? Não vejo a luz de verdade faz um tempo. Só sei que estou presa aqui desde que a guerra contra Gaia acabou.
Ela não sabe de nada do que aconteceu depois disso. Ficou aqui todo esse tempo! Será que ela sabe que pensam que está morta?
– Helena... Isso aconteceu faz uns seis meses. – Falei calma e ela tapa a boca com as mãos. Uma lágrima começa a sair mas peço para ela se acalmar. – Me conte tudo, desde o começo. Tudo o que sabe.
Ela assente com a cabeça e continua:
– Um dia, eu estava na floresta, na guerra. Tinha alguma coisa me perseguindo e acabei me perdendo. Então veio uma fumaça estranha e apaguei. Quando acordei, estava em uma sala vazia. Desde então, todos os dias eu recebo água e comida, mas não gosto daqui. Só sei que foi uma mulher que me prendeu.
– Já viu ela? Assim, pessoalmente?
– Não. Apenas escuto a voz. Já ouvi ela falando de várias coisas estranhas. Mas então, ela falou dos Seis. No início pensei nos semideuses da profecia dos Sete, já que Leo morreu – Opa, querida, ele tá vivo – Só que é algo diferente! Não tem nenhum deles.
– Ela disse quem são esses Seis?
– Não por nomes, só de quem são filhos. Do jeito que ela dizia pareceu que tinha escolhido à dedo. Mas assim que ouvi Herdeira de Cronos, pensei em você – arregalo os olhos. – Já tinha ouvido falar de você, então tentei avisá-la de algum jeito... Ela quer reunir os Seis para fazer algo. Algo grande.
– E você nos avisou! Era você a voz na cabeça de Peter dizendo para não ir para a floresta, já que tinha sido pega lá! E nos meus sonhos e de Beatriz... Como fez isso?
– Sou filha da mensageira dos deuses, tenho meus truques.
– Acha que podemos sair daqui?
– Não sei. Estou tentando isso a meses. Por um lado, queria que vocês não tivessem vindo, acho que você e seus amigos são os outros cinco e eu sou a primeira... Mas por outro, desejava que alguém viesse me resgatar.
– Pois estamos aqui – toquei seu ombro. – Agora a equipe aumentou e vamos arranjar um jeito de sair daqui. O que pode fazer, Helena?
– Posso adaptar minha visão, sou rápida, mudar a cor do meu cabelo e olhos dependendo do ambiente ou sentimento e usar a luz ao meu favor.
– Você brilha na luz do sol? – pergunto rindo e ela diz que depende, podendo transmitir uma luz colorida, manipular ondas de luz e essas coisas. – Nossa, tudo o que eu sei é parar o tempo.
– Usted nunca fue atrás en el tiempo? – pergunta incrédula – Desculpe, quando fico emocionada falo em espanhol. Você nunca voltou no tempo?
– Só uma vez, mas apenas alguns minutos. Tenho medo de voltar demais e mudar alguma coisa, sabe? Ou ir para o futuro.
– Mas isso seria demais! Imagine voltar no tempo ou ir para uma época que sabe que não poderá ir? – ela diz sorrindo e mais animada. Seus olhos brilham em um tom azul e observo rindo.
Digo que precisamos achar meus amigos e contar tudo para eles. Vamos até o meio do salão, procurando cada um deles.
Quando vejo todos os quatro reunidos conversando, vou até eles. Nico e Will estão tão fofos de terno!! (Ok, essa foi pausa para fofura).
– Ah, você está bem! – Nico diz e faço um sim com a cabeça sorrindo. Dou um abraço em Peter e apresento Helena.
– Essa é Helena Kavanaugh. Ela fala espanhol!
– Kleurvolle, sou descendente de africanos e mexicanos – ela corrigiu e acenou timidamente. – Oi. Sou filha de Íris.
– Oi! – Will disse. – Eu sou o Will e esses são...
– Ah, na verdade, eu já sei quem são todos vocês... Mas é um prazer conhecê-los.
Enquanto conto a história da forma mais resumida possível, vejo Helena com um pouco de vergonha, talvez nervosa observando Beatriz (que também a observava assustada) mesmo acontece com a filha de Deméter que a olha com os olhos agitados.
– Espera aí – Peter diz. – Então somos como uma espécie de Vingadores?
– Ou Liga da Justiça – diz Will.
– Isso está mais para Esquadrão Suicida – Nico diz dando de ombros.
– Mas nem sabemos o que vamos fazer – falei com os braços cruzados. – Ou porque essa mulher nos pegou... Mas mudando de assunto, eu seria quem dos Vingadores?
Ficamos discutindo sobre qual seria qual em cada tipo de equipe. Peter disse que queria ser o Thor, só que estava mais para Stark ou Capitão América, talvez. Ah, quem souber, me conta.
Uma música diferente começou a tocar, Peter agarrou meu braço e sorriu. Preciso dizer o tamanho do susto?
– Me concede essa dança, ruivinha? Mas você vai ter que me guiar. Eu não sou um dançarino tão bom.
– Claro. Vamos tentar – abri um sorriso.
***
A música parou de tocar e alguém disse ao microfone:
– Olá, meus convidados! Boa noite, espero que estejam aproveitando a festa. Mas agora, é a hora do jantar. Por favor, vamos para o salão de jantar.
Não pude ver quem foi que disse aquilo, mas a voz me assustava. Até Peter que era mais alto que eu não a enxergou.
Os convidados se retiraram e foram para uma porta enorme - tenho certeza que não existia - e entraram no salão.
– Bom, acho que vamos jantar – falei e Peter me acompanhou.
——
Genteeeeee quem vocês acham que cada personagem seria? O Peter ia ser o homem aranha (Peter Parker kkkkkk, nossa eu se fazer piadas melhores) ou Flash. Agora me digam o resto!
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