E foi assim.....

João narrando:

_ Eu tinha quinze anos. Minha mãe, Meu pai e eu vivíamos até bem, mas sempre tínhamos dificuldade.

Meu pai era viciado, e vivia comprando drogas, o que piorou nossa situação, e nos afundando em dívidas.

Naquele dia, meu pai tinha saído, Disse que ia "trabalhar", mas eu não acreditava muito.

Eu tinha pena da minha mãe, ela era uma coitada nas mãos do meu pai.
Ele quando abusava das drogas chegava virado e descontava nela, e se eu bobeasse, descontava em mim também.

Minha mãe tava lavando louça, eu cheguei da escola e tava no quarto arrumando minhas coisas. Os caras chegaram abrindo a porta como se fossem os donos, eu já tinha visto eles conversando com meu pai, sabia que eles eram traficantes.

- Cadê ele??- um deles pergunta pra minha mãe.

- Quem são vocês? O que querem?

- Cadê teu marido Porra?!

- Ele não tá em casa! - Respondo entrando na frente dela.

- E onde ele foi, moleque?

- Ele foi trabalhar, só volta à noite!

- Vai fazer o que, patrão?- Um deles pergunta para o que estava falando comigo.

- Acho que vou deixar um presente pra ele - Ele fala e sorri .

- Vem cá moleque! Assiste! - Ele agarra meu braço e me puxa pra longe da minha mãe.

Eu vi um deles agarrar minha mãe pelo braço e puxar com força. Ela grita e faz força pra se sair do aperto do cara, mas não consegue.

Ele segura ela enquanto outro vem e bate no rosto dela, tento me soltar também, mas eu sou magro, não tenho força suficiente.

Eu vi quando bateram nela até ela quase desmaiar e ai...deram um tiro na testa dela...na minha frente! E eu não pude fazer nada, só olhar e me debater.

Ele foram embora rindo, e eu fiquei no chão abraçando o corpo da minha mãe e chorando. Naquele dia, quando meu pai chegou, eu xinguei ele e disse que aquilo e todos os nossos problemas eram culpa dele.

Enterramos minha mãe e alguns dias depois os caras pegaram ele também e o mataram. Eu fiquei sozinho, tive que sair da escola e trabalhar pra me sustentar, isso até me procurarem e oferecerem um " trabalho".

Eu aceitei e o tempo foi passando, e agora eu tô aqui, Dono do morro do Alemão, com uma mina de 19 anos presa no quarto ao lado do meu porque falou da minha mãe...Mas ela vai se arrepender de se meter comigo.

Acha que pode fazer ou falar qualquer coisa só porque é patricinha?!

Eu vou ensinar ela à nunca mais se achar melhor do que eu ou qualquer outro por ai!

Peguei a mala que o Théo trouxe com as coisas dela e subi as escadas. Destranquei e entrei, vi ela encolhida da beira da cama. Eu sei que ela chorou, mas não se ela tá acordada. Me aproximo e vejo que ela dormiu encolhida.
Chego perto da cama e me sento ao seu lado.

Continua...

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