Capítulo 4
"Completamente entregue a ele, os nossos beijos se encaixavam como um verdadeiro quebra-cabeça. A nossa conexão como casal só aumentou conforme o tempo e agora, a cada vez que estamos sozinhos, tudo acontece de uma forma diferente... mais intensa! Nossas mentes e nossos corpos se sincronizam e cada pequeno movimento nosso, nos faz explodir em prazer, desejo e tentação! Estava completamente nua, encaixada em cima dele naquela varanda, sentindo seu corpo dentro de mim com nossas peles exalando as mais altas doses de luxúria. Segurava seu pescoço, fixando nossos olhares sem nem acreditar no que estava acontecendo. Parecíamos dois adolescentes juntos em um local proibido, mas ao mesmo tempo estávamos completamente seguros e decididos a nos entregar ali mesmo.
A brisa da noite pousava fria em cima da minha pele que fervia aos comandos do meu homem. Apoiava minhas mãos na cadeira enquanto jogava meu rosto pra trás para que ele aproveitasse a visão do meu corpo por inteiro e é claro que ele fez disso o melhor dos momentos me cobrindo de beijos, carícias e alinhando seus movimentos arrancando mais e mais orgasmos de mim. Era impossível parar! Meu corpo gritava por mais e mais doses de prazer e eu não era louca de não me deixar levar por cada segundo daquelas maravilhosas sensações. Além da extrema excitação, prazer e sedução, havia algo a mais naquela transa. Quando nós nos olhávamos, uma troca de recados era feita sem intenção... era como se estivéssemos sido programados, alinhados, ou seja lá como for chamar... a intensidade do meu querer estava ali printada em minha pele, na minha mente, no meu respirar, no meu olhar e principalmente no olhar dele! Me pegava pela cintura com a firmeza, postura e uma certa imposição de macho (efeito que a transa lhe causava) mas ao mesmo tempo, ele se mostrava absolutamente rendido aos meus movimentos, vontades e aos meus orgasmos. A cada vez que eu o espremia dentro de mim o sentia pulsar! Ah, que delícia! Nossos lábios se encontram novamente e beijá-los era mais que gostoso, era uma necessidade que meu corpo me impunha! Os gemidos e palavras como "ah" , "delícia", "vai" , "gostoso" eram absolutamente involuntárias e aquilo estava deixando ele louco! Ele me segura pelos cabelos e diz:
— Vai minha gostosa, se caba em mim! Sou todo seu! Me pira com esse rebolado gostoso...
Ele não cansava de me dar mil e um motivos para não sair dali nunca. Malandramente eu desacelerava um pouco para que ele não chegasse a seu ápice, mas chega um momento em que eu não resisto... esfrego nossos corpos mantendo um ritmo frenético! Ele me beija com vontade, segura meu quadril e em seguida trava meu corpo junto ao dele derramando aquele líquido quente e gostoso dentro de mim... Ao terminar meu orgasmo, meu gemido e soltar devagar a minha respiração, nossos olhares se encontram e dessa vez ver a expressão de satisfação estampada no rosto do meu homem me rendeu uma sensação de "quero mais". Daria tudo pra apertar um botão de "repeat" e vivenciar aquilo tudo de novo..."
— Chefaaaaaa! Preciso de você aqui!
Senhor do céu! Quando será que eu vou parar de tomar susto com a Ju me gritando desse jeito? A ideia de retomar o diário é uma delícia, mas o mundo real estraga um pouco ela...
— Oi Ju, já tô descendo!
Tomo um gole da minha água e desço as escadas do estoque com pressa, pois do jeito que a Ju gritou, deve ser importante! Chego no andar debaixo e me deparo com a Ju caída no chão de um lado, a escada jogada no outro e o chão repleto de produtos.
— Meu Deus Ju! Você está bem?
Eu abaixo segurando ela e tento ajudá-la a levantar, seu tornozelo está suuuper inchado e ela não consegue pisar no chão. Acho que quebrou! Deixo tudo de lado, coloco ela no meu carro no mesmo instante e a levo pro hospital.
Chegando lá, o médico lhe passa uma medicação pra dor, bate um raio-x e ela realmente quebrou os ossos do tornozelo. Colocam um gesso, lhe passam a medicação e afastam ela do trabalho por 20 dias. Levei ela pra casa, mas antes disso passo na farmácia e lhe compro todos os medicamentos necessários, adianto o pagamento do mês e a intimo a me dar notícias todos os dias.
Olho pro relógio e vejo que tenho que correr para creche pra buscar Aimê e ainda por cima tinha que fazer o jantar. Pego ela na creche e em seguida me lembro que esqueci as chaves de casa no trabalho. Vou até a loja e chegando lá me deparo com aquela maravilhosa bagunça! Por ter as portas de vidro, não era bacana deixar ali exposta aquela bagunça toda. Antes de conseguir raciocinar, vejo que a minha amada filha precisa trocar as fraldas! Forrei o balcão e troquei as fraldas da Aimê ali mesmo. Deixei ela se distraindo com alguns vídeos infantis no meu celular e tratei de tentar arrumar tudo o mais rápido possível. Aquele dia estava uma verdadeira loucura, mas assim que terminei de arrumar, consegui sentir um pouco daquela sensação das coisas voltando pro eixo. O que realmente eu não contava é que eu receberia a visita menos desejada do mundo naquele momento louco...
— O que a minha neta está fazendo no chão de uma sexy shop segurando essa coisa horrível?
Respiro fundo e pergunto a Deus o que eu fiz a Ele pra merecer essa mulher aqui logo no fim desse dia.
— Boa noite pra senhora também Dona Flora! O que a tráz aqui? Reclamar de onde a sua neta está? Acho que você chegou com dois anos de atraso!
Me abaixo, pego Aimê no colo e tiro um dos consolos que a Ju derrubou no chão das mão dela. Em dois anos de vida, Aimê nunca segurou nada da sexy shop nas suas lindas mãozinhas de princesa, mas é claro que ela resolveu fazer isso no momento em que aquela megera decide aparecer novamente.
— Muito bom saber que são essas condições que a minha neta vive. O juiz vai adorar saber disso!
Ela ameaça a sair da loja aí eu a seguro pelo braço dizendo:
— Juiz? Olha só Dona Flora, eu não sei que diabos a senhora resolveu vir fazer aqui. Mas que direito a senhora pensa que tem sobre a minha filha? Eu sei muito bem que esse não é um brinquedo apropriado, obviamente ela pegou sem que eu pudesse perceber. Aimê é uma criança feliz e muito bem cuidada! Não venha a senhora aqui na minha loja despejar o seu veneno em cima de nós. A senhora não é bem vinda em nossas vidas! Aimê não precisa de um ser humano como você por perto!
Ela se espanta com tudo que eu disse, mas faz questão de ir embora tocando fundo na minha ferida:
— Isso eu vou ver com os pais dela! Pois só vocês querem acreditar nessa loucura de duas mães! Os pais dela são a Josiane e o meu filho. E é com eles que eu vou conversar! Passar bem!
Ela sai da loja e eu não sei como eu não avancei no pescoço daquela cobra! Peguei Aimê no colo, arrumei nossas coisas e fui com ela pra casa do Leni.
A caminho eu mandei uma mensagem para Diego e Josi no nosso grupo avisando sobre a maravilhosa visita que eles iriam receber. Avisei que ficaria na casa do Leni até eles se resolverem com ela. Josi dá um verdadeiro piti! E como sempre, quando o assunto é a mãe dele, Diego parece que congela! Que raiva isso me dá! Mas realmente tento dispersar meus pensamentos em respeito a minha filha. Chego no apartamento do Leni e ele nos recebe com um baita sorriso no rosto! Aimê abraça ele e depois corre pro colo do Érick, que sabendo que estávamos a caminho tratou de colocar umas pizzas no forno e levou Aimê pra se sujar de farinha com ele. Me sento no sofá e começo a conversar com meu amigo...
— É inacreditável a cara de pau dessa mulher! Depois de dois anos afastada, depois de ter dito aquelas coisa horríveis pra vocês no batizado da Aimê... amiga, eu não sei como vai ser, mas temos que preparar os telefones dos advogados, pois a Josi é capaz de cometer um crime hoje!
Corrijo ele:
— Amigo, dois crimes! Ela vai matar o Diego se ele não tomar uma atitude diante da mãe dessa vez! Amigo, essa mulher nojenta falou que Aimê não tinha que ser batizada por ser fruto de um pecado e o Diego não fez NADA! Apenas desligou o telefone. Isso quase deu em separação! Tenho medo que de dessa vez eu não consiga fazer a reconciliação dos dois funcionar.
Aimê entra pela sala coberta de farinha e molho de tomate, roubando qualquer cena e dispersando qualquer assunto que pudesse estar em pauta ali naquele momento. Graças a Deus haviam mudas de roupas limpas dela na mochila, assim pude dar um banho antes de colocar ela pra comer.
As horas passaram e Aimê dormiu. Coloquei ela no quarto de hóspedes e não aguentava mais não ter notícias. Leni me tráz uma cerveja e ali ficamos tentando jogar conversa fora. Finalmente, pela misericórdia divina, meu telefone toca:
— Alô? Oi amor! Eu tava aqui em cólicas... nossa! Bem, vem pra cá então. Trás umas roupas e fraldas pra Aimê se puder. Beijo!
Desligo o telefone apavorada! Leni me olhava nervoso já e diz:
— Fala logo!
Eu respiro fundo, dou um gole na cerveja e digo:
— Josi e Diego tiveram uma briga épica! Dona Flora vai dormir lá em casa e a Josi está vindo pra cá com algumas coisas dela e da Aimê. Amigo, acho que dessa vez não tem volta!
Ele me abraça forte e em seguida eu começo a chorar. Logo depois de uns dez minutos a campainha toca avisando que a Josi chegou. Ela estava com ódio nos olhos e absolutamente calada. Cumprimentou a nós rapidamente e pediu pra ir pro banho. Aguardei ela na sala super nervosa. A cerveja já descia como se fosse água pelo meu organismo... Ela finalmente abre a porta do banheiro, vem pra sala e dispara:
— Eu vou matar o Diego e aquela mulher!
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