CAPÍTULO DEZOITO

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ATENÇÃO: Seu voto é importante, então quando chegar ao fim, deixe sua estrelinha, por favor.
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Sábado | 10:18

- Aonde esteve? - minha mãe questiona assim que me junto à eles na sala de estar. - Chegou uma encomenda e o procurei para entregar. - diz enquanto eu me curvo para lhe beijar a face duas vezes.

Franceses não tem o costume de cumprimentar pessoas que acabamos de conhecer com beijos, mas saiba, no norte da França cumprimentamos com dois beijos no rosto, no sul três, esquerda, direita, esquerda, e eu não sei o porquê, mas em Paris são quatro, esquerda, direita, esquerda, direita, mas um detalhe importantíssimo, não encostamos os lábios no rosto da pessoa, é bochecha com bochecha.

- Eu vi o pacote em cima da cama. - afirmo me sentando ao lado da minha mãe e estendendo os braços pra minha irmã que sorri para mim. - Eu fui ao hospital visitar Mary e Ethan, estava com saudades. - respondo e mamãe sorri satisfeita.

- Que bom, meu filho.

- E como eles estão? - pergunta meu pai calmo, os braços estão abertos e escorados nas costas do sofá, a camisa social branca com as mangas puxadas até o cotovelo ressalta seus cabelos de fogo caídos por sobre os ombros.

- Estão bem. - afirmo me remexendo no assento, logo abro um sorriso ladino. - Mary, por incrível que pareça, consegue irradiar alegria mesmo quebrada. - comento e mamãe me chama atenção.

- Que deselegante, isso lá é jeito de falar de alguém? - resmunga olhando feio para mim que sorrio enquanto Charlotte brinca com o colar em meu pescoço.

O último ela estourou ao puxar demasiadamente forte, ainda pequena já está me devendo uma, ou duas já que o outro que deixei ela brincar nunca mais vi.

- Acidentada, perdão. - me corrijo com um sorriso nos lábios e ela parece satisfeita.

O silêncio dura alguns segundos, mamãe de repente pareceu séria e pensativa demais, observo com atenção seus olhos se voltaram para mim e sei que o papo a seguir talvez eu não curta muito.

- Você percebeu que Madeline está estranha ultimamente? - franzo o cenho, de tudo que pensei que ela falaria não esperava por isso.

Me ajeito na poltrona e respiro fundo.

- Como assim? - questiono com o cenho franzido.

Ela me parecia normal, sempre insistindo em um futuro relacionamento amoroso entre mim e Sophia que só existe na cabeça dela e da minha mãe.

- Está distante, quieta. - murmura com uma careta. - Está evitando as tardes de chá e eu gostava tanto das nossas conversas. - ela lamenta e eu franzo o cenho.

- Conversarei com ela mais tarde, mas não deve ser nada grave, não se preocupe. - asseguro ajudando Lottie descer do meu colo e caminhar até meu pai que a recebe com um enorme sorriso e braços abertos.

- Eu espero, querido. - sorri simples para mim e eu pego sua mão a levando aos meus lábios. - Como você está? - pergunta calma e eu suspiro.

Me aproximo dela e passo meu braço por seu ombro a puxando para mim, minha mãe é alta, mas é magra o que a faz caber certinho dentro do meu abraço, eu a amo tanto.

- Estou bem. - digo sincero. - Eu precisava saber do que rolava com ela, mas entrei em pino ao saber que ela não se lembrava de mim e que, consequentemente, não sente nada por mim também. - conto sentindo meu coração apertado. - Mas talvez assim seja melhor, eu posso levar em frente o que eu tenho com Madeline e seguir os planos iniciais. - dou de ombros observando meu pai jogar minha irmã para cima e a pregar de volta aos gargalhos.

- Adam, eu não acho que ela seja imune à você. - comenta e eu suspiro.

- Talvez e eu gostaria muito, mas prefiro pensar que seja. - confesso depois de beijar sua cabeça. - É melhor para nós dois. - ela apenas assente sem dizer mais nada.

Eu sei que não posso lutar pelo amor dela por conta daquele acordo, por isso quero deixar tudo como está, finalmente eu sinto que eu e Soph poderemos nos entender e por mais que eu saiba que vou sofrer prefiro ter a amizade dela, do que não ter nada.

Conversando com Steve naquele dia eu narrei exatamente o que havia acontecido com ela e isso me deixa um pouco com a consciência pesada por que eu poderia ter levado a sério? mas eu não podia imaginar, na verdade, agora, é bem óbvio que algo havia lhe acontecido, mas eu não conseguia imaginar algo assim.

Agora pouco eu senti calor e frio tomarem conta do meu corpo enquanto estava com ela, e até agora seu rosto vermelho ronda minha mente e faz as batidas do meu coração acelerarem ao pensar em como ela fica linda envergonhada.

Todos esses pensamentos eu arquivo quando Madeline se junta a nós, franzo o cenho confuso quando ela evita o meu olhar. Line cumprimenta minha mãe, o rei e Lottie e somente acena na minha direção. Sua olhos estão sérios apesar do sorriso fácil e doce que oferece para minha mãe que elogia sua calça azul cristal.

Tá bom, talvez tenha realmente alguma coisa errada.

Ela se sentou ao meu lado e permaneci olhando pra seu rosto, quando ela finalmente olhou pra mim eu soube, algo de errado não estava certo, ela sorriu e eu fiquei com medo.

Não, não, não, o que está acontecendo?

- Certo, oficialmente falta meia hora para Phillip chegar. - meu pai confere seu relógio de pulso, seu sorriso está grande e sua alegria contagia as mulheres na sala.

Mesmo com uma pulga atrás da orelha eu me sinto confortável, meu peito está estranhamente leve e, olhando pra minha família quase toda reunida, eu sinto vontade de, alguma forma, gravar esse momento.

- Vamos esperá-lo aqui? - com Lottie no colo minha mãe se põe em pé. - Não, não consigo conter a ansiedade, eu quero ver meu garoto chegar.

- Podemos esperá-lo entrada, acredito que ele ficaria satisfeito. - meu pai concorda também se levantando.

- Vaidoso do jeito que é. - reviro meus olhos sorrindo, um dos braços por cima dos ombros de Madeline.

- Então vamos, o que está fazendo sentado aí ainda? Vamos! - guia a fila para fora da sala e eu me levanto com preguiça, mas alegre.

- Não tem pra que correr. - resmungo alto, mas eles não dão bola.

Seguem na frente de mãos dadas, Charlotte agora no colo do meu pai.

- Eles são engraçados. - ao meu lado Madeline murmura baixo, sorrindo ofereço a ela meu braço.

- O que há com você bela dama? - pergunto e, pelo cantos dos olhos, observo sua reação.

Nada, ela continua sorrindo sem perder a postura.

- O que há comigo? O que quer dizer belo príncipe?

- Você tem estado estranha ultimamente, o que te atormenta?

- Nada que precise se preocupar. - sua mão afaga meu antebraço de forma carinhosa. - Antes do baile de aniversário de Phillip estará tudo resolvido.

- Você está me deixando preocupado...

- Mas não precisa ficar, confie em mim, vai dar tudo certo. - paro no meio do corredor para olhar em seu rosto.

Lá está o sorriso reconfortante que vem me acompanhando e me cuidando há tantos anos.

- Eu posso fazer algo para ajudar?

- Acho que sim, mas quando for pra fazer algo eu te digo, sim? - encaro seus olhos, eles estão felizes apesar dela parecer tensa também.

- Me promete que você não fará nenhuma loucura? - Madeline ri, mas eu não me convenço.

- Do que está falando? Vamos, antes que seu irmão chegue e nós perdemos sua grande chegada falando dos nossos problemas.

Alcançamos meus pais em alguns minutos, eles já esperavam aos pés da escada. Minha mãe escondia com a mão os olhos miúdos por causa do sol, conversava com meu pai animadamente enquanto Charlotte brincava com um celular de brinquedo.

- Abô? - dizia ao colocar o objeto no ouvido e depois tira-lo ao não receber nenhuma resposta. - Abô? Lip? - retornava o aparelho ao ouvido.

Mesmo ainda pequena era admirável ver o quanto se preocupava com o irmão e como sentia sua falta.

- O carro!!! - subo meu olhar em direção ao grande portão ao ouvir a voz animada da minha mãe.

É, pois é, Phillip estava finalmente de volta em casa.

- Eu senti falta desse pirralho. - junto minhas mãos em frente ao corpo assistindo o carro preto se aproximar ainda mais.

Não faltava muito para eles pararem a nossa frente, mas Phillip abre o vidro e enfia sua cabeça para fora.

- Oi família!!! - grita acenando na nossa direção enquanto seu cabelo é bagunçado pelo vento.

Solto um riso divertido, meu irmão continua a mudar, mas é estranho como ele ainda parece ser meu pirralho preferido.

Quando o carro para de frente aos meus pais ofereço meu braço para Madeline, descemos as escadas juntos enquanto Phillip já estava nos braços da minha mãe.

- Meu querido, como está grande. - ela o aperta em seus braços.

Phillip realmente cresceu ainda mais, o topo da sua cabeça está batendo no queixo da minha mãe, como isso é possível?

Meu irmão abraça meu pai, que rindo, lhe dá alguns tapinhas nas costas. Charlotte puxa-lhe os cabelos para ganhar sua atenção também e, rindo, Phillip a pega no colo.

Sua atenção finalmente se volta a mim e seu semblante muda rapidamente.

- Adam, seu grande egoísta!!! - vem na minha direção com uma postura agressiva e assusta todos nós.

Eu recuo sem esperar por suas palavras rudes e pelo soco que ele armava, mas ele apenas ri e me puxa para um abraço.

- Fica esperto irmão, estou quase do seu tamanho. - passa a mão do topo de sua cabeça na direção do meu corpo. - Daqui alguns meses poderemos lutar de igual pra igual, aonde está Sophia? Fiquei sabendo que ela voltou, agora que você está noivo posso desposar ela, fiquei sabendo que também é muito bonita e gentil. - fala duma vez me deixando completamente em choque.

Que?
Por alguns segundos tudo o que ouvimos é o som intrigante do silêncio, a voz dele parece ressoar na minha cabeça enquanto o encaro boquiaberto, até meu pai explodir em uma grande gargalhada.

Ergo meus olhos pros outros rostos e reconheço que não foi somente eu que ficara surpreendido.

- Phillip querido, o que é isso? - mamãe como sempre reeprende um mal comportamento, mas ele sorrindo a abraça de lado.

Esse esperto conhece bem a nossa mãe, sabe como evitar conflitos.

- Você meu filho, sempre engraçadinho. - mru pai com um semblante divertido passa sua mãos pelas costas do moço. - quem está com fome? - olha para todos nós, pisca provocativo para mim e só entao eu fecho a boca, o que que....?- Então vamos comer! - alegria dele contagia o ambiente, mas eu ainda estou encabulado.

Eu assisto quando os quatro começam a se afastar, mas não me movo.

- Adam, relaxa, não leve tão a sério, Phillip não tem nem 16 anos.

Olho dela pras costas deles e suspiro.

- Tudo bem, eu não ligo. - eu mal termino de falar e sou esbofeteado. - Aí. - reclamo massageando o local e Madeline solta um riso debochado.

- Para Adam, você sente ciúmes até da sua sombra olhando pra ela. - zomba de mim e passa a caminhar na mesma direção que meus pais foram.

- Ei, isso não é verdade! - me apresso para alcançá-la questionando-me se isso era mesmo real.

Mesmo dia | 13:03

O almoço foi servido para nós seis apenas, Sophia ainda não voltou e não sei se me preocupo em sentir sua falta ou se me angustio por Madeline que, estranhamente, está sem apetite.

Depois do almoço ela se retirou para seus aposentos, eu caminhei ligeiro até o jardim e pedi pra que Daigle tirasse uma das rosas da mamãe para eu a presentear, claro que fiz ele prometer que não me delegaria, queria tentar animar Line.

Subi até seu quarto e bati na porta, ninguém atendeu, então bati de novo e de novo e de novo.

Quando ia desistir ouvi passos atrás de mim e olhei em direção a eles.

- Alteza. - a dama de companhia de Madeline me alcança e me sauda com uma reverência. - A princesa Madeline está no jardim das rosas. - informa com um sorriso gentil e eu assinto.

- Sabe se está acontecendo alguma coisa? - pergunto e ela suspira.

- Eu sei de muitas coisas alteza, mas nenhuma delas cabe a mim contar ao senhor, me perdoe. - diz e eu assinto compreenssivo.

- Tudo bem, obrigado. - agradeço com um sorriso simples e passo por ela indo em direção a escadaria, de novo.

Saio pelas portas principais e caminho rápido pela lateral do palácio que é iluminado por um sol sem calor. Dou a volta no palácio e vejo Madeline ao longe, ela está no telefone, parece aflita, afobada e preocupada, uma mão está na testa e a outra segura o celular enquanto caminha dum lado e pro outro.

Me aproximo devagar com o cenho franzido, é estranho ve-la assim.

- Byddaf yn...siarad ag ef. - ouço ela dizer em sua língua materna, a mão ainda na testa e eu sem entender nada. - Na...paid â dweud dim am y tro. - eu sou fluente em alguns idiomas, mas galês eu nunca estudei, por isso as únicas coisas que consigo entender são as expressões dela. - Gadewch i ni setlo hyn. - desce a mão que mantinha na testa para colocar na grama verdinha, seus olhos preocupados me instiga a curiosidade e a preocupação.

Madeline sempre esteve ao meu lado quando eu precisei, e agora me sinto pronto para estar ao lado dela, ela tem o meu carinho e a minha admiração.

- Iawn, fi hefyd... - seus olhos encontram os meus e vejo ela perder a cor assim como a fala.

Os lábios dela tremeram e os olhos se arregalaram um pouco, Madeline desligou o telefone sem dizer mais nada e me encarou em silêncio.

É impressão minha ou ela está encolhida?

- Sabe que pode contar comigo pra o que precisar, não é? - pergunto e ela assente.

- A quanto tempo está aqui? - pergunta com a voz baixa enquanto eu me aproximo mais, ela está tensa.

- Não faz muito. - digo e ela concordo. - Quer conversar? - Madeline me olha nos olhos e eu sinto vontade de abraçá-la.

- Eu... - sua voz morre e ela aperta os lábios em uma linha reta, abaixa os olhos e então nega. - Está tudo bem, é só...só um problema banal. - me sorri, mas eu sinto que ela mente.

E por que ela mente?
Por que pra mim?

Continuo analisando seu rosto e percebo quando ela não consegue sustentar meu olhar, isso me preocupa ainda mais porque Madeline sempre foi muito transparente e verdadeira.

- Você não comeu muito hoje no almoço, quer que eu peço torta de morango pra mais tarde? - pergunto a ela que sorri.

- Só se for pra dividir contigo. - diz e eu assinto sorrindo.

- Tudo bem. - afirmo e estendo meu braço a ela que aceita sem rodeios.

- Como estão as coisas com Sophia? - pergunta enquanto eu a conduzo pelo jardim.

Ainda não contei pra ela a conversa que rolou ontem, respiro fundo e olho pra ela, em seus lábios havia um sorriso ladino que me fez franzir o cenho.

- Você já sabe. - não era uma pergunta e Madeline solta um riso baixo, não me sinto surpreso, as paredes desse palácio tem ouvidos e disso todos nós sempre soubemos.

- Sim, eu sei. - confirma e eu volto a olhar pra frente. - Mas não sei o que vocês conversaram, anda, pode começar. - ordena e é a minha vez de rir, mas então as memórias da conversa me causam ânsia e meu semblante esmurece.

Solto um suspiro fraco e continuo caminhando com Line ao meu lado.

- Ela perdeu a memória após um acidente. - Madeline solta um murmúrio de surpresa. - E...e é estranho, sabe? É estranho saber que ela realmente não se lembra de mim, mas não porque ela não quis. - murmuro me sentido com o coração pesado, eu a julguei tão mal.

- E o que você vai fazer agora? - pergunta e eu respiro fundo.

- Não há muito o que fazer. - dou de ombros e olho pros meus pés que dão passadas em harmonia com os de Line. - Vamos seguir a vida. - digo o óbvio.

Madeline não diz nada, e eu estranho já que parecia focada em me fazer cogitar quebrar o contrato.

- O que faria e fosse eu no seu lugar? - pergunta após alguns minutos de caminhada silenciosa, estamos de volta aos pés das portas do palácio.

Olho pro rosto pequeno que está erguido em direção aos meus, seus olhos estão menores hoje, visivelmente tristes e o sorriso não corta seus lábios como geralmente.

- Como assim? - remexo meus ombros incomodado com o fato dela não estar bem.

- O que você faria se fosse eu no seu lugar? - pergunta novamente e vejo seu lábio tremer, Madeline vai chorar?

- O que está acontecendo? - pergunto e ela sorri fechando os olhos com força, talvez tentando segurar o choro.

Talvez não, com certeza.

- O que você faria se fosse eu no seu lugar, eu que amasse alguém por anos, eu que sonhasse com alguém a anos, eu que reencontrasse? - lágrimas escorrem pelo seu rosto e eu estou paralisado olhando para ela. - Como pode me pedir para ficar e assistir o livro da história de vocês sem fim?

- Madeline...

- Eu não posso fazer isso, Adam. - sigo com meus olhos ela negar sem parar com a cabeça. - Se não por você, por mim. Eu não posso fazer isso por você e por mim.

O que ela quer dizer?

Isso a machuca? De que modo isso a machuca?

Sem pensar mais eu a abraço, Madeline encolhe seus pequenos braços em meu peito. Na verdade eu não sei bem o que posso fazer.

- Por que não disse que estar no meio disso te machuca? - pergunto enquanto ela ainda permanece encolhida, se escondendo em mim.

- Não. - ela se afasta. - Me machuca o fato de você estar descartando algo tão precioso por causa de um pedaço de papel. - meu coração acelera quando ela diz isso, mas não de uma forma boa.

- Madeline, por que diz isso? - meu cenho está franzido e minhas mãos seguram seis ombros. - Não é só sobre um pedaço de papel, é sobre você, sobre sua segurança e sobre nossa amizade.

Ela se afasta do meu toque enquanto nega com a cabeça.

- Madeline, o que está acontecendo? - pergunto com o coração angustiado.

Estou de frente pra ela, mas não sei o que fazer diante de seu comportamente atual, nunca a vi assim.

- Me responda, Adam. - insiste na pergunta de minutos atrás e eu engulo em seco.

Conversamos milhares de vezes sobre isso, me irritei centenas delas também, mas agora, em cima dos meus ombros, sinto como se minha resposta fosse muito decisiva.

Com um suspiro eu olho para o chão.

O que eu posso fazer pra ela entender que eu não preciso que desista de nós por causa de mim, eu estou bem e nós vamos ficar bem, mas ao mesmo tempo penso que se isso for o que ela quer...eu não poderei recusar.

- Eu amo você Line, você sabe o quanto eu amo você, mesmo que não seja como eu amo ela. - engulo em seco, meus olhos no chão, o coração batendo alto. - E por isso se fosse você em meu lugar eu te deixaria ir, sua felicidade para mim é o que mais me importa. - digo verdadeiro e me aproximo - Eu não sei o que está acontecendo. - pego uma de suas mãos e esticando seus dedos nos meus - Mas eu quero que saiba que não precisa desistir da nossa aliança por mim, mas se quiser ir, eu vou entender. - ela assente com lágrimas escorrendo, meu coração está doendo por vê-la tão fragilizada - Eu invento alguma coisa, eu dou um jeito de quebrar aquele contrato pela sua liberdade. - prometo olhando os olhos dela. - Saiba disso. - peço e ela assente de novo, puxo ela levemente em minha direção e a abraço.

Meu queixo em cima de sua cabeça, eu respiro fundo enquanto ela me aperta forte em seus braços finos, fecho meus olhos e desejo lhe arrancar o sentimento que a faz chorar e que me apavora.

Eu queria deixar um "oi" pra vocês mesmo que não tenha nenhum recado para dar.
Vi que o número de leitores cresceu, sejam bem vindos e muito obrigada.
As postagens andam lentas ultimamente por causa dos meus compromissos acadêmicos, recentemente comecei a estagiar e olha...tá corrido.
De qualquer maneira, espero que vocês estejam gostando, quem está sentindo a falta do Apolo don't worry, ele vai voltar em breve. ;)

Eu espero que vocês estejam bem pessoal, um grande beijo e bom fim de semana!

Bjinhos
A.I.M

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