CAPÍTULO DESESSETE

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ATENÇÃO: Seu voto é importante, então quando chegar ao fim, deixe sua estrelinha, por favor.
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Sábado | 11:00

Eu voltei para o quarto depois de mais alguns minutos, estava com frio e tudo o que eu queria era dormir, mas não foi bem isso o que aconteceu, eu não preguei os olhos durante a noite inteira e é por isso que não consegui prestar atenção em quase nenhuma das vídeo aulas de hoje.

Me sinto cansada tanto fisicamente, quanto psicologicamente.

Desisti quando aceitei que eu merecia viver esse sábado, me banhei e me arrumei para ir visitar meus pais no hospital.

Sinceramente, eu fiquei mal por não ir vê-los ontem, mas ainda acho que foi uma boa decisão, apesar de que sei que terei que contar pra eles.

Visto uma calça jeans com desenhos nos bolsos de trás e alguns na parte da frente das pernas, coloco uma camiseta rosa bebê com uma imagem quadrangular de Joey e Ross e em baixo a escrita da série de teve Friends, por cima de tudo visto um moletom preto e calço meu all star vermelho.

Eu não estou ligando muito pro jeito que eu devo me vestir por estar aqui, aliás eu nem consigo pensar nisso direito, sei que Simon morreria, mas ele se contentaria, sim.

Pego meu celular e uma caixa quadrada que havia deixado em cima da cama, aqui dentro guardei as bíblias dos meus pais e o celular do meu pai que encontrei no quarto onde eles estavam hospedados que invadi mais cedo.

O da minha mãe foi com Deus junto com o carro, pai amado.

Deixo meu cabelo solto mesmo e antes de sair do quarto cheiro as flores que cbegaram para mim.

Emma, nunca falei com ela ou a vi, mas aparentemente ela sabe quem eu sou e graciosamente se importa comigo.

Saio do quarto com meu celuar em mãos e com a caixa, não pretendo ficar por muito tempo até porque falta uma hora e meia pro almoço e eu tenho que me desculpar com a família real e com a princesa.

Desço as escadas calmamente, o dia está bonito lá fora, não tão fresco quanto eu pensei que estaria, mas o clima não me faz querer tirar meu moletom.

Passo pelas portas ansiosa para sentir o frescor do dia, aqui o ambiente parece ser sempre agradável.

- Um carro, por favor. -  peço já do lado de fora.

O guarda assente, seus olhos me analisam com atenção parecendo querer decifrar algo, não me sinto incomodada, na verdade quero dizer a ele que estou bem agora, porque provavelmente foi ele que presenciou minha cena de ontem.

Eu sorrio para ele pronta para lhe acalmar, mas o eco de saltos batendo contra o piso de um dos corredoures chama nossa atenção, olho para trás enquanto ouço ao meu lado ele solicitar o carro.

Uma loira curva o corredor, os braços ao lado do corpo balançam conforme ela desfila na minha direção, ela não é alta, mas é muito bonita e elegante. Esta vestindo um vestido caro, e nós pés um scarpin que daria cinco do meu all star.

Meus olhos piscam seguidas vezes quando noto sua barriga e imediatamente me questiono como raios o médico dela a deixa andar sobre saltos ainda.

- Sophia! - exclama com a voz meiga e meus olhos encontram seu rosto.

- Não corra. - peço rápido e ela sorri.

Ela não estava correndo, mas suas passadas aumentaram perigosamente tanto que já estava quase me alcançando.

- Muito prazer, meu nome é Emma. - diz quando finalmente para a minha frente e eu olho para sua mão estendida na minha direção.

Emma, a Emma das flores.

- Desculpe aborda-lá dessa maneira. - se inclina na minha direção e deposita dois beijinhos nas minhas bochechas.

Eu nunca irei me acostumar com isso, meu Deus.


- Não se preocupe com isso. - murmuro olhando para os seus pés. - Me perdoe se serei inconveniente, mas não é arriscado andar de saltos? - digo preocupada e ela sorri, seus olhos alcançam algo atrás de mim e juro que seus olhos brilham.

Eu sinto um frio subir pela minha espinha no mesmo instante que eu ouço o farfalhar de pedras sendo esmagadas umas às outras por rodas, no minuto seguinte uma porta se abre e então fecha, eu estou de costas, mas já posso sentir o cheiro do perfume dele.

- Está tudo bem. - agarro-me ao rosto sereno de Emma sentindo tudo dentro de mim gritar enquanto passos ressoam pela entrada às minhas costas. - Essa é minha última semana com eles, estou esperando minhas sapatilhas chegarem.

Assinto, me forçando a prestar atenção e não virar meu rosto na direção dele.

Porque me sinto tão ansiosa?

Engulo em seco quando Adam passa por mim, seu braço a centímetros do meu, ele se põe ao lado da mulher. Emma o olhar, mas logo seus olhos alcançam a caixa que ele tem em mãos.

Eu cedo, olho pro ruivo a minha frente com as mãos suando, quando foi que as minhas pernas ficaram bambas?

Ele mantém um semblante sereno, seus olhos estão na loira e eu vejo carinho neles. De repente desejei que as esmeraldas em seu rosto estivessem sobre mim e que aquele olhar fosse meu.

- Trouxe os donuts do meu afilhado. - Adam quebra o silêncio e eu recuo um passo voltando a realidade.

O que eu estou fazendo parada aqui ainda?

- Huun... - limpo a garganta - Obrigada pelas flores. - agradeço pronta pra ser o fora, mas paraliso no instante em que ambos olham pra mim. - Alteza. - me reverencio, mas não me atrevo em retribuir seu olhar, não consigo, sinto que vou cair a qualquer instante e pareço uma tola.

- Não me agradeça querida, espero que já esteja melhor. - diz, eu assinto com um leve sorriso.

- Sim, eu estou. - afirmo, Adam suspira e meus olhos traíras voam em direção aos dele.

Estranhamente ele mantém uma expressão sóbria e tranquila, nem parece o rapaz transtornado que me deixou ontem a noite. Não consigo manter por muito tempo o olhar, o dele estava intenso, curioso.


- Eu te procurei mais cedo, mas Miranda disse que estava assistindo aula. - a mulher tenta manter uma conversa, mas sinto que ela está completamente ciente do climão que paira entre nós.

Qual é, talvez eu esteja mal vestida ou meu rosto não tão saudável esteja completamente fora da realidades dele, mas me olhar assim não vai me tornar mais arrumada.


- Sim, antes tivesse ido, porque eu mais dormi do que assisti a aula. - tento com todas as minhas forças focar em Emma e eu acabo arrancando um riso dela. - Não que eu faça isso sempre, porque não faço, mas a noite ontem foi...estava tão estrelada que eu não vi motivos pra dormir e então eu acabei dormindo, sem querer, em algumas, ou todas, as aulas. - improviso quando ia revelar demais, essa não é totalmente a verdade, mas eu que não ia falar que não consegui dormir pensando no ruivo que ainda me encara e agora está com um sorriso ladino pequeno e fechado. - Desculpa, eu estou tagarelando. - murmuro envergonhada abaixando meus olhos para o chão o que faz algumas mechas do meu cabelo cair por sobre meu olhos.

Eu não sei o que eu tô fazendo, não sei o que eu tô fazendo, NÃO SEI O QUE EU TÔ FAZENDO!!!

- Não se preocupe, eu dormi em algumas aulas na faculdade também, mas foi por querer. - abana o ar em frente ao seu rosto e arranca um sorriso meu. - Mas eu preciso dizer pra te deixar ir, teremos reunião hoje. - avisa e eu ergo minhas sobrancelhas, havia me esquecido. - Eu sei que é sábado, mas precisamos discutirmos sobre o planejamento do evento com urgência. - explica e eu assinto.

- Tudo bem, eu estarei aqui. - afirmo e ela assente.

- Okay, esperaremos por você. - sua mão se ergue até o cotovelo de Adam e ela o segura. - Bem, se me der licença. - ela olha para o príncipe e ele sorri fraco para ela.

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ATENÇÃO: Seu voto é importante, então quando chegar ao fim, deixe sua estrelinha, por favor.
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Adam oferece a ela as embalagens e Emma o agradece, ela sorri em despedida para mim e então me dá as costas, vejo quando Dan enfia as mãos nos bolsos e não faz menção em acompanha-la.

Ah meu Deus, meu Deus.

Ele quer conversar? mas eu não estou preparada...

- Espera. - peço alto fazendo Emma, que já estava a uns dez passos de distância parar e se virar para nós. - Já sabe o que é? - pergunto com um sorriso nervoso olhando pra sua barriga pouco aparente.

Tudo pra prorrogar meu aparente inevitável bate papo com Adam, eu estou suando, senhor amado.

- Oh sim. - ela sorri grande e antes de voltar a falar lança um olhar para Adam e depois volta seus olhos pra mim. - São gêmeos. - diz e eu coloco a mão sobre a boca surpresa. - Henrico e Heloísa. - conta e eu sorrio grande.

- Uau, você é tão pequenininha... - o comentário simplesmente sai e quando eu percebo arregalo os olhos e levo a mão a boca novamente, choque.

Meu corpo pinica quando ouço o riso alto do príncipe e o sorriso divertido dela.

- Quer dizer, desculpa... - sinto meu rosto inteiro esquentar e sei que estou corando.

Meu Jesus amado, o que está ruim que não pode piorar, não é mesmo?

- Não se preocupe com isso. - ela pede gentil e então lança uma careta para Adam que não a teme e ainda ri, agora baixo, mas ainda ri. - Eu também acho isso e acredito que até eles nascerem eu estarei em uma cadeira de rodas ou então andando como um pinguim. - brinca e a risada de Adam aumenta de novo, mas vejo ele se controlar quando a mulher lhe lança outro olhar furioso.

Parecem irmãos.

- É... - hesito e vejo seu olhar voltar pra mim se transformando em brando e gentil, mulheres. - Foi um prazer conhecer você Emma e parabéns pelos bebês. - falo sincera e ela sorri. - Eu realmente espero que não precise da cadeira de rodas.

- Obrigada Soph, o prazer foi meu. -  toca a barriga carinhosamente e eu sorrio encantada. - Até mais tarde. - acena antes de retomar seu caminho.

Engulo em seco.

O som do toc toc do salto é tudo o que ouvimos pelos minutos seguintes até ela virar o corredor e não termos mais o que olhar.

Meu cérebro tenta trabalhar em algo pra falar, mas é em vão, assim que sinto o calor de seus olhos em mim meus neurônios desmaiam e talvez eu esteja sendo exagerada, mas...como eu deveria reagir à Adam Lonford?

- Oi. - Adam saúda baixo e pronto, meu coração acelera ainda mais e meu estômago roda feito louco.

Eu nunca achei que uma palavra tão pequena me faria ter um surto. Olho pra ele, Adam é alto e eu me sinto pequena.

- Oi. - digo baixo e aperto meus dedos nos lados da caixa, os fios do meu cabelo investe contra meus olhos e eu maneio a cabeça para tentar tirá-los.

Adam somente observa, as mãos dentro dos bolsos, eu não sei o que falar ao mesmo tempo que não quero ficar calada.

Deveria perguntar se ele dormiu bem? Se ele já tomou café da manhã? Como ele está?

O ouço suspira, e quando me atento a ele novamente o vejo, devagar, tirar uma das mãos do bolso, ele a ergue e eu paraliso completamenteo o vendo trazê-la devagar para perto de mim, hesitante ele para, mas então a ponta de seus dedos tocam meu cabelo e minha pele.

Seguro minha respiração sentindo seu toque quente e a eletricidade que sua pele transmite para a minha, o seu cheiro vem junto com sua mão.

Limão, alecrim e gengibre.

A sensação que eu tenho é que o tempo para, se eu não estivesse tão apavorada eu teria rido e brincado de como isso parece ser um roteiro de filme de amorzinho.

- Obrigada. - digo num fio de voz quando ele empurra a mecha para trás da minha orelha, quase engasgo com minha próprias saliva quando ele escorrega sua mão pela minha bochecha e então a para ali.

O clima de repente está denso, os olhos dele estão quentes, não vejo mais o iceberg de alguns dias, mas eu me assusto mesmo assim.

Qual a intensidade do sentimento dele?

Adam recolhe a mão na mesma lentidão que a trouxe até mim, seus olhos presos aos meus, eu realmente me sinto dentro de um dos meus livros de amorzinho preferidos aonde a garota está em um momento fofo com seu crush, a diferença aqui é que eu sou a crush de Adam, mas ele está noivo de outra.

Madeline.

No mesmo instante o encanto parece acabar para mim e eu me afasto um passo, minha atitude parece despertar Adam e ele pisca uma série de vezes.

O que houve aqui?

- Voc-você...? - ele ia perguntar algo, mas eu o calo em um gesto rápido e nervoso.

- Eu preciso ir. - digo e seu semblante parece murchar.

Sim, eu estou fugindo porque o que acabou de acontecer não está certo, ele pode gostar de mim e eu posso amar ele, mas existe outra pessoa em nosso meio e eu não quero magoa-la.

Adam não diz nada e eu aceno levemente para ele antes de dar-lhe as costas e caminhar apressada até o carro.

O calor dos dedos longos e magros dele ainda queimam minha face e seu cheiro parece estar grudado nas paredes dos meus pulmões, meus batimentos descompassados, as mãos soadas, eu paresso ter corrido uma maratona, mas não, isso se chama Adam Lounford.

- Sophia? - ouço sua voz soar rouca e bem clara atrás de mim, congelo minha mão na porta do carro aberta pelo guarda e olho pra trás.

Adam voltou a mão para o bolso, está incrivelmente bonito hoje, como em todos os outros dias, acho que não teve um dia que ele não esteve aliás.

Eu o vejo sorrir e franzo o cenho confusa, mas sinto meu estômago ser habitado por borboletas rebeldes.

- Eu gostei da sua roupa. - eu, como a tonta que sou, olho pra baixo, pra mim, como se não me lembrasse do que havia vestido. - E do all star também. - eu volto a olhá-lo.

Seu sorriso parece sincero, aliás eu não me lembro de tê-lo visto sorrir antes, ao menos não assim.

Meu cérebro funciona lentamente, mas eu sorrio com o coração a mil.

- Obrigada, alteza. - agradeço sentindo meu rosto pinicar, Adam me olha de uma forma estranha.

É como se eu fosse...única.

- Sua alteza também não está nada mal. - digo mais uma vez sem pensar e o vejo sorrir ainda mais.

Mas que...Droga, que droga.

"- Não está nada mal..." - sério Sophia?isso é o que? elogio de livro clichê, nada contra, eu amo, você ama, nós amamos, mas fala sério...

- Quer dizer, sua roupa realça suas belas sardas... - digo e me arrependo logo em seguida. - Perdão, eu quis dizer que o monocromático lhe cai bem...as roupas são bonitas. - me atrapalho e sinto meu rosto queimar, agora de vergonha, muita vergonha.

Solto um suspiro resignado enquanto ele solta um riso fraco, estamos distante, mas é culpa do seu cheiro que empreguinou em mim que eu me sinto tão...

Ah, que raiva.
Eu poderia me socar se ainda não estivesse paralisada tentando me recuperar dessa gafe horrorosa.

- Obrigado. - ele diz enfim e subo meus olhos pros dele.

Adam fica bem com um semblante tão leve, ontem ele parecia que explodiria bem na minha frente e quem ficou com medo de que ele morresse naquele momento foi eu.

- Até mais. - digo ligeiro doida pra dar o fora.

Ele acena, seu sorriso se fecha, mas em seu rosto ainda permanece um semblante feliz e satisfeito?

Aceno de volta e entro, o guarda fecha a porta do carro e eu espio pelo vidro o príncipe ainda olhando na minha direção, sei que ele não pode me ver maus, mas Adam encara o carro tão firmemente que me questiono sobre a eficiência do adesivo do vidro.

Relaxo meu corpo no banco escorregando minhas costas por ele e fecho os olhos com força quando o carro começa a se locomover.

Que vergonha, que vergonha.

Qual é o meu problema? sempre fui uma pessoa tão descomplicada com diálogos, sempre desenvolta, com Adam eu só travo.

- Se me permite, senhorita. - ouço o motorista que fechara a porta para mim, que não é Mário, e olho pra sua nuca e depois pra seus olhos claros que me olham rápido pelo retrovisor. - Não vejo problema nenhum com a senhorita, está apenas apaixonada. - responde e eu franzo o cenho.

Mas como ele...? eu falei isso em voz alta?

- Sim, me desculpe. - ele tem um sorriso divertido nos lábios e eu bufo escondendo meu rosto com as mãos.

Ouvir que está apaixonada por alguém deveria te trazer uma sensação boa, não é? Mas tudo que eu sinto quando ouço isso é um uma preocupação tão grande. Sempre pensei em como seria quando eu encontrasse a pessoa que fizesse meus batimentos cardíacos falharem e as borboletas no meu estômago nascerem, mas agora que aconteceu eu me sinto mal, mal por Adam, mal por Madeline e mal por mim.

Durante todos esses anos, sempre quando eu olhava para a foto de Adam em minha pratileira eu sentia algo em meu peito, era uma mistura de tristeza e saudade, não sei, é confuso e complicado dizer que era saudade se eu nem me lembro dos nossos tempos de infância, mas eu sentia e agora...

Agora eu não sei o que eu faço com tuda essa avalanche.

Eu venho me perguntando, será possível eu ter me apaixonado pelo que li pu ouvi sobre ele? ou esse sentimento é inconsciente? Eu sei que escrevi muitas coisas sobre ele e sei que descrevi bem o que sentia muitas das vezes, mas não acho que com dez anos eu soubesse o que era o amor ou paixão.

Mamãe sempre falou que o amor não tem idade e que ele pode ser gerado por duas pessoas desde muito pequenos, ela me disse que existem fases e que conforme crescemos a desenvolvemos, talvez eu o amasse como meu melhor amigo ou como um irmão, mas quando foi que isso evoluiu pra amor romântico?

Fito a paisagem bonita do campo de Lorena, realmente é um ambiente rural e não destoa muito do centro que, apesar de bem urbanizado, carrega traços da roça.

Enlaço meus dedos uns nos outros em cima da caixa no meu colo, eu nunca estive apaixonada antes, melhor, eu nunca me apaixonei por outra pessoa antes, então não sei identificar minhas reações, tudo é muito novo e um pouco assustador.

Gostaria de conversar com minha mãe, mas não quero fazer isso na frente do meu pai, sei que ele é ciumento e eu também me sinto tímida, pela primeira vez desejei que eles estivessem em quartos separados.

A viagem segue tranquila, o guarda que ainda não sei o nome não falou mais nada, mas vez ou outra troca algumas palavras com Charlie, o guarda que já me acompanhou outras vezes. Pelo contexto da conversa consigo identificar que ele é novo e que aos poucos consegue informação de tudo e aparentemente de todos.

Homem é mesmo mais fofoqueiro que as mulheres.

Sorrio me lembrando do rei e Simon que trocavam fofocas como duas leides tomando chá, eu gostaria de ter permanecido naquele almoço e presenciado mais daquela conversa.

Minha mente me leva de volta a olhos verdes e eu me lembro como Adam me olhava naquele início de tarde, ele pareceu me entender, ele pareceu enxergar, ele foi o primeiro a notar e ele também esteve lá.

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ATENÇÃO: Seu voto é importante, então quando chegar ao fim, deixe sua estrelinha, por favor.
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Miranda tentou desconversar e no fim não admitiu nada, mas o cheiro dele eu não confundiria jamais, eu sei que ele esteve lá e isso aquece meu coração de uma forma que eu não posso explicar e ao mesmo tempo me machuca por saber que ele está com Madeline e que eu o machuquei.

Miranda me contou que Adam e a princesa de Gales estão com a data marcada para o baile de noivado, ou seja, eles são praticamente noivos, eu não posso nutrir em mim sentimentos por Dan, não mais.

A não ser de amizade, isso, podemos ser amigos, mas a ideia de vê-lo todos os dias me pertuba a mente, mesmo sabendo que não estaremos a sós.

Fracamente, eu posso ser meia lerda, mas não quero sofrer de um amor proibido por um homem comprometido, eu não esperei até hoje por alguém pra acabar assim.

Sábado | 11:57

- E agora eu não sei o que fazer. - suspiro frustada olhando pro chão e segurando a mão da minha mãe.

Ela tem um sorriso bobo no rosto e está ali desde que eu abordei o assunto Adam e comecei a lhe contar tudo, mamãe se preocupou quando lhe disse que passei mal, mas logo seu foco mudou quando narrei a conversa que tive com o príncipe ontem.

Achei muito interessante.

Milagrosamente a oportunidade de conversar com ela surgiu quando uma enfermeira veio ajudar meu pai com o banho, ele não está longe, mas ainda assim não nos ouve.

- Por que parece assustada, meu bem? - pergunta e eu sorrio desesperada.

- Porque ele é o Adam, um príncipe, o cara que eu não lembro de ter conhecido e o noivo de uma princesa, mesmo que seja por contrato ou sei lá. - respondo alterada e nervosa, minhas mãos soam enquanto eu, agora,q as mexo sem controle e eu sinto vontade chorar.

- Sophia querida, nosso coração não escolhe quem vai amar. - ela acaricia as costas da minha mão com o polegar.

- Eu sei, mas o cérebro sim e eu não quero amá-lo. - digo enfatica e ela apenas sorri.

- Você o ama a tanto tempo e somente agora descobriu isso? um sentimento não nasce de um dia pro outro, assim como não morre. - alega e eu suspiro.

- Eu estou tão confusa. - passo a mão pelo meu rosto e aperto o cenho. - Sinto tanta coisa diferente, eu li algo parecido nos meus livros de amorzinho, mas não sei lidar. - confesso e ela sorri.

- Sabe, quando eu e seu pai nos conhecemos... - eu a interrompo revirando os olhos.

- Eu sei essa história de cor. - afirmo e ela solta um riso baixo.

- Quando eu e seu pai nos conhecemos éramos dois adolescentes. - ignora meu comentário e eu me ajeito na poltrona. - Ele era considerado o burguês da congregação e por algum motivo ridículo nós discutimos um dia. - diz e eu assinto, eu já disso também. - A partir daí seu pai passou a pegar no meu pé, sempre retornando no mesmo assunto que nos levou a encrencar. - ela sorri e eu foco seu rosto. - Eu odiava como ele conseguia me arrancar do sério, odiava como ele se divertia com a minha raiva, odiava como ele sorria de mim e então declarei que eu o odiava. - conta e pela primeira vez ouço essa parte da história. - Seu pai não me dava um minuto de sucesso e tudo piorou quando começamos a estudar na mesma escola, eu não podia vê-lo que queria enganá-lo, mas um dia Ethan faltou ao colégio, faltou ao culto, faltou na reunião da célula e no outro dia tudo se repetiu. - conta - Não foi na ministração do domingo de manhã e nem a noite, estranhamente eu senti a falta dele e durante esses dias eu percebi que sem ele não tinha graça. - sorri boba e eu a sigo. - Mas pro meu alívio ele foi na escola na segunda e eu me vi caminhando até ele no intervalo para perguntar o que havia acontecido, naquele dia tivemos nossa primeira conversa normal, sem brigas, sem insulto e foi ali que eu resolvi dar uma chance a amizade dele. - conta e eu assinto. - Dê uma chance pra que a amizade entre você e Adam renasça, ore pra que seu coração seja convertido em uma tela branca e pinte novamente a amizade de vocês, filha. - aconselha.

Ela se remexe na cama de hospital e busca minha mão de novo.

- Eu entendo que respeita o relacionamento dele, mas meu bem, uma amizade bonita como a que vocês tinham não fará mal a nenhum dos dois. - afirma acariciando minha mão e eu assinto. - Guarde seu coração e viva o tempo de forma leve, não se cobre, não cobre Adam e também não cobre a Deus. - aconselha.

Assinto e respiro fundo enquanto fito o chão pensando em Adam e como sua amizade soa importante, o cheiro dele parece preso em mim ainda e é tão real e notório que poderia jurar que está em todo ambiente como se ele estivesse ou tivesse vindo aqui.

Eu estou ficando pirada.

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INFO:

Seu voto é importante, então deixe sua estrelinha, por favor.

N/A - NOTA DA AUTORA

Genteee, pratiquem exercício com seus dedos e me digam o que vocês acharam dessa interação, pleaseee.

Bjnhos
Love u
A.I.M

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