Capítulo 03 - Tobias, Tobias, onde está você?
~Megan~
Estou parada na porta e ainda questionando os meus motivos de estar aqui.
Adam está adormecido em sua cama e mesmo dormindo ele tem um semblante preocupado e seu sono parece instável. Quase como se ele estivesse tendo um pesadelo. Mesmo me mantendo firme na decisão de não envolver o Adam nem ninguém nos meus planos, vê-lo assim tão atormentado mexe comigo mais do que gostaria de admitir.
Era melhor se eu não envolvesse ninguém nessa minha perseguição. Seriam muitos julgamentos e mais pessoas para me preocupar. Tomei a decisão certa. Mas não consigo simplesmente deixar de me preocupar com eles.
Dou passos incertos para dentro do quarto do hospital e olho bem para os lados para ter certeza que ninguém está no meu pé. Se bem que acho muito difícil alguém me reconhecer assim. É claro, que usando uma roupa de enfermeira, ninguém olhava muito para o meu rosto, nem questionou a minha entrada no quarto de Adam.
Ele está murmurando algo, mas como palavras não saem de sua boca, apenas grunhidos sem sentido, não sei do que se trata o seu sonho. Me aproximo dele e solto um suspiro de alívio ao perceber que ele não está tão machucado quanto pensei que estivesse. O bipe ligado ao seu coração está bem forte e constante. Ainda bem.
Minhas mãos parecem ganhar vida e mesmo sem falar nada, eu acaricio seu rosto. Seus fios de barba por nascer fazem cócegas nas pontas dos meus dedos, mas não me importo. Nem sabia que poderia sentir falta de uma coisa tão pequena assim.
Fazer tudo sozinha pode ser mais difícil no começo, mas é só questão de costume. Já passei períodos longe do Adam. Consigo novamente. Vai ser um pouco difícil ficar sem ninguém ao meu lado por tanto tempo, mas vou conseguir.
Engraçado que parece ser instantâneo. Assim que eu encosto a minha mão no rosto do Adam, seu pesadelo parece ir embora e ele quase sorri. Mas só quase mesmo. Ele não parece mais conturbado e não murmura mais nada. Sua respiração fica um pouco mais calma e num ritmo lento.
Sua cabeça se aproxima um pouco mais da minha mão, e parece querer receber o carinho que lhe dou, mesmo que inconsciente. Paro de mexer meus dedos, com medo que ele possa acordar. Não mexo um dedo sequer.
Um sorriso inocente nasce em seus lábios e ele fala baixo, numa voz rouca e perdida.
— Megan — ele sussurra meu nome e por meio segundo penso que ele vai abrir os olhos. Mas ele não o faz, continua imerso em seu sono.
Não quero demorar muito mais para sair daqui. Cada momento que eu passo aqui dentro é um momento que eu fico para trás do Tobias. É mais um momento que eu questiono as minhas atitudes. Minha esperança era que eu tivesse feito um bom dano em Tobias, quem sabe ele teria que estar parado também para se recuperar?
Minha cabeça começa a doer.
Não querendo amolecer demais, retiro a mão do rosto do Adam, e me afasto dali. Estou quase saindo do andar quando escuto a voz da minha avó. Seu tom sério me faz ficar em estado de alerta. Fico de costas e me aproximo um pouco mais, procurando escutar o que a minha vó tem a dizer.
— O que você quer dizer que ela está irrastreável? Isso não é possível! Não quero saber de desculpas. Podem tratar de achar a minha neta! Não quero nenhum recurso poupado! Pode colocar a equipe de inteligência atrás dela! Se a encontrarmos, tenho o sentimento que também vamos encontrar o Tobias, então estará tudo certo. Estou bem confiante quanto a isso. Precisamos saber a localização de Megan.
— Estamos usando todos os recursos que temos Edith! Mas algo em seu domínio mudou! Enquanto não souber o que exatamente mudou, talvez não consigamos encontrá-la... — a voz parece ser a do Oliver, mas não ouso olhar para conferir.
A verdade era que pouco importava com quem ela estava falando, só sei que fico feliz por eles não saberem onde estou e nem sabem como me encontrar. Quem sabe assim, o Tobias também não sabe onde estou. Fico bem mais animada. Posso enfim pegá-lo de surpresa.
— Não estou interessada em desculpas! Só quero saber de encontrar a minha neta! Utilizem todos os olhos e ouvidos que temos por toda a Nihal! Não me importa o preço!
— Fique calma Edith! Não é culpa nossa nem sua a demora! Imprevistos sempre acontecem!
— Sei disso Oliver. E me desculpe pelo grito. Só estou nervosa. Quero saber onde a Megan está. Quero saber o motivo dela ter fugido. Estamos todos confusos.
— Não adianta pensar demais nas coisas Edith! Não acredito que a Megan de um momento para outro tenha virado algum tipo de vilã! Não importa o que muitos viram, ela não se deixaria dominar tão facilmente assim pela Morgana...
Engraçado isso. Não era uma questão de dominação ou não. Foi somente uma questão de aceitação. Assim que eu aceitei a Morgana, tudo ficou bem mais fácil e claro para mim. Todos os objetivos que pareciam tão obscuros e complicados, parecem ser bem mais fáceis de serem alcançados.
Sem precisar me preocupar com minhas ações, passando algumas vezes do limite do aceitável seria bem mais rápido. Sem me preocupar tanto com políticas e diplomacias, tudo o que eu queria estava na palma da minha mão. Eu não perdi pra Morgana. Eu a aceitei.
— Queria ter essa sua certeza Oliver... Mas infelizmente só confio no que vejo com os meus próprios olhos. Eu preciso encontrá-la — a voz de minha avó me machuca. Por isso nem quero olhar em sua direção, se eu a olhar agora, sei que vou jogar tudo para o alto e explicar tudo a ela. Mas não tenho tempo para isso.
— E nós iremos Edith!
Não quero mais escutar aquela conversa. Saio daquele hospital e me livro daquele disfarce de enfermeira. Volto a usar as minhas roupas pretas e coladas. Resolvo virar aquela província de cabeça para baixo procurando o Tobias.
Não deixar nenhuma pista quando se está procurando alguém é bem mais difícil do que parece. Não posso dar brecha para o azar e alguém acabar me encontrando aqui.
Ter a memória da Morgana é muito conveniente, pois agora eu sabia o local de todos os esconderijos secretos na província. Tudo bem que esse já era o segundo que eu saía e não tinha tido sorte alguma. Todas as informações foram destruídas e o esconderijo estavam vazio.
Estava caminhando para o terceiro. E como já escutei muita gente dizendo, a terceira vez é a da sorte, certo? Espero que sim.
Torço os dedos numa figa e encontro a pequena porta camuflada do esconderijo. Ao entrar no esconderijo dou de cara com dois dominadores de prontidão na porta, fazendo a segurança.
Bingo!
Os homens parecem estar em alerta total, mas coitados, mal sabem que contra mim eles não podem fazer nada. Prefiro não usar meu domínio da mente, por causa da Sarah estava com um pé atrás em sua utilização. Sei que tinham métodos de se proteger deles. Não posso usá-lo em soldados treinados assim, posso me dar muito mal.
Então uso meus domínios de água e terra para criar um casulo para prender os dois homens. Deixo suas movimentações lá dentro e seu oxigênio bem reduzidos. Eles devem ficar sem ar em questão de minutos. Só tenho que segurar esses casulos por alguns minutos e pronto.
Claro que os homens me dão muito trabalho. Não eram guardas à toa e eles tinham um bom uso de seus domínios e eram perspicazes. Mas quando falta o ar nos pulmões, não há muito o que se fazer. Ao desfazer os casulos os homens caem desacordados no chão. Quer dizer, um cai desacordado, o outro não tem tanta sorte e já vai no chão sem vida.
Deixo eles para trás e entro no esconderijo. Penso que vou encontrar muitas pessoas pelos corredores estreitos e mal iluminados, mas não encontro ninguém.
Não entendo o motivo de ter dois guardas ali para protegerem o nada... Mas não pode ser assim, deve ter alguma coisa aqui dentro que justifique os homens lá fora. Eu só preciso encontrar.
Escuto um ruído baixo e vou o seguindo com muito cuidado. Acabo encontrando uma pequena sala com diversos computadores. Nas telas desses computadores, imagens de Nihal eram mostradas e o que parecia ser um programa de reconhecimento facial estava rodando sem parar. Sabia andar sem mostrar muito o meu rosto. Consegui ver o meu corpo passando em muitas imagens, mas nenhuma imagem reconheceu meu rosto. Sorri bem satisfeita.
— Quem diria que nem precisaríamos procurar muito por você Megan White... Que você voluntariamente viria aqui nos encontrar — uma voz baixa e feminina fala atrás de mim.
Droga, por meio segundo eu fiquei com a esperança que talvez fosse o Tobias a me encontrar aqui.
— E você quem é? — me viro não rápido o suficiente para ver quando a mulher joga diversos dardos na minha direção. Ainda consigo criar uma barreira e evitar que eles me atingissem, mas não precisa quando a mulher correu para o meu lado e jogou mais um fardo em minha direção. A agulha enterra de leve do lado esquerdo da minha coxa. Retiro o dardo da minha perna e não sinto nada mudar em mim.
Jogo o dardo no chão e vejo um pequeno filete de sangue começar a escorrer pela perna. Era muito sangue saindo de um furo que parecia ser inofensivo.
— E o que isso deveria ser? — digo pisando forte no chão e fazendo um bloco de terra pular do chão e se chocar em cheio com a mulher.
Ela parecia tão desnorteada que nem esquivou do bloco.
— Isso não é possível! — a mulher ruge com muita raiva e vejo o seu semblante contorcer.
— O quê não é possível? — vou trabalhando com a umidade do lugar para ter uma boa quantidade de água para trabalhar com o meu domínio.
— Você não deveria ser capaz de usar seus domínios! — a mulher parecia perdida em pensamentos.
— Ah, então era isso que estava nos dardos... Aquele soro dos domínios...
— Que tipo de dominadora você é? — a mulher pergunta possessa e vem correndo na minha direção. Eu nem preciso de muito contra ela. A mulher estava tão atormentada que os seus movimentos estavam bem previsíveis. Então nem foi difícil esquivar dos seus golpes e desferir uns bons socos em seu rosto para que ela caísse no chão ofegante e perturbada.
— Sou o tipo de dominadora que você não deve mexer... — digo num sussurro ameaçador. — O que você pode me dizer sobre o Tobias e seu paradeiro?
— Nunca vou te falar nada! — ela tenta levantar, mas o bloco de terra que tinha colocado em seu peito tornava a tarefa dela impossível.
— Pelo seu bem, é melhor você me falar o que sabe... Não me obrigue a ser uma dominadora ruim... — com um movimento de dedos, o bloco de terra passa a fazer mais pressão sobre o seu peito.
A mulher arregala os olhos e tenta puxar uma respiração mais comprida, mas acaba não conseguindo fazer muita coisa. Ela tenta me acertar, tenta desfazer o bloco de terra que a pressionava, mas sem sucesso. A coloração do seu rosto estava começando a mudar e vi os primeiros resquícios de desespero em sua feição.
— Eu falo! Eu falo! — a mulher falou com uma voz bem sofrida e apertada. Sorrio de leve e retiro um pouco da pressão do peito da mulher. Ela começa a falar algo, mas não consigo escutar. Me aproximo um pouco mais de seu rosto.
Estou perto o suficiente para escutar ela puxar uma respiração grande.
E então sentir o cuspe dela escorrer pelo o lado do meu rosto.
Tenho que admitir, ela ainda tem coragem.
— Preferia muito que você não tivesse feito isso... — digo limpando a lateral do meu rosto com o dorso da mão. Tento manter um sorriso calmo e a minha feição impassível. — Eu realmente preferia que você não tivesse feito isso.
Mudo a estrutura do bloco de terra que estava em contato direto com a sua pele, fazendo com que nascessem longos e grossos espinhos. A mulher gritava enquanto sentia o meu domínio penetrar lentamente em seu peito, braços e pernas.
— Pensei que você não fosse tão sombria assim Megan. Não pensei que você conseguisse machucar outras pessoas assim... — a mulher diz e um filete de sangue escorre do lado de sua boca.
— Diga isso para o rapaz morto do lado de fora — tento não colocar emoções em palavras e continuo a perfurar seu corpo.
— Nihal se livrou de ter uma rainha tão inconsequente quanto você! — ela diz cheia de ódio e eu não consigo segurar a minha risada.
— E quem disse que eu sou inconsequente? O Tobias? Que moral ele tem para falar de mim? Ele me atacou quando eu era apenas uma dominadora ingênua! As atitudes que ele tem? Ele não poupou nem o casamento da filha dele! Ele não mede suas atitudes... Não vê o mal que fez a Nihal para tentar se tornar o rei! Nihal já está por um fio, eu só quero que isso termine mais rápido. Vou conseguir ser alguém melhor para Nihal.
— Palavras importantes para uma menina...
— Não importa a minha idade. Eu senti na pele o que Tobias fez por Nihal. Sei até onde ele está disposto a ir. Eu também estou disposta a ir lá. Sei que vou poder ser melhor que ele. Sou diferente.
— O fato de você estar torturando uma cidadã de Nihal para conseguir o que quer diz que você é exatamente igual...
— Mesmos meios, finais diferentes... — meu sangue começa a esquentar. As palavras dela estavam começando a me afetar.
Não precisava escutar nada disso. Só tinha que retirar a informação dela de uma maneira ou de outra. Penso se já não passei tempo demais aqui, se isso não pode ser algum tipo de armadilha ou qualquer coisa assim. Prefiro não deixar margem para o azar e vou usar logo o meu domínio de sangue. Se ela souber de alguma coisa, vai me falar.
Faço o seu sangue parecer ácido em suas veias e a mulher começa a se debater no chão desesperada. Nem se importa com os espinhos de terra que no momento cortam e rasgam a sua pele em diversos lugares.
Poucos segundos se passam e eu desfaço o domínio, deixando que a mulher consiga respirar com um pouco mais de calma.
— Preparada para falar? — digo com calma, puxando uma cadeira e sentando bem próximo ao corpo deitado dela.
— Você acha que somente com isso eu vou falar?
— Posso continuar aqui o dia todo. Não estou com muita pressa... — digo e faço mais uma vez o sangue da mulher se contorcer em suas veias e ela grita tão desesperada quanto da primeira vez.
Esse domínio de sangue é realmente uma mão na roda. Infelizmente não consigo usar muito, pois a minha cabeça começa a doer e meus sentidos ficam comprometidos, mas ninguém precisava saber disso.
— Como eu disse, não estou com pressa. Posso fazer isso o quanto eu quiser...
Cumpro o que falei. Fico alternando entre segundos de tortura e segundos em silencio dando a ela a oportunidade de abrir a boca. Vejo que ela está cada vez mais debilitada. Seus olhos parecem opacos e perdidos procurando algum ponto para focar. A respiração está esquisita e pode parecer loucura, mas consigo escutar seu coração bater forte e completamente descompassado.
Já estava fazendo isso há quase quinze minutos quando vejo a boca da mulher tentar murmurar alguma coisa. Seus lábios estão secos e manchados de sangue.
— Vou me aproximar agora, mas sei que você já aprendeu a sua lição — digo calma e me aproximo dela pra escutar o que ela tem a dizer.
— Você... Ele... Vem... Por... Você... Ele... Vem... Por... Você... — ela repetia essas palavras sem sessar.
— Me diga uma coisa que eu não sei — solto um suspiro frustrada. Acho que ela não sabe de muita coisa, e mesmo se souber, não vai falar. Não tenho como forçar nada aqui.
Posso tentar o domínio de mente, mesmo achando que não vai ter resultado. Enfraqueço um pouco mais a mente dela com o meu domínio de sangue e então tento dominar a sua mente. Mas não tenho sucesso. Tudo o que consigo ver em sua mente são imagens distorcidas e palavras completamente sem sentido.
Mas ao me abaixar para encarar a mulher de frente, acabo por perceber um pequeno ponto reluzente preso na calça que ela usava. Aprendi com o tempo que chaves e coisas que brilham aqui em Nihal normalmente significavam alguma coisa.
Estendo o meu braço e puxo o pequeno objeto brilhante da mulher. E somente pelo fato dela ficar assustada e tentar impedir sem o menor sucesso a retirada do objeto dela, aumentou ainda mais a minha certeza de que aquilo era alguma coisa importante para Tobias ou Nihal.
— N-n-não! — a mulher tenta pegar o meu braço, mas o seu corpo estava tão exaurido por conta do desgaste que fiz nele com o meu domínio que ela mal teve forca para erguer seu braço.
— Que tal me poupar o trabalho e me dizer para que isso serve? — passo entre meus dedos a pequena pedra reluzente. — Acho que vou poupar é o meu trabalho, você não vai me dizer...
Fico de pé e coloco a pedra em meu bolso. A mulher corre para a sua inconsciência. Essa não vai poder se mexer por um bom tempo... Olho ao meu redor para ver se consigo encontrar mais alguma coisa interessante ou util. Uma imagem em particular chamou a minha atenção em um dos monitores.
As imagens mostradas ali não eram da província do ar. Eu conhecia o lugar. Aquilo é a cidade onde eu moro. Conhecia bem aquele prédio. Passava por ele todos os dias que voltava da escola. Ficava bem perto da escola.
Mas qual o motivo do Tobias ter imagens do mundo real?
Será que ele saiu de Nihal? Será que foi buscar refúgio em um outro lugar? Essa é uma real possibilidade.
Um computador começa a fazer barulho. Olho a sua tela e vejo que é um pedido de uma chamada de vídeo. Penso se devo atender ou não, mas algo dentro de mim diz que eu devo atender. Então aperto o botão de aceitar e quase tenho que conter a minha surpresa ao ver o Tobias do outro lado da tela.
Ele parece querer falar alguma coisa, mas assim que vê o meu rosto, muda de ideia e abre um sorriso calmo. Os seus ferimentos eram poucos, mas fiquei feliz com o estrago que tinha feito com ele. Estava certa. Ele estava parando para se recuperar.
— Achei que você fosse demorar um pouco mais do que isso para me encontrar Megan... Mas que essa seja a última vez que eu subestimo você. Nos encontraremos em breve. A vantagem vai estar com quem conseguir fazer isso primeiro. Estou com a vantagem Megan.
— Será mesmo? — digo e aperto o botão de desligar.
Reconheci o fundo de onde ele estava. Aquelas cores quentes e vibrantes por todos os lugares. Aquelas paredes, os tons que o cercavam. Ele deveria estar na província do raio. Não tinha como ter certeza, mas poderia ficar em risco se ficasse mais tempo ali. Seria um bom começo. Tinha que sumir da província do ar. Agora ia ficar praticamente impossível me mover aqui dentro. Ele sabia onde eu estava.
Acabo de sair do esconderijo e estou em polvorosa com a informação que eu tinha conseguido. E ainda vou saber o que essa pedra faz. Busco na minha memória como eu sairia daqui e iria da forma mais rápida possível para a província do raio.
Acho que deve ter um portal não muito distante daqui... Só preciso andar um pouco mais pela cidade... Fica quase nos limites da cidade.
Vou até ele e sorrio ao encontrá-lo quase intacto e desprotegido. Precisa de uma pequena preparação e ajustes para passar por ele, então sento ao seu lado e me concentro para conseguir passar por ele.
Uma brisa suave passa pelo meu rosto e não sei o motivo, mas ela me faz abrir os olhos. E vindo voando na minha direção, vem um borrão branco e azul. Ao se aproximar de mim, vejo que é uma rosa. Branca, com suas pontas azuis.
Lembro imediatamente do Adam e a flor pousa em minhas mãos. Suas pétalas tão suaves me fazem amolecer. E não posso fazer isso. Jogo mais uma vez esse sentimento para bem longe e mordo o interior da minha boca com força, me fazendo sentir um gosto metálico. Aquilo serve para me fazer colocar a cabeça no lugar novamente.
Deixo com cuidado a rosa no chão e passo pelo portal. Queria que abandonar o Adam fosse fácil assim como largar essa flor.
Vou continuar a me manter distante. Não devo fraquejar. Vou somente mirar no meu objetivo, o resto tem que ser resto.
Sorry guys and girls <3 Sei que demorei uma vida pra postar esse capitulo. Mas estou passando por uns momentos meio que muito conturbados... Peço perdão pela demora. Beijos pra vocês que vieram aqui sem demora pra me fazerem companhia. Voltaremos em breve com mais atualizações. Até breve pessoal <3
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