²⁶|ᵐᵃʳᶠⁱᵐ
1.
“Do Árabe HAZM AL-FIL, “osso do elefante”
2.
Como neutro, o marfim é uma cor calmante. Ele carrega um pouco da mesma pureza, suavidade e limpeza do branco, mas é um pouco mais rico e um pouco mais quente.”
ATLAS
— Não acho que isso seja uma boa ideia — digo, mantendo meu tom de voz baixo enquanto caminhamos pelos corredores silenciosos do colégio.
Fallon olha mim por cima do ombro.
— Se você acha que é uma péssima ideia, então ela é mesmo boa.
Balanço a cabeça, mas continuo com meus dedos entrelaçados aos dela enquanto ela guia o caminho.
Ficamos na biblioteca durante o resto da manhã e a tarde. Eu gosto de ficar assim com ela: abraçados enquanto conversamos sobre tudo ou apenas em silêncio.
Li para ela enquanto a luz do sol ainda não havia ido embora. Ela em meus braços e um livro são duas coisa que definitivamente me faz feliz.
Enquanto andamos, encaro seu ombro, agora coberto, mas a cicatriz está gravada na minha mente, disparando a raiva que sinto por seu pai, e que cresce cada vez que ela me conta sobre mais alguma atrocidade que ele fez. Sinceramente, não sei como não fui atrás dele imediatamente para terminar o que comecei ao lhe socar o rosto.
— Demos sorte, está aberta — Fallon sussurra, me tirando dos meus pensamentos.
Ela abre a porta com cuidado, mas apesar disso, ainda faz um barulho baixo e irritante. Com espaço o suficiente para passarmos, nós entramos.
— Fique aqui, eu vou procurar o interruptor — Fallon diz, já se afastando e eu obedeço, permanecendo parado onde estou.
Eu sei que a gente tá se arriscando muito vindo aqui, pois todos já foram embora, mas há algo de excitante em ser fora da lei com ela.
Quando as luzes acendem, encaro Fallon que está do outro lado, a enorme piscina da escola entre nós dois.
Ela sorri de modo travesso e tira a blusa, revelando seus seios cobertos pelo sutiã preto.
Mesmo de longe, vejo ela arquear a sobrancelha.
Sorrio de volta, aceitando o desafio e tiro meu cardigã.
Ela tira o sutiã.
Eu tiro minha camisa.
Quando não há mais nenhuma peça de roupa em nossos corpos, Fallon mergulha na piscina e eu faço o mesmo.
Meus olhos estão abertos enquanto eu nado até ela, por um momento sem acreditar que eu realmente pulei pelado na piscina da escola.
Quando Fallon e eu estamos próximos, ambos voltamos a superfície.
Ela está rindo, o nariz vermelho por causa do frio.
— Eu não acredito que você fez mesmo isso — diz.
— E já estou me arrependendo. Isso aqui está muito frio. — Não ficaria surpreso se pegássemos um resfriado depois.
Fallon passa os braços ao redor do meu pescoço e entrelaça suas pernas em cintura. Não consigo me impedir de gemer quando sua boceta pressiona meu pau.
— Talvez devêssemos esquentar um pouco as coisas — sua voz assume um ar sedutor quando ela diz isso e eu juro que meu corpo todo esquenta.
— Alguém pode nos pegar aqui — mesmo quando falo isso, minhas mãos seguram sua bunda e meus lábios roçam no seu.
— Você não me engana, Atlas — ela continua sussurrando ao beijar e lamber o meu pescoço antes de mordiscar minha orelha e dizer: — Eu sei que fazer coisas inapropriadas comigo excita você.
E ela está certa. Tudo começou naquele escritório, onde eu sabia que seria pego, que o que estávamos fazendo era errado, mas eu não dei a mínima, porque nunca tinha feito aquilo, sido inapropriado e a ideia de ser isso com ela me fez ficar. Assim como no lago, onde estávamos expostos, mas que foi mágico e excitante ao mesmo tempo porque, mais uma vez, era com ela. E agora.
— Você desperta o pior de mim — eu admito, observando quando ela sorri.
— Eu sou a sua maçã no paraíso. — Então ela me beija.
Seus lábios macios colidem com os meus e sua língua deslizando entre eles em um beijo predatório onde todas as células do meu corpo se acendem e vibram, me arrancando suspiros e gemidos.
— Você me quer? — sussura. Eu anuo, mesmo já sendo óbvio. Fallon sorri. — Então vai ter que me pegar.
Ela se afasta, rindo e eu fico piscando, ainda atordoado por não tê-la mais em meus braços.
— Vamos, Atlântico — Fallon grita —, não temos a noite toda.
Sorrio para ela, então o jogo começa.
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FALLON
Grito quando os braços de Atlas se fecham em minha cintura. Eu fui devagar demais e agora ele conseguiu me pegar.
— Peguei você — sussurra em meu ouvido.
— Não valeu! Você é mais rápido que eu, isso é injusto — protesto, mas ele apenas ri.
— Você é uma péssima perdedora, gatinha selvagem.
Virando para ele, semicerro olhos, tentando parecer brava, mas está tão lindo agora que é impossível. Seu cabelo ganhou uma cor escura por estar molhado, seus olhos estão de um azul muito vívido que me tiram o fôlego, e seu rosto está deliciosamente corado.
— Vamos fazer aquele jogo de novo? Eu pergunto uma coisa e você responde e vice versa? — pergunto, minhas costas pressionadas no mármore da piscina.
— Tudo bem. O que você quer saber? — Atlas se aproxima, nós dois quase submersos na água, com apenas nossas cabeças para fora.
— Qual o seu cantor preferido?
— Harry Stiles.
Arqueio a sobrancelha. Ele só pode estar brincando.
Atlas arqueia a sobrancelha também.
— O quê?
Balanço a cabeça.
— Nada. Sua vez.
— Qual sua série preferida?
É minha vez de pensar. Eu não assisto muito programa de TV, mas às vezes Portia me obriga a assistir com ela, então tenho algumas opções.
— Modern Family.
Sua incredulidade me faz jogar água nele.
— Qual seu personagem preferido? — Atlas pergunta, e apesar de não ser sua vez, respondo.
— A Glória — diante da sua surpresa mal contida, completo: — Ela me lembra a Portia. Qual país você gostaria de visitar?
— Itália. Você já se apaixonou?
A fase das perguntas bobas já passou, então.
— Não. Você já traiu a Brittany outras vezes?
A piscina fica em silêncio.
Os olhos azuis de Atlas se semicerram.
— Você só começou esse jogo porque queria fazer essa pergunta? — questiona. Ele está certo, mas não vou admitir isso. Não quero expor mais uma das minhas inseguranças.
— Não é sua vez de perguntar — digo simplesmente.
— Se você queria me fazer essa pergunta, não precisava desse joguinho — Atlas parece... magoado?
— Você ainda não respondeu — murmuro. Não entendo a relutância dele em responder.
— Você me conhece. Sabe que não.
— Você traiu ela comigo. Não tem um ditado que diz que "quem trai uma vez, trai sempre"?
— Você está falando sério?
Dou de ombros, me encolhendo mentalmente diante do seu olhar. Eu não quero discutir, ou estragar o clima. Eu só... Há coisas que precisamos saber, simples assim. Mas acho que Atlas não entende isso.
— Não, Fallon — responde de forma seca. — Eu não traí a Brittany antes.
— Tudo bem — murmuro, encarando a água. Eu acredito nele.
De repente, a água fica fria, assim como seus olhos me encarando, porque o conheço o bastante para saber que quando ele fica chateado ou com raiva, seus olhos viram lascas de gelo.
Ergo os olhos quando noto o movimento na água. Atlas está indo em direção a escadinha da piscina.
— Pra onde você está indo? — pergunto.
— Para casa. — Mas ele não vira ao responder e eu o observo sair da piscina.
Seguro a borda de mármore, pensando se devo sair da água e pedir que ele fique, mas... Ele realmente parece chateado. Eu não quero pedir desculpas. Eu provavelmente deveria ter perguntado logo o que queria saber, mas não me sinto realmente culpada por ter perguntado.
Então observo ele se vestir.
— Você deveria ir também. Está tarde — diz, colocando a mochila nas costas após estar todo vestido.
Eu não digo nada e ele também não ao sair pelas portas duplas.
Suspiro, então deixo meu corpo afundar na água.
Eu realmente tenho um jeito peculiar de estragar as coisas, certo?
Como as pessoas fazem isso? Atlas pode ser inexperiente com sexo, mas não sou muito melhor em relações em geral.
Às vezes tenho aquele mesmo sentimento de quando começamos com tudo isso, quando eu ficava esperando a hora das coisas simplesmente... ruirem.
Eu sei que não somos um casal perfeito de algum filme adolescente, mas eu esperava... que déssemos certo de verdade porque... eu gosto dele. Gosto mais dele do que deveria e a verdade é que por mais que eu não queira pedir desculpas, irei fazer isso porque não quero que ele fique magoado comigo ou que comece a pensar as mesma coisa que eu, que não somos perfeitos e talvez deveríamos...
Emergindo da água, inspiro o ar, passando a mão por meu cabelo para tirá-lo da frente do rosto. Meus pulmões ainda estão tentando fazer seu trabalho normal depois da minha negligência com o oxigênio, quando abro os olhos ao ouvir o barulho das portas duplas, pensando se finalmente fui pega.
Mas é Atlas quem está lá, olhando para mim.
Eu não sei o que pensar sobre ele ter voltado, mas mantenho meus olhos nele enquanto o mesmo caminho para a parte da piscina onde estou.
Atlas joga a mochila no chão e tira os sapatos antes de sentar na borda, a água molhando suas pernas cobertas pela calça.
— Eu não queria ter traído a Brittany — diz, balançando os pés.
Engulo em seco, tentando não sentir o golpe das suas palavras...
— Eu deveria ter terminado com ela assim que saí daquele escritório — continua, agora olhando para mim. — Então você e eu poderíamos ter começado as coisas de forma correta.
Me aproximando dele, meu rosto fica na altura da sua cintura. Olho para cima — para ele.
— Caso não tenha percebido, Atlântico, mas ‘correta’ não é uma palavra presente no meu dicionário.
Atlas ri.
— Acredite, eu percebi. — Ele suspira, passando a mão pelo cabelo úmido. Cruzo os braços em seu colo, apoiando meu queixo em meu braço. — Eu não queria sair daquele jeito. Eu só que... Eu traí a Brittany e ainda me sinto mal por isso. Apesar de tudo, ela não merecia.
— Ela também traiu você — observo. Atlas dá de ombros, acariciando minha bochecha.
— Ela e Drew combinam. — Então ele sorri. — Assim como nós dois.
— Tenho que concordar — murmuro, meus olhos descendo para o que está bem a minha frente, que por acaso é o seu pau. Ele ainda está de calça, claro, então começo a fazer círculos bem próximo a sua virilha. — É sua vez de perguntar.
— Hum?
Sorrio, fingindo não notar a sua mudança.
— O jogo. É aua vez de fazer uma pergunta — lembro a ele.
— Ah! — Atlas pigarreia e eu reprimo um sorriso. — O que... Hã... Qual sua comida preferida?
— Sushi? — Dou de ombros. — Acho que sim. Você prefere tocar piano ou violão? — Movendo meu dedo, observo seu pau inchar dentro da calça.
— Pian... Piano.
Olho para seu rosto, vendo como seus olhos acompanham o movimento do meu dedo. Espalmo a mão em seu pau, e seus lábios se separam quando ele geme, sua respiração superficial.
Dou risada baixinha, apoiando minha outra mão no mármore ao me impulsionar mais para cima e capturar seus lábios. Atlas então me segura, seus lábios devorando os meus com a mesma intensidade.
Com carinho, ele me puxa mais para cima, então estou saindo da piscina e nós dois caímos no chão, rindo.
Com meu corpo em cima do seu, me afasto para olhar para seu rosto. Seus lábios estão inchados, um sorriso neles e seu rosto corado.
— Eu quero fazer amor com você — sussurro, meu rosto também corando pois eu nunca tinha dito essas palavras com tanta... emoção.
Atlas, que estava fazendo carinho em minhas costas, senta, trazendo-me com ele e eu acabo montada em seu colo. Seus lábios colam nos meus outra vez e eu suspiro com o tamanho da emoção em meu coração. E o tamanho do pau dele embaixo de mim.
Começo a rir, interrompendo o beijo e Atlas arqueia a sobrancelha, um sorriso ainda em meus lábios.
— O quê? — pergunta.
— Pensamentos pervertidos.
Ele semicerra os olhos, seu sorriso se tornando malicioso.
— Gatinha selvagem.
— Gosto quando me chama assim — murmuro, ficando mais vermelha pois sei que ele não vai me deixar esquecer.
— Eu sei, mas ouvi-la confessar é muito satisfatório.
— Você quer algo satisfatório? — Rebolo em seco, ouvindo-o gemer. — Tire suas roupas e eu vou te mostrar.
— Apenas mostrar?
Minhas sobrancelhas se erguem.
— Quanta perversidade, Atlântico. — Balanço a cabeça, então saio do seu colo e me deito na borda da piscina.
Atlas fica de pé, se despindo para mim pela segunda vez essa noite e eu observo pela segunda vez essa noite, o prazer se acumulando em meio as minhas pernas só com a vista dele nu.
Atlas vem para mim, para o seu lugar entre minhas coxas, seus dedos deixando impressões digitais em minha pele quando me toca da forma mais gentil possível.
Sua boca reivindica a minha, engolindo meu gemido quando sua mão se fecha em meu seio e ele belisca meu mamilo.
— Você tem andado com camisinha na carteira como eu mandei? — pergunto a ele.
Atlas anue, se afastando apenas para pegar a carteira na calça. Seus dedos estão tremendo quando ele pega a camisinha. Cubro sua mão com a minha e seguro seu rosto para que ele possa olhar para mim.
— Você também foi o meu primeiro — eu digo a ele, passando o polegar por sua bochecha enquanto encaro o azul intenso dos seus olhos. — O primeiro que eu quis de verdade; que eu desejei. Que eu escolhi com o meu coração.
Eu o beijo antes que Atlas possa ver a emoção confusa em meus olhos, que eu achei que nunca fosse capaz de sentir.
Eu o ajudo com a camisinha e entrelaço minhas pernas em sua cintura quando Atlas entra.
Meu coração é um carro desenfreado correndo em velocidade máxima. É a analogia mais estranha que já pensei, mas meu cérebro não está funcionando direito quando Atlas se move, saindo, então entrando de novo.
— Fallon... — meu nome em sua boca é rouco e sexy e completamente único.
Nunca foi assim com ninguém, é o que deixei de dizer a ele. Ninguém nunca foi tão cuidadoso comigo, me beijou com tanta ternura.
Eu me movo com ele, meu corpo incendiando com cada investida, com uma mão sua em meu seio e a outra em minha bunda. Seus lábios bebendo cada ruído meu, o prazer genuíno que ele me proporciona.
— Atlas... — não sei se estou sussurrando ou gritando, movendo meus quadris com os dele.
Atlas apoia sua testa na minha, seus lábios pairando a cima dos meus com longos gemidos saindo deles.
Nunca gostei de olhar no rosto de quem me fodia, de ver meu reflexo nos olhos de um estranho qualquer. Mas os olhos de Atlas são um oceano profundo e eu me afogo neles, na sua intensidade, em seu desejo e excitação.
— Fallon, eu... — Eu sei que ele vai dizer, por isso ponho o dedo em seus lábios.
— Não diga nada — sussurro, beijando-o. — Não diga nada.
Ele não diz, soltando um palavrão ao acelerar suas estocadas. Arranho suas costas quando o prazer se desenrola em meu núcleo, enfraquecendo minhas pernas.
— Goza comigo — sussurro, apertando seu pau com a minha boceta. Atlas xinga outra vez e eu sorrio porque vê-lo perder o controle assim é apenas um combustível. — Goza comigo, Atlas.
E ele faz. Ao mesmo tempo que o clímax me atinge com força, eu observo a tensão em seu rosto se desfazer enquanto ele goza.
— Bom garoto — sussurro para provocá-lo.
Atlas ri, apoiando a testa na minha outra vez. Ele beija minha boca uma, duas, três vezes. Então ele sorri e eu sei...
Eu sei que estou perdida.
•~•~•
OBRIGADA PELOS 18K😭😭💘
AMO VCS♥
AAAAAAAAAA o que foi esse capítulo, hein?😏
Desculpa a demora, sei que defini os dias de postagem, mas esqueci...
Espero que tenham gostado♥
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2bjs, môres♥
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