¹⁷|ᵇʳᵒⁿᶻᵉ
1.
"Essa palavra vem do Francês bronze, do Italiano bronzo, de origem ainda incerta. O que é feito de bronze ou tem a sua cor é brônzeo.
2.
Obtido a partir de uma liga de metais, nomeadamente o estanho, a prata e o cobre, o bronze tem em si reunidas forças diversas e complementares, já que tanto o estanho como a prata são metais associados com a Lua e o cobre é associado com o Sol e o fogo. ... Na tradição ocidental, o bronze simboliza a força militar."
ATLAS
— Não sei se quero fazer isso — Fallon murmura, poucos dias depois, enquanto caminhamos para o refeitório.
— Você prometeu. — Eu paro quando ela faz o mesmo, as portas do refeitório apenas a alguns passos.
— Eles me odeiam, Atlas! Por que eu me sentaria com pessoas que me odeiam? — Fallon cruza os braços, na defensiva.
— Eles não te odeiam, só não a conhecessem — argumento, afastando seu cabelo do rosto, enquanto ela finge estar brava. Eu sei diferenciar quando ela está fingindo e quando é sério.
Ontem eu pedi a ela que se sentasse comigo e com meus amigos, no refeitório. Ela está sempre sozinha e apesar de eu ter sentado com ela nos últimos dias, quero que ela conheça meus amigos.
— Por que isso é tão importante pra você? — pergunta.
— Porque eles são meus amigos e você é a minha namorada e eu queria que se conhecessem.
Fallon suspira, me encarando com seus olhos escuros. Eu sei que isso não é fácil para ela, mas queria fazê-la se sentir bem, estando com outras pessoas, mas se ela não quer, não irei forçá-la.
— Tudo bem, não precisa fazer isso. — Seguro seu rosto, acariciando sua bochecha com o polegar.
— Não vai ficar chateado? — Ela morde o lábio, parecendo estudar minha expressão.
— Não. — Rntrelaço nossas mãos e aponto para o refeitório. — Mas vamos entrar lá. Estou morrendo de fome.
Fallon anue e nós entramos. Não deixo de notar como ela fica vagamente atrás de mim. Eu sei porque ela faz isso e odeio. Faz uma semana desde que todos nessa maldita escola ficaram sabendo sobre nós dois, graças a Brittany, é claro. Então ainda ficam olhando quando passamos e cochichando e isso deixa Fallon desconfortável.
— Bando de idiotas — eu murmuro, notando um grupo em uma mesa próxima cochichando, enquanto estamos na fila.
— Está tudo bem — Fallon diz, mas nós dois sabemos que não está.
Eu nunca fui violento, mas essas pessoas estão me fazendo testar meus limites.
Nós pegamos a comida e estamos indo para mesa que Fallon costuma ficar, quando ela acena para outra mesa, onde meus amigos estão.
— Vamos sentar com eles.
— Mas você disse...
— Eu quero tentar.
Eu sei que ela só está fazendo isso porque eu pedi, mas fico feliz que queira dar uma chance a eles. Drew já está entre eles, apesar de eu não ver Brittany. Ela costumava se sentar conosco apenas para deixar claro para outras garotas que ela tinha um namorado.
— Oi — cumprimento eles. Fallon senta ao lado de Drew e eu sento ao lado dela, assim ela fica entre nós dois, pois ele é a pessoas mais segura no momento — Pessoal, essa é a Fallon. Fallon esses são Amanda — aponto para a garota negra com tranças no cabelo — August — o garoto de descendência asiática — E o Drew, que você já conhece.
— Oi — Fallon se esforça com um sorriso, o rosto ficando vermelho.
— Então você trocou a patricinha por uma gótica? — Amanda arqueia a sobrancelha para mim. Pelo canto do olho vejo Fallon enrijecer o corpo.
— Amanda. — Drew ganha um olhar assassino depois disso.
— Não se preocupem, ser babaca é coisa da Brittany. — Ela estende a mão para Fallon. — Se está com o Atlas, então é nossa amiga.
Fico mais do que aliviado quando Fallon aperta a mão dela, ainda com um olhar cauteloso.
Passamos a comer e conversar, apesar de Fallon não falar muito. Apenas o fato de ela está aqui faz eu ama-la ainda mais, mesmo que ela não saiba disso.
— Não foi tão difícil — sussurro em seu ouvido enquanto os outros discutem sobre super-heróis.
— Pode tirar esse sorrisinho convencido do rosto — ela sussurra de volta, apesar de ela mesma estar tentando não sorrir.
Aperto sua bochecha e ela belisca minha perna, me levando a lhe fazer cócegas.
— Ei, casal feliz — Amanda nos chama e nós paramos, ainda rindo. — Estamos tendo uma conversa importante sobre quem é o melhor: Homem de Ferro ou Capitão América. O que você acha, garota de preto?
Fallon não liga para o apelido ao responder:
— Capitão América, é claro.
Sorrio, passando o braço por seus ombros.
— Essa é a minha garota. — Beijo sua bochecha e acho graça quando ela cora.
Eu definitivamente a amo.
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—Tem certeza que sua irmã não vai se importar? — pergunto a Fallon.
Estamos na casa de Portia, onde Fallon está passando alguns dias. Ela não disse o por que, mas suspeito que tenha a ver com seus pais.
— Portia está trabalhando e você vai embora antes de ela chegar. — Fallon volta para sala com a água que eu pedi, me entregando ao sentar ao meu lado no sofá.
— E quando será isso? — não que eu queira ir embora. Pelo contrário, quero aproveitar o máximo de tempo que tiver com ela.
— Ela vai chegar tarde hoje. Tipo, lá para às oito. — O sorriso que ela me dá e o brilho em seus olhos não pode ser descrito por nada além de malicioso.
— Então temos muito tempo. — bebo a água, observando quando ela senta em meu colo e depois toma o copo vazio da minha mão, colocando na mesinha ao lado.
— Como você acha que devemos aproveitar esse tempo? — Fallon sussurra contra minha pele, beijando meu maxilar, então meu pescoço e depois meu queixo — Que tal começarmos por aqui. — Ela está prestes a me beijar, mas eu a interrompo.
— Espera... Quero lhe dar uma coisa. — Tiro do bolso o que comprei para ela... Bom, para nós dois.
— Um colar.
Lhe entrego o colar. O pingente é uma meia lua e se colocarmos juntos, se encaixa perfeitamente com o pingente de sol no meu colar.
— Eu vi e... pensei em você — digo, sentindo meu rosto quente. Seu rosto não demonstra nada, mas estou começando a achar que foi uma péssima ideia. Ela não usa muitos acessórios além dos anéis, mas achei que talvez gostasse. — Não precisa usar se não quiser... É só... Algo para se lembrar de mim.
— Você é tão... cafona — Fallon sussurra e entendo suas palavras como algo bom, pois um pequeno sorriso brota em seus lábios. — Muito cafona. Quer dizer, colares combinando, sério?
— Não finja que não gostou. — Sorrio porque sei que é o jeito dela de dizer que gostou.
— Hum... Só cale a boca e ponha o colar em mim.
Ponho o colar nela e fico feliz quando ela faz o mesmo por mim.
Fallon segura o pingente em forma de sol do meu colar e meu coração bate forte quando ela diz:
— Você é o meu sol, Atlas Campbell.
Eu a beijo.
Sua boca combina perfeitamente com a minha, quente e doce e faminta. Suas mãos já estão por dentro do meu suéter, arranhando meu abdômen, provando que ela é uma gatinha selvagem.
Acho que sussurro isso, pois ela ri, sua risada se transformando em um gemido quando beijo seu pescoço, chupando sua pele ao mesmo tempo. Já percebi como isso a faz arfar e gemer. Os sons que ela faz são tão lindos que perco o controle rapidamente.
Volto a beijar seus lábios ao mesmo tempo que nos movo no sofá, fazendo-a deitar no mesmo. Eu poderia ter continuado beijando-a, caso não tivesse sentindo seu corpo ficar tenso.
Me afasto para lhe encarar.
— Tudo bem?
— Sim, só... — Fallon franze as sobrancelhas e depois de um segundo, muda nossas posições, ficando por cima. — Melhor.
Sorrio, sabendo que ela gosta de estar no controle e volto a beijá-la.
Um tempo depois, diminuímos o ritmo, ficando apenas fazendo carinho um no outro. Eu disse a ela que quero ir devagar. Eu sei que todas as suas relações foram apenas sexo e nada mais e quero lhe provar que não estou com ela por causa do sexo ou do seu corpo. E mesmo ela dizendo que sabe disso, sei que aprecia a ideia de ir com calma.
— Quer assistir a um filme? — Fallon está deitada em cima de mim, o queixo apoiado nas mãos em meu peito enquanto me encara.
— Pode ser. — Estou enrolando um mecha do seu cabelo e não me importaria de continuar lhe admirando.
— Vou deixar você escolher. — Ela senta, liga a TV e me entrega o controle. — Já volto.
Ela some dentro do quarto que presumo ser o seu e eu zapeio pelo Netflix. A maioria dos filmes assistidos parece ser de terror e não fico nenhum pouco surpreso com isso.
— Me deixar escolher significa que você quer que eu escolha algo que você goste ou tenho carta branca para escolher qualquer coisa? — já imagino ela revirando os olhos ao ouvir minha pergunta.
— Pode escolher algum filme de super-herói, se é isso que quer saber.
— Você me conhece tão bem. — Sorrio, me sentindo um idiota apaixonado com isso.
Escolho "Vingadores: Guerra Infinita" e espero por ela.
Depois de três minutos passar e Fallon não ter aparecido, vou até o seu quarto. A porta está aberta, então não é nenhuma invasão. O quarto não é grande, com uma cama de casal, um guarda-roupa e uma penteadeira. A colcha da cama e as cortinas são de tons claros, com certeza algo escolhido por Portia...
Todos pensamentos somem da minha mente quando vejo Fallon de costas para o espelho, mas olhando para... Por Deus.
— Quem fez isso com você? — não reconheço minha voz ao fazer a pergunta. Há marcas em suas costas. Marcas longas e talvez não muito profundas para deixar cicatrizes para sempre, mas ainda assim deve doer...
Lembro do que aconteceu momentos atrás, a mudança dela quando a deitei no sofá e suas costas... Ah Deus, aquilo deve ter doído.
Fallon se assusta ao meu ver, vestindo a blusa rapidamente, mas eu vi e a raiva gélida que corre em minhas veias me faria matar o desgraçado que fez isso com ela.
— Não é da sua conta. — Aquela velha Fallon, inexpressiva e fria está me encarando agora, mas tudo que consigo ver é sua pele vermelha e inchada.
— Fallon... — tento, mas ela já está balançado a cabeça.
— Acho melhor você ir embora. — Ela tenta me fazer sair do quarto, mas não me mexo.
— Nem fodendo que vou sair daqui sem você me dizer quem fez isso.
Fallon parece estar com raiva ao me encarar, mas não recuo.
— Você sabe quem fez isso e sabe também que não pode fazer nada a respeito.
— Foi o seu pai, não foi? — o silêncio dela é resposta o suficiente para mim. Seguro seu pulso e lhe conduzo para a sala.
— O que vai fazer?
— Denunciar o seu pai.
— O quê?! Não! — Fallon se solta e eu viro para encará-la.
— Sim, Fallon! Esse homem é um monstro. Nenhum juíz que se preze vai deixá-lo sair impune pelo que faz com você.
— Eu mereci isso. Esqueceu o que aconteceu? Eu tive uma overdose! Meu pai só estava me dando a punição necessária.
— Punição necessária? — será que ela está ouvindo o que está dizendo? — Quantas punições necessárias seu pai já te deu, Fallon?
— Você não entende, tá legal? É mais complicado que isso. — Ela está quase chorando mais uma vez, ao sentar no sofá.
— Então me explique, porque para mim está mais do que claro que seu pai abusa de você.
Fallon leva os joelhos ao peito, tapando os ouvidos com as mãos. A cena quebra alguma coisa em mim.
Me ajoelho em sua frente, me amaldiçoando por ter tido essa reação. Isso é tudo o que ela menos precisa.
— Fallon, olhe para mim — peço, segurando suas pernas. — Por favor, olhe para mim.
Ela balança a cabeça, abaixando as mãos para abraçar os joelhos, se encolhendo ainda mais, mas não olha para mim.
— Só vá embora — a fragilidade em sua voz faz meu coração doer.
— Não. Não vou deixar você — isso não vale apenas para hoje.
Reprimo o suspiro de alívio quando ela finalmente me olha, mesmo que a dor neles seja insuportável.
— Eu não quero conversar.
— Tudo bem. Tudo bem, me desculpe, só... Não me afaste.
Ela anue, voltando a olhar para o nada. Eu sei que preciso convencê-la de que não merece isso, independente de ter usar drogas ou beber e ir a festas, ninguém merece o tipo de "tratamento" que seu pai lhe dá, mas também sei que não posso fazer isso agora. Eu errei quando deixei a raiva tomar conta e não reagi da maneira certa e isso pode ter custado a confiança dela em mim.
Sento-me no chão, me encostando no sofá.
Ainda estou xingando a mim mesmo quando sinto o movimento atrás de mim e logo depois Fallon está em meu colo, o rosto em meu pescoço enquanto ela me abraça.
Tomo cuidado com suas costas ao abraçá-la de volta enquanto acaricio seu cabelo.
←↑↓→
Depois de um tempo, apenas ouvindo a respiração um do outro, eu digo:
— Quer ir para o quarto?
A sua resposta é um aceno de cabeça, então fico de pé com ela ainda agarrada a mim e em outro momento eu poderia fazer uma piada sobre conseguir levantar sem derrubar nós dois, mas ao em vez disso, eu a carrego para o seu quarto, fechando a porta ao entrar. Consigo afastar os lençóis, então deito levando-a junto e nos cobrindo. Fallon se acomoda melhor, deitando a cabeça em meu peito assim como a mão.
— Ouça meu coração e descanse. — sussurro para ela e volto a acariciar seu cabelo enquanto sua respiração vai ficando pesada.
FALLON
Estou começando a me acostumar com isso, acordar em seus braços. A batida constante do seu coração me garante que ele é mesmo real e está aqui, comigo, mesmo depois que eu pedi para ele ir embora.
Me desvencilhando dele, saindo da cama. Já anoiteceu e provavelmente vou levar uma bronca quando Portia chegar e ver Atlas aqui, mas eu não irei acordá-lo nem se eu quisesse.
Dou um beijo em sua bochecha e saio do quarto. Minhas costas ainda doem, apesar daquela pomada estar ajudando bastante. Isso me lembra o olhar de Atlas, a raiva pelo o que meu pai fez, nossa discussão...
— Suponho que se o carro do Atlas está lá fora, ele está aqui. — Portia está na sala, sentada no sofá.
— Portia... Não fica chateada...
— Relaxa. Só me prometa que não vai engravidar.
— Eu prometo. — apesar de Atlas e eu não termos dado esse passo ainda.
Minha irmã volta sua atenção para o notebook em seu colo e eu vou me sentar ao seu lado. Ela está vestida casualmente, sinal que já deve ter chegado há um tempo.
— Como foi o trabalho? — o pouco tempo que olho para seu notebook já sinto dor de cabeça com todos esses gráficos.
— Bem. A Natália tem aprendido rápido — diz, referindo-se a outra mulher do tempo que ela está treinando — Ela apresentou sozinha hoje, por isso cheguei cedo. — Por que você não vai acordar a outra Bela Adormecida? Eu pedi pizza.
— Você é a melhor irmã do mundo. — Beijo sua bochecha e ela revira os olhos, mesmo ao sorrir, sem saber que minhas palavras são verdadeiras.
Volto para o quarto, acendendo a luz. Atlas murmura alguma coisa, pegando o travesseiro e cobrindo o rosto. Sorrio, sentando-me na cama.
— Atlas — chamo por ele, que murmura, tirando o travesseiro do rosto, mas ainda de olhos fechados.
Sorrindo ainda mais, levo minha mão até embaixo do seu suéter, fazendo minhas unhas arranharem de leve seu abdômen.
— Atlântico — sussurro em seu ouvido, beijando seu queixo.
— Hum... — sei que ele não está dormindo quando sua boca encontra a minha e ele está me puxando. Monto em seu colo, beijando-o e gemendo.
Atlas mudou desde que nos conhecemos. Antes ele hesitava no beijo e ao me tocar, mas está ficando cada vez mais seguro e isso é bom, mesmo eu gostando do jeito tímido dele. Sua mão em minha minha bunda e a outra em meu cabelo, não é nada tímido, porém.
— Você beija tão bem — Atlas murmura, mordiscando meu lábio depois. — É viciante.
— Isso é bom, suponho — muito bom, pelo o que sinto entre minhas pernas.
— É perfeito.
Ficamos nisso por mais alguns minutos, mãos e beijos e dentes. Eu poderia ficar aqui para o resto da vida se a minha irmã não estivesse do outro lado da porta.
— Portia pediu pizza — digo então, me afastando de seus lábios, mas permanecendo montada em seu colo.
— Sua irmã está aí? — ele finalmente parece mais alerta, se apoiando nos cotovelos.
— Sim. — Ajeito seu cabelo, apesar de ele ficar muito sexy todo desarrumado.
— Agora ela deve me odiar um pouco mais. — Atlas suspira, desabando na cama de novo.
— Ela não te odeia, só não conhece você — uso suas palavras contra ele mesmo, ganhando um olhar fulminante dele. — Anda, estou com fome.
Tento sair da cama, mas Atlas segura minha mão, sentando-se.
— Ainda precisamos conversar — o tom baixo da sua voz me diz o suficiente sobre o que ele quer conversar.
— Não precisamos, não — aquela discussão com ele mais cedo... Não quero voltar aquele assunto.
— Você precisa falar sobre isso, Fallon. Não precisa ser comigo, se não quiser, mas talvez com outra pessoa... Um psicólogo.
— Não vou fazer terapia. — Afasto minha mão. Essa ideia é ridícula.
— Então fale com Portia. Sua irmã, ela com certeza pode fazer alguma coisa, mas o que não pode acontecer é você continuar nessa situação.
Suspiro, sabendo que só vou ganhar essa discussão se concordar com ele.
— Tudo bem, vou falar com ela — é uma mentira e nós dois sabemos disso, mas estou farta desse assunto. — Agora vem logo antes Portia ache que estamos fazendo outra coisa.
Ele não fica relutante dessa vez e nós vamos para sala.
— Atlas Campbell, olha só se não é você de novo saindo de um quarto com a minha irmã — a falsa voz doce de Portia não me engana e só serve para deixar Atlas vermelho.
— Boa noite, Portia. É um prazer revê-la. — Atlas sorri para minha irmã e nós dois nos sentamos no outro sofá.
— Ah, não minta para mim dentro da minha casa, querido.
— Portia — imploro a ela silenciosamente que pare de implicar com o Atlas. Ela apenas ignora meu olhar — Desculpe por isso. — murmuro para Atlas.
— Tudo bem. — Ele acaricia minha mão entrelaçada na sua, ignorando o olhar cortante da minha irmã.
— Então, Atlas — eu juro que vou matar a minha irmã. — O que você quer fazer da vida?
— Isso aqui virou um interrogatório? — Fuzilo minha irmã com o olhar, mas ela me ignora de novo.
— Por que não vai pegar uma água, Fallon? Tenho certeza que o nosso convidado está morrendo de sede. — Ela sorri com falsa simpática.
— Eu não vou...
— Tá tudo bem — Atlas volta a repetir. — E eu realmente estou com sede.
Semicerro os olhos para ele. Mentiroso. Ele aperta minha mão em resposta.
Suspiro.
— Já volto. — Saio da sala, deixando os dois sozinhos.
A casa não é grande, então é meio inútil Portia me mandar para cá se queria privacidade para conversar seja lá o que for com o Atlas. Posso ouvir perfeitamente quando minha irmã pergunta:
— Você quer ser prefeito igual o seu pai? — por que ela perguntaria isso? Se tratando da minha irmã, achei que ela ameaçaria ele.
— Na verdade, não. Meu pai quer isso, mas eu quero mesmo é estudar música.
Estudar música? Me sinto um pouco mal por não saber disso. Faz quase dois meses que estamos saindo e ele nunca tocou no assunto. Pensando bem... Eu não sei nada sobre Atlas. Tudo sempre gira entorno de mim, não percebi o quanto estava sendo egoísta...
— Interessante... Mas na verdade não quero saber sobre isso, mas sim sobre suas intenções com a minha irmã.
— Ah, por favor! — murmuro baixinho, finalmente indo colocar a água nos copos.
— Eu gosto muito da sua irmã e garanto que todas as minhas intenções são boas. — Sorrio ao ouvir Atlas. Ele é sempre tão certinho.
— Se você a machucar...
— Eu não vou — seu tom de voz é o mesmo de hoje cedo, quando perguntou quem tinha feito aquilo comigo. Talvez Atlas Campbell tenha seu lado sombrio.
— Eu espero, porque ela a pessoa mais importante da minha vida e eu sei que falhei com ela e não vou falhar de novo caso você a machuque.
Sinto um arrepio. Pelo tom da sua voz, não quero saber o que ela faria e Atlas também não, porque diz:
— Eu entendo.
Percebo que estou parada na cozinha com a garrafa de água nas mãos, então me apresso em guardá-la na geladeira.
— Vocês estão tomando cuidado, certo? Vinte quatro anos é pouco para ser tia.
Certo, essa é a minha deixa, porque nem morta que eles vão ter essa conversa.
Com dois copos na mão, volto para sala antes que Atlas responda.
— Alguém disse água?
~•~
Olaaaa, sentiriam saudades?
Acabei de finalizar outro livro aqui na plataforma, então tenho esperanças de postar os capítulos desse aqui com mais frequência...
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2bjs, môres♥
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