⁵|ᵃᶻᵘˡ
1.
"Do latim clássico caeruleus, passando depois pelo vulgar azularis (de coloração azul, da cor do céu).
2.
A cor azul significa tranquilidade, serenidade, harmonia e espiritualidade, mas também está associada à frieza, monotonia e depressão. Simboliza a água, o céu e o infinito."
ATLAS
— Puta merda! — exclamo quando sinto sua língua quente em meu pau.
Fallon está agora curvada sobre mim, enquanto eu dirijo. Eu não sabia que aquela boca que passei as últimas horas pensando, podia fazer as maravilhas que está fazendo agora...
Você deveria mandá-la parar.
Sim, eu deveria, mas...
Aperto o volante com mais forma, tentando me concentrar na estrada enquanto a cabeça de Fallon sobe e desce em meu colo, enquanto ela tem o meu pau em sua boca e em sua mão também, ajudando-a com os movimentos.
Tento e fracasso terrivelmente em reprimir o gemido que escapa de meus lábios. Fallon aperta minha coxa e quando o volante escorrega das minhas mãos mais uma vez e resolvo que é mais sábio que eu pare no acostamento.
Faço exatamente isso, suspirando pesadamente enquanto jogo a cabeça para trás, enquanto meu corpo anseia por mais. Fallon pega minha mão, levando ao seu cabelo. Um incentivo, eu percebo e obedeço, fechando o punho em volta do seu cabelo e gemendo com a sensação maravilhosa de tê-la me chupando.
Eu não sabia que podia ser sexy ver uma garota com a boca em meu pau, até Fallon o fazer. Também não sabia que podia me sentir dessa forma - nada comparado quando eu uso minha própria mão para me satisfazer - até que fecho os olhos com força, gemendo ao atingir o clímax. A boca de Fallon permanece em mim, engolindo tudo.
Abro os olhos quando ela se afasta, voltando para o banco. Ela limpa a boca com as costas da mão e depois passa a língua pelos lábios. O movimento é tão sexy que acho que poderia gozar de novo.
— Você está bem? — ela pergunta, sorrindo. Eu já disse como amo os lábios dessa garota? Mesmo não tendo provado deles ainda.
— Sim — minha voz sai incrivelmente rouca. — Obrigado.
Ela dá de ombros, arrumando o cabelo como se não fosse nada. Mas foi alguma coisa e nós dois sabemos disso.
Abro a boca para dizer algo a ela, qualquer coisa, quando ouvimos a viatura.
— Merda — eu xingo, fechando a calça rapidamente ao ver o carro de polícia parar há poucos metros atrás do meu. — Ponha o cinto.
Fallon faz o que falei, mesmo que minutos atrás ela tenha ficado um pouco relutante. Deixo para pensar nisso depois, olhando uma vez para ela, para ter certeza que está tudo ok e que não está escrito em nossas testas o que acabou de acontecer.
Não me sobressalto quando o xerife bate com o punho no vidro. Eu abaixo, estampando um sorriso.
— Xerife. — o cumprimento, esperando não parecer muito nervoso.
— Atlas, que bom ver você. Como anda a escola? — o homem de meia idade também sorri e eu relaxo um pouco. Como filho do prefeito, meu pai sempre fez com que eu fosse bastante educado com cada cidadão da cidade.
— Melhor impossível. — certo, talvez eu esteja forçando demais. Mas o xerife não parece perceber e anue. Ele olha além de mim, para Fallon e seu sorriso se transforma em uma careta. Ele volta os olhos para os meus.
— Seu pai sabe que está andando com essa gente? — a forma que ele fala me faz enrijecer o corpo. Fallon ri com escárnio.
— O nome dela é Fallon, Xerife e nós somos colegas de classe. Aliás, estamos aqui porque ela estava se sentindo mal, caso seja por isso que parou o seu carro e veio até nós. — sim, estou sendo grosseiro com o Xerife da cidade, mas não gostei da forma que ele se referiu a Fallon.
O Xerife percebe, se endireitando ao ouvir meu tom.
— Bom, se é assim, vou liberá-los dessa vez.
Não lhe agradeço e não espero ele voltar para a viatura, ao dar partida.
— Foi divertido. — Fallon diz, não parecendo se importar com a forma que o Xerife a tratou.
— Você é doida.
— Você não disse isso enquanto eu chupava seu pau.
É, eu não disse.
←↑↓→
Ao entrar na lanchonete, deixo Fallon escolher a mesa. Ela não falou muito depois que deixamos o Xerife para trás, ficou olhando pela janela.
Não sei o que pensar sobre o que aconteceu no carro ou ontem, no escritório. Quando disse a ela que não dormi, não estava mentindo ao dizer que foi por causa de ontem. Em partes foi pelo o que aconteceu depois de meu pai nos achar, mas principalmente pelo antes, quando estava com a boca em seu seio e os dedos dentro dela. Consigo sentí-la ainda e seus gemidos baixos não saem de minha mente. Foram poucos minutos atrás, quando ela me teve em sua boca.
— O que vão querer? — a garçonete pergunta, lembrando-me que acabamos de sentar em uma das mesas ao lado da janela.
— Um x-burguer, batata frita, milk shake de morango e uma Coca-Cola. — Fallon diz enquanto a moça anota. Ela vira para mim, esperando meu pedido.
— Um x-salada e um suco de laranja sem açúcar.
Reparo no olhar de Fallon quando a garçonete sai.
— X-salada? Você é vegetariano?
— Não, mas x-burguer não é saudável ou Coca-Cola. — estico o suéter até a palma da minha mão e depois passo em cima da mesa, limpando as migalhas de comida.
— Você tem TOC?
— Olha só quem está cheia de perguntas hoje — termino de limpar a mesa e ergo os olhos. — Respondendo sua pergunta: sim, mas consigo controlar.
Fallon não diz nada, apesar de continuar me observando e eu devolvo o favor. É difícil não comparar, mas seus olhos castanhos são tão diferentes dos azuis de Brittany. Na verdade, ambas são completamente diferentes. Enquanto Brittany irradia luz e é fácil de ler, Fallon é misteriosa e não digo apenas da personalidade dela, mas da beleza. Não é uma beleza extravagante como Brittany, é mais... oculta, que você só verá se olhar com atenção. Como eu estou fazendo agora.
— Por que você está me olhando assim? — Fallon apoia os braços na mesa, inclinando o corpo para frente.
— Desculpe. — desvio os olhos, sentindo meu rosto ficar quente.
— Tá legal... Por que me chamou para vir aqui com você?
— Já disse: queria me desculpar.
Ela balança a cabeça, como se não acreditasse, mas não pode dizer nada quando a garçonete traz nosso pedido.
Comemos em silêncio e tento não pensar muito em como esse X-salada foi preparado. Fallon não parece ligar para isso enquanto devora o x-burguer, uma hora comendo batata frita, outrora bebendo Coca-Cola.
Eu sei que vou parecer um idiota agora, mas até nisso ela e Brittany são diferentes. Minha namorada nunca comeria algo com tantas calorias, pois vive fazendo dieta. Ela teria um ataque se visse a cena.
Ela teria um ataque por motivos mais importantes, como por exemplo, você ter traído ela duas vezes.
— Por que você fica me olhando desse jeito? — Fallon pergunta, bebendo uma enorme quantidade de Coca-Cola. Não tinha percebido que estava lhe encarando.
— Desc...
— Por Deus, se você se desculpar de novo, eu vou sujar seu suéter de milkshake. — ela parece brava e preciso reprimir os lábios para não sorrir.
— Tudo bem. Eu estava pensando em Brittany, o que ela acharia disso. — meia verdade. Não conto que estava comparando as duas de novo.
— Você e eu comendo aqui é um dos seus menores problemas.
— É, eu sei — resolvo lhe perguntar algo que andei pensando desde ontem. — O que você estava fazendo no escritório do meu pai, ontem?
— Queria ficar um pouco sozinha. Odeio festas daquele tipo. — ela dá de ombros. Acredito nela, afinal, eu a encontrei na varanda, sozinha e talvez tivesse ficado lá caso eu não tivesse aparecido.
— Posso te perguntar outra coisa? — um gesto de ombros. — Com quantos anos você perdeu a virgindade?
Fallon termina o x-burguer e acho que ela não vai responder quando limpa as mãos e depois a boca. Mas por fim, ela se recosta no banco com o milkshake nas mãos e responde:
— Aos treze anos.
Eu pisco, tentando não demonstrar minha surpresa. Treze anos. Por Deus, ela era uma criança praticamente.
— Você vai fazer mais alguma pergunta...
— Por quê? Quer dizer, por que não esperar? Você era apenas...
— Uma criança? — pergunta, sorrindo, mas o sorriso não chega aos olhos. — Aconteceu. Só isso.
Fallon olha para os lados e depois se mexe no banco.
— Você já conseguiu o que queria: me trouxe para comer alguma coisa, então podemos ir? Tenho dever de casa para fazer. — é mentira, isso é notável, mas o que quer que a minha pergunta tenha a feito lembrar, não parece ter sido coisa boa.
— Claro. — mas não insisto no assunto.
←↑↓→
O caminho para sua casa é silencioso. Olhei para ela algumas vezes e tenho certeza que notou, mas não tirou os olhos da janela, o olhar perdido. Fallon abraça o próprio corpo, como se quisesse desaparecer. Sinto um aperto no peito.
Eu e minha maldita boca.
Não tive experiência com muitas garotas. Brittany é ciumenta demais e eu evito lhe causar ciúmes, então as outras únicas garotas de quem sou próximo, são as minhas primas. Talvez se eu explicar isso a Fallon, ela entenda que eu não quis invadir sua privacidade.
Estou me preparando para dizer exatamente isso, quando ela se endireita.
— Pode parar aqui.
— Mas sua casa é só à dois quarteirões...
— Você conheceu o meu pai. É melhor que ele não saiba que estávamos juntos.
Certo. Ela tem razão, então paro o carro.
— Olha, me desculpe se pareci invasivo...
— Está tudo bem. — mas as palavras saem vazias e ela não está olhando para mim quando as diz.
— Fallon...
Ela finalmente me olha, mas o vazio em seus olhos faz com que eu me cale. Foram-se os sorrisos e a malícia.
— Você já teve o que quis e não estou falando apenas de me levar para comer. Então agora me deixa em paz.
Não digo nada enquanto ela sai do carro, apenas a encaro andar pela rua até sumir.
FALLON
Entro em casa, agradecendo por não ter visto o carro de papai lá fora. Talvez ele tenha pegado um daqueles plantões de 24h. Como cirurgião, isso acontece com frequência. Há dias em que eu anseio que ele passe mais que 24h fora de casa, para que eu possa ter pelo menos um pouquinho de paz.
Mamãe também parece não estar em casa, o que só pode ser uma benção. Ela com certeza perguntaria onde eu estava e falar agora é uma coisa que não quero fazer, mesmo que mentir para ela seja satisfatório. Mamãe acha que pode me controlar, batendo em mim e me deixando de castigo quando desobedeço, achando que vou pensar duas vezes antes de aprontar ou mentir de novo. Então quando eu faço as duas coisas e ela não descobre, é satisfatório.
Largo minha mochila no chão, ao lado dos meus sapatos e vou para debaixo das minhas cobertas. Quero dormir e esquecer que estive com Atlas. Estava tudo bem até ele perguntar sobre a minha virgindade. Eu não o culpo, já que perguntei a mesma coisa a ele ontem, mas quando respondi, quando vi em seus olhos a censura, eu quis morrer.
Por quê? Quer dizer, por que não esperar? Você era apenas...
Criança. Era apenas uma criança.
E não tive escolha.
~•~
Gente, eu queria esclarecer uma coisa. Eu sei que algumas aqui podem ter 13 anos e podem também não ter gostado de eu ter me referido a Fallon com essa idade como uma "criança", mas nem todo mundo com essa idade é "evoluído (a)". A Fallon foi criada pra sempre obedecer e ficar quieta, então com treze anos ela não era nada mais que inocente e ingênua. Uma criança.
É isso <3
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2bjs, môres♥
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