³⁰|ˢᵃˡᵐᵃ̃ᵒ
Leiam as notas finais!
1.
“De acordo com o Feng Shui, a cor salmão significa o equilíbrio entre os elementos fogo e terra. Assim, outro significado que podemos atribuir é a harmonia.
2.
Do latim salmo (la).”
FALLON
Sabe aqueles dias que você acorda e só quer ficar na cama? É exatamente como estou me sentindo enquanto a chuva cai lá fora e eu permaneço aconchegada debaixo da coberta enquanto assisto The 100 no meu celular. Atlas ficou falando tanto dessa série que eu comecei a assistir ontem apenas por curiosidade.
Estou na metade da temporada e dormi apenas duas horas.
Eu continuaria assistindo se a minha irmã não tivesse me gritado. Tão alto que eu ouço mesmo estando com fones de ouvido.
— Fallon, venha aqui! Rápido!
Pausando a série, saio da cama me perguntando se fiz mais alguma besteira.
— Quem morreu? — pergunto assim que abro a porta do quarto.
— Eu provavelmente vou morrer de reação alérgica! Você pode me explicar... — Ela para para espirrar — qual o problema do seu namorado?
— Do que você... Oh.
Pisco, atômica, enquanto olho em volta da sala. Não sei como não percebi antes.
Tem flores por todo lado. Vários e vários buquês de diferentes tipos de flores.
Vou até o buquê mais próximo. De girassóis.
“O girassol é uma flor que está sempre em busca do sol.
Uma vez você me disse que eu era o seu sol, então você é o meu girassol. E eu estava a procura de você tanto quanto você estava de mim."
Vou para o próximo buquê. São lírios.
“Lírios vermelhos representam paixão e sensualidade, mas para mim são a cor dos seus lábios”
Começo a ir de buquê em buquê, quase não conseguindo ler rápido o suficiente.
“Um dos significados dos jacinto é a imprudência. É meio óbvio porque me lembra você, certo?
(Amo quando você é imprudente, aliás).”
☼︎
“A gardênia tem vários significados e um deles é o amor secreto.
Eu amei você secretamente por um bom tempo.”
☼︎
“A violeta pode significar lealdade e modéstia, mas também significam mistério e magia.
As duas últimas palavras me lembram muito você, como eu sempre tenho vontade de desvendar os mistérios através dos seus olhos, e como eu me senti enfeitiçado na primeira vez que nos falamos.”
☼︎
“A lavanda é a minha preferida, por causa do cheiro. E eu queria que você tivesse um pouco de mim.
(Sim, eu sei, muito cafona).”
☼︎
“O Crisântemo simboliza o outono. A estação em que nos apaixonamos.”
☼︎
“Mandar margaridas para você é algo totalmente irônico, pois entre seu significado está a inocência e a pureza.
Eu amo o fato de você não ser nenhuma das duas coisas.”
☼︎
“As orquídeas negras... Não as mandei pelo significado, mas porque achei que você gostaria da cor.
(Mas um dos significados dela é ousadia, caso esteja curiosa.)”
☼︎
“As rosas vermelhas representam o amor, mas nem todas as rosas do mundo são o suficiente para expressar o quanto eu amo você.”
☼︎
“Dálias roxas significam (eu vi no Google, ok?) 'tenha piedade de mim'. Então tenha piedade de mim Fallon, e deixe que eu a ame.”
— Ele ficou louco — murmuro, enxugando meu rosto. — E ele é tão cafona.
— E romântico — Portia diz. Eu não percebi que ela estava olhando por cima do meu ombro. — Talvez eu tolere ele um pouco mais agora.
Não acredito que ele mandou onze buquês de flores diferentes para mim, apenas porque ele não soube responder qual era a minha flor preferida.
Eu estou surpresa, mas não deveria. É a cara do Atlas fazer algo tão cafona, mas que de algum forma, ainda faz meu coração se derreter por ele.
E o que ele disse em dois dos bilhetes... Que ele...
— Você vai ficar aí? — Portia pergunta, me cutucando. — O garoto acabou de fazer uma puta declaração. Até eu admito que ele merece pelo menos um beijinho.
— Mais do que isso, na verdade — eu murmuro, cheirando o buquê de lavanda.
Minha irmã finge estar enjoada e eu dou risada antes de entrar no meu quarto para me trocar.
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Sulie, a empregada da casa, estava saindo quando cheguei, mas deixou que eu entrasse e disse onde Atlas estava.
Antes mesmo de adentrar o cômodo, eu pude ouvi-lo. Não sua voz, mas o som lindo e calmo do piano. Apesar de nunca ter visto ou ouvido Atlas tocar, eu sei que é ele antes de vê-lo.
Vou andando de fininho até o garoto sentado no banquinho, parecendo muito concentrado.
Eu não conheço a música que ele está tocando, mas fico encantada com a facilidade com que seus dedos se movem sobre os teclados. Seus ombros parecem relaxados, a cabeça inclinada para o lado enquanto ele toca.
Eu não quero assustá-lo ou que pare de tocar, então deixo que ele fique consciente da minha presença.
Quando me vê, Atlas sorri, não vacilando no teclado nem por um segundo.
Sento-me ao lado dele, esperando não estar incomodando, e deixo minha bolsa no chão.
Agora eu entendo porque ele quer tanto fazer música. Se ele é tão habilidoso assim com o piano, um dos instrumentos que mais acho ser difícil de tocar, mal posso esperar para vê-lo tocar outros instrumentos.
Quando termina, o som ainda está ecoando pela sala. Na verdade, posso sentir cada nota em meu coração, vibrando e ganhando vida.
— Isso foi lindo — digo a Atlas.
Meu namorado encolhe os ombros, ficando vermelho.
— Me mostre como você faz — peço, mordendo o lábio pensando que ele pode recusar.
— Eu adoraria. — Atlas sorri antes de dar um beijo em minha têmpora.
Ele posiciona minhas mãos no teclado, murmurando suas instruções em meu ouvido. Em qual tecla devo tocar, de modo firme ou suave...
Ele é bastante paciente, pois eu claramente não tenho jeito para isso e passo a maior parte do tempo olhando para ele do que para as teclas. Como há um sorriso suave em seus lábios enquanto ele tenta me explicar algo, mas apesar de estar ouvindo, não estou realmente prestando atenção, pensando no calor do seu toque, da sua respiração em minha bochecha.
— O quê? — pergunta quando percebe que não estou prestando atenção na "aula".
— Eu recebi as flores.
— É mesmo? — Ele não está olhando em meus olhos.
— Com os bilhetes.
Passo minhas pernas por cima das suas para que eu possa ficar sentada virada para ele.
— Então você me ama? — pergunto.
Atlas ri, parecendo nervoso.
— Desde o primeiro momento que te vi naquela varanda — ele diz, entrelaçando minha mão na sua. — Meu coração bateu por você, mas eu só percebi o que era aquele sentimento quando encontrei você caída no chão, tendo uma overdose. — Ele olha para mim, aquele olhar que eu nunca soube interpretar. Até agora. — Eu amo você, Fallon.
Atlas põe uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, então beija brevemente meus lábios antes de apoiar sua testa na minha.
— Eu estava com medo de assustar você ao confessar os meus sentimentos, mas há coisas que não podemos simplesmente esconder para sempre e eu precisava desesperadamente dizer isso a você.
Fecho os olhos ao selar seus lábios com os meus. Deixo escapar um suspiro quando sua língua desliza entre meus lábios. Beijar alguém nunca foi tão bom quanto é com ele; me deixa bêbada e querendo mais. Sempre mais.
Sua mão está em minha coxa, me acariciando e apertando, como uma cobra prestes a dar o bote. Seus lábios descem por meu pescoço, sua outra mão subindo lentamente por dentro da minha blusa.
Ele é tão sorrateiro.
— Eu preciso sentir o seu gosto — Atlas sussurra contra a minha pele antes de morder levemente meu pescoço.
Abro os olhos, meio atordoada por essas palavras, mas também porque ele está se afastando e ficando de pé. Eu faço o mesmo, cambaleando um pouco e curiosa pelo o que ele...
— O que você... — A frase termina com um gritinho quando ele me pega pela cintura, me suspendendo como se fosse uma boneca e...
Ele me colocou em cima do piano. Na tampa.
— É mais prático. — Atlas dá de ombros quando continuo olhando para ele e me perguntando se ele ficou louco mesmo.
Esse questionamento fica para outra hora, porém, quando ele se inclina e volta a colar os lábios nos meus, mais exigente e eufórico que antes.
Eu amo quando ele sai da linha por minha causa. Não posso culpar a sua mãe por achar que sou má influência quando eu claramente gosto quando ele faz coisas assim.
— Seus pais... — murmuro entre o beijo.
— Só chego mais tarde. Hoje é sábado, não tem nenhum empregado além de Sulie e ela saiu um pouco antes de você chegar.
— Somos apenas você e eu, hum?
Atlas sorri de forma maliciosa.
Me apoio em meus cotovelos, minhas pernas abertas enquanto observo Atlas tirar meus sapatos e depois começar a beijar minha perna direita, enquanto faz carinho. Sorte dele eu estar de saia.
Minha calcinha está encharcada e minha respiração acelerada quando ele finalmente chega onde eu o quero. Atlas me puxa para mais perto, até que minha bunda esteja na borda da tampa do piano, então ele pode tirar minha calcinha.
Atlas está olhando para mim quando assopra meu sexo e eu dou risada, mas se transforma em um gemido quando ele me lambe.
Lentamente, ele circula meu clitóris com a língua, como aprendeu a fazer com os dedos. Apesar de isso estar muito bom, nunca tinha sido assim. Atlas nunca tinha me dado prazer dessa forma. Ele vai cada vez mais rápido, sua língua deslizando por meus lábios enquanto seu hálito quente acaricia minha pele, suas mãos segurando minhas coxas, mantendo-me aberta para ele.
Um sorriso de satisfação surge em seus lábios quando sinto o início do orgasmo. Eu ainda não queria gozar, queria prolongar esse momento para sempre, porque vê-lo entre minhas pernas, sua língua deslizando para cima e para baixo, é muito bom.
— Atlas — respiro ao desabar em minhas costas no piano.
Encaro o teto quando arqueio as costas, arrastando minhas mãos por dentro da minha blusa para segurar meus seios. Aperto meus mamilos quando Atlas geme contra mim, como se a visão de mim fosse o suficiente para ele.
Sua língua fica mais exigente e rápida e eu estou gritando quando o orgasmo me alcança e eu meio que convulsiono de prazer.
Meu corpo está mole quando Atlas se ergue, os lábios vermelhos e molhados. Seu cabelo está bagunçado e ele está corado, mas seus olhos... Seus olhos estão famintos.
— Me leve para o seu quarto — peço, meus olhos deslizando para sua virilha. Mordo o lábio com a visão do contorno visível em sua calça.
Atlas me pega no colo e eu entrelaço minhas pernas em sua cintura, gemendo quando sinto seu pau através da calça.
Nós somos uma mistura de línguas, dentes e mãos enquanto subimos a escada. Minha incapacidade de manter minhas mãos e minha boca longe dele quase nos derruba um punhado de vezes antes de finalmente chegarmos ao quarto. Atlas bate a porta enquanto tenta tirar os sapatos, me segurar e me beijar ao mesmo tempo.
Eu sabia que isso ia acabar acontecendo, mas ainda grito quando caímos no chão.
— Merda. Você está bem? — Atlas pergunta.
Eu estou rindo enquanto anuo. Acho que ele não percebeu que colocou a mão atrás da minha cabeça antes de acabarmos no chão.
Volto a beijá-lo porque ficar com a boca longe da sua é torturante demais. Me esfrego contra ele, a fricção da minha boceta com sua calça não fazendo nada para aliviar meu desejo, pois eu preciso dele dentro de mim.
Tiro sua camisa e ele faz o mesmo com a minha, seus lábios sendo rápidos em abocanhar meu seio, enquanto sua mão dá atenção para o outro.
Eu gosto como não importa qual parte de mim ele tenha ou quantas vezes, seu desejo e devoção ao meu corpo continua o mesmo. Mesmo quando está perdido na excitação, ele é carinhoso, acariciando devagar a minha coxa e deixando beijinhos em minha pele.
Ele para quando fica de joelhos para procurar por algo na cômoda.
Me apoio em meus cotovelos e beijo seu abdômen. Para um garoto tímido, ele está sempre em forma. Seu corpo também não cansa rápido, diga-se de passagem. Eu descobri isso no último mês, como ele sempre parecia pronto para mais uma rodada. Não sei se fico ofendida ou admirada por não cansá-lo rápido.
Atlas resmunga quando não acha o que presumo ser camisinha, mas eu ainda estou dando atenção ao seu corpo. Eu lambo seu abdômen até chegar em seu mamilo, então circulo minha língua por ele, como já senti Atlas fazer em mim várias vezes.
Ele ri, mas sua risada se transforma em um gemido. Eu sorrio. Acho que ele gosta disso.
— Eu não estou achando — resmunga de novo, sentando em cima de mim, mas apoiando seu peso em seus joelhos.
Atlas parece frustrado e eu acho graça.
— E se eu disser... — Me apoio em minhas mãos, dando um beijo em seu pescoço. — Que eu tenho... — Um beijo em seu maxilar. — Uma camisinha... — Beijo seu queixo. — Na minha bolsa? — Lhe dou um selinho
Atlas sorri, aprofundando o beijo e me fazendo deitar no chão outra vez.
— Você é a melhor — diz, sorrindo como uma criança que ganhou o presente que queria no Natal.
Dou risada, mas deixo ele me pegar no colo outra vez e me colocar na cama.
— Não saia daí — diz.
— Não vou me mexer um só centímetro.
Atlas sai e mesmo que eu estivesse planejando fazer alguma coisa, não daria tempo pois ele volta em tempo recorde. Não sei se teria o mesmo desempenho em uma olimpíada, mas eu certamente aprecio isso agora.
— Fallon Marshall obedecendo uma ordem? — Suas sobrancelhas se erguem em surpresa fingida.
— Não vai se acostumando. — Semicerro os olhos, pegando minha bolsa da sua mão.
Ele também trouxe meus sapatos e minha calcinha.
Minhas bochechas ficam vermelhas ao imaginar seus pais achando isso no meio da sala deles.
Atlas deita ao meu lado, enquanto eu sento para vasculhar dentro da bolsa. Fica difícil quando lábios macios estão beijando minhas costas e uma mão boba encontra o caminho até o ponto entre minhas pernas.
Os beijos de Atlas se transformam em chupões, mas eu não reclamo, pois gosto da ideia dele me marcando. Além disso, os beijinhos que ele dá depois me fazem sorrir. Eu estou procurando a camisinha na bolsa, mas ao mesmo tempo não estou, pois seu dedo lá embaixo, separando meus lábios me faz gemer.
Atlas espalha minha umidade, então seu dedo mergulha para dentro de mim.
— Você está me desconcentrando — murmuro, mas deito ao seu lado, a bolsa esquecida enquanto outro dedo se junta aquele dentro de mim e seu polegar acaricia meu clitóris.
Atlas beija meu pescoço, descendo até ter meu seio em sua boca outra vez. Quando ele suga meu mamilo, arqueio as costas e abro mais minhas pernas, dando mais acesso aos seus dedos que entram e saem...
Abro os olhos quando Atlas os tira devagarinho. Observo seus dedos subirem por minha barriga, meu peito subindo e descendo rápido com a minha respiração.
Abro involuntariamente minha boca e Atlas sorri ao passar seus dedos por meus lábios. Eu não sei onde ele aprendeu isso, mas chupo seus dedos, gemendo com o meu próprio gosto e com o olhar faminto em seus olhos, como ele parece querer me devorar.
Choramingo, porque também quero que ele faça isso.
Devagar, Atlas tira seus dedos da minha boca.
Mais rápido do que eu bêbada de desejo possa registrar, ele está de joelhos e depois me virando.
De barriga para baixo, eu o observo por cima do ombro. Atlas tira a calça e a cueca, libertando seu pau. Ele é tão grande e lindo, que eu tenho certeza que estou salivando com a antecipação de tê-lo dentro de mim.
Atlas pega minha bolsa e acha a camisinha tão rapidamente que fico chocada.
Eu não consigo vê-lo quando ele fica diretamente atrás de mim, mas posso ouvir e sentir ele se ajeitando, principalmente quando ele tira minha saia, então eu estou completamente nua em sua cama.
Empino minha bunda em provocação.
Sinto a ardência antes de ouvir o barulho.
— Atlas! — grito, pois ele acabou de me dar um tapa na bunda.
— Foi mais forte que eu — responde e eu posso ouvir o sorriso em sua voz. Ele põe um dos travesseiros embaixo de mim para que minha bunda possa ficar mais para cima.
O que vem em seguida é o barulho da embalagem da camisinha sendo rasgada.
Atlas põem cada joelho ao lado da minha bunda, de modo que eu fico presa embaixo dele.
Suas mãos seguram minha bunda, me abrindo para ele e um segundo depois, sinto a cabeça do seu pau. Involuntariamente, empino mais minha bunda e recebo um pouco mais dele em trocar. Mais ainda não é tudo. Está longe de ser.
Com minhas pernas fechadas, Atlas tem mais dificuldade de entrar.
— Você é tão grosso — murmuro, meu rosto pressionado em um travesseiro enquanto mantenho meus olhos fechados. — E tãããão grande.
— Você está aumentando meu ego, gatinha selvagem. Cuidado — apesar das palavras, o sorriso em sua voz é notável.
— Mais — choramingo, querendo ele todo dentro de mim.
Atlas beija minhas costas quando desliza por completo, gemendo. Eu o imito, pois a sensação é devastadora, por isso me mexo um pouco, querendo que ele se mexa.
Atlas ri e eu acho que ele muda de posição, colocando um pé no colchão ao invés do joelho para se mover melhor. Quando ele sai quase todo, e então entra de novo, eu recebo cada centímetro seu, aproveitando a sensação ao abraçar o travesseiro, ficando mais confortável enquanto ele arremata dentro de mim, me dando tudo.
Atlas me ama. Me lembro disso a cada segundo enquanto ouço sua respiração pesada e o som do meu nome saindo dos seus lábios. Eu vou lembrar de hoje como a primeira vez que fizemos amor depois de ele dizer que ama. Meu doce e gentil Atlas, me ama e está me fodendo e provando isso a cada estocada.
Atlas se inclina para mim e captura meus lábios em um beijo exigente e exploratório. Suas mãos seguram meus quadris enquanto ele mete mais rápido, aumentando meus gemidos enquanto tento não me entregar ainda ao orgasmo que se desenrola em meu ventre. Seus dentes mordem meu ombro, e seus lábios deixam um beijo depois. Ele é carinhoso até quando está arrematando com força dentro de mim, reinvidicando cada pedacinho meu.
Eu não luto mais e grito contra o travesseiro com a explosão do orgasmo, a intensidade me faz ver estrelas quando fecho os olhos com força, ainda sentindo Atlas meter. Suas estocadas são rápidas e sua respiração, irregular, quando ele grita meu nome, então sinto seu pau inchar dentro de mim e ele ficar tenso.
Atlas goza com a testa em minhas costas.
— Eu te amo — sussura, dando beijos em minha pele. — Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.
Quando ele sai de dentro de mim, eu já estou sentindo sua falta.
Não demora muito para ele voltar. Talvez se eu estivesse consciente, saberia que ele foi ao banheiro, mas minhas pálpebras estão pesadas demais para eu abri-las. Contudo, sinto quando ele deita ao meu lado. Seus dedos colocam meu cabelo por cima do ombro e ele brinca um pouco antes de eu sentir seus lábios nos meus em um beijo doce.
— Eu te amo — é a última coisa que ouço antes de apagar de vez.
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ATLAS
A pele quente de Fallon está aquecendo minha bochecha quando acordo, piscando ao perceber que adormeci usando suas costas como travesseiro. Sorrio e deixo um beijo em sua pele antes de me afastar.
Deito no travesseiro ao seu lado e encaro as feições suaves do seu rosto. Seu cabelo cai por suas suas costas, a única coisa cobrindo-a.
Finalmente declarei meus sentimentos a ela. A sensação é tão boa que tenho certeza que o sorriso em meus lábios permanecerá aqui por um bom tempo.
Eu deveria ter lhe dito cara a cara primeiro, mas eu confesso que tive medo da sua reação. Eu a conheço e tive medo que ela tentasse me convencer do contrário. Mandar flores para ela e vários bilhetes pareceu uma boa ideia. Pelo menos ela parece ter gostado e isso basta para mim.
Olho para o relógio na cômoda. São 17h23. Nós precisamos sair logo se ainda vamos ajudar Drew com o jantar para Brittany.
Dou um beijo na testa de Fallon, então uso o cobertor para cobrí-la, saindo da cama em seguida.
Visto minhas roupas e cato as suas do chão, dobrando e colocando na cômoda.
Saio do quarto, fechando a porta e desço para a cozinha. Não estou com fome, mas ela provavelmente deve estar. E como eu sei que ela não me falaria, é melhor eu levar algo para ela.
Na geladeira, sem surpresa, tem torta de chocolate e eu ponho um pedaço em um prato. Preparo um sanduíche também e pego uma maçã. Ponho suco de laranja em um copo e depois ajeito tudo em uma bandeja.
Ergo os olhos quando ouço passos. Saltos.
— Oi, mãe. — Estou um pouco surpreso em vê-la na cozinha. Marta Campbell é daquelas que só vai à cozinha se for extremamente necessário.
— Oi, querido. Como você está? — Mamãe abre a geladeira, tirando de lá um pote de sorvete do congelador.
— Bem... — Franzo as sobrancelhas. Ela nunca toma sorvete.
— Algum de nós tem que estar — murmura, pegando uma colher na gaveta.
— Tudo bem? — pergunto com um pouco de medo de ouvir sua resposta.
— Sim, seu pai só está sendo um idiota.
— Nada de novo, então.
Mamãe bate com a colher na minha testa.
— Ei! — protesto, esfregando onde ela bateu.
— Ele ainda é o seu pai, não o insulte.
— Desculpe — murmuro a contragosto.
Mamãe semicerra os olhos e inclina a cabeça para o lado, me analisando.
— Fallon está em seu quarto?
— O quê? Por quê? — Não sei como ela descobriu, mas de repente quero sair correndo.
— Vocês estão usando camisinha, não estão?
— Mãe! — Merda, estou corando. Eu não planejava mentir sobre Fallon estar aqui, mas também não queria tornar muito óbvio o que estávamos fazendo.
— Ah, pare com isso. Seu pai e eu, na idade de vocês, não éramos muito diferentes.
— Eu realmente não quero ter essa conversa. — Pego a bandeja e lhe dou as costas.
— Usem camisinha!
Meu Deus, acho que até os vizinhos ouviram.
Vou para o meu quarto o mais rápido possível e suspiro de alívio ao fechar a porta. Meus pais e eu já tivemos uma conversa sobre educação sexual quando eu era mais novo e foi desconfortável o bastante para eu não querer falar com eles sobre isso de novo.
Deixo a bandeja na cômoda e subo na cama. Fallon ainda está dormindo e por mais que eu ame tê-la em minha cama, nós precisamos sair em alguns minutos.
Para acordá-la, lhe dou beijinhos por todo o rosto, até sentir um sorriso em seus lábios, então sua risada está ecoando pelo quarto.
Afasto-me para olhar para ela.
— Bom dia, dorminhoca — sussurro, apesar de ser 17h35.
— Mm... — Fallon se aconchega para mais perto de mim e eu sorrio, beijando sua têmpora.
— Nós precisamos levantar. Drew vai nos matar se não formos ajudá-lo com o jantar para Brittany. — Acaricio seu cabelo. — Eu trouxe torta de chocolate.
Isso chama sua atenção, pois ela se afasta rapidamente, sentando na cama enquanto mantém o cobertor ao redor dos seios.
Dou risada, pegando a bandeja e colocando na cama entre nós dois.
Com o rosto apoiado na mão e o cotovelo na cama, eu a observo comer, mas em algum momento, abaixo o cobertor para que eu possa ver seus seios. Ela deixa, sorrindo maliciosamente. Apesar da satisfação de horas atrás ainda permanecer em meus ossos, esse sorriso é como um interruptor para o meu pau.
Fallon me dá um pedaço de torta na boca, alheia a minha semi-ereção.
— Você achou mesmo que um pedaço de torta não seria o suficiente? — ela pergunta, a sobrancelha arqueada enquanto aponta para o sanduíche e a maçã na bandeja.
— Eu gosto de manter você alimentada. — Encolho um ombro.
Fallon termina a torta, e como diz estar satisfeita, ponho a bandeja de volta na cômoda.
— Como posso retribuir a essa gentileza? — Fallon deita em cima de mim, seu queixo apoiado em meu peito enquanto me encara.
— Com um sorriso — digo e ela sorri, fazendo meu pobre coração se descontrolar em suas batidas. — E um beijo.
Fallon me beija, o sorriso ainda moldando os seus lábios cor de amora.
Troco nossas posições, fazendo-a ficar embaixo de mim enquanto eu contemplo o seu lindo rosto.
Minha. Minha Fallon. É o que cada batida do meu coração diz.
— Eu te amo — digo mais uma vez, porque todas as outras vezes e as que estão por vim não parecem o suficiente.
Fallon sorri, então me mostra suas mãos. Sete dedos, especificamente.
— O que é isso? — pergunto, achando graça mesmo sem entender.
— Todas as vezes que você disse que me ama. Foram sete até agora. — Ela parece orgulhosa e feliz e isso faz meu coração aquecer enquanto eu sorrio.
— Você está contando? — pergunto, apesar de ser óbvio, porém estou surpreso.
— Claro que sim! — Agora ela quem parece incrédula, como se a possibilidade de não contar fosse absurda.
— Sabe o que isso é?
— O quê?
— Cafona.
— Nããããããão.
— Siiiiiiim.
Fallon ri quando eu começo a lhe fazer cócegas, a risada dela sendo a música mais linda que eu já ouvi.
— Infelizmente você não tem dedos o suficiente para todas as vezes que eu disser que amo você.
Fallon dá de ombros, sorrindo.
— Eu vou dar um jeito.
Volto a lhe fazer cócegas, mas dessa vez ela revida batendo com um travesseiro em mim e rapidamente isso se transforma em uma guerra.
Minutos ou horas depois, estamos ofegantes e cansados, deitados enquanto olhamos para o teto.
— Ei, Fallon?
— Hm?
— Eu te amo.
— Oito vezes agora.
Dou risada e a puxo para mim.
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Nós tomamos banho finalmente, mas fora apenas isso. Estamos atrasados e por mais que nós dois quiséssemos fazer mais do que acariciar um ao outro, precisamos sair.
Eu praticamente obrigo Fallon a vestir um dos meus casacos por cima da sua roupa. Só ela mesmo para sair com uma saia e as pernas nuas com o tempo congelante.
Estamos passando pela sala quando somos interceptados pela minha mãe.
— Fallon Marshall — mamãe diz, avaliando minha namorada.
— Sra Campbell — Fallon a cumprimenta.
Se minha mãe começar a insultá-la...
— Eu queria mesmo falar com você — minha mãe diz, surpreendendo nós dois. — Receio que no nosso último encontro, eu não tenha sido... agradável.
O último encontro delas duas foi no no Dia dos Fundadores.
— Realmente não foi — Fallon responde.
Tento não sorrir, pois não são muitas pessoas que dizem a verdade na cara da minha mãe.
— Bem. — Ela pigarreia, engolindo o que deve achar uma afronta. — Como você é a namorada do meu filho, tanto eu quanto Leory queremos conhecê-la melhor. Infelizmente não estaremos na cidade no Dia de Ação de Graças, mas gostaríamos que você e sua família viessem passar o Natal conosco.
Estou surpreso com isso. Eu não pedi para minha mãe convidar a Fallon, estava pensando em apenas trazê-la, mas saber que minha mãe passou um tempo pensando nisso me deixa feliz.
Fallon olha para mim meio hesitante.
— Apenas se você quiser — digo a ela. Eu entendo se ela não conseguir ficar confortável com a minha família.
Ela me encara por mais uns segundos, então volta a atenção para minha mãe.
— Eu adoraria. Vou falar com a minha irmã, mas tenho certeza que ela ficará feliz com o convite. — Fallon sorri. Um sorriso sincero e eu quero beijá-la por isso.
Se minha mãe notou que Fallon não citou os pais, ela não demonstra.
— Ótimo. Agora me dêem licença. — Mamãe me dá um beijo na bochecha e hesita um pouco, mas faz o mesmo com Fallon.
Quando ela some no corredor, Fallon e eu nos encaramos.
— Isso foi estranho — diz, tão surpresa quanto eu.
— Acho que ela finalmente está aceitando que o que você e eu temos é sério.
— Isso te deixa feliz, né?
— Muito.
Fallon fica na ponta dos pés para me dar um beijo.
— Ótimo, então também estou feliz.
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Viemos para a casa de Drew andando, pois meu carro está na oficina. Meu pai mandou que trocassem os pneus pois nessa época do ano as pistas ficam muito escorregadias. Ele faz isso todo ano, mesmo agora quando as coisas entre nós não estão muito bem.
Drew só falta nos estrangular quando chegamos, mas desiste da ideia e começa a dar ordens sobre o que cortar, como cortar e etc...
Observo Fallon enquanto trabalhamos, como ela parece feliz. A última vez que a vi tão alegre assim fora no lago, na nossa primeira e a minha primeira vez. Ela tem um sorriso nos lábios o tempo todo, distraindo Drew com piadas e apostas sobre quem consegue descascar uma batata mais rápido. Vejo como meu melhor amigo parece mais relaxado e não sei se Fallon percebeu que fez ele se livrar do nervosismo.
São essas pequenas coisas que a tornam incrível. Estamos ajudando meu melhor amigo a preparar um jantar para a minha ex-namorada que a odeia. E ela está distraindo o meu melhor amigo apaixonado e nervoso demais com o seu primeiro encontro.
— Aproveite e a convide para o baile de inverno — Fallon está dizendo enquanto corta alguns tomates.
— Se o jantar correr bem — Drew murmura.
— Você está ficando mais pessimista que eu, Drew. Vai dar certo. Sério. E se não der... Coloquei um pouco de veneno na massa.
Drew arregala os olhos e olha para mim.
— A sua namorada é louca.
Dou risada, depois um beijo em Fallon.
— Apenas um pouco — digo. Fallon solta uma risadinha. — Eu te amo — movo os lábios ao dizer essas palavras, mas não emito som.
Fallon me mostra nove dedos. Eu tinha dito que a amava no chuveiro.
Quando terminamos, somos enxotados para fora da casa e Fallon dá um abraço de despedida em Drew, lhe desejando boa sorte e mandando ele atualizar a gente por mensagens. Ela tinha feito um grupo com nós três nele.
Está chuviscando enquanto caminhamos para a casa de Fallon. Eu trouxe um guarda-chuva, então não nos molhamos.
— Você deveria dar aula de piano — Fallon diz de repente. Estou abraçando seus ombros para mantê-la aquecida.
— Por quê?
— Porque você é bom no piano e bom professor? — ela diz como se fosse óbvio. — Eu não fui a melhor aluna, mas você é paciente. Mesmo nessa cidade, tem sempre alguns pais querendo que seus filhos aprendam a tocar piano. Eles acham chique.
Cogito a ideia por alguns segundos, mas está óbvio que eu gostei disso. Além de conseguir dinheiro, estarei fazendo algo que gosto.
— Gostei disso. Você é incrível, sabia? — Roubo um beijo dela.
— Eu estou incomunamente feliz hoje. — Fallon para, passando os braços ao redor do meu pescoço e ficando na ponta dos pés para retribuir o beijo.
— Vou lembrar do dia de hoje como o dia em quem Fallon Marshall disse que estava incomunamente feliz. — Sorrio, beijando a ponta do seu nariz. — Acho que eu mereço uma medalha, na verdade.
— Hmm... — Ela parece pensar sobre isso, olhando para os lados. Não sei o que ela vai fazer, mas Fallon se abaixa ao lado de um canteiro de flores, procurando alguma coisa.
— O que está fazendo? — Franzo as sobrancelhas, mas espero.
Por fim, ela fica de pé e limpa as mãos na saia, então me entrega uma pedra. É preta e achatada, com um formato oval meio irregular.
— Sua medalha — diz então, suas bochechas vermelhas.
— Eu tento não me apaixonar mais por você, mas é tão difícil — sussurro, beijando-a outra vez.
— Eu não quero que você pare.
Porra.
Eu estou dividido entre ficar aqui, beijando-a embaixo da chuva ou levá-la correndo para casa onde podemos ter mais privacidade...
— Está ouvindo isso? — Fallon murmura.
Paro um pouco, ouvindo. Não está chovendo forte, então consigo ouvir perfeitamente alguém tocando violão e...
— Alguém está tocando "perfect" do Ed Sheeran? — Fallon pergunta, rindo.
Nós olhamos em volta. Estamos na praça, então é fácil avistar um homem sentado em um banco com um violão.
— Ei, aquele é o Dr Hawkins? — Minha namorada pergunta.
— Quem? — Franzo as sobrancelhas para o homem curvado sobre o violão.
— O médico que cuidou da minha mão. Ele é novo na cidade.
Explica porque eu nunca o vi antes.
Tirando minha atenção do homem do outro lado, dou um passo para trás e estendendo uma mão para Fallon.
— Me concede essa honra?
— Com todo prazer.
Puxo-a de volta para mim, então nós dançamos com a chuva caindo sobre nós, como naquele dia, no lago. Dessa vez não nos molhamos, mas pisamos em várias poças de água, rindo por nãos estarmos nos importando com isso. Fallon sorri o tempo todo, e meu coração responde a isso, batendo tão rápido que temo que ela possa ouvir.
Nenhum de nós dois se importa que alguém possa nos ver agora. Na verdade, quero que vejam, que saibam que ela é minha namorada, minha melhor amiga. Minha. Minha. Minha.
— Minha — sussuro contra seus lábios antes de tomá-los.
←↑↓→
Na casa de Fallon, ela me convence a entrar, jurando que Portia está "de boa".
Mas quando entramos, porém, ela está enrolada no sofá, o nariz vermelho e os olhos meio inchados.
— Ela teve uma reação alérgica — Fallon avisa quando vê minhas sobrancelhas erguidas.
— A quê?
— Você sabe — Portia fala, sua voz saindo estranha — alguém mandou uma floricultura inteira pra minha irmã. E eu meio que sou alérgica a flores.
— Porra — deixo escapar. Então ela está assim por minha causa?
— O que você fez com as flores? — Fallon parece alarmada enquanto olha em volta e não encontra nada. — Você jogou fora?
— Não! Coloquei tudo no seu quarto antes que me matassem. Elas são terrivelmente perigosas — a mais velha resmunga.
Fallon vai correndo para o quarto, como se para conferir que estão lá mesmo, deixando-me sozinho com Portia.
— Eu sinto muito. Não fazia ideia que você era alérgica — digo, me sentindo mesmo mal por ela.
Portia dispensa minhas desculpas com a mão.
— Relaxa. Você a fez sorrir. Eu não poderia ficar brava nem se quisesse. Na verdade, acho que até gosto um pouco mais de você agora. Eu não vejo minha irmã feliz assim desde quando ela tinha treze anos.
Quando Fallon foi estuprada.
— Você trouxe cor pra vida dela, Atlas — Portia termina.
Eu não sei o que dizer. Por sorte, Portia diz:
— Agora vá. Diga a Fallon que eu vou pedir pizza.
Chego na porta do quarto antes de virar novamente, dizendo baixinho a Portia:
— Ela também trouxe cor pra minha vida, Portia.
Entro no quarto depois disso.
~•~
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MEU PERFIL: AUTORA.STELLA
A Fallon é tão pitica contando quantas vezes o Atlas disse "eu te amo" a ela😭♥
Espero que vocês tenham gostado do hot, é provável que não tenha outro tão cedo 🙂
Tenho sentido falta dos comentários de vocês 😢
O aviso que eu queria dar a vocês é o seguinte:
O livro vai entrar em hiatus por uma ou duas semanas. Vou usar esse tempo pra revisar outros dois livros meus, e adiantar alguns capítulos desse. Então, quando eu voltar, pretendo fazer uma MARATONA de 4 ou 5 capítulos!!!!!!
Além disso, mudei a capa de novo ♥️
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2bjs, môres♥
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