³⁶|ʲᵃᵈᵉ
1.
“Do francês jade; em espanhol piedra de la ijada, ‘pedra do flanco’.
2.
A Jade é mais conhecida por seus diferentes tons de verde, mas também vem em vermelho, branco, marrom, lavanda, roxo e laranja.”
⚠️Leiam as notas finais ⚠️
ATLAS
Abro os olhos, por um momento me perguntando porque as janelas estão fechadas e ainda está escuro. Lembro-me que fomos dormir tarde...
Minha mão se fecha em seus cabelos no mesmo momento que lembro que estou na sua casa e não na minha. A gente ficou assistindo The 100 até tarde enquanto eu esperava sua irmã chegar para eu poder ir embora. Sabendo que Portia ainda implica comigo, eu deveria ter ido embora quando o relógio bateu 00h, mas não deixaria Fallon sozinha.
Foi assim que eu vim parar na sua cama, sem roupas e com seu corpo enroscado no meu.
E com sede. Olho a hora no despertador na mesa de cabeceira. 04h23.
Suspiro, passando a mão no rosto. Meu sono parece ter se esvaido com uma rapidez que não acontece quando tenho que acordar cedo para ir para missa aos domingos.
Fallon, inconsciente sobre a minha falta de sono, dorme tranquilamente com a cabeça em meu peito, seus braços me rodeando e as cobertas nos cobrindo. Fico feliz que agora ela esteja dormindo uma noite inteira. Não porque estou aqui, mas porque aparentemente fazer terapia está surgindo efeito. É claro que ela não ficará bem do dia para a noite, antes de ontem mesmo ela teve uma crise de ansiedade, mas está melhorando.
Com cuidado para não acordá-la, afasto Fallon para o lado, repousando sua cabeça no travesseiro. Ela vira para o outro lado, esquecendo de mim rapidamente e me fazendo sorrir.
Saio da cama, procurando minhas roupas no chão onde lembro-me de Fallon tê-las jogado. Acho apenas minha cueca e minhas calças, não fazendo ideia de onde raios foi parar minha camisa ou meu casaco ou minhas meias. Então saio assim mesmo do quarto.
A casa é pequena, então rapidamente estou na cozinha, colocando água em um copo para mim.
E porque o destino gosta de brincar comigo, a porta do quarto de Portia abre quando estou voltando para o quarto.
Pisco pelo menos três vezes, pensando se a falta de iluminação está me fazendo ver errado, mas a luz que sai do quarto de Portia ilumina o suficiente para eu ter certeza que estou encarando Osmar Hernandez.
Em nosso último encontro, ele estava drogado e foi pedir desculpas a Portia no hospital por ter dado drogas e bebida alcoólica para sua irmã, e recebeu uma sapatada na cabeça dada pela própria Portia em seguida.
— O que foi? — É a voz da irmã da minha namorada.
É quando realmente me dou conta do que está acontecendo aqui.
— Parece que você tem uma estátua no corredor — Osmar responde, a sobrancelha arqueada. Eu não tinha notado que ele também estava sem camisa até agora.
Em um segundo, Portia está o empurrando para trás e se colocando entre nós dois. Olho para ela, tentando não erguer minhas sobrancelhas ao vê-la com uma camisa grande demais para ela e toda descabelada.
— Atlas... — começa, mas já estou indo para o quarto de Fallon.
— Eu não vou contar, mas você a conhece, ela vai descobrir em algum momento. — Entro no quarto de Fallon depois disso, fechando a porta com o mínimo de barulho possível.
Fallon se mexeu na cama enquanto eu estive fora e abre os olhos quando começo a tirar minha calça outra vez.
Hesito. Será que ela ouviu alguma coisa? Eu disse a Portia que não contaria, não é da minha conta, mas não mentiria se Fallon perguntasse.
— Achei que tivesse ido embora — murmura em meio a um bocejo.
— Bobinha — sussurro de volta ao me juntar a ela na cama.
Puxo-a para os meus braços e dou um beijo em seus cabelos.
— O que você estava fazendo? — suas palavras são emboladas enquanto ela se aconchega mais em meu abraço.
— Bebendo água — e descobrindo uma fofoca.
— A luz da cozinha estava apagada? — Essa é a forma dela de saber se sua irmã já chegou em casa.
— Estava. Agora volte a dormir. — Beijo a ponta do seu nariz e sinto-a sorrir antes de sua respiração ficar pesada e ela adormecer novamente.
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Dia 31 de dezembro a cidade está completamente deserta quando saímos às 06h00, apenas duas horas depois de eu flagrar Portia e seu visitante. Não fiquei para o café da manhã, mas ela ainda não contou a Fallon, já que minha namorada não disse nada quando ela, Brittany e Drew passaram para me buscar.
Estamos indo para as montanhas. A família de Brittany tem uma cabana lá e minha ex-namorada teve essa ideia no aniversário de Fallon. Deveríamos ter ido ontem, mas a neve não deu trégua. É um milagre que conseguimos sair hoje. Mas ainda não estamos cantando vitória pois precisamos chegar lá primeiro.
— Quem mais vai estar lá? — Fallon pergunta ao meu lado, no banco de trás. Brittany está dirigindo e Drew está no banco da frente.
— Uns amigos meus. Vocês vão gostar deles — Brittany responde.
Dou risada sem querer.
— Não contem com isso — digo, ganhando um olhar fulminante da loira.
— Eles são legais!
— Você não gosta deles? — Fallon questiona. Ela está muito fofa com a touca que sua avó lhe deu.
— Não de todos — conto e Fallon faz uma careta.
— Idiota. — Brittany me mostra o dedo do meio.
— Eles estão levando bebida, pelo menos? A gente não conseguiu comprar — Drew entra na conversa. Isso faz Brittany sorrir.
— Digamos que meu pai irá sentir falta de algumas garrafas dos preciosos whisky e minha mãe, do vinho.
— B, você é demais. — Fallon ergue a mão e Brittany bate sua palma contra a dela.
— Aposto dez dólares que você não bebe uma garrafa inteira de whisky — Drew diz a Fallon.
— Já vai preparando seu dinheiro.
Brittany e eu nos encaramos e balançamos a cabeça. Esses dois não tem jeito mesmo.
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— Tem certeza que aqui não vai faltar energia e a gente vai morrer congelados, né? Porque estamos no meio do nada e tals. — Fallon está olhando em volta, no quarto.
— Eu mantenho você aquecida se isso acontecer — digo a ela, que me lança um olhar cético.
Chegamos há uma hora, felizmente sem problemas. A cabana ou chalé, seja lá como quiser chamar, tem quatro quartos: dois no andar de cima e dois no andar de baixo. Meus amigos, Fallon e eu ficamos com os de cima, então azar dos amigos de Brittany. Eles ainda não chegaram, aliás. Eu não sei exatamente quem ela convidou, também, apesar do que falei no carro.
— Não tem sinal aqui dentro — aviso a Fallon quando vejo-a andar pelo quarto com o celular.
— Você passou muito tempo aqui? — Deixando o celular de lado, senta na cama, as mãos debaixo das coxas enquanto me observa desfazer as nossas malas. Duas mochilas, na verdade.
— Sim. — Dou um rápido olhar a ela, perguntando-me se esse é um daqueles momentos estranhos quando me lembro que agora minha ex é amiga da minha atual. — Mas Brittany e eu nunca ficamos no mesmo quarto.
— Não estou perguntando por isso. — Fallon ri e depois dá de ombros. — Eu não tenho ciúmes, sabe? Talvez no início fosse estranho, mas eu estou de boa.
— OK.
— OK.
Ficamos em silêncio enquanto tiro nossas roupas das mochilas e ponho no pequeno closet. Só vamos ficar apenas uns dias, mas acho mais prático deixar as roupas no fácil do que socadas dentro da mochila e como Fallon não parece ligar para o último, sobrou para mim.
Ouvimos um barulho lá embaixo e nós dois olhamos para a porta quando vozes altas ecoam.
Os outros chegaram.
— Lidar com pessoas novas, tudo o que eu mais queria — Fallon resmunga com uma careta.
— Achei que estivesse trabalhando com isso com a Dra Rossi?
— Estamos, mas não significa que eu magicamente mudei de ideia sobre interagir com estranhos.
— Você vai se sair bem.
— Você é um ótimo motivador. — Fallon revira os olhos, ficando de pé. — Você vem?
— Você quer que eu vá? — Olho para ela, a postura rígida enquanto brinca com a pulseira que lhe dei. Ela está claramente desconfortável, mas tentando.
Fallon nega antes de me dar um selinho.
— Te vejo lá embaixo.
Passo os próximos dez minutos terminando de arrumar nossas coisas enquanto ouço as vozes lá embaixo. Fallon não voltou, então presumo que ela tenha mesmo se saído bem.
Eu estava certo sobre não ter sinal aqui dentro, o que significa que teremos que ir lá fora se quisermos fazer ligações ou mandar mensagem. Falei para Fallon avisar a Portia assim que chegamos, quando Brittany ainda estava abrindo a casa. Pensando bem, pergunto-me se Portia apenas deixou Fallon vir porque estava com peso na consciência de estar se encontrando com Osmar sem contar a irmã.
Quando finalmente desço, dou uma rápida olhada na sala: Brittany está conversando animadamente com as gêmeas Maya e Sage, enquanto Fallon está com Macy e Jax.
— Ei, olha só quem está aqui! — Sage, a mais baixa das irmãs, me dá um abraço assim que me vê. Ela sempre foi minha preferida, com seus cachos platinados e jeito descontraído. Talvez eu tenha exagerado um pouco ao falar dos amigos de Brittany para Fallon e Drew.
— Você não cresceu nenhum pouco, hein? — Zoo ela, puxando uma mexa do seu cabelo.
— Ha, ha, idiota. — Revira os olhos, mas sei que não está brava de verdade.
— Oi, Atlas — cumprimenta Maya, seus olhos castanhos iguais os da irmã, brilhando com malícia. Diferente da irmã, seu cabelo cacheado está com tranças nagô, azuis. — Soube que está solteiro.
— Não, eu não disse isso — Brittany a interrompe com um olhar mortal. — Eu disse que ele e eu não somos mais um casal, mas que ele está definitivamente e irredutivelmente comprometido com a minha amiga.
— O ponto é que ele não está namorando com você — Maya devolve, dando de ombros.
— Maya! — Sage faz uma careta para a irmã, depois me lançando um olhar de desculpas.
— Oi, Maya — digo, pois eu não a cumprimentei, ignorando todo o caos dos últimos segundos. Olho por cima da ombro, para Fallon e os outros perto da lareira. — Vou falar com eles — digo a elas antes de ir em direção a minha namorada, Jax e Macy.
Aposto que Drew deve estar cuidando das bebidas que eles trouxeram.
Macy é a namorada de Sage, também legal e diferente da cunhada. Jax é um amigo de Brittany, que estudou na nossa escola, um ano mais velho e já terminou o colegial.
— Nossa, que legal! Você já escolheu? — Fallon está perguntando a Jax, parecendo já se dar bem com ele. Fico feliz com isso, já que ela estava nervosa.
— Estava me perguntando se você não viria dar um "oi" — Macy diz com um sorriso, antes de me abraçar.
— Foi mal, estava arrumando umas coisas — desculpo-me quando nos afastamos e eu observo seu rosto redondo e seus olhos puxados. — Você não tinha esse piercing na sobrancelha.
— E você não estava namorando uma garota super-hiper-mega-legal.
Ergo as sobrancelhas, olhando dela para Fallon, que fica vermelha com o elogio.
— Bom, pelo menos não vou precisar fazer as apresentações. — Dou de ombros. — Oi, Jax.
— E aí, cara. — Ele também me dá um abraço rápido com tapinha nas costas. Ele não é mais alto que eu, mas forte, com cabelos escuros e bem cortados. Ele é um cara legal, apesar de não termos interagido muito das vezes que nos encontramos. — Sabe, você e Fallon nunca foram um casal que eu teria imaginado.
— Ah, é? — Quase franzo as sobrancelhas com a forma que ele fala, como se a conhecesse.
— Fallon não era do tipo que pegava garotos certinhos. — Jax lança um olhar para ela, que revira os olhos.
— E você não era um astro de Hollywood — minha namorada devolve.
— Eu fiz um pequeno papel em um filme. Tipo, cinco minutos!
Quando Macy e eu apenas olhamos para os dois, Jax começa a dizer algo, provavelmente uma explicação, quando Fallon o interrompe:
— Nós trabalhamos na lanchonete da Flora no verão passado.
— Ah — digo. Faz sentido, eu acho.
Drew aparece com as bebidas, como imaginei que era com o que ele estaria ocupado.
— Algumas coisas nunca mudam... — Sage diz ao meu lado, agora.
Olho para ela e seu copo com refrigerante, idêntico ao meu.
Dou risada. Nas ocasiões que estivemos na presença um do outro em festas chiques, éramos os únicos adolescentes que não bebiam. Ficavam nos zoando por isso, claro, mas como Sage também é uma grande fã de Harry Potter, passávamos o tempo ignorando os outros e falando sobre nossa saga preferida. Brittany não sentia ciúmes dela apenas porque Sage é lésbica.
— Então você e a Macy finalmente se acertaram? — pergunto, já que mais uma vez é apenas ela e eu. Fallon está sentada no sofá com as outras meninas enquanto Drew e Jax cuidam da TV e do som.
— Sim. — Sage enrola uma mecha do cabelo no dedo, seu olhar na namorada. — Ela me pediu em namoro há alguns meses, mas antes disso me deixou na friendzone por um tempo, aquela diaba.
Rio outra vez, mas fico feliz pelas duas. Durante nossas horas falando sobre Harry Potter, o olhar de Sage sempre procurava por Macy, que estava sempre dançando e bebendo com alguém. Que bom que ela finalmente percebeu as intenções de Sage e a tirou da sua sofrência.
— Mas me fala de você. — Sage volta sua atenção para mim. — A gente não se vê há um ano, quase, e então você está namorando outra garota e Brittany e Drew são um casal e você nem me manda um SMS?
— As pessoas não mandam mais SMS.
Sage apenas me encara, como Fallon faz às vezes.
— Foi mal, aconteceu muita coisa nos últimos meses. — Definitivamente me sinto mal agora pelo comentário mais cedo. — Mas posso te compensar deixando você falar da sua fanfic com Gina Weasley.
— Eu tinha quinze anos quando escrevi isso! — Sage fecha a cara. Eu amo irritá-la com isso, então faço sempre que posso.
Uma risada me chama atenção e eu olho para o outro lado da sala. Fallon não está mais no sofá com as garotas, mas de pé perto da janela conversando com Jax, que agora está sorrindo do que quer que ela esteja falando.
Quando senti ciúmes daquele cara no baile, não pensei muito nisso. Ele não a conhecia e só tinha ido cumprimentá-la e eu fui um idiota. Mas a forma que Jax olha para Fallon e sorri para ela, é como se a conhecesse. Como se soubesse que ela as vezes põe a mão na boca para esconder o sorriso ou que morde o dedão quando está nervosa, mas de um jeito feliz.
E eu me pergunto se estou sendo idiota por ficar com ciúmes da possibilidade de ele saber de tudo isso.
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Macy derrubou a bebida cor de rosa que Drew fez, em mim. A frente da minha blusa está com um cheiro insuportável de morango e vodka, por isso subi para o quarto para me trocar e tentar limpar um pouco isso.
Fallon e os outros estão lá embaixo, Brittany estava tentando convencer a todos de fazer uma sessão de karaokê, mas todos sabemos que ela só vai cantar músicas da Taylor Swift. Fallon estava apostando qual música ela cantaria primeiro, quando Sage a arrastou para longe do microfone que ela tinha achado momentos antes.
Estou esfregando a camisa no banheiro do quarto, quando a porta do quarto abre e fecha segundos depois.
— Eu preciso falar disso com alguém ou vou ter um ataque — Fallon diz quando estou prestes a sair do banheiro.
Eu sei que ela não está falando comigo quando a outra pessoa responde:
— Problemas no paraíso? — Brittany.
Obviamente elas não sabem que estou aqui se vieram atrás de privacidade e não dá para saber que estou no banheiro, o que é mais um motivo para eu avisar que estou aqui, sair e deixar elas terem essa conversa.
Mas congelo totalmente diante das próximas palavras de Fallon.
— Portia quer me levar para Seattle com ela.
— O quê? — Brittany pergunta a única coisa que se passa na minha mente no momento.
— Lembra do aconteceu no Natal? No fim, a proposta de emprego é verdade, mas ela nunca planejou me abandonar. — Fallon suspira. — Portia precisa de uma resposta em uma semana.
— O que você quer?
Fallon não responde imediatamente, mas posso ouví-la se movendo no quarto como se estivesse andando de um lado para o outro.
— Essa promoção seria um salto e tanto na carreira de Portia e eu não quero que ela perca essa oportunidade por minha causa. Mas eu também não posso ir. Tipo, tem a escola, né? E... E é o nosso último ano e daqui a pouco vamos para a faculdade... — Fallon suspira mais uma vez. — E tem você e o Drew... e o Atlas. Eu não posso... Eu não quero deixá-lo.
— Você já falou com ele?
— Não. E eu sei que ele vai dizer para eu ir. Ele bom e gentil assim.
— O que você vai fazer, então?
— Eu não sei.
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FALLON
Ter amigos pode ser legal. Sage é extrovertida e inteligente e ela tentou me fazer beber um copo inteiro de vodka — um copo de milk shake — enquanto Drew apostava que eu não conseguiria. Ele acertou, na verdade, o que foi extremamente irritante.
Brittany, Macy e Sage marcaram um dia para irmos ao shopping nas férias de primavera. Maya dispensou o convite e eu fiquei feliz. Ela não foi com a minha cara e eu ignorei que ela estava comendo Atlas com os olhos. Parece que ela sempre teve uma paixão secreta por ele e só estava esperando sua amiga — Brittany — terminar com ele.
Atlas podia estar errado sobre Sage e Macy, mas definitivamente não sobre Maya.
Falando nele...
— Você viu o Atlas? — pergunto a Drew. Meu amigo está fumando cigarro perto da janela. — Desde quando você fuma?
— Hoje. — Drew dá ombros, o olhar nas árvores lá fora. Já escureceu, preciso ligar para Portia e avisar que ainda estou viva. Nem acredito que ela deixou eu vir.
— Hoje? — Arqueio a sobrancelha, pegando o cigarro da sua mão. Uma amiga melhor jogaria fora, mas eu apenas dou uma tragada.
Drew suspira e me entrega seu celular. Passo o cigarro de volta para ele ao pegar o aparelho.
Está aberto no Instagram, na foto de alguém. Um cara que nunca vi na vida.
— Os pais da Brittany querem que ela namore com ele — Drew diz.
— Deveríamos ter pichado os portões da casa também — murmuro com desgosto. — Brittany não me falou disso.
— Ela disse que eu estou errado. Quer dizer, os pais dela querem que ela vá para Oxford e fique na casa desse cara, que é "um amigo da família". — Ele faz aspas com os dedos. — Mas claro que eu estou errado e os pais dela não estão tentando jogá-la nos braços dele.
Não digo nada, apenas espero. Eu sei como é me sentir insegura. Às vezes ainda acho que não sou o suficiente para Atlas, que ele merece alguém mais inteligente e social, com um histórico familiar melhor e um psicológico mais resolvido. Ok, isso foi bem específico.
— Ela está irritada comigo agora. — Por fim, Drew apaga o cigarro no batente da janela. — Eu não acho que ela entenda, de qualquer forma.
— Não é só porque ela não está gritando para Deus e o mundo que significa que ela não se sinta insegura ou com medo de te perder.
Drew arqueia a sobrancelha para mim.
Dou de ombros.
— Só estou dizendo.
— Enfim, eu acho que Atlas está lá fora. — Mensagem recebida: fim de conversa.
— Por que ele estaria lá fora?
— Sei lá. Ele é seu namorado, não meu.
— Muito engraçado.
Reviro os olhos e deixo ele.
Não vejo Atlas faz alguns minutos. Na verdade, ele está meio estranho. Ok, ele está bebendo cerveja e tequila, não é a coisa mais anormal do mundo, mas o fato de ele estar bebendo cerveja e tequila, é. Tirando aquele dia que bebemos vinho e no baile, onde reversamos um cantil com whisky, Atlas só bebe champanhe.
Então sim, é estranho. E quando perguntei porque ele decidiu ser menos certinho, ele disse que era ano novo. Simples.
— Ei — Jax entra no meu caminho quando estou indo para a cozinha. — Whisky? — Ele estende a garrafa.
— Não, valeu. Tenta não ficar bêbado antes da meia-noite — brinco, erguendo as sobrancelhas.
— O álcool e eu somos melhores amigos, então relaxa.
— Você não tinha tanta tolerância assim no verão passado.
Jax revira os olhos, mas sorri. Ele sempre teve um sorriso fácil e isso tornava difícil o trabalho na lanchonete porque todas as garotas só iam lá para vê-lo.
— Falando em passado... — Jax passa a não no cabelo escuro, dando um passo a frente. — Você também mudou bastante.
— Só porque estou namorando um cara certinho? — Arqueio a sobrancelha, cruzando os braços ao lembrar do que ele disse mais cedo.
Jax ri.
— Eu estava falando do seu cabelo — diz, olhando-me de uma forma estranha. Eu não tinha percebido que estávamos sozinhos no corredor.
— Ah. Eu deixei crescer. — Dou de ombros. Pigarreio. — Você viu o Atlas? Drew disse que ele estava lá fora, mas está nevando, então...
— Não vi, não. Ele já deve voltar...
— Eu vou procurar lá em cima, de qualquer forma. — Passo por ele e subo as escadas para o segundo andar.
Ainda estou franzindo as sobrancelhas para quão estranho foi isso quando entro no quarto... e encontro Atlas.
— Oi? Eu estava procurando você.
— Achou.
Ele está deitado com metade do corpo na cama, olhando para o teto enquanto segura uma garrafa de cerveja contra o peito.
— Por que você está aqui? — pergunto ao subir na cama e montar em seu colo.
— Muito barulho lá embaixo.
— Sei. — Inclino a cabeça para o lado e semicerro os olhos. — Qual o problema? Você está... distante.
— Posso perguntar uma coisa? — Atlas acaricia minha perna distraidamente. Mordo o lábio, pensando que horas são. Talvez dê tempo para uma rapidinha...
— Claro.
— Você e o Jax só foram colegas de trabalho durante o verão?
Paro de brincar com o seu cinto e encaro seu rosto. Seus olhos ainda estão fixos no teto e eu não sei dizer o que ele está pensando agora.
— Por quê?
Atlas suspira, sentando. Suas mãos me seguram para que eu não caia com o movimento brusco.
Ele parece estranhamente cansado e seus olhos estão meio vermelhos como consequência da bebida... Atlas está bêbado. Ele não bebeu só um pouco, mas está bêbado.
— Eu não estou sendo paranóico ou possessivo, ok? Eu só não gosto da forma como ele olha para você — desabafa, lembrando-me que estamos falando do Jax.
— Nós ficamos no verão.
Atlas fecha os olhos e volta a deitar, suas costas batendo no colchão com um baque.
— Por que você não disse antes?
— Não é importante. — Dou de ombros, apesar de me sentir um pouco culpada agora. Eu não estava tentando esconder nada, só não achei que fosse necessário mencionar.
— Mas ele foi?
— O quê?
— Importante. Ele foi importante para você?
Franzo as sobrancelhas. Por que isso é importante? Se fosse você no lugar dele, você iria querer saber. É.
— Não.
Atlas cutuca minha perna para que eu levante e eu saio do seu colo, observando quando ele fica de pé.
— Não foi nada sério — continuo mesmo assim. — Éramos só amigos no início, fechávamos a lanchonete tarde e aconteceu. Ele estava com problemas em casa e eu também, então acho que isso nos atraiu, mas não foi o bastante. Era apenas sexo, dois adolescentes querendo uma distração. E foi só isso que ele significou para mim: uma distração. Não falei antes para não ficar estranho.
Fico de pé, abraçando sua cintura.
— Ok?
Atlas anue, mas ainda há algo de errado. Ele está tenso e sério. Isso não pode ser só sobre o Jax. Quer dizer, eu entendo que ele esteja com ciúmes, eu certamente estaria, mas conheço Atlas e definitivamente há algo de errado acontecendo.
— Qual o problema? — pergunto novamente.
— Nenhum.
— Mentiroso.
— É sério, eu só estava... incomodado. — Dá de ombros, suas bochechas ficando vermelhas.
— Você fica fofo com ciúmes. — Rio um pouco.
— Você acha engraçado me ver inseguro? É divertido? — Sua expressão, de alguma forma, fica ainda mais séria.
— Não. Não foi isso que eu quis dizer. — Franzo as sobrancelhas, sentindo-me estranha diante do seu olhar. — Está tudo bem mesmo? Você está estranho.
— Só porque estou bebendo? — Atlas se afasta do meu toque, virando a garrafa na boca. — Caras certinhos não fazem isso, não é? Espere, eu não devia fazer isso porque sou bom e gentil.
— Não estou entendendo. — Cruzo os braços. Eu nunca o vi assim e não sei o que fazer. Ele está apenas bêbado, certo?
Atlas revira os olhos e põe a garrafa na mesa de cabeceira.
— Eu só quero ficar sozinho, tá legal?
— É por causa do Jax? Você está chateado porque não contei antes? — Aproximo-me dele, apesar de estar de costas para mim. Seus ombros estão tensos e eu só quero fazê-lo relaxar e me dizer o que está havendo. — Atlas, fale comigo.
Ele não diz nada e isso só piora a minha aflição. Me sinto péssima por não saber o que fazer. Quando tenho alguma crise, ele sempre tem as palavras certas para me acalmar, e agora eu não sei o que dizer ou se quer o que tem de errado para poder ajudá-lo.
— Atlas — chamo baixinho e seguro seu braço. Quando ele não me afasta, eu o obrigo a virar para mim. Ele não me encara, mas seus olhos estão marejados. — Por favor, me fale o que está acontecendo. Não esconda nada de mim.
— Você quer mesmo falar sobre esconder coisas? — dispara, a voz estranha.
— Eu já disse que o Jax não é importante...
— Foda-se o Jax. — Arregalo um pouco os olhos, surpresa. — Quer dizer, quem se importa que ele é o seu ex, não é? Ou que ele não seja um cara certinho e inexperiente, certo? Eu só sou o cara fofo e gentil.
— Qual o seu problema? — pergunto finalmente. Uma hora ele diz que não está irritado por causa do Jax, mas essa reação me diz o contrário. E essas coisas que ele está dizendo...
— Meu problema é que a minha namorada não me conta as coisas. — Seus olhos finalmente encaram os meus e eu quase me encolho diante da frieza neles. — Me diz uma coisa: o Jax pediria para você ficar?
— Ficar onde?! Do que você está falando? Eu não estou entenden...
— Você ia se despedir ou ia simplesmente embora presumindo que eu não lutaria por você?
Abro a boca para perguntar mais uma vez do que ele está falando, quando repasso outra vez suas palavras. Ir embora. "Por que eu sou bom e gentil". Eu estava certa ao pensar que isso não é só sobre o Jax.
— Como você sabe? — pergunto apenas. Eu não contei a ele sobre Seattle.
— Isso importa? Por que você não me contou? Achei que já tivéssemos passado dessa fase de esconder coisas.
— Eu ia contar. Eu só estava esperando o momento certo... Não sei.
A verdade é que eu não estava preparada para ouvi-lo me incentivar a ir. E sim, eu presumi que ele faria isso porque... É o Atlas, certo? Mas talvez eu tenha me enganado.
— Então você já decidiu? — Sua voz está tão vazia e inexpressiva que me dói ouvi-lo.
— Eu não sei.
Balançando a cabeça, saindo do meu alcance.
— Eu teria pedido para você ficar — diz, fazendo meu coração bater forte em meu peito. — Surpresa? — Ri, ao notar minha expressão. — Eu amo você, Fallon e por mais que uma parte de mim gritasse para deixar você ir, eu teria sido egoísta e pedido para você ficar.
— Mas? — sussurro, pois ele falou no passado, como se essa não fosse mais sua decisão.
— Mas eu não posso amar sozinho, nem pedir para você ficar quando não sei o que significo para você.
Observo quando ele sai do quarto, deixando-me enraizada no lugar.
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— Fallon? — Brittany bate na porta do quarto e entra cinco segundos depois quando não respondo. — Ei, já é quase meia-noite, vocês não vão descer? Cadê o Atlas, na verdade? Achei que ele estivesse aqui com você.
Sentada na beira da cama, não respondo. Não sei quanto tempo faz que Atlas saiu, mas eu permaneci no quarto. Não estou tendo uma crise, acho, só... Tudo desandou tão rápido que eu precisava de um minuto para raciocinar. E pelo visto levei mais tempo que isso.
— Você contou a Atlas sobre Seattle? — Encaro a loira, lembrando que a única vez que falei sobre isso hoje, foi com ela e Atlas estava normal antes disso.
— Não. Por que eu faria isso? — Brittany franze o cenho, sentando-se ao meu lado.
Suspiro, passando a mão pelo rosto. Ele acha que eu não o amo. Foi tolice minha achar que estava implícito e agora Atlas acha que seu amor não é correspondido. Pior, as outras coisas que ele disse, sobre ser apenas um cara inexperiente... Deus, o que eu fiz? Não deveria estar realmente surpresa por estregar tudo, eu sempre estrago, não é? Atlas não merece isso.
Talvez alguns meses atrás eu me convencesse de que isso é algum tipo de sinal, mas Atlas lutou por mim todas aquelas vezes, ele ficou e me amou quando eu nem sabia que queria ser amada.
Não digo nada a Brittany quando saio do quarto e desço para o primeiro andar, onde encontro Sage e Macy conversando.
— Você viram o Atlas? — pergunto a elas, assustado-as.
— Eu o vi saindo pelas portas dos fundos.
Olho lá para fora, pela janela. Ele saiu para dar uma volta? Mas está nevando e ventando muito... Ele vai pegar um resfriado ou uma pneumonia.
— Ei, para onde você vai? — Macy questiona quando pego meu casaco e calço meu tênis. — Já é quase meia-noite.
— Eu sei. Volto logo. — Saio da casa, puxando o zíper do casaco.
O vento rapidamente me recebe e sinto um arrepio, minha respiração se condensando no ar.
Semicerrando os olhos, procurando por Atlas, mas obviamente não o acho e por isso desço as escadas do chalé.
— Atlas! — Meu grito é engolido pelo vento quando começo a caminhar pela neve fofa.
Não há muitos lugares para onde ele possa ter ido, além dos carros, tudo está coberto de neve. Ele com certeza não iria para a floresta ou desceria a estrada a pé, certo?
Eu deveria ter trazido meu celular, está escuro aqui fora e a luz na varanda lá em cima não ilumina muita coisa.
Com as mãos dentro dos bolsos, umideço meus lábios gelados, sentindo os flocos de neve se acumularem em meus cílios e provavelmente em meus cabelos. Eu nem pensei em pegar minha touca ou luvas. Atlas certamente não pegou nada disso. E ele está bêbado.
Meu desespero só aumenta enquanto continuo andando perto da casa, não me arriscando a ir muito longe sozinha, mas me perguntando se Atlas pode ter ido.
— ATLAS.
Começo a tremer e não tenho certeza se é só por causa do frio. E se ele desmaiou? Ele nunca tinha ficado bêbado, então isso pode ter acontecido. Ou se seguiu por entre as árvores? Deve a ver lobos ou coiotes por aí, né? Ou lobos e coiotes.
Talvez eu devesse voltar e chamar os outros para me ajudar a procurar. Com mais pessoas, com certeza conseguiremos achá-lo mais rápido e antes que tenha uma pneumonia ou morra congelado.
Eu penso nisso brincando, mais meus olhos ardem com as lágrimas.
— Atlas! — Paro perto dos carros e encaro o céu sem entrelas, pedindo a Deus que ele esteja bem. — Por favor, por favor, por favor...
Ainda estou sussurrando quando sinto algo em meu ombro. Um grito escapa de meus lábios e eu tropeço, tentando me afastar, o que só me leva a cair no chão.
Com a cara na neve, eu amaldiçoou vergonhosamente. Agora minhas roupas estão encharcadas e eu com certeza vou pegar um resfriado...
Mãos estão me tocando. Mãos.
Gritando de novo, tento me afastar mais uma vez, fazendo a neve se espirrar para todos os lados.
— Fallon! Fallon, meu Deus...
Eu paro, ofegante e afasto meu cabelo do rosto.
Olhos azuis me encaram de volta.
— Atlas. — Eu devo estar chorando, deitada na neve, enquanto o encaro.
— Quem mais seria? — Ele arqueia a sobrancelha, mas não me dá a chance de responder quando me põe de pé.
Não perco tempo e passo os braços ao seu redor.
— Você não morreu — sussurro, fechando os olhos e ouvindo seu coração bater através de suas roupas.
— Você achou que eu tinha morrido? — Suas mãos acariciam minhas costas e ele beija meus cabelos. — Aliás, o que você está fazendo aqui fora? Tentando morrer congelada?
— Te pergunto a mesma coisa. — Afasto-me dele, olhando-o feio. — Você me deixou morrendo de preocupação, seu idiota. Como você sai desse jeito? E usando apenas um casaco!
Atlas olha para o meu único casaco de forma significativa.
Apenas continuo encarando-o.
— Eu disse que queria ficar sozinho. — Pondo as mãos dentro dos bolsos, ele encara a neve no chão.
De repente, volto a ficar consciente do frio congelante, mas não faço nada para voltar lá para dentro. Não é o tempo ruim que está fazendo meu coração encolher e congelar, mas toda essa situação, todas as palavras entaladas em minha garganta. Três palavras específicas que eu deveria ter dito há muito tempo.
— Eu amo você — digo a Atlas com todo o meu coração. Ele congela e seus olhos se erguem para os meus. — Eu amo você, Atlas e sinto muito por ter demorado tanto tempo para dizer.
Aproximo-me mais dele, engolindo em seco.
— Eu amo as suas cafonices e ser a sua gatinha selvagem. Eu amo quando você cora quando as pessoas o elogiam. Eu amo que você é fofo e gentil. E eu amo que você seja certinho, mas também o amaria se não fosse. Você é muito mais que só uma cara inexperiente. Você nem é mais isso, na verdade — brinco, rindo um pouco quando ele cora. — Você é talentoso e extraordinário. Você é a pessoa que eu mais confio e por quem eu daria a minha vida. E isso foi extremamente brega e cafona, mas eu não me importo de ser brega e cafona por você.
— Fallon... — Suas mãos envolvem meu rosto enquanto ele sorri.
— Eu amo você, Atlas Campbell — repito, imitando seu sorriso.
Fico na ponta dos pés quando ele me beija e nem o frio é capaz de esfriar o calor em meu coração ou desacelerar as batidas que martelam em meu peito enquanto retribuo o beijo.
— Diz de novo — Atlas pede, sussurrando contra meus lábios.
— Eu amo você. — Dou um selinho em seu sorriso.
— De novo.
— Eu amo você, eu amo você, eu amo você.
Solto um gemido quando sua boca cobre a minha outra vez, um arrepio, que não tem nada a ver com o frio, se espalhando por meu corpo.
De repente, ouvimos um barulho, como se algo estivesse estourando.
Atlas e eu olhamos para cima, para os fogos de artifício de diferentes cores iluminando o céu. Deve a ver outro chalé próximo e alguém soltou os fogos.
— Feliz Ano Novo, Atlântico. — Eu o abraço enquanto assistimos os fogos.
— Feliz Ano Novo, gatinha selvagem.
←↑↓→
Mais tarde, depois que finalmente entramos após quase congelarmos lá fora, Atlas e eu voltamos para dentro e ficamos um pouco com nossos amigos antes de subirmos para o quarto e tomarmos um banho quente de banheira.
Nem mesmo nos demos o trabalho de vestir nossas roupas antes de Atlas me carregar para a cama e fazer amor comigo. Eu repeti que o amava durante todo o momento.
— Amo você — sussurro outra vez, sonolenta ao me aconchegar mais contra ele.
— Fallon? — Atlas chama baixinho depois de um momento, minha bochecha contra o seu peito.
— Hm?
— Doze vezes agora.
Sorrio, fechando os olhos.
~•~
OBRIGADA PELOS 53K!!!!!!!😭♥
Oooooi. Eu sei, eu sei, tô atrasada nas postagens, mas se vocês soubessem a luta que foi para escrever esse capítulo... ksksks. Mas enfim, espero que tenham gostado!
Nossa pitica finalmente disse as famosas três palavras 😭😭😭😭😭😭
O livro não está exatamente na reta final, mas não falta muito para eu finalizar... Já tenho os acontecimentos planejados, mas talvez demore para escrever, apenas.
Se ainda não foi ler o novo livro, corre para conferir! "Amor Insano", disponível no meu perfil.
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LEIAM, É IMPORTANTE!
Eu sei que é chato, mas queria fazer um desabafo sobre votos e comentários. Para nós, autores (as) é muito importante um simples voto, porque isso não só mostra que nossas histórias estão tendo visibilidade, mas que você está gostando. É o MÍNIMO, que você poderia fazer: votar na história. Os comentários são mais importantes ainda, mas tudo bem se você não gosta de comentar, mas isso também desmotiva. Ultimamente isso tem me desmotivado bastante. Eu fico olhando para os primeiros capítulos de OCNMPEB, vendo como vocês comentavam, mas quando olho para os capítulos mais recentes, mal chega a vinte comentários. Isso é muito chato, porque alguns vêem me cobrar capítulo, mas não vota e nem comentam. 😑
Então, por favor, se você gosta da história e quer que continue escrevendo, VOTE. Comentar é opcional, mas com tudo o que eu disse, ficaria extremamente agradecida se fizessem isso por mim.
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