PRÓLOGO

"Deixai toda a esperança, ó vós que entrais."
A Divina Comédia - Dante Alighieri

NÃO SEI ao certo como iniciar esta narrativa, caro expectador, haja vista que ela está longe de ser um conto de fadas e tampouco se trata de uma história crível.

É uma história fantástica, repleta de dramas, terror, fatos históricos levemente retorcidos e sangue... muito sangue — mas o que mais poderia se esperar de uma história sobre seres da noite que sugam sangue além de uma poça de sangue fresco a cada página lida?

Deixarei-lhe alguns avisos, apenas lhe peço que, por obséquio, os leia com atenção antes de submergir-se neste mundo repleto de sombras e escuridão.

Aviso número 1: jamais, em hipótese alguma, chame-os de vampiros, eles se sentem extremamente ofendidos com esta nomenclatura. Não os culpo, crepúsculo os pintou como seres que brilham ao sol.

Mas como os chamaremos, então?
Eles se autodenominam ESPECTROS. Portanto, refira-se a eles como tal.

Aviso número 2: Apesar de o toque de recolher ter sido suspenso, não arrisque ficar nas ruas até tarde. Você não quer correr o risco de esbarrar com um deles por aí, não é mesmo?

Aviso número 3: Caso ouça sirenes tocando ao longe, não julgue ser uma ambulância ou uma viatura; são sirenes de aviso, que alertam sobre a chegada daqueles que caçam a noite.
Corra para o porão, fique em silêncio, não sinta medo e, acima de tudo, reze para seus deuses, para que estes tenham piedade de sua alma pecadora.

Aviso número 4: Abandone toda a esperança, pois esta não perderá lhe ser útil contra os Espectros.

Avisos dados, siga com a leitura por sua própria conta e risco, pois após ter conhecimento sobre eles, eles também terão conhecimento sobre você.

Lhe desejo sorte boa criança.
E lembre-se: JAMAIS olhe para trás quando sentir um arrepio subindo por sua frágil espinha.

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