Capítulo 91

1320 PALAVRAS

Um dia lindo e ensolarado começou em Hope Valle, Bill havia acabado de sair do café de Abigail, onde pediu que ela enviasse uma cesta de guloseimas para Charlote em sua casa. Bill era um sorriso em pessoa, e Frank, percebendo isso, chamou até o canto do café e perguntou:

— Bill! Eu, como pastor e como seu amigo, estou notando um sorriso diferente em você. Vejo uma nova luz em seus olhos, como se você tivesse encontrado a felicidade.

— Frank, ainda não contei para ninguém; mas você é meu grande amigo e aquele que me ajuda a guiar pelo caminho da fé. Vou te contar um segredo, algo que me trouxe muita felicidade.

— Bill, me conte tudo, e não me esconda nada, pois estou coçando a cabeça de curiosidade...

— Bill, rindo de sua ansiedade, explicou que deveria manter isso em segredo, pois ele ainda precisava conversar com três pessoas que eram muito importantes para ele, e que eles deveriam ser as primeiras a saber de tudo, então contou que Charlotte havia aceitado sua proposta de casamento.

— Bill! Estou muito feliz por vocês. E quando terei a honra de realizar esse casamento?

— Será em breve, Frank. Mas primeiro preciso falar com Jack, Tom e Elizabeth.

— Bill! eu sei que vocês não são mais crianças e não precisam da permissão de Jack e Tom.

— Sim...mas eu não vou pedir permissão, mas quero seu consentimento e suas bênçãos.

— Acho que está certo, Bill. Mas desculpe, minha ignorância, não entendo porque você precisa falar com Elizabeth... ela não é filha de Charlote.

— Ela é sua nora, o que a torna como uma filha para mim. No entanto, sinto a necessidade de falar com ela por mim mesmo, não apenas como o pai adotivo legal de Elizabeth, mas também como seu tutor. Acredito que é meu papel como pai explicar toda a situação para ela e expressar todo o meu amor por Charlote. Além disso, é importante garantir a Elizabeth que meu amor por ela não diminuirá ou mudará devido ao meu casamento.

— Bill! Meu amigo, isso é lindo. Eu... Frank gaguejou, sem palavras para mostrar o quanto estava orgulhoso de seu amigo.

— Frank... aquela garota sofreu muito. Você não sabe 1% da vida dela ou o que estamos descobrindo. Não quero que ela se sinta excluída ou abandonada por mim e mesmo que agora ela tenha encontrado seu verdadeiro pai, Wynn, não posso simplesmente jogá-la de lado e abandoná-la como um pacote usado, porque não sei como viver sem essa garota. Ela também é minha filha e Wynn terá que se acostumar a compartilhá-la comigo.

— Bill... Eu, como seu amigo, tenho muito orgulho de você; e saber que você a ama como sua filha, deixa meu coração feliz. Sei que o casamento dela com Jack foi apressado, pois sei que você e Abigail na época, fizeram de tudo para unir aquele casal, e já que eles se amavam muito; como também sei que você assinou toda a papelada como juiz e guardião. Minha querida esposa, sempre me lembra dos detalhes daquela época.

— Frank, a melhor decisão que já tomei foi casar com aqueles dois e ser seu guardião e protetor.

Uma voz forte foi ouvida naquele local, e eles olharam e sorriram para o recém-chegado.

— Concordo com você, Bill... aqueles dois não conseguem ficar longe um do outro um minuto e olha que eles já são casados ​​há meses; além disso, você sendo seu guardião e pai adotivo para sempre, seu lugar no coração dela é intocável. E tenho a honra de compartilhar o título de pai com você.

— Eu sei que vocês dois, vão amar Elizabeth e dar toda a felicidade que faltou em sua vida.

Wynn e Bill, se entreolharam e perguntaram do que ele estava falando. Frank baixou os olhos, dizendo que eles já descobriram muitas coisas, e então podiam imaginar que ele como pastor, em suas conversas com ela e com Deus aos pés do altar, também havia ficado chocado ao descobrir certas passagens de sua vida junto aquela família. Mas como estava em segredo aos pés do altar, em confissão, ele não poderia dizer nada, mas que ela precisava receber muito amor. Frank também explicou que mesmo sendo pastor, ele ainda precisava aprender a acreditar mais no milagre de Deus, pois conhecendo alguns fatos sobre a vida de Elizabeth, todas as tribulações de sua infância e juventude, e que ela havia se tornado uma jovem com um caráter honesto e gentil, só poderiam ser os dedos de Deus moldando a vida daquela jovem.

Todos ali estavam falando sobre isso, e realmente pensando nisso... seria a única explicação, já que ela não havia se tornado alguém do lado do mal. Foi nesse momento que Ned veio correndo até a porta, procurando urgentemente por Bill... nas mãos ele segurava um telegrama, e o rosto de Ned estava pálido, mostrando a Bill que quando ele receber e ler aquela mensagem secreta, ele havia encontrado algo muito sério.

Bill pegou o papel, olhou para ele e, enquanto lia, falou rapidamente:

— Wynn, precisamos falar com Jack na delegacia, com urgência.

Wynn se despediu de Frank e junto com Bill, chegaram à delegacia onde Jack e Frankison preenchiam documentos e conversavam animados como dois irmãos.

— Jack! Temos algo sério aqui. Bill disse muito sério.

Ele mostrou ao Jack o telegrama...

— Edward Monclay! É amigo de infância de Elizabeth; eu o conheci quando fomos ao baile de Natal dos mountie, é um jovem decente e que gosta muito da minha esposa, é uma pessoa de confiança, Bill.

— Edward... eu me lembro dele, disse Frankison... quando eu ainda frequentava a mansão Thatcher... ele sempre vinha brincar com a gente, e sempre estava lá para defender Elizabeth de Julia e Viola. Acho que foi meio apaixonado por ela...

— O próprio Frankison. Ele me contou que Grace, proibiu sua entrada em sua casa, Elizabeth tinha onze ou doze anos, acusando-o de ficar do lado dela e deixar suas irmãs desprotegidas da maldade de Elizabeth; ele começou a conhece-la na escola e, quando ela foi para a faculdade, ele continuou a visita-la, mas ela escondeu dele sua situação, com medo do que o peso do nome Thatcher poderia afetar sua carreira como montada.

Todos na sala ficaram boquiabertos de surpresa ao saber que havia mais uma pessoa ferida por Charles Kensigton III, era uma situação complicada e ainda estava a pobre vítima, uma jovem que estava grávida daquele homem. Foi uma sorte que Edward tenha encontrado seu caminho, porque Charles, estando fugindo, era um perigo para todos, e se descobrisse sobre essa garota e sua gravidez, poderia até tentar tirar sua vida.

Wynn conversou com Bill para enviar um telegrama ao jovem em seu nome como juiz e o de Wynn como comandante, pedindo sigilo do caso até mesmo de seus superiores, para que ele protegesse a vida da mãe e da criança e partisse para Hope Valle com urgência...

— Frankison! Preciso que você invada o sistema e diga que Edward Monclay está de plantão, coloque alguns dados para desviá-lo do curso. Ele também precisa de proteção...

— Wynn, você tem noção do perigo que Elizabeth corre se cair nas mãos desse homem?

— Eu sei, Bill. E não consigo nem o imaginar fazendo nada com minha filha, quero dizer, com nossa filha...

— Ele não deve ousar tocar em minha esposa, ou eu mesmo o matarei desta vez... Jack estava agitado, seu sangue fervia e ele parecia furioso.

— Calma, Jack... ele não vai fazer nada com minha irmã. Estarei com você e nós dois juntos acabaremos com ele se for necessário. Frankison tinha um fogo nos olhos que Wynn nunca tinha visto, nem mesmo quando eles lutaram em juntos na guerra, ele nunca havia testemunhado isso em seus olhos, mas saber que alguém poderia molestar sua irmã gêmea acendeu uma raiva gigantesca nele.

— Calma rapazes... todos nós vamos protege-la, por enquanto ela não deve saber disso. Isso poderia aterrorizá-la e não queremos isso.

Concordaram, porque sabiam que era a melhor solução;

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