Capítulo 39

917 PALAVRAS

— Meu Deus... Como isso é possível?

Frankison, sorria sem nada entender.

— Alguém, poderia me falar, o que anda acontecendo? Quando cheguei aqui na cidade, também notei as reações das pessoas. Pareciam que estavam vendo um fantasma...

Bill, estava sem palavras, pela primeira vez na vida, ele não sabia o que falar...

— Há quanto tempo, vocês não veem Elizabeth?

Wynn e Frankison, se olharam e após pensar, disseram, que há quase doze anos, não se viam. Seu contato era somente por carta uma ou duas vezes ao mês.

Jack, retirando sua carteira do bolso, pegou uma foto e entregou a sua mãe. Ela também estava de boca aberta, olhando para a foto e para Frankison.

Wynn, não conseguindo mais esperar, tomou a foto e olhou. Era a foto deles de casamento, e ela era...

E olhando para Frankison, o entregou a foto e ficou à espera de sua reação. O rapaz olhava de Wynn para Jack.

"Como aquilo era possível; ela era..."

Ela era sua versão feminina, os mesmos cabelos e o mesmo sorriso, o mesmo rosto e até os mesmos olhos ... mas os dele eram verdes e os dela eram azuis...

— Pai! Frankison, disse com lágrima escorrendo em sua face.

Wynn, olhou para Bill, quando Jack falou:

— Elizabeth, me contou a história do nascimento de vocês e como tudo ocorreu com sua irmã. Sabendo de toda maldade de Willian Thatcher, eu...

— Fala, o que você está pensando, meu jovem, falou Wynn.

— Será... eu digo será. E se Willian... será que ele seria incapaz de trocar as crianças?

— Eu acho improvável, que os primos saíssem tão idênticos, como esses dois. Disse Bill.

— Eu também concordo, com você Bill. Charlote estava admirada, o quanto esses dois jovens se pareciam.

— Eu vou descobrir, mas antes vamos encontrar essa menina. Wynn, estava bravo, mas Jack viu algo em seus olhos; aquele homem, estava intrigado com toda essa história, e não iria recuar até descobri toda a verdade.

Eles começaram a seguir as marcas de pneu. Pelo tempo que Charles, a tinha sequestrado, já estavam a pelo menos duas horas na sua frente ou mais.

Frankison, era um tenente, ele era rastreador dos mountie, e Jack mais uma vez agradeceu a Deus, por colocar pessoas qualificadas, para lhe ajudar a salvar sua esposa. Após um caminho percorrido, Jack notou no chão, algo que brilhava com os raios do sol e desmontando, foi verifica. Era uma pequena perola. Ele pegou e colocou em seu bolso, pois aquilo lembrava do conjunto de sua esposa.

Um pouco mais adiante, Bill encontrou outra pérola e logo após Frankison encontrou a terceira.

— Jack, você tem certeza que isso, pode ser dela? Perguntou Frankison.

— Sim, eu tenho...

— Pai, ela está marcando o caminho. Lembra de quando a gente brincava de salvar a donzela, perto do lago em Hamilton; ela sempre jogava algo que brilhasse no chão, para que eu a achasse... Ela dizia, que sempre teria um caminho de luz, que levaria até ela. E ela ainda fala isso em suas cartas.

— Vamos seguir por ali. Talvez esse homem, precisou parar com ela, em algum lugar por aqui perto, afinal ela estava ferida.

As perolas, inclusive os brincos, foram encontrados; eles levavam rumo a uma bifurcação na estrada, que seguia rumo a floresta que fazia parte daquela montanha. Jack e Frankison, seguiram juntos, enquanto os outros faziam outras rotas.

Uma cabana havia naquela região, eles podiam ver a fumaça saindo de uma chaminé. Eles se dividiram para que cada um, chegasse de um lado da cabana.

Enquanto isso, dentro da cabana, Charles, havia soltado as mãos e a mordaça de Elizabeth, para que ela se alimentasse. Mas ela era teimosa, e não queria aceitar nada. Ela não mais reclamava e nada falava e aquilo, já estava enervando Charles. Ele nunca aceitou isso de ninguém, e não seria essa mulher, que iria esnobá-lo. E assim, ele decidiu que iria começar ali mesmo a mostrar-lhe, quem era seu marido agora.

Charles chegou perto dela e segurou seus ombros e falando olhando direto em seus olhos, deixou claro que ele agora mandava em sua vida, que ela lhe pertencia e que naquele momento iria se tornar sua mulher e logo sua esposa.

Elizabeth, gritava, e tentava sair dos braços de Charles; O pavor cada vez mais lhe acometendo.

— Eu já sou casada Charles. Meu marido, Jack Thorton, vai me buscar. Me larga...

— Você não é casada, Elizabeth Thatcher.

— Sim, eu sou.eu sou uma Thorton a alguns dias e mostrou sua aliança em seu dedo...

E Charles, numa fúria nunca se vista, lhe deu uma bofetada no rosto, fazendo com que Elizabeth caísse no chão. Seu rosto estava vermelho, seus lábios sangravam, seus olhos se encheram de lágrimas. Charles, avançando, gritava e olhava para suas mãos; Ele estava avançando, com a intenção de arrancar aquela aliança de seu dedo.

Elizabeth, estava tremendo, não sabia se conseguiria fugir dali, mas ela tomou uma decisão:

"Se fosse para morrer nas mãos de Charles, ela não o deixaria, afastar de seu marido."

E levantando a mão, onde tinha sua aliança de casamento, ela com a maior força que conseguiu encontrar dentro de si, a bateu na ponta da mesa, onde um barulho surdo se ouviu, quando seus dedos se quebraram e sua mão se machucou.

"Ele poderia acabar com sua vida, e sua dignidade, mas nunca poderia tirar seu elo com Jack".

E se vendo agarrada por um Charles, selvagem e enlouquecido, ela se viu sendo jogada na cama, por um homem doente e violento. Mas Elizabeth, em meios às suas orações, pediu a Deus que mandasse ajuda, e gritou:

— Jack, socorro... Jack.

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