Capítulo 140

1181 PALAVRAS

Mas... o silêncio pairava no ar, um suspense denso como uma névoa noturna. Apenas o farfalhar das folhas ao vento quebrava a quietude, criando uma atmosfera carregada de expectativa. De repente, um som agudo rompeu a tranquilidade, cortando o ar com precisão e brutalidade. Era o estampido de um tiro, um eco que reverberou pela escuridão, fazendo o coração pulsar com urgência.

O som do disparo se dissipou, deixando para trás uma tensão palpável. O ar parecia carregado com o peso da incerteza, enquanto as sombras se cerravam em torno do local do incidente. O dia, um cúmplice silencioso, guardava segredos que agora ecoavam naquele único som que quebrara a paz noturna.

"O que se seguiria a esse tiro? "

"Quem seria o protagonista ou a vítima desse momento que cortou o ar como uma lâmina afiada na penumbra? "

O suspense persistia, alimentando a imaginação com possibilidades obscuras enquanto o eco do disparo desvanecia no abismo do desconhecido.

Mas... os olhos de Elizabeth saltaram, parecendo prestes a escapar das órbitas, enquanto o pavor se instalava em sua expressão. O silêncio que se seguiu ao disparo era como um espectro que pairava sobre ela, congelando até mesmo o ar em seus pulmões.

Seu corpo tremia involuntariamente, como se a onda de medo tivesse o poder de desestruturar sua própria essência. Cada segundo se arrastava como uma eternidade, enquanto ela tentava processar o que acabara de acontecer. O som cortante daquele tiro ecoava em sua mente, como uma sinfonia sinistra que ressoava nas paredes de seu próprio terror.

O desespero pairava no ar como uma névoa sufocante, à medida que Charles, ferido e consumido pela dor da perda iminente, se arrastava em direção à arma caída no chão. Seus olhos, agora repletos de uma determinação distorcida, refletiam a insanidade que o dominava. O eco do tiro ainda reverberava na noite, enquanto ele, em um gesto trêmulo, agarrou a arma, a única conexão tangível com o controle que ele pensava ter perdido.

Seu único pensamento era claro: Se eu não ficar com ela, ninguém irá ficar.

Sem hesitar, Charles havia apontado a arma na direção do casal indefeso. Elizabeth, petrificada pelo choque e pela tragédia que desdobrava diante de seus olhos, mal teve tempo para reagir. Mas Jack, impulsionado por um instinto primal de proteção, agiu mais rápido do que qualquer pensamento racional permitiria.

Com uma agilidade surpreendente, Jack lançou-se na frente de Elizabeth, como um escudo humano contra a ameaça mortal que se aproximava. O estampido da arma ecoou novamente, mas desta vez acompanhado pelo som do projétil cortando o ar, enquanto encontrava o caminho para a carne de Jack.

Um grito de agonia rompeu o silêncio da noite, ecoando como uma trilha sonora macabra para a dança mortal que se desenrolava. Elizabeth, despertada pela adrenalina, testemunhou horrorizada o sangue manchar a pele de Jack. Seu braço, atingido de raspão, era um testemunho visual da coragem que ele exibira para protegê-la.

Jack ao chão, sentia dor terrível ao ser atingido pelos chutes de Charles.

O sorriso cruel de Charles adornava seu rosto como uma máscara sinistra, destacando a escuridão que havia se apossado de sua alma. Mesmo ferido, ele parecia alimentado por uma determinação doentia, uma obsessão que o impelia a levar Elizabeth consigo, custasse o que custasse.

Enquanto o sangue manchava o solo, Jack e Elizabeth se encontravam presos em um impasse tenso. O olhar frio de Charles fixava-se em sua presa, e o brilho maligno em seus olhos indicava que ele não recuaria facilmente. Seu plano, movido por uma obsessão doentia, parecia transcender qualquer lógica ou compaixão.

O ar estava impregnado com a tensão, a noite testemunhando o embate entre a razão e a loucura. Jack, ainda se recuperando do ferimento, segurava Elizabeth com firmeza, decidido a protegê-la contra a sombra que se projetava sobre eles. Elizabeth, por sua vez, encarava Charles com uma mistura de medo e repulsa, ciente de que o perigo ainda não havia passado.

O sorriso cruel de Charles tornava-se mais ameaçador, como se fosse um aviso silencioso de que ele estava disposto a tudo para realizar seus obscuros desejos. O suspense pairava no ar, tornando cada respiração uma contagem regressiva para o próximo movimento na dança mortal que se desenrolava.

Charles, erguendo Elizabeth com brutalidade, puxou pelos cabelos, onde devido à dor e medo, faziam seus gritos ecoarem no ar. A agonia dela era uma sinfonia dissonante, reverberando pelos confins daquele lugar.

Jack, com fúria nos olhos, apesar da dor, agiu rápido.

Retirou sua pequena arma de sua bota, uma precaução que aprendeu a ter, anos atrás, devido a perigo iminente.

Um único tiro rompeu a atmosfera, criando uma onda de eco que se misturou aos gritos de Elizabeth. O som da bala cortando o ar trouxe consigo um suspense agudo, como se o tempo tivesse congelado naquele instante.

Outro tiro... Vindo de algum lugar...

O primeiro tiro saiu da arma de Jack, atingindo o ombro de Charles, fazendo gemer de dor, mas sem soltar Elizabeth. O segundo tiro veio de Frankison, que tinha chegado e viu toda aquela cena e com horror viu aquele homem machucando sua irmã gêmea.

Frankison foi tomado de uma fúria enorme, ao ouvir os gritos de pavor de sua irmã, e foi assim que ele sem vacilar mirou, e atirou...

Aquele tiro foi certeiro na coluna, deixando aquele homem indefeso no chão.

Elizabeth, esperta, chutou a arma de Charles para longe e correu para os braços de Jack.

Frankison, algemou Charles, mesmo sobre os gemidos e urros de dor.

Wynn e Bill, logo chegaram e ajudaram a transportar aquele monstro até a carroça de Carson, que estava a caminho...

Elizabeth foi abraçada por todos eles. Seu irmão e seus pais estavam muito orgulhosos de sua coragem. Jack, não soltou sua mão em nenhum momento, pois parecia ter medo de perdê-la.

Frankison, pegou Elizabeth nos braços e colocou na frente de Jack em cima de sargent, que já esperava sua esposa. Ele abraçou, e juntos começaram a cavalgada de volta para Hope Valle.

À medida que caminhavam em direção à cidade, deixando para trás o pesadelo que enfrentaram, a cena finalmente se desdobrava para um momento de paz e felicidade merecidas. A cidade, surgindo ao longe, começava a se revelar como um farol de esperança, indicando a chegada de tempos melhores.

O alívio preenchia o ar, substituindo a tensão que havia dominado cada respiração anteriormente. Jack, com seu braço ferido, segurava Elizabeth com ternura, como se a protegesse não apenas dos perigos externos, mas também da sombra da tragédia que os perseguira.

A luz suave da cidade, que agora despontava no horizonte, simbolizava um novo começo, uma chance de reconstrução após a escuridão que tentou consumi-los. O caminho à frente, iluminado por essa esperança ressurgindo como uma promessa de dias mais serenos.

Os olhares entre Jack e Elizabeth transmitiam uma cumplicidade profunda, reforçada pelo vínculo fortalecido durante a provação. Cada passo em direção à cidade era um passo em direção a uma nova narrativa, onde a resiliência e a coragem triunfavam sobre a adversidade.

Ao entrarem na cidade, os contornos das luzes urbanas davam vida ao cenário noturno. Era como se a própria cidade celebrasse a chegada desses sobreviventes, oferecendo um refúgio acolhedor para curar as feridas emocionais e físicas.

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