Capítulo 136

1485 PALAVRAS

O sol escaldante batia impiedosamente sobre as estradas poeirentas de Hope Valle, enquanto Charles dirigia furiosamente, o coração acelerado. Elizabeth permanecia amarrado no banco do carro, uma prisioneira do destino.

De repente, um estrondo ecoou pelo ar, e o carro estremeceu. O pneu havia estourado, desencadeando o caos naquela fuga frenética. Com habilidade, Charles por pouco um desastre iminente. Com a poeira assentando, ele desamarrou Elizabeth da maçaneta da porta do carro, mas deixando suas mãos amarradas na frente de seu corpo e forçou a se levantar. Cada passo era um desafio, sua liberdade agora limitada pela corda que mantinha suas mãos unidas... o calor abrasador tornava cada respiração uma batalha contra o ar rarefeito.

O destino pairava sobre eles, enquanto Charles a puxava pelo caminho árido. Cada passo era uma dança entre a sobrevivência e o desconhecido. Elizabeth, com os olhos cheios de medo, tentava compreender a magnitude do que estava acontecendo.

A solidão das estradas vazias era rompida apenas pelo som dos arrastar de seus pés e pela respiração ofegante. Elizabeth, em seu silêncio forçado, tentava captar alguma pista do que a aguardava.

Enquanto o sol lançava sobras longas pelo deserto, que aquelas estradas eram no momento, Charles e Elizabeth, continuavam em um suspense agonizante. O pavor começava a atingir Elizabeth com uma força grandiosa. Precisava pensa rápido, ela sabia que neste momento seus amigos e sua família, estaria à sua procura.

" Ela não sabia como, mas poderia jurar que seu irmão, seu marido e seus pais Wynn e Bill, estava a sua procura. Era como se algo lhe dissesse isso. Era como se eles mandassem ela seguir com calma, até a sua chegada. "

Além disso, Elizabeth sabia que deveria manter a calma, seu filho crescia em seu vente...

"Seu filho e de Jack; E ela iria proteger aquele bebê, com a sua vida se fosse necessário."

O sol era impiedoso e castigava Elizabeth, enquanto ela arrastava seus pés pelo solo abrasador. Seus pés naquela sapatilha queimavam, e ofegante ela tentou romper o silêncio tenso entre ela e Charles.

— Charles! Por favor... não faça isso. Não posso imaginar onde você vai chegar com tudo isso. Liberte-me, por favor.

Mas Charles, era debochado e com olhos frios como aço, foi falando:

— Libertar você? Minha cara... você não entendeu até agora? Você é minha agora e não há como voltar atrás...

Elizabeth, com os olhos marejados de lágrimas, tentou apelar para a humanidade escondida nele.

— Charles, eu imploro, não faça isso. Ha sempre outra escolha... Ha sempre dois caminhos, onde podemos escolher o melhor. Não pode ser tarde demais para mudar de ideia.

Charles, rindo sarcasticamente, apertou a corda em torno das mãos dela.

— Escolhas? Você acha que isso é um jogo, onde todos temos opções? Não... minha querida. Você é minha escolha e acabou.

O medo se instalava nos olhos de Elizabeth, mas uma chama de coragem queimava dentro de seu peito.

— Não sou um objeto, Charles! Você não pode me controlar assim. Por favor, veja a razão.

Charles, indiferente às súplicas dela, continuava a arrastá-la pelo caminho empoeirado.

— Razão? Elizabeth, você está presa em um mundo que não compreende. Eu faço as regras agora...

Elizabeth tentava desesperadamente tocar a consciência perdida de Charles.

— Se continuar assim, Charles... você não terá nada, além de solidão e escuridão. Não, permita que isso te consuma completamente.

Mas Charles, continuava a puxar para perto, ignorando suas palavras, ele estava envolto em seu próprio poder, e não mostrava sinais de ceder às súplicas de Elizabeth.

Ela, sentiu a frieza implacável de Charles, sabia que sua única esperança residia em uma estratégia astuta. Com determinação, ela decidiu jogar um jogo perigoso para proteger seu segredo e ganhar tempo até que a ajuda chegasse.

Enquanto caminhavam, ela começou a tecer uma teia de mentiras com palavras habilmente escolhidas, iria jogar com ele e retardar suas ações.

— Charles! Eu não entendo seus motivos. Nós sempre fomos amigos quando criança, e eu só preciso saber o porquê você quer me machucar. Se libertar-me não está nos seus planos, ao menos me explique o que espera alcançar, eu não te entendo...

Elizabeth olhou para ele com olhinhos de cachorro perdido, ela esperava que isso fosse bem representado.

Charles, desconfiado, olhou para ela, mas Elizabeth continuava fingindo uma inocência enorme... ou ela era inocente, ou ela era uma boa atriz, mas Charles a conhecia, sabia o quão inocente ela era...

Enquanto isso, Elizabeth em suas preces silenciosas implorava a Deus por sabedoria e proteção. Seu coração batia com a força da maternidade e ela fez uma prece especial.

"Senhor, conceda-me a sabedoria para navegar por essas águas turbulentas. Proteja meu bebê e envie-me um anjo da guarda em tempos sombrios. Senhor Thomas, ajude a proteger seu netinho, interceda a Deus, por nós. Amem. "

Elizabeth, ia tentando manter Charles entretido, suas palavras eram suaves, e ela estava decidida a ocultar com maestria os sinais de sua gravidez, sabendo que se Charles descobrisse, sua vida e do bebê estariam em perigo.

— Charles, imagine se pudesse os encontrar um caminho para ambos. Talvez eu possa ser útil a você, eu acho que as pessoas não te entenderam direito.

Charles, intrigado pela perspectiva de vantagem, começou a ceder ligeiramente, permitindo olhar para ela, aquela era a mulher que sempre amou, quem sabe... quem sabe ela...

— Charles... ela disse bem inocente.

— Hum!

Charles! Eu estou cansada, podemos sentar só um minuto. Ela precisava atrasar aquela caminhada o máximo possível, até que alguém a socorresse.

Ele a olhou de forma dura, mas quando viu aqueles olhinhos de cachorro abandonado, seu coração pulou forte e acabou falando:

— Ok, mas você vai ter de se comportar.

— Posso te fazer uma pergunta? Elizabeth falou após sentar, precisava descansar seus pés e fazer seu jogo...

— Pode. Disse ele secamente.

— Charles? Eu sou sua agora, não é?

— Você sempre foi minha, Elizabeth. Você só estava sendo teimosa quanto a isso.

— Charles... você me ama?

— Você nunca percebeu, Elizabeth? Eu sempre te quis mais que tudo em minha vida. Olha tudo o que fiz para te pegar de volta. Você é minha e sempre foi... desde seu nascimento, quando visitei você pela primeira vez, você tinha sete dias, era tão pequena, tão linda, mas eu avisei naquele dia aos meus pais, que você era minha.

Rindo, ela falou:

— Charles! Mas você só tinha cinco anos...

— Elizabeth Thatcher, naquele dia eu avisei a todos que você era minha, ele sorriu malicioso. Mas acho que a gente deveria consumar isso agora e aqui... E avançando começou a agarrar Elizabeth, ela sabia que não deveria lutar contra ele, ou poderia ser agredida. Ela sentiu os beijos dele em seu pescoço, suas mãos apertando sua cintura e lhe puxando para perto de seu corpo. Sua boca em seu rosto sobre seus lábios. Ela estava apavorada, mas ao olhar para cima dos ombros dele, viu uma figura toda de branco, ele se parecia com... Ele parecia conhecido, tinha uma luz envolta dele.

Elizabeth, estava desesperada, Charles tentava beijar sua boca com uma fúria, que aumentava sua angústia. Ela sabia que não poderia chorar ou gritar, porque isso poderia trazer o pior de Charles para fora.

" Estou ficando louca..." Pensou Elizabeth.

Ela sacudiu a cabeça novamente, aquilo era um anjo... E seu olhar queria lhe dizer algo.

O anjo era Thomas, pai de Jack, que tinha sido enviado para proteger aquela mulher e seu filho, ele notou que ela havia notado sua presença, e assim usou com um sinal para se comunicar com ela, transmitindo em pensamentos, eles conversaram sem palavras.

"Elizabeth, confie na orientação que lhe dou. Jogue o jogo dele. Você é boa nisso... lembre-se do xadrez, jogue o jogo, mas proteja seu coração e seu filho. "

Ela sabia que aquilo era uma mensagem divina, respirou fundo e com um olhar de determinação permitiu que Charles a beijasse...

Cada toque era uma encenação, uma peça na dança de ilusão que ela estava tecendo.

Quando Charles, assustado, a empurrou, seus olhos melosos traíram o medo que Elizabeth queria que ele percebesse. Ela olhou para ele com um olhar de entrega, como se tivesse se rendendo ao destino imposto por ele ou pelo beijo de amor, que ele lhe roubou.

— Charles! Já que sou sua agora, por que não me leva para casa? Podemos casar com todo luxo, que você pode me proporcionar. Eu queria tanto usar um vestido brando de noiva. Me ensina tudo sobre o amor, Charles... eu vou com você.

Charles sabia que seus beijos eram irresistíveis, só não esperou que com ela funcionasse tão rápido, ele esperou aquilo a vida toda. Sua resposta foi um sorriso triunfante, ao pensar que tinha vencido.

— Certo, Elizabeth! Faremos as coisas do meu jeito. Vou te dar a honra de se casar de vestido de branco antes de nos unir. Você será minha mulher em breve.

Enquanto o dia passava, a dança de ilusão de Elizabeth e Charles ganhava complexidade. No coração dessa encenação, ela buscava desesperadamente uma saída para seu filho e para si mesma, mantendo a esperança de que Jack, seu verdadeiro herói, chegaria a tempo de libertá-la.

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