Capítulo 135
1776 PALAVRAS
Edward, após levar Malyn para enfermaria, havia deixado sua família nas mãos de Carson, e partido em procura de Elizabeth.
O sol nascia em Hope Valle, tingindo o céu de tons suaves de rosa e laranja. Edward voltava no fim da tarde, precisava pegar alimentos e dar ordens, ele teve de ficar com as áreas mais próximas, ao menos assim teria como comandar tudo e se comunicar com a sede. Ao chegar a porta da delegacia, viu um cavalheiro chegando.
— Frankison! Graças a Deus...
Eles se abraçaram e ali mesmo, ele contou tudo a Frankison, contou tudo sobre Malyn e o que houve com Elizabeth.
— Edward... eu preciso achar minha irmã. Ela não pode morrer.
— Ela não vai morrer, Frankison. Ela é muito forte.
Neste momento Carson, apareceu e falou sério:
— Precisamos achar Elizabeth e rápido. Ela pode não aguentar muito tempo, se demorarmos.
— O quê? Perguntou os dois juntos.
— Ela está grávida. Mas eu prometi não contar a ninguém, pois ela queria que Jack fosse o primeiro a saber. Mas a vida dela e do bebê correm risco.
Frankison entrou na delegacia, pegou outra arma e mais balas, falou que iria para o sul da cidade, enquanto Edward cobria os locais próximos e assim saiu correndo...
...
...
Enquanto isso, saia de casa uma Elizabeth Delayne muito nervosa com o sequestro de sua filha, mas algo estava errado, pois Charlote não apareceu para saber de sua nora, principalmente porque ela gostava de Elizabeth como se fosse sua filha... O coração de Elizabeth Delayne, estava envolto em nuvens escuras de preocupação, aquela ausência de Charlote era incomum.
Ela caminhou rápido, passos apreensivos, dirigindo –se a casa de Charlote, cuja porta permanecia fechada.
Mesmo com as portas trancadas, Elizabeth Delayne, podia ver pelo vidro das janelas, os vestígios de luta que se desenrolara ali naquela casa. Ela podia observar os sinais evidentes de um confronto, era moveis quebrados e uma atmosfera impregnada de tensão.
Determinada a descobrir o que havia acontecido. Elizabeth Delayne, contornou a casa até encontrar a entrada secreta revelada dias atrás por Charlote. Uma sensação de urgência a impelia adiante, jogando pelas sombras, com a destreza adquirida ao longo dos anos.
O coração de Tia Elizabeth, apesar do medo que a envolvia, batia forte de determinação. Charlote, sua amiga querida, precisava de ajuda, e a passagem escura seria seu caminho para desvendar o que se ocultava na casa.
Adentrando o corredor escuro, Elizabeth ia devagar, podia sentir o suor escorrendo por sua face, uma mistura de nervosismo e ansiedade. Passando pela adega do porão, o ar pesado parecia carregado de segredos antigos, e os próprios degraus rangiam em protesto contra sua intrusão.
Cada passo era um mergulho mais profundo no desconhecido, e o medo dava arrepios em sua pele. O suspense crescia à medida que se aproximava do quarto de Charlote. O sol, agora mais alto no céu, lançava sombras inquietantes nos corredores estreitos.
O silêncio era quase tangível, quebrado apenas pelos passos lentos e controlados de Elizabeth. Seus sentidos aguçados, alerta para qualquer sinal de perigo. O coração pulsava como um tambor, cada batida ecoando o compromisso de uma amiga determinada a enfrentar o desconhecido. Ela pegou a arma que ficava em sua bota, era a arma de seu marido Wynn, e desde que se casaram seu marido fez questão de ensinar a atirar, ele tinha muita preocupação com ela, afinal eles moravam em áreas de muito perigo no início de sua vida de casado. Ela se movia com a cautela de quem conhece os perigos que ali poderiam esconder. O silêncio ao seu redor era interrompido apenas pelo eco de seus próprios passos, amplificando a tensão que crescia a cada instante.
Ao olhar par a sala, ela notou a destruição, e ali se via que uma luta havia sido travada. Esperava que sua amiga estivesse bem.
A visão aterrorizante de Charlote amarrada e maltratada disparou um impulso de raiva no coração de Elizabeth Delayne. Charlote tinha marcas no rosto, e vários hematomas visíveis.
Com uma determinação feroz, Elizabeth Delayne segurou firmemente sua arma, pronta para confrontar o vilão que estava diante dela. Cada hematoma no rosto de Charlote era um eco silencioso da violência que havia ocorrido, alimentando o fogo ardente dentro de Elizabeth.
Hargraves, perdido na garrafa do whisky nas mãos, gesticulava e falava com Charlote tentando intimidá-la, e ela lhe deu uma certa má resposta, a raiva dentro daquele homem cresceu... ele agarrou os cabelos de Charlote, puxando sua nuca e lascou um beijo feroz em seus lábios, ela debatia e tentava se afastar, mas Hargraves a puxava cada vez com mais força e sua boca, parecia querer devorar a dela. Hargraves era muito forte, com uma mão ele segurava Charlote enquanto sua língua invadia sua boca, e sua outra mão, começou a apalpar seu corpo, tomando seu seio e apertando em seus a mãos; charlote tentava chutar, mas aquele homem era enorme.
O olhar dele era um animal feroz, tinha algo ali que dava pavor. Ele puxou Charlote pelo braço e cabelo e a jogou na cama, caindo em cima dela.
As mãos de Charlote estavam amarradas em suas costas, o que para Hargraves facilitava e lhe dava mais prazer.
Ele começou a rasgar sua roupa, botões caiam, enquanto uma mão roçava seu seio ainda encoberto pela peça intima, e com a outra mão ele a segurava, obrigando ela a aceitar sua boca.
Vendo que ela debatia muito, ele segurou com as duas mãos sua cabeça, com força e sem gentileza, cravou seus lábios no pescoço e ali, deixando várias marcas. Ele não queria gentileza, ele queria ela e iria possuir aquela mulher naquele momento.
Elizabeth Delayne, saiu de seu esconderijo devagar, e chegando por trás, ela bateu, deu uma coronhada na cabeça dele, que caiu tonto fora da cama.
Charlote muito rápida se levantou e juntou com Elizabeth Delayne, pois precisavam correr para fora da casa...
Mas mãos duras e ásperas puxaram a perna de Elizabeth Delayne, fazendo que seu corpo caísse em um grande baque.
Ele partiu para cima dela, desferindo um tapa em seu rosto e murro em seu estômago, fazendo com que ela caísse de dor, perdendo a consciência... Charlote, ainda com as mãos amarradas, deu um bicudo no meio de suas pernas, fazendo o homem rolar e urrar de dor. Mas a raiva animal, o dominou, ele partiu para cima de Charlote com mais raiva do que nunca, seus lábios agora a mordiam e a beijavam com fúria, mostrando a ela que não teria como evitar, tudo o que ele iria fazer.
Ele rasgou sua blusa e como uma puxada fez seu corpete abrir mostrando todo seu corpo, ele abaixou a cabeça e com força tomou o seio em seus lábios machucando a pele delicada dela, gritos de pavor eram ouvidos naquele quarto... sua mão atrevida, abriram sua calça, e enfiou ali dentro tocando, onde ela nunca achou que nenhum homem além de seu marido deveria tocar, ela gritava enquanto sentia ele tentando invadir seu corpo, suas pernas se apertaram, o pavor tomando conta de seu ser, ele levantou a cabeça de seu seio, e olhou dentro dos olhos dela e riu, um riso que dava arrepio... E assim ele agarrou o seio com uma mão e com a outra segurava o outro enquanto sua boca o pegava faminto, e decidido a provocar dor nela, suas mordidas já deixavam um rastro de hematomas...
Lágrimas escorriam no rosto de Charlote, e se misturavam com seus gritos de pavor.
Um som agudo de grito de dor foi ouvido, quando o disparo de um tiro surgiu naquele quarto.
Hargraves pingava sangue em Charlote, seus olhos vidrados, quando ele caiu para trás na beirada da cama.
Charlote olhou para cima, seu corpo meio despido, e viu Elizabeth Delayne com a arma na mão. Ela assim que recuperou suas forças, após os murros de Hargraves, rastejou até a arma e atirou no peito do homem.
Passos foram ouvidos e se ouviu a voz de Bill e Wynn; Charlote gritou para seu marido entrar sozinho...
Bill, entrou e em segundos notou tudo o que havia acontecido ali, mas quando seu olhar caiu em Charlote amarrada, seios descobertos e coberta de hematomas em seu corpo, sua raiva o possuiu... Ele chegou perto de Hargraves, e ali ele lhe deu três pontapés no meio da barriga. Um leve gemido foi ouvido, mas Bill só queria acabar com ele.
— Bill! Por favor... Bill... pare! Mas ele nada ouvia...
— Bill! Eu amo você...
Ele parou... um silêncio tomando conta do quarto, respirou fundo três vezes. Seu olhar se voltou para Charlote e lágrimas rolaram por seu rosto.
— Eu amo você... repetiu Charlote.
Bill correu até ela, puxou para perto ficando com seu corpo lhe protegendo, enquanto com os braços ao seu redor lhe tirava as amarras, enquanto isso encaixadinhos assim, ele olhou em seus olhos e beijou sua esposa, precisava mostrar a ela que ele a amava, e beijou apaixonadamente...
— Bill, posso entrar? Gritou Wynn.
— Pode Wynn, mas não olhe para a cama. Eu preciso cuidar de Charlote, mas você precisa cuidar de sua brava esposa.
Wynn, entrou e viu o Hargraves caído, e sua esposa Elizabeth Delayne, de joelhos com a arma nas mãos, mirando Hargraves... seus olhos vidrados nele mostrando uma raiva que ele nunca havia visto.
Sua esposa tinha cortes na boca e vários hematomas em sua pele branquinha, ela havia sido agredida por aquele canalha...
Ele foi devagar por trás de sua esposa, precisava ter cuidado ou ela poderia puxar novamente o gatilho... Ele passou os braços sobre ela, falando palavras suaves e segurou a arma, ela ficou rígida, no primeiro momento, Wynn teve medo dela atirar no susto, mas ela fechou os olhos, respirou fundo e encostou a cabeça no peito dele, dizendo:
— Ainda bem que você chegou amor. Porque se não eu iria matar esse covarde.
— Calma querida... Eu e Bill agora iremos resolver tudo e achar nossa filha.
Bill, tirou seu sobretudo e vestiu em sua esposa após Wynn ter saído carregando Elizabeth Delayne. Os dois homens deixaram Hargraves algemado, não havia o que fazer por ele a não ser esperar por Carson. Elizabeth Delayne havia feito um bom trabalho, um tiro no peito, mas não para matar, mas para que ele não suportasse a dor, ela aprendeu certinho as lições dadas por seu marido.
Charlote e Elizabeth Delayne, foram levadas para a enfermaria de Carson.
Hargraves mais tarde, foi transferido para a delegacia após a cirurgia. Carson não iria permitir que ele tirasse a paz das mulheres internadas, ainda mais depois que ele viu os hematomas delas e o que ele estava para fazer com Charlote, e por isso fez toda a cirurgia dentro da delegacia.
Naquela noite Wynn, conversou com sua esposa na enfermaria, dizendo que os corações deles batiam em sincronia pela justiça, ele estava orgulhoso de sua esposa, agora só precisava salvar sua filha...
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