Capítulo 131
1558 PALAVRAS
Edward seguiu os passos de Jack, ele chegava cedo, passava na escola e cortava lenha e ascendia o fogo, depois fazia as rondas e ajudava a quem precisava.
Elizabeth Delayne, aqueles dias não estavam muito bem, ela foi visitada por sua filha e por Abigail, mas ela dizia que não se sentia bem, um mau pressentimento.
Charlote preferiu ficar em casa, Jack estava em missão, Tom estava em viagem com Henry, sua filha muito ocupada com sua mãe e com a escola, Bill estava longe, e ela ali sentindo muita falta de seu marido...
Ela sorriu pensando "meses atrás, eu nunca acreditaria se alguém me falasse que estaria aqui sofrendo com a falta do meu marido em casa..."
Elizabeth Thorton, há dias não se sentia bem, e por isso resolveu ir à enfermaria visitar Carson. Ela relatou tudo e disse que poderia ser extress com tudo o que passou com sua família e depois aquela prisão.
Dr Carson concordava com ela, até porque ela passou fome e emagreceu muito, mas pediu para deitar e fez algumas perguntas pessoas;
O médico, atencioso e experiente, fez perguntas detalhadas, notando a expressão envergonhada de Elizabeth. Com gentileza, ele esclareceu que não havia motivo para constrangimento em sua presença.
— Elizabeth, como seu médico, estou aqui para cuidar de você em todos os aspectos. Não há nada do que se envergonhar. Estou aqui para responder a todas as suas preocupações e garantir que você receba o melhor cuidado possível, disse o Dr. Carson, oferecendo um sorriso tranquilizador.
Confiante na habilidade e compreensão do médico, Elizabeth compartilhou todos os seus sintomas e ansiedades, sua aversão pelo cheiro de café estava cada dia pior. O Dr. Carson conduziu o exame cuidadosamente, sua experiência trazendo conforto à sua paciente. Elizabeth, ao mesmo tempo, apreensiva e esperançosa, aguardava as palavras do médico.
Ao final do exame, o Dr. Carson sorriu para Elizabeth, transmitindo uma notícia que enchia o coração dela de emoção.
— Elizabeth, parabéns! Você está grávida de mais de três meses.
A notícia caiu em Elizabeth como uma melodia suave, enchendo-a de uma mistura de sentimentos. O olhar surpreso se transformou em lágrimas de alegria enquanto o Dr. Carson a abraçava carinhosamente.
— Você está prestes a embarcar em uma jornada incrível da maternidade, Elizabeth. Este é um momento especial e digno de celebração, disse o médico com sinceridade.
Ela deixou a enfermaria, seguindo para sua casa, ela carregava consigo a confirmação da vida que crescia dentro dela, iria guardar o segredo e sabia que Carson também não falaria com ninguém, como ela havia lhe pedido. A primeira pessoa que deveria saber sobre essa gravidez, era o pai da criança, seu belo marido Jack Thorton.
Na manhã seguinte, quando estava saindo, Malyn e Edward estava em sua porta. Edward não queria deixar a namorada sozinha nesses períodos da gravidez, e por isso ela ficaria na escola com Elizabeth até que ele voltasse de sua ronda.
Malyn, não queria preocupar ninguém e por isso não contou que estava há dias sentindo umas pontadas e umas dores iguais câimbras na barriga. Mas ela estava super feliz em ficar na escola, era apaixonante ver Elizabeth ensinando as crianças, era algo empolgante.
Ele as deixou as duas na porta da escola, e voltou correndo para cumprir suas rondas matinais.
Elizabeth sempre chegava a escola uma hora antes das crianças, assim o fogo era aceso e o local aquecido para seus alunos.
O frio da manhã ainda pairava no ar quando Elizabeth e Malyn, ouviram uma voz assustadora que ecoou atrás da porta.
— Eu vim te buscar, Elizabeth...
A voz de Charles Kensigton III, uma presença sinistra do passado das duas, enviou arrepios pela espinha de ambas as mulheres. Elas se encolheram num canto da sala, o pavor pintando seus rostos.
Charles adentrou a sala com um sorriso cruel, seus olhos fixos em Malyn. Ao ver a barriga saliente, lembrou-se do momento sombrio em que a machucara meses atrás.
Um riso malicioso escapou de seus lábios enquanto ele proclamava sua posse.
— Ah, Malyn! Vejo que deixei minha marca. Um bastardo está crescendo aí dentro. Que encantador, zombou Charles, sua voz repleta de malícia..., mas vocês duas não terão o luxo de ver isso acontecer. Vou garantir que sua esperança desse monstrinho nascer se apague antes que eu vá embora com a minha mulher. E olhou para Elizabeth.
Elizabeth, apesar do medo que a envolvia, ergueu-se com coragem, protegendo instintivamente Malyn.
— Charles, não faça isso. Não há razão para machucá-los. Deixe-nos em paz.
Charles riu, um som que ecoava com uma frieza perturbadora.
— Ah, Elizabeth... o passado nunca morre. Eu vim para acertar as contas já que ela está aqui, irei resolver esse problema, mas vim buscar o que é meu por direito... você.
O ataque de Charles desencadeou um turbilhão de eventos, levando Elizabeth a se lançar contra ele, desesperada para proteger Malyn. Empurrada com violência, Elizabeth viu o homem que um dia foi seu amigo de infância, se lançar sobre Malyn com agressividade.
Os socos caíam impiedosamente, ele estava batendo em Malyn com uma fúria horrível, mas a determinação de Elizabeth não vacilava. Com um salto audacioso, ela se jogou sobre Charles, tentando criar uma barreira humana entre ele e Malyn. Com um último empurrão, Malyn conseguiu se afastar, e Elizabeth, apesar de apanhar, gritou para que ela fugisse.
— Corra, Malyn! Fuja! Foram as últimas palavras de Elizabeth antes que Charles, furioso, tentasse agarrar a jovem que escapava.
Malyn correu para fora da escola, desaparecendo ao descer as escadas, enquanto Charles se debatia com a perda momentânea de seu alvo. Elizabeth, desafiadora, se pôs diante dele, disposta a qualquer coisa para proteger a amiga.
A ameaça de um revólver pairava no ar, e a desesperada Elizabeth tomou uma decisão audaciosa.
— Deixe-a ir, Charles. Eu vou com você, só deixe Malyn em paz.
Um riso cruel ecoou pela sala, e Charles concordou, puxando as mãos de Elizabeth para o carro. Amarrando seus pulsos, a deixou indefesa enquanto entrava no veículo.
O carro começou a se afastar, levando Elizabeth para um destino incerto.
A mente de Elizabeth girava em busca de uma solução, enquanto o medo e a incerteza a abraçavam.
...
...
O dia estava quente, e Jack, confuso e inquieto, descobria a verdade na cidade para a qual havia sido enviado. Não havia missão, ninguém havia chamado os mounties. A revelação perturbadora o envolveu em um véu de incerteza, questionando as razões por trás desse engano.
Com a perplexidade marcando seu rosto, Jack agiu rapidamente. Enviou um telegrama urgente para Collins, seus superiores, explicando a situação e alertando-os sobre a possível fraude que os envolvia. Cada palavra digitada carregava a urgência e a seriedade do equívoco que estava se desdobrando.
Outro telegrama foi destinado a Bill em Hope Vale. Jack, instintivamente, buscava conexões e apoio diante da confusão que se instalava.
— Bill, algo está errado. A missão não existe. Fique atento e proteja a cidade. Preciso de respostas urgentemente.
O som metálico do envio do telegrama ressoou, ecoando a urgência e a tensão que agora definiam a jornada de Jack. Enquanto a manha seguia, a verdade se espalhava como sombras, revelando que algo sinistro estava em jogo.
...
...
Enquanto isso, na estrada secundaria, já próximo à curva da agonia, a brisa agitava naquela manhã, e agitava as folhas das árvores, enquanto Frankison seguia sozinho. Um arrepio percorreu sua espinha, um presságio família que só experimentava, quando algo estava errado com sua irmã. Ele tentou ignorar a sensação insistindo em seguir o rumo original, mas o peso em seu coração falou mais alto.
A dor em seu peito cresceu à medida que a distância entre ele e Hope Valle aumentava. A lealdade fraternal falo mais alto, e com uma decisão repentina, Frankison deu meia volta com seu cavalo, direcionando de volta à cidade que representava sua casa e a segurança de sua irmã.
A estrada se desenrolava a sua frente, os cascos do cavalo batendo em uníssono com os batimentos acelerados do coração de Frankison.
Enquanto cavalgava em direção à cidade, Frankison sabia que sua decisão não era apenas baseada em arrepios e pressentimentos.
...
...
Em Cap Fullerp, Wynn acabava de chegar ao batalhão com a expectativa de cumprir uma missão e voltar para sua família, mas a realidade se revelou diferente. Não havia sido escalado, nenhuma missão aguardava. A perplexidade tomou conta dele quando descobriu que sua aposentadoria já estava em andamento e que tudo parecia uma armação, possivelmente para afastá-lo de Hope Valle.
Determinado a esclarecer o mistério, Wynn procurou o general Patrick. As expressões preocupadas de ambos denunciavam a gravidade da situação.
— General, algo está errado. Isso pode ser uma armadilha para me tirar junto com Frankison e Jack, de Hope Vale, em questão de horas todos nós fomos retirados de lá. Expressou Wynn, sua voz marcada pela urgência.
Patrick, era um aliado leal, eles se conheciam há anos, e já trabalharam em vários casos juntos, ele compartilhou a inquietude de Wynn e ambos decidiram voltar para Hope Valle imediatamente. Cavalgaram juntos, suas mentes absorvidas pelas possíveis implicações dessa situação desconcertante.
Ainda naquela cidade, eles enviaram um telegrama para Bill alertando-o sobre a suspeita e que a missão não era legitima, em poucas palavras eles demonstraram aquela urgência.
A paisagem se desenrolava diante deles, e o destino de Hope Vale se tornava cada vez mais incerto. O retorno apressado de Wynn e Patrick estava imbuído de uma missão mais profunda; algo estava acontecendo e os instintos de Wynn, estavam gritando, ele sentia um arrepio frio em sua coluna, parecia que estavam lhe rasgando seu coração, como se algo estivesse perfurando a alma.
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