Capítulo 117

1313 PALAVRAS

Elizabeth Delayne, com a permissão de Henry, fez um belo almoço de sábado, após todo aquele drama e a morte de Willian Thatcher, ela achou que seria uma forma de unir sua família e agradecer a todos os seus amigos, que sempre cuidaram de sua filha.

Wynn, já estava bem, até mesmo Faith, estava admirada com sua rápida recuperação, pois só havia quinze dias após o ferimento.

Elizabeth Delayne, sorriu... Se Faith soubesse o fogo que aquele homem esteve na noite anterior, ela iria dizer que a recuperação era total. Seu marido parecia um touro... O homem era fogo puro, nem parecia que estava se recuperando de um ferimento a faca. Ela sempre soube que ele era um homem forte, mas ontem ele acabou com todas as suas dúvidas. Ela tentou frear aquele homem e resistir a seus encantos, mas Wynn era muito convincente, e o danado do homem estava muito carinhoso. Ela sorriu, enquanto arrumava a mesa do almoço.

Charlote e Abigail, estava na cozinha acabando os preparativos. Charlote estava arrumando as louças, porque sua mania de colocar banho em tudo, fazia com que todos a retirasse de perto das panelas.

Seus amigos já estavam no jardim, e pela janela ela viu sua filha conversando com Malyn. Aquelas duas mulheres, fizeram uma amizade que impressionava a todos.

Abigail e Charlote, chegando perto, foi falando ao ver onde os olhos de Elizabeth Delayne estava:

— Elizabeth é um amor de pessoa. Ela acolhe a todos com um coração cheio de coisas boas. Disse Charlote.

— Desde o momento em que ela colocou seus pés. Em Hope Valle, eu bati os olhos naquela jovem e me apaixonei por ela. Disse Abigail.

— Abigail... ela me contou muito daquela época, e eu como mãe só posso te agradecer por todo cuidado e amor que você teve com minha filha.

— Elizabeth. Sua filha é para mim e para muitos nessa cidade, uma joia preciosa, que faz parte do nosso tesouro.

— E como não ser assim? Veja o caso de Malyn...

Elizabeth Delayne, sorriu ao lembrar do encontro de sua filha e Malyn. Edward acompanhou Malyn, até o café onde ele conheceria todos naquele fim de tarde. Assim que ela entrou, antes mesmo de dar um passo, todos viram Elizabeth se levantando da cadeira e em passos largos, já foi chegando e abraçando Malyn, ela era sorriso puro e começou a conversar com ela e com seu bebê em sua barriga. Elizabeth brincava e acariciava a barriga, num ato de amor tão grande e para a surpresa de todos a criança começou a mexer na barriga de sua mãe. Malyn com lagrimas nos olhos, disse que nunca havia sentido o bebê fazer aquilo, ele quase não se mexia. Elizabeth a recebeu de braços abertos, e antes de levá-la a sua mesa, ficou nas pontas dos pés. E beijou a bochecha de Edward...

— Cuidado para não deixar a baba cair, meu amigo. Está agindo como um pai apaixonado;

Edward ficou vermelho como uma melancia, olhando para o chão, mexendo suas mãos na aba do chapéu.

— Elizabeth! Edward falou sem graça.

— Calma, meu amigo... seu segredo está bem guardado comigo.

E assim ela levou Malyn para a mesa onde elas conversaram como se fossem amigas a vida inteira...

Jack e Frankison, naquele dia riram muito, segundo eles Edward havia perdido Malyn para Elizabeth.

Agora estavam todos ali, e vendo como as duas jovens conversavam e riam, sabiam que ali seria uma amizade para a vida toda.

Do lado de fora, Malyn e Elizabeth conversavam sob as roupas para o bebê, que elas haviam comprado no dia anterior; Malyn questionou Elizabeth se ela não iria conversar com Faith, poderia aproveitar e iram juntas. Malyn estava preocupada depois que Elizabeth havia sentido tonteiras dentro do mercantil. Mas sua nova amiga, achava que era tudo devido ao estresse dos últimos acontecimentos.

Bill, Henry, Wynn riam, assistindo Frankison, Jack, Tom e Edward correndo atrás de uma bola. Frank estava fora da cidade, pois precisava levar a palavra de Deus a uma comunidade próxima. Rose e Lee haviam viajado para a capital, pois o sobrinho de Lee, estava viajando em intercambio para os EUA.

Na cidade de Rud...

Enquanto isso, na cidade de Rud, dentro daquela sala escura... Charles Spurlok estava sentado e algemado. Ha dias que ele estava preso e todos os advogados que ele havia chamado, recusaram seu caso. Ele não podia pagar por aquele crime, afinal não foi ele que havia assassinado aquela menina e ele não iria assumir a culpa por Charles Kensigton III, duas noites antes, ele havia sido ameaçado dentro do banheiro do presídio, ele estava tomando banho, quando homens chegaram e tamparam sua boca, ele foi feito de mulher e apanhou de toalha molhada, um dos homens, enquanto o estuprava, falou sem seu ouvido que Hargraves estava mandando lembranças, que era para assumir aquele crime e ficar calado. Disse que se ele não quisesse outra sessão daquela, deveria mantar a boca fechado e se manter quieto. Charles Spurlok, agora estava ali naquela sala de interrogatório, aguardando os policiais.

Ele nunca havia passado por tanta humilhação e dor, quando nessa última noite, e saber que aquela almofadinha, era o culpado de tudo, lhe dava ódio. Agora ele não sabia o que era maior, seu ódio por Jack Thorton e sua Elizabeth ou seu ódio por Hargraves e Charles.

Joe e Collins, entraram naquela sala, antes de entrarem eles descobriram sob o ataque dos presos contra Charles Spurlok, pois ele teve um atendimento na enfermaria, e independente de seu crime, eles estavam com pena daquele homem, pois isso era algo que ninguém merecia passar. Mas eles resolveram nada falar.

— Boa tarde, Charles. Eu sou Collins e ele é Joe, o investigador dos mountie.

Charles em silêncio estava, em silêncio ficou...

— Vejo que você não quer falar com nenhum de nós. Talvez você prefira falar com os seus companheiros de cela, eles devem ser bem persuasivos.

Eles viram Charles Spurlok, ficar branco como uma cera. Seus lábios tremiam, e mesmo Collins não gostando daquela situação, infelizmente usaria para ter informações.

— Você decide Charles. Vamos embora Joe... E virando as costas, eles foram saindo, mas antes da porta se fechar...

— Espere! Eu vou falar, mas eu preciso de proteção dentro da cadeia. Eles podem me fazer mal novamente.

— Conta para nós, por que você matou aquela menina e quem era ela?

— Eu não matei ninguém. Eu sei que ela foi entregue pela mãe, uma senhora com uma cicatriz enorme no rosto...

— O quê? Disse Joe.

— Sim! A mãe dela a vendeu para a dona do borde, eles precisavam de uma jovem virgem, pois...

— Continue. Disse Collins.

— Porque Charles Kensigton III, queria uma mulher virgem e tinha de ser nova, com cabelos avermelhados e olhos azuis, mas eles só tinham a loirinha. Ela gritou muito no dia, mas depois veio o silêncio e dias depois eu fiquei sabendo da morte. Aquele milionário, é muito cruel, mais do que qualquer um de nós, até imagino como ele fara com sua amada, quando a pegar... riu Charles Spurlok.

Collins tinha certeza de quem seria sua amada, mas precisava que ele falasse em voz alta o nome dela, para que pudesse usar no tribunal.

— Quem é essa pessoa, que ele ama?

— Elizabeth Thorton...

Collins ficou branco, mas logo se aprumou.

— Além de você, quem mais ajudou na fuga de Charles Kensigton III? O que você contar, pode e será usado a seu favor e o juiz pode lhe dar alguns benefícios.

Charles Spurlok, resolveu que não iria pagar por tudo sozinho, ele contou de sua vingança por Jack e Elizabeth, pois eles causaram a morte de Julio Spurlok. Contou sobre a fuga de Charles Kensigton III e o nome dos envolvidos e até o endereço, onde era o salão esconderijo deles, também revelou sobre Willian Thatcher e seu patrocínio.

— Vou te fazer a última pergunta. Quem é o cabeça de tudo?

— É o.... ele gaguejou, olhou para os lados, pensou e acabou revelando:

— Hargraves... comandante Hargraves.


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