Capítulo 1 - O NOIVADO
**Nota do Autor**
1485 palavras
Esta obra é uma fanfic criada a partir do universo da série *Quando Chama o Coração*. Embora utilize personagens, locações e detalhes históricos baseados na obra original e em outros livros da autora que inspirou a série, a história e o enredo são inteiramente meus. A narrativa aqui apresentada também incorpora personagens fictícios, cenas, e interpretações próprias, além de algumas referências a personagens e lugares reais da época.
**Para os leitores, destaco os seguintes pontos importantes:**
1. **Classificação etária**: Esta obra é recomendada para maiores de 18 anos, devido a temas maduros e cenas sensíveis.
2. **Ambientação histórica**: A trama ocorre em 1910, no oeste canadense, em cidades reais da época, incluindo algumas cidades fronteiriças que serviam como rota de fuga para gangues.
3. **Cenário e estilo de vida**: Nessa época, as condições eram bastante diferentes das atuais. Não havia água encanada, energia elétrica, e muito menos celulares. O telegrama, embora caro, era a forma de comunicação mais rápida e urgente. Na cidade, existiam apenas dois telefones, um no escritório do juiz e outro no mercantil local que funcionava como mercado, armazém e ponto central de comunicações, contando com o único telegrafo e telefone da região.
4. **Transporte**: O automóvel estava começando a chegar ao Canadá, com apenas dois exemplares na cidade, pertencentes ao dono da madeireira e ao ex-prefeito. Para a maioria, o cavalo e a carroça eram os principais meios de transporte. Carruagens cobertas, conhecidas como *PALCOS*, serviam para deslocamentos mais longos. Em algumas cidades, o trem passava nas proximidades, mas era um privilégio de poucos.
5. **Educação e costumes para as mulheres**: As meninas, em geral, estudavam somente se seus pais permitissem, pois muitas eram casadas ainda jovens, aos 13 ou 14 anos já consideradas velhas. As mulheres não tinham direito a voto nem autonomia sobre o próprio casamento; solteiras ou viúvas, tinham seus destinos decididos pelo pai, e, quando casadas, pelo marido.
6. **Violência e condições femininas**: Importante notar que esta obra retrata com realismo a violência sexual sofrida por mulheres naquela época. Embora o tema seja sensível e perturbador, é uma escolha para destacar o sofrimento das mulheres e dar valor à luta histórica para que, hoje, se tenha justiça contra esses crimes. Em muitas comunidades, as gangues que passavam cometiam violência contra mulheres, assim como homens em posições de poder que se aproveitavam da ausência de punições. O sistema legal da época frequentemente culpava as vítimas, e o crime era ignorado se o agressor casasse com a vítima.
7. **Personagens e vilões**: A história conta com mais de dez vilões, todos com atos cruéis e chocantes. Prepare-se para sentir raiva deles, para odiar seus atos e, quem sabe, desejar confrontá-los você mesmo. Mas, apesar da raiva que possam despertar, esses personagens servem para ilustrar a brutalidade e a corrupção do período.
8. **Justiça e Lei**: Em uma época onde xerifes locais e a Polícia Montada Real do Canadá (os Mounties) eram responsáveis por manter a ordem em regiões pouco policiadas, a cidade contava com pouca estrutura de segurança e apenas uma enfermaria , já que hospitais eram encontrados apenas na capital.
Mas, acima de tudo, esta obra foi escrita com carinho pela autora, compondo um grande romance com muitos momentos de amor. Um amor intenso, daqueles que nascem entre almas gêmeas, onde palavras são desnecessárias para expressar a profundidade do sentimento.
**Desejo a todos uma boa leitura e um mergulho profundo nesse mundo histórico, duro e às vezes sombrio, mas repleto de emoção , beleza e amor.
OBSERVAÇÃO = FONTE NEGRITO PARA TELEGRAMAS /CARTAS
FONTE ITÁLICA PARA PENSAMENTOS
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capítulo 1 - O noivado
E SE JACK THORTON, TIVESSE TOMADO POSIÇÃO QUANDO CHARLES III, PEDIU ELIZABETH EM CASAMENTO NA ESCOLA...
De joelhos, Charles III, com um anel enorme de brilhante, falava:
— Elizabeth Thatcher, eu amo você, somos iguais, mesma classe social, nossas famílias querem e aceitam nosso casamento o melhor para as duas famílias. Eu posso te dar todo o conforto, tudo que uma mulher deseja, todas as melhores joias do mundo, podemos ter nossos filhos e você pode até os ensinar, fazendo o que gosta dentro de casa. Poderá fazer seus atos de caridade em bazar beneficente com nossas mães e nossas irmãs. Somos perfeitos um para o outro nessa vida. Aceita casar comigo?
— Charles...o que deu em você? Eu não te amo. Eu amo Jack Thorton. Você é somente meu amigo, um irmão para mim e nada mais.
— Mas Elizabeth, você não pode ir contra a vontade de seu pai, você sempre o respeitou e aceitou seus pedidos, pois ele sabe o que é certo para você. E andando para perto de Elizabeth pegou a mão dela com certa força e segurou firme.
Mas minutos antes, lá na cidade Jack Thorton, entrava na delegacia, após um bom banho tomado, colocava seu melhor terno um de cor verde musgo, abriu a gaveta de sua escrivaninha e pegou uma caixinha com um pequeno anel de brilhante, ele sabia que era algo simples para uma princesa de Hamilton, mas aquilo já era muito caro para o poder aquisitivo dele. Mas Elizabeth, sua amada, merecia aquilo e tudo mais e ele iria realizar todos os sonhos dela.
Jack Thorton, foi direto para escola, onde no caminho encontrou vários de seus alunos. As crianças o cumprimentavam, todos ela estava sorrindo e brincando, eles iam comentando sobre a aula e muito satisfeitos com a explicação da aula da professora Elizabeth. Jack sabia que ela amava essas crianças com todo o seu coração, várias vezes ele testemunhou o comprometimento dela com as crianças e isso o fez amar ainda mais aquela mulher. Chegando na escola, ele da escada ouviu uma voz de homem, e quando olhou viu Charles III de joelhos pedindo Elizabeth em casamento. Ela estava de costa para a porta, então Jack nem podia ver sua expressão facial. Jack se esgueirou e se escondeu perto da porta, ouvindo toda a história e conversa entre eles, parecia que seus pulmões tinham parado de funcionar, não sentia o ar entrar, seu coração batia tão rápido que parecia soltar do peito. Sua Elizabeth ia se casar com Charles III; Jack Thorton sabia perfeitamente que Charles III, poderia lhe dar do bom e do melhor para fazer Elizabeth feliz, mas ele poderia lhe dar amor? Será que Elizabeth iria preferir o luxo e a riqueza ou amor verdadeiro?
Resolvendo consigo mesmo, Jack foi entrando na escola e o que ele ouviu o fez parar na hora...
Foi nesse momento que ele teve mais força para lutar por Elizabeth e valorizar seu amor.
— Charles, eu amos Jack Thorton, e somente ele será o meu marido. Por favor, me solte, você está apertando meu braço. E tentava se soltar das mãos de Charles.
E assim Jack entrou na escola, passou por Charles III, o fez retirar suas mãos de sua Elizabeth, segurou ela pela cintura abraçando e deu um beijo em sua bochecha e olhando para Charles falou com a cara séria e uma voz de mountie:
— Eu amo Elizabeth, posso não ter o mesmo nível social que você tem, mas sou honrado e trabalhador, e irei fazer o meu melhor para amar, respeitar e cuidar de Elizabeth, e vou fazê-la muito feliz hoje e sempre.
— Quem você pensa que é seu Jack Thorton?
— Eu sou o namorado de Elizabeth, seu futuro noivo e daqui a uns tempos seu marido e pai de seus filhos. O homem que vai honrá-la e respeitá-la, haja o que houver, e que nunca farei o que você está fazendo aqui, desrespeitando a vontade dela. E agora Charles, chega de gritaria, isso aqui é uma escola além de uma igreja sagrada. Além do que mais, você está, como eu disse, desrespeitando minha querida Elizabeth, e caso você insista nisso irei te prender por perturbar a lei e por impor sua presença a Elizabeth tentando intimidá-la.
Elizabeth, não querendo ver seu amigo em problemas com a lei, mas querendo que ele entendesse de uma vez por toda foi dizendo:
— Charles, pela última vez, vou te falar. Você é meu amigo e um irmão e sempre será só isso. Você não deve seguir as imposições de nossas famílias. Você deve procurar alguém que te ame e te faça feliz, da mesma forma que eu sou feliz com Jack.
Assim, Charles olhou para Elizabeth e percebendo pelo seu olhar que ela não voltaria atrás e resolveu partir sem dizer nada.
Quando Elizabeth se virou para trás, Jack estava de joelhos, com seu sorriso de covinhas, e os olhos brilhantes, em seu lindo terno verde musgo, com uma caixinha com um lindo anel de brilhante e com seu sorriso mais radiante perguntou:
— Elizabeth, você aceita se casar comigo!
— Sim Jack Thorton! Eu amo você e serei a mulher mais feliz do mundo me casando com você.
E após colocar o anel no dedo anelar da mão de Elizabeth, Jack a puxou para seus braços e olhando em seus lindos azuis, abaixou a cabeça e sentiu seus lábios, num beijo mais apaixonado de toda a sua vida....
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