06| Um grande homem da favela
A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável. - Mahatma Gandhi
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Meu corpo não me obedecia, eu queria sair de cima dele, mas era se como eu tivesse paralisado, como um simples rosto bonito podia ter tanto poder sobre mim? Eu queria beija-lo? Queria, todavia eu tinha que me controlar, como outrossim eu tinha que sair de cima dele, e foi isso que eu fiz, e Daquela vez deu certo.
Após me recompor, olhei para meu uniforme todo encharcado, ainda bem que eu tinha outro de reserva, aliás, outros... Voltei meu olhar para o Erick, e ele se mantinha incógnito, não conseguia decifrar o que se passava na sua cabeça, ele estava com vergonha?
- Oh meu Deus, eu tô todo molhado, viu o que você fez? - resmunguei, mas eu não ligava para o uniforme, só queria que ele pedisse desculpas - Meu pai vai me matar! Ah, maldita hora que vim aqui! Ahhh!
- Ei, mano, calma! Não é fim do mundo! Logo logo sua farda seca, para de drama! E a culpa foi sua! - ele disse, e novamente sua voz, mesmo já a tendo escutado, mexeu comigo.
- Tá, tô sabendo... - digo, mas percebi que estava mudando o foco, que era agradece-lo - Mas, o que eu vim fazer aqui foi...bom, você já deve ter me reconhecido, eu sou aquele garoto que você salvou no tiroteio...e...eu vim te agradecer! É sério, valeu mesmo!
- Meu dever é proteger os morador daqui do morro, tá ligado? - exclamou ele, com suas gírias fascinantes - E não precisava tu ter vindo aqui pra agradecer.
- Óbvio que sim! Você me salvou! E esclarecendo...eu não moro aqui! - confessei por fim, ele assumiu uma nova postura, alguma coisa do tipo autoritária. ou algo assim.
- Tá, tá. Já agradeceu, né? Então cai fora! - ele disse, me deixando pasmo, nossa que mal educado! - E não vem mais aqui, tá ligado, garoto?
- Por qual motivo eu não viria aqui? - perguntei provocativo, estava jogando o mesmo jogo que ele - Que eu saiba o morro é para tudo e para todos, ou estou errado... Erick? - enfatizei bem o nome dele
- É claro! Obviamente! Tá vendo? Tá me fazendo falar essas paradas difíceis! E quem te disse meu nome? Tu só me viu uma vez
- Foi uma mulher, na meia idade, ela não me disse o nome dela, só que te conhecia. Aí eu e meu amigo resolvemos vim aqui, pessoalmente. - digo aparentemente animado, talvez esses minutos de bate-papo tenha tido esse efeito em mim.
- Sei...
- Se bem que pequeno-homem-fofinho me recebeu super mal!
sua face mudou para confuso, digo isso pela arqueada de sobrancelha que ele deu.
- Pequeno-homem-fofinho?
- Ah, foi o apelido que eu dei para o carinha baixinho, já que eu não sei o nome dele!
- Se o Rômulo ouvir tu falando dele assim, tu não vai sair vivo daqui! - ele afirmou, e com um último sorriso, se dirigiu rumo a sua casa - Não está esperando um convite formal para entrar, não é? - ele pergunta, me tirando dos meus devaneios, então com a calça e camisa bem grudada em mim, eu corri.
A casa dele era mais linda por dentro, a decoração não era uma das melhores, mas era bonita. A cozinha é bastante grande, e tem um balcão que separa a mesma da segunda sala, e logo depois da mesma, tem a sala enorme, com a televisão enorme que passava um filme qualquer. Todos os traficantes são ricos assim?
- Que fique claro que essa decoração não foi de minha autoria! Isso é muito gay! - ele dispara, o olho estranhamente e reviros os olhos
- E você não é? - rebato
- Sou. - respondeu ele firmemente, convicto.
Meu coração novamente deu sinal de vida, não sabia se tinha realmente ouvido direito, ou se estava muito louco por ele que comecei a delirar, o Erick realmente me disse que era Gay? POC?
- Oh, Meu Deus, você é gay? É sério isso?
- Mano, pra que eu ia mentir sobre ser viado?
- E eu sei lá!? Talvez para me irritar! Porque você não tem cara de gay, não mesmo!
- É, mas eu sou. E você também. - dito isso, ele foi até a sala, fiquei excitado vendo sua grande bunda rebolando enquanto caminhava.
Fiquei em silêncio, não tinha nada para falar, ou perguntar, aquela notícia mexeu muito comigo. Ele era gay, e eu também, então automaticamente a gente podia ficar, namorar, casar, oh céus...
Calma, Jason! Você acabou de conhece-lo, não alimente esperança, não é que ela seja gay que vai te querer!
- Meu trabalho aqui acabou, foi muita notícia para digerir! Então...até mais!
- Você é estranho, Jason, mas é engraçado! Isso em um bom sentido
- Como sabe meu nome? E porque você muda a forma de falar constantemente?
- Primeiro: O nome está na sua farda. Segundo: Eu falo assim com quem eu vejo confiança! - ele confessa, enchendo meu coração de esperança.
- Isso sim, é bem estranho, Sr.Poderoso chefão! - ele sorriu.
É...para um primeiro encontro, até que foi bem legal
ERICK
Como um garoto estranho e irritante podia mexer tanto comigo? E não era um simples garoto, era o garoto, o que eu sempre esperei, mas ele já sabe do combinado com o pai dele?
Eu não sabia exatamente nada sobre ele, somente o seu nome, que fingi ter olhado em seu uniforme encharcado pela água da minha piscina, que ficou bem colado em seu corpo pequeno e frágil, ou será não tão frágil assim?
- Rômulo?!
- O que deseja, Kiron?
- Sobre o garoto, o Jason, ele é também dono dessa casa, então ele vai poder entrar quando quiser - eu sabia o que estava fazendo, era o certo, a partir daquele momento, o Jason ia fazer parte da minha vida, mesmo que tenhamos nos vistos somente duas vezes.
- Sim, Kiron...Avisarei o resto do pessoal. E quanto ao amigo dele, o Hugo? Eles são bem amigos, pelo o que eu vi.
- hahaha... tá legal, Rômulo, ele pode também entrar quando quiser! Mas, só porquê você gostou dele... Assim como eu gostei do Jason... - a última palavra eu falei mais para mim mesmo do para qualquer outra pessoa, eu sabia o que sentia, desde a primeira vez que o vi.
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GENTEEE!!! QUE BAFOON, HEIN?
E O QUE SERÁ QUE O JASON SIGNIFICA PARA O KIRON?
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, FIZ COM MUITO CARINHO PARA TODOS VOCÊS
XOXO💮💕
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