Cap:5 Um Pequeno Tritão No Navio

Pov. Midoriya

Eu estava preso em algo estranho, era muito apertado, depois de alguns humanos machos me verem me colocaram nesse lugar, tinha uns trecos estranhos de madeira, umas coisas de um material esquisito, eu não faço a minima ideia de onde eu to e o que são essas coisas!

Minha cauda doía, então uso um pouco de magia para curar o machucado, demorou um pouco, mas me sinto melhor, mesmo assim minhas costas começam a doer, era um lugar muito apertado e desconfortável! Eu não quero ficar aqui!

Calma Izuku, lembra, você prometeu pra mamãe que ia pensar positivo, pensando bem não é tão ruim! Eles foram gentis de procurarem um lugar que desse pra por água pra me botar, além de que é a primeira vez que vejo humanos! Tenho certeza que são seres muito legais e maravilhosos! Eles se preocuparam comigo, então devem ser muito gentis!

Acho que eles apenas caçam para comer, deve ter bastante humano aqui para eles irem atrás de uma baleia, só que aí me pegaram sem querer e devem estar querendo cuidar de mim agora, porque ficaram preocupados por terem me feito dodói! Sim! Deve ser isso!

Depois de mais um tempo um ser humano macho entra aqui e fecha a coisa que fecha o buraco pra entrar, eu achei ele fofo! Ele tem um cabelo todo bagunçado pra cima e olhos vermelhos, mas ele parece de mau humor, talvez tenha ficado triste que tenham feito dodoí em mim.

- Escuta aqui seu merda! - Ele fala alto, o que me assusta e me faz sem querer tampar os ouvidos, ele se aproxima batendo seus pés humanos com força no chão. - Tenho algumas coisas pra dizer e você vai me ouvir! - Ele grita de novo e agarra meus pulsos com força os prendendo em uma de suas mãos. - Quero saber onde tem mais de vocês, pra hoje! - Ele fala, mas fico confuso.

- "Mais de mim"? Só tem um eu no mundo. - Digo, ele me solta e se senta em um negócio feito de madeira.

- Então você é unico? - Ele pergunta, eu fico confuso e deixo minha cabeça cair pro lado.

- Todos nós não somos únicos? - Pergunto confuso, ele faz um barulho estranho, parecia irritado.

- Você é idiota?! - Ele grita comigo, não gosto dele gritando comigo.

- O que é "idiota"? - Pergunto começando a ficar assustado, ele faz de novo outro som estranho e tira algo feito de metal de algo que estava amarrado em sua cintura, ele aponta a coisa de metal pra mim.

- Escute aqui, seu merda inútil, é melhor você começar a responder às minhas perguntas, ou eu vou fazer um sushi de sereia! - Ele grita comigo, eu acabo fechando os olhos com medo.

- O que é sushi?... - Pergunto em um sussurro assustado.












Pov. Bakugou

Eu rosno irritado, juro que se ele não falar nada, eu vou cortar cada escama dele fora pra vender!

- Me responde logo cacete! - Grito com ele, mas ele começa a chorar e usa os braços como se estivesse tentando se esconder.

- E-eu não sei! Me desculpa! - Ele chora, irritado eu vou até a minha mesa e jogo ela no chão

- Tudo bem, se é assim, acho que é hora do sushi! - Digo sorrindo enquanto me aproximo do bicho que começa a tremer dentro do aquário apertado.

- Já chega Bakugou! - Kirishima diz entrando no quarto e ficando entre mim e ele. - Já foi longe demais! - Ele diz com os braços estendidos de forma protetora.

- Longe demais?! Eu to tentando fazer dinheiro! - Grito de volta.

- Você não sabe nada sobre ele! Ele talvez não seja como você pensa que ele é! Talvez ele seja bom! - Rosno irritado.

- Kirishima! Para de ser ingênuo uma vez na sua vida! Ele é uma aberração! Um faking monstro do mar! Você só tá assim porque ele é uma sereia e você ficou encantado! - Digo tentando tirar ele da minha frente.

- Mesmo que fosse assim, o que você está fazendo não é certo! Nem sabemos se ele é realmente perigoso! Por enquanto ele é inocente, então o que você está fazendo é errado! - Ele grita de volta, mas eu estava irritado demais.

- Não vem com essa história de merda de "inocente"! Os mequetrefes de 15 anos que matamos quando afundamos navios da Capital não eram inocentes?! Os que estavam lá de boa tentando fazer algum dinheiro para sustentar a família e você meteu bala na cara sem pensar duas vezes não eram inocentes?! Os centenas de marinheiros que se afogaram por que você carregou balas de canhão não eram inocentes?! Qualé! Você já matou centenas de pessoas inocentes, então não vem com essa de "inocente" pra cima de mim! - Grito furiosamente com ele, que faz uma expressão de surpresa e tristeza.

- E-eu... Eu... - Seus olhos se enchem de lágrimas. - Não uso armas de fogo... E... Nunca mirei na cabeça de ninguém... E-e acredito que o mar ajuda as pessoas inocentes... E-elas sobrevivem... - Ele diz tremendo um pouco, eu reviro os olhos e bufo irritado.

- O mar não se importa com ninguém! Você é só um idiota que acredita em contos de fadas! - Grito furiosamente com ele e o empurro pro lado o afastando da sereia que nos observava chorando assustado. - Agora eu vou fazer uma limpeza na sua cauda, aberração! - Digo tirando minha espada da bainha, mas logo a porta se abre e fecha de novo.

- Coloca um dedo nele e eu juro que atiro em você. - Bufo irritado.

- Serio Cara De Bolacha? Não foi pra isso que te ensinei a atirar. - Digo segurando firmemente minha espada.

- Não duvide de mim. - Ela diz colocando a ponta da arma encostada na minha nuca.

- Ok, ok gente! Vamos nos acalmar e resolver isso como adultos civilizados! - Kirishima diz se acalmando e como sempre sendo a voz da razão no meu navio, ele então me pega pelo braço e me puxa com ele para fora da MINHA cabine. - Eu e Bakubrou vamos conversar lá fora, você cuida do tritão! - Ele diz pra Cara de Bolacha enquanto me arrasta pra fora.














Pov. Uraraka

Respiro fundo e suspiro, então guardo minha arma; me viro e olho para o tritão, ele é fofo...

- Hummmm... Eu sou a Uraraka! É um prazer te conhecer. - Digo me abaixando, o tadinho estava tremendo de medo.

- E-eu... Sou o Izuku... - Ele diz parando de tremer um pouco. - É... Um prazer te conhecer. - Ele diz timidamente, eu sorrio muito.

- Conhece uma mulher chamada Inko?! - Pergunto animada, ele acena com a cabeça.

- Mamã... Ela tá trabalhando... - Ele diz e faz uma carinha triste. - Por que aquele moço fofo tava gritando? Fez dodói no meu ouvido... E o que ele estava querendo? Eu não consegui entender, as palavras dele são muito diferentes e confusas... - Ele fala parecendo mal, eu faço carinho em seus cabelos que eram muito fofinhos e macios.

- Aquele era o Kacchan, não se preocupa, ele grita toda a hora por nada, é- - Eu chama-lo de idiota, mas é melhor não ensinar palavrões pra esse serzinho fofo. - Ele é... Um bobo muito feio. É... É isso... Ele tá sempre irritado. - Digo enquanto continuo meu carinho, ele dá um sorrisinho, MEU DEUS QUE VONTADE DE APERTAR AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH!!!!! - Então... Tá com fominha? - Pergunto ele acena com a cabeça.

- Sim! Sim! Eu to com muita fominha... - Ele diz ficando levemente corado, eu quase começo a chorar de tão nenem fofinho que ele é.

- O que você come coisa fofa? - Pergunto apertando suas bochechas, ele resmunga um pouco.

- Eu como algas e frutinhas, como as tartaruguinhas! - Ele diz animado, eu preciso virar o rosto pra não chorar de fofura, respiro fundo e olho pra ele de novo.

- Você come peixinho? - Pergunto sentindo um quentinho no meu coração, ok, eu vou adotar ele, ele acena negativamente com a cabeça bem rápido, seus cabelos balançam junto, me dava vontade de parar a cabeça dele pra ficar fazendo carinho naqueles cabelos.

- Não! Não! Peixinho fofinho! Peixinho é amiguinho! Tem que cuidar do peixinho! - Ele diz cruzando os braços fazendo beiço, eu começo a contar até 7392739027240 e consigo segurar as lágrimas nos olhos, eu vou abraçar e esmagar esse neném.

- Tá bom, vou pedir pro Sero fazer um papazinho bem totoso pra você. - Digo enquanto saio do cabine. - Qualquer coisa você grita, tá neném? - Ele acena enquanto tenta ficar confortável dentro daquele aquário.

Eu saio andando indo até a cozinha para ver se acho alguma coisa para ele comer.











Pov. Narrador(a)

Enquanto Uraraka falava com Sero e Kota para conseguir algo que Izuko goste de comer, Katsuki Bakugou e Kirishima brigavam pela primeira vez em muitos anos, não era bem uma briga, mas era raro ver Bakugou gritando tão raivoso com o Kirishima.

- Eu já disse! Eu sou o capitão! Eu decido o que vamos fazer com ele! E se eu disser que vamos arrancar cada uma das merdas da escama dele para vender, nós VAMOS fazer isso! - O de cabelos loiros grita com o de dentes afiados.

- Brou! Você não pode fazer isso! É muito cruel! Você sabe que eu só quero o melhor para você! Estou dizendo que isso não é certo! Por favor! Me escute! - Kirishima pede aflito.

- Puta que pariu! Eu já disse pra calar a sua boca! Você só tá todo enfeitiçado! Se ele não me disser onde as outras sereias estão, eu vou arrancar cada uma de suas escamas! - Diz o capitão do navio, enfurecido enquanto saia andando batendo firme os pés no chão.

Kirishima suspira, sem saber o que fazer, não podia desobedecer seu capitão, porém não queria que o pobre tritão fosse torturado, o mesmo suspira cansado, Bakugou era seu melhor amigo, seu irmão, seu parceiro, mas até para Kirishima, às vezes era cansativo cuidar do loiro, Bakugou nunca teve facilidade de conviver com as pessoas e sempre foi uma bomba relógio ambulante, o falso ruivo suspira e vai fazer algum trabalho ou coisa assim, talvez arrumar alguma ideia de como convencer seu capitão a não arrancar as escamas do pequeno tritão.










Pov. Sero

Eu estava ajudando Uraraka com a comida para o nosso "convidado inesperado".

- Eu sabia que Kirishima sempre pega coisa boa, mas uma sereia é impressionante até para ele. - Digo rindo um pouco, Kota andava de um lado pro outro murmurando, eu taco uma colher de pau nele. - Pero que desgracia! Pare com essa merda! - Grito com ele. - Eu vou levar isso aqui pro bichinho, você e Kota vão fazer a cozinha hoje. - Digo levando a combuca com salada e batata, Uraraka não parecia feliz e cruza os braços.

- Quer dizer que enquanto você vai fazer o trabalho legal eu vou ter que ficar na cozinha?! - Ochaco pergunta irritada, dou de ombros.

- Sim, eu fiquei uns 5 anos quase na cozinha porque era um dos novatos, agora é a vez de você que acabaram de se "formar". - Digo rindo. - Eu to livre da cozinha! - Grito enquanto saio andando\correndo.

Subo no convés, tava tudo em vazio já que estamos com falta de mão de obra desde o treino de tiro da Ochaco. Vejo no caminho um Kirishima muito pensativo olhando pro mar, fico preocupado e me aproximo dele, ele nunca pareceu tão... Não radiante. Me apoio na parede do lado dele, o Sol raiava forte iluminando o vasto mar azul.

- Ei... Humm... Você... Você tá bem? - Pergunto meio preocupado, eu não me lembro de alguma vez Kirishima ter ficado cabisbaixo, ele me olha meio surpreso, como se só tivesse notado minha presença aqui agora, então me dá um sorriso descontraído.

- Eu to bem! To ótimo! Não se preocupe! - Ele diz rindo um pouco, mas parecia meio nervoso, então volta a olhar para o mar. - Teria alguma possibilidade da gente parar em alguma ilha próxima? - Ele pergunta parecendo meio distante, dou de ombros.

- A ilha mais próxima daqui é a ilha de La Flor Roja, um dos territórios da ilha de La Fiesta. - Digo dando de ombros. - Por que quer saber? - Pergunto com um sorrisinho enquanto dou uma leve cotovelada em seu braço tentando animá-lo, ele dá de ombros.

- Estamos sem marujos, os que temos já estão exausto, precisamos de mais algumas pessoas. - Ele diz, mas isso não me parecia ser muita verdade, bem, mesmo que seja fato que os marujos que temos estejam muito cansados, ele não tem tantos motivos para se preocupar com isso agora, podia ter falado sobre isso a dias e já teríamos feito uma parada em algum lugar.

- Por que está pensando nisso agora? - Pergunto sorridente enquanto coloco meu braço nos ombros dele de forma descontraída, para que sem ele perceba eu roubar o colar dele, acontece que ele tem um colar de uma concha branca com uma pérola verde única, ele tem isso desde a primeira vez que eu vi ele, nunca tira, quando perde fica maluco, vai fazer bem pra ele sair de seus problemas levar um sustinho, Kirishima sorri e bagunça meus cabelos.

- O Capitão anda muito estressado ultimamente. Tá trabalhando demais, se resolvermos isso ele vai ficar mais feliz. - Ele diz sorridente, eu bagunço os cabelos dele também, então vai embora, dou de ombros enquanto olho o colar em minhas mãos.

- O Kirishima vai querer me matar! - Digo rindo.

Coloco o colar e caminho lentamente até a cabine do capitão, abro e vejo um menino de cabelos verdes muito fofo, fecho a porta e vou até ele, lhe dou a comida e ele olha com brilho nos olhos enquanto pega o alface e olha como se fosse a coisa mais incrível do mundo.

- Que tipo de alga é essa? - Ele pergunta enquanto põe na boca e seus olhos brilham. - É tão docinha! - Ele diz animado, eu rio, ele é muito fofo.

- Isso é um alface, vem da terra. - Ele pega uma batata e me mostra. - Isso é uma batata, vem de debaixo da terra. - Ele come lentamente.

- Isso é muito gostoso! - Ele diz enquanto come, tadinho do menino, devia tá faminto.

- Meu nome é Hanta Sero, como se chama? - Pergunto enquanto me sento na cadeira do capitão.

- Izuku, Izuku Midoriya. - Ele diz comendo, eu vejo a cauda dele bem apertada dentro do local.

- Tá muito apertado aí? - Pergunto preocupado, ele acena devagar um sim meio hesitante. - Foi mal por isso, era a maior coisa que tinha pra te botar dentro com água. - Digo dando de ombros, ele me olha com seus olhos verdes esmeraldas me olhando docemente.

- Tudo bem, muito obrigado por ter me botado aqui. - Ele diz sorridente, sorrio sem jeito.

- Você tem noção do que está acontecendo? - Pergunto meio preocupado, ele me dá uma expressão confusa e um olhar inocente.

- Vocês estão me levando pra minha mamãe? - Eu engulo em seco, não podia contar pra ele, ele provavelmente ia chorar, eu não quero vê-lo chorando.

- Claro, mas antes vamos passar na Ilha de La Flor Roja. - Minto enquanto dou de ombros, ele me olha confuso.

- "Ilha de la por roxa"? - Ele pergunta pendendo a cabeça, não consigo evitar rir.

- Ilha de La Flor Ro-ja. - Digo lenta e pausadamente ele me olha com um olhar sério de bebe.

- Ilha de la flúuoor roca. - Ele diz de cara séria, eu quase caio no chão gargalhando. - Por Roca, For Rola, For Rola... For Roba... - Eu tava passando mal de dar risada, veio to quase chorando, respiro bem fundo e olho no fundo dos olhos dele.

- Flor. Flor. Flo-or. - Digo calmamente tentando não rir, ele acena.

- Flooorrr. - Eu bato palmas.

- Isso ai! - Elogio e ele me imita batendo suas mãozinhas sorrindo enquanto deixa a combuca em cima da calda. - Agora ro-ja, ro-ja. - Digo calmamente olhando no fundo de seus olhos, ele me encara no fundo dos olhos também.

- Rola. - Ele diz seriamente, eu começo a rir muito, não conseguia nem respirar, ele fica todo confuso e parece desistir de tentar entender porque eu to rindo e volta a comer sua salada.

- Fala "já", fala "ro" e depois "já" - Digo tentando respirar, ele engole o que estava mastigando.

- Ro-já. - Eu aceno recuperando meu fôlego.

- Isso, agora fala rapido. - Digo em endireitando.

- Roja! - Ele fala o mais rápido que consegue, eu sorrio e bato palmas, ele dá pequenos pulinhos animado entendendo que fez uma coisa boa. - Ilha de La Flor Roja! - Ele diz feliz.

- Isso aí! Seu fofo! - Digo e ele continua me olhando com aqueles olhos grandes e brilhantes dele.

- E como é la? - Ele pergunta curioso. - Eu nunca vi nenhum lugar humano. - Eu volto a me sentar na cadeira.

- É um lugar incrível, cheio de música, flores vermelhas, rosas, roxas e laranjas, além de algumas amarelas, tem uma comida muito boa! As pessoas usam grandes saias e quando dançam elas levantam e giram e parece que as pessoas são flores! - Digo animado e os olhos dele brilham, meu coração falha uma batida enquanto ele parecia animado.

- Tem muitos lugares assim? - Ele pergunta animado enquanto come.

- Tem vários lugares parecidos e muitos outros que são muito diferentes. - Ele me olha feliz, me lembra um pouco de quando era pequeno e minha mãe me falava sobre o mundo.

Acho que vou ficar aqui contando sobre o mundo pra ele até o capitão vir e me chutar pra fora.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top