Epilogo - Segunda Parte (demônio)
Fogos de artificio eram lançados no céu, iluminando a noite na cidade próxima ao pântano. Até a nevoa, que ao longo dos anos dominava constantemente a vida dos habitantes daquelas terras, tinha se dissipado permitindo que a festa ocorresse sem entraves. Todos comemoravam a destruição do monstro...Todos menos um caçador.
Leony suspirava entediado enquanto observava o copo de bebida que lhe fora oferecido pelo o prefeito. Não se sentia no "espirito" das festividades.
–Então, se não vai beber, melhor não ficar olhando. –A voz de Asmeram o fez sorrir, contudo o sentimento de tristeza ainda o dominava. O demônio sentou ao seu lado, ambos estavam em uma mesa decorada em cima de um palanque improvisado pelo prefeito para a comemoração.
–Não quer dançar? Sei que o solo da região é meio lamacento e que é meio difícil de dançar...Veja! Eles nem conseguem! –Apontou para os habitantes que constantemente escorregavam e caiam de cara na lama, mas não ligavam continuavam a dançar, lógico que o fato de estarem bêbados ajudava um pouco –Humanos são mesmo engraçados...-Riu.
–São mesmos...-Concordou Leony tirando do bolso o medalhão –E ao mesmo tempo são confusos...
–Você ainda está com isso? –Perguntou Asmeram, o tom de preocupação era evidente em sua voz.
–Não se preocupe, só é um medalhão comum agora...Bem, um medalhão quebrado...-Disse abrindo-o exibindo o seu interior a qual estava perfurado devido o golpe com a adaga.
–Por que ainda está com ele?
–Quero entender os motivos dela...Digo...Veja...-Nisso Leony apontou para a foto do rapaz que estava dentro do medalhão, era um homem jovem, o desenho era em preto e branco o que tornava difícil de imaginar a cores dos olhos ou do cabelo, mas ele era belo, tinha uma expressão meio que de arrogante. –Ela o amava, não é?
–Eu não sei... Bem, digo, eu senti o cheiro de amor nela, mas eu não saberia dizer o que ela amava, entende? –Tentou explicar, Leony tinha certa dificuldade entender como o demônio se alimentava de emoções, parecia que cada uma delas tinha um gosto e cheiro especial, como uma comida, mas incubus só apreciavam sentimentos que eram relacionados ao sexo.
–Se ela guardou esse medalhão por tanto tempo... Além disso, o escolheu como receptáculo para sua alma.
–É... Acho que ela deveria ter algum sentimento por ele. –Concluiu Asmeram, não parecia muito confortável em conversar sobre a lich, afinal ela quase os tinha matado.
–Eu acho que ela queria ser capturada, sabe?
–Huh? –O demônio arqueou as sobrancelhas, confuso –Ela queria? Você quanto tempo ela conseguiu fugir dos caçadores?
–Ela não fugiu...Nós caçadores que não conseguimos seguir seu rastro ou mesmo encontrar as evidências. Ela soube muito bem escolher os locais aonde residiria e capturaria os homens. Todavia, eu sinto como se ela realmente não tivesse se esforçando mais, digo, um lich é um necromante com poderes quase que ilimitados, conseguiram enganar a morte e são detentores de conhecimentos proibidos da magia negra, mas o que ela fez? Vivia como uma dona de taberna enganando homens para arrancar-lhes o coração. Isso não parece ser um modo de agir de um lich...
–Bem, em parte eu entendo o que você quer dizer... O modo como ela agia, cedo ou tarde iria atrair um caçador.
–Isso mesmo! Além disso, ela me deixou mata-la! Você mesmo viu!
Asmeram suspirou longamente, seu rabo demoníaco balançava para os lados, mostrando um pouco de irritação.
–Eu também vi que ela iria me matar caso você hesitasse... Leony, não tenha compaixão por ela, essa lich viveu muitos anos destruindo vidas e creio que o desejo de se manter ainda humana e bela também era seu objetivo. Nunca saberemos o certo que a motivou a esse caminho sombrio, se era verdade o fato dela queria ser capturada e morta, então acabamos de realizar o seu desejo.
Leony mordeu o lábio inferior, sabia que deveria concordar com seu companheiro mais um pesar ainda dominava o seu peito.
–Mesmo assim...Eu sinto pena dela, meio que tento entende-la...Porque... –suas palavras pareciam morrer em sua garganta.
–Por quê?
–Porque eu também amo... –Confessou em um sorriso.
–Pequeno virgem...-Asmeram correspondeu o sorriso e acariciou a face do caçador –O amor não deve trazer tanto sofrimento, não deve nós levar a loucura e as trevas como ocorreu com a lich. Sei que sentes pena dela, eu te admiro por ter um coração tão bom...Mas não se arrependa de suas ações, você libertou a alma de muitos homens que estavam aprisionados em seus corpos em decomposição. Você salvou outras almas humanas que poderiam sucumbir aos encantos da lich... Você cumpriu o seu dever como caçador.
Aquelas palavras tinham atingindo o seu coração, um peso foi retirado dos seus ombros. Talvez a lich queria ser capturada pois já se arrependia de seus atos, mas não tinha força de vontade o suficiente para simplesmente parar. A imortalidade em meio à solidão não deveria ser algo que ela desejasse.
–Obrigado... Asmeram. –Falou isso se aproximando do demônio e o beijando. Nem ligou para os pingos de chuva que começaram a cair sobre eles, apenas continuavam a se beijar, aquela era a sua comemoração pessoal.
~~**~~**~~**~~
–Eu tinha me esquecido como a água pode ser fria! –Choramingou Asmeram ao chegar a estalagem onde estava hospedados.
–No mundo inferior não existe chuva? –Perguntou risonho, Leony enquanto retirava o casaco encharcado que usava.
–Bem...Chuva de cinzas vulcânicas conta?
O jovem caçador riu, retirava a liga que prendia o seu cabelo que caiaram pesadamente por seus ombros. Leony pode sentir que olhos quase que famintos o observavam.
–Já está tarde...-Diz Asmeram desviando o olhar rapidamente para um ponto qualquer da estalagem –Acho que devemos descansar.
–Sim... Mas... Asmeram?
–Hum? –O demônio ainda não o encarava,
–Você não está com fome?
Um rosnado baixo foi emitido pelo o outro.
–Não se preocupe comigo, você está cansado, então...
Leony o encarou fúria, aquilo já era a gota d'água! Já se passara um ano desde que tinham se tornado parceiros, apesar de o demônio se bastante desinibido em relação ao romance entre eles, deixando bastante evidente os seus desejos e amor, quando se tratava de se alimentar Asmeram ainda se apresentava relutante, era evidente que se continha, como se Leony fosse frágil demais para que ele se entregasse totalmente aos momentos íntimos que compartilhavam. Além disso, tinha outro fato que deixava o pequeno caçador extremamente irritado.
–Quando vou deixar de ser o seu pequeno virgem? –Inquiriu cruzando os braços diante de si.
Asmeram engoliu em seco.
–O q-que você quer dizer com isso?
–Você sabe muito bem o que quero dizer!
O demônio, finalmente, voltou o seu olhar para o seu parceiro que ainda o encarava irritado.
–Leony...Não precisamos acelerar o...
–Você não sente desejo por mim?
–O que? Está maluco? Eu sou louco por você!
–Então, o que te impede? Não que eu não goste do que fazemos...Digo...Eu gosto do que fazemos...-Suas bochechas esquentara, sabia que deveria estar mais vermelho que o mais maduro tomate, falar daqueles assunto sempre o deixavam embaraçado–Mas...Eu quero mais, Asmeram. Eu quero que nós sejamos um...
Silencio se instaurou no local, o barulho da chuva caindo sobre a estalagem e o vento que sacudia as janelas de vidro, preenchiam o vazio entre o casal. Nenhum dos dois se encarava, pareciam temer o que o outro poderia ver em seus feições, talvez ler os seus segredos.
–Desculpe...-Falou Leony, lágrimas preenchiam os seus olhos –Eu não devia ter entrado nesse assunto...Esqueça o que disse. –Seu corpo tremia, se sentia desamparado –Boa noite... –Já se direcionava ao seu quarto, em parte agradecia por não partilharem o mesmo quarto já que a estalagem só ofereciam quartos individuais, queria ficar só...
–Espere! –Asmeram segurou o pulso do menor, o impedindo de continuar.
–Me solte. –Falou em um sussurro.
–Não...-O demônio puxou para si e o carregou no colo. Leony ficou surpreso com o ato que até emitiu um gritinho.
–Asmeram?! O que está fazendo?
O incubus não respondeu, está sério, algo que lhe era raro. O demônio chutou a porta do quarto que deveria ser de Leony, quase a quebrando. Adentrou no local e bruscamente jogou o caçador na cama.
–M-mas o qu...-O ruivinho perdera a fala ao ver os olhos do seu companheiro praticamente brilhando no escuro. Aquilo era diferente, nunca tinha visto Asmeram daquela forma.
–Leony, você sabe que tipo de demônio eu sou?
–Incubus...-Sua voz estava falha, estranhamente sentiu seu corpo esquentar, o frio advindo de sua roupa molhada tinha se dissipado totalmente.
–Exato, sabe que tenho que me alimentar através do sexo, não?
–De pensamentos...S-sim...
–Não só isso... O ato em si me alimenta. Mas há algo que não sabes.
–O que? –Agora estava com medo, será que havia um segredo que impedia que avançassem em sua relação?
–Como demônios copulam.
–Ah? –Leony tombou a cabeça para o lado, confuso.
–Como nós transamos, pequeno virgem...-Falou em um tom mais carinhoso.
–Oh...-O jovem caçador se sentiu um idiota agora –Mas...Digo...É diferente de como humanos fazem amor? –Murmurou a pergunta.
–Tecnicamente não, mas um incubus tem uma libido maior. Eu... –Asmeram desviou o olhar, parecendo desconfortável com que iria revelar –Eu posso perder o controle, principalmente se tratando de você...Eu não amava meus outros amantes, então, meu coração não estava realmente ligado ao ato, sabe? Mas agora...Eu encontrei alguém que realmente me faz sentir desejo. Nós incubus acreditamos que um dia encontraremos alguém que seja totalmente compatível, de modo que não sentiremos necessidade de nós alimentar de nenhum pensamento a não ser de nosso parceiro. Só sentiremos fome de sua essência, só sentiremos prazer com ele... Os incubus temem esse destino.
–Por que? –Leony achava aquilo lindo, era uma forma de "busca pela alma gêmea" só que na versão demoníaca.
–Isso significa que iremos nós dedicar e sermos dependentes deste indivíduo. E se ele não aceitar, ou seja, negar o incubus, este iria morrer por inanição.
–Pelos deuses... Que horrível.
–Nem tanto, de fato eu sentia medo antes, mas depois de te encontrar, não mais sinto...Na verdade, pela primeira vez sinto que minha vida tem algum sentindo.
Leony sorriu, seu rosto devia estar corado, mas não ligava.
–Mas...Isso ainda não explicou por que está se contendo? Se somos compatíveis... Então...
–Eu sou mais forte que você...Posso te machucar...Principalmente quando eu perder o controle sobre mim mesmo, demônios são ferozes quando ficam em seu estado selvagem. Eu...Não quero que me renegues, não quero que me tema.
Asmeram abaixou os olhos, Leony não era um incubus mais podia sentir o quão triste e preocupado o seu companheiro estava. O jovem caçador sentiu seu coração apertar, todo esse tempo o seu demônio estava se contendo pensando em sua segurança, temendo não ser aceito pelo que de fato era.
"Se eu o amo não posso me concentrar meu sentimento em apenas uma parte de sua personalidade. Não quero que ele esconda o que realmente é... Pois então meu sentimento não seria verdadeiro!" Concluiu em pensamento. Lentamente engatinhou até a borda da cama, onde o demônio estava, com a cabeça abaixada, testa tocando o tecido branco.
–Asmeram...-Tocou as cabelos sedosos do seu companheiro – Eu quero fazer amor com você... E também desejo que você não se controle mais, para que sejamos verdadeiramente felizes não podemos nós esconder por trás de fachadas.
–Mas...Leony, eu posso...
–Eu já não provei a você que sou bastante forte? –Sorriu continuando a acariciar os cabelos do outro –Além disso, acho que mesmo na sua forma "selvagem" você ainda irá me amar, não creio que irá me machucar de verdade.
–Eu sempre vou te amar, Leony...Não importa que forma eu assuma.
–Então, não devo ter medo. – O ruivinho se aproximou e beijou os lábios do demônio, depois de afastou, começou a desabotoar os botões de sua camisa molhada, agora translucida, permitindo que sua pele alva pudesse ser vista por Asmeram que rosnou –Eu quero ser totalmente seu...Como quero que sejas meu.
Aquilo parecia ter eliminado os grilhões que prendiam as inibições de Asmeram, pois este se lançou sobre Leony, suas mãos rasgaram a camisa, não ligando os gemidos de protesto do seu amado, tinha que sentir aquela pele, queria sentir o cheiro e provar... E foi o que fez, começou a beijar e lamber a pele exposta.
–AH! Asm...Asmeram! –Gemeu alto, tentou acariciar os cabelos, mas logo notou que algo mudou, os cabelos do demônio tinham crescido e agora, sentia chifres? Olhou para baixo e se surpreendeu com a mudança física de Asmeram. Tinha cabelos negros, longos e agora dois chifres meio avermelhados emergiam de sua testa.
–Leony...-O novo Asmeram sussurrou, sua voz tinha se tornado mais grave e de alguma forma fez o jovem caçador tremer, não de medo, era tal como cada silaba pronunciada causasse uma onde de calor e prazer em seu corpo, deveria ser o poder completo de um incubus.
–Asmeram...-Sorriu timidamente –Você está lindo.
O demônio respondeu ao elogio o beijando fervorosamente. Leony praticamente ficou sem respirar, sentia a língua do outro explorando a sua boca, bem como também sentia as mãos do mesmo acariciando todo o seu corpo, por onde passava deixava vestígio de calor. O jovem caçador estava excitado, suas cuecas pareciam extremamente apertadas naquele momento. Asmeram parecia ter notado o desconforto de seu amante.
–Roupas... Inconvenientes...-Falou em um grunhido. O caçador o observou, ofegante, Asmeram sorriu, os caninos tinham crescido, seus olhos agora tinham uma coloração avermelhada. O demônio estalou os dedos e Leony se viu subitamente nu. Suas roupas tinham sumido completamente.
–AH! –O menor gritou surpreso, a vergonha passou a domina-lo.
–Não. –Rosnou, estalando os dedos novamente fazendo as mãos do ruivinho serem presas por uma força invisível acima de sua cabeça –Meu...-Lambeu os lábios, o tom possessivo fez Leony engolir em seco.
Asmeram começou a deixar um trajeto de beijos, começando pelo o pé de Leony, descendo lentamente pela perna, chegando a coxa, aí aproveitou para morder e marcar a pele alva do seu amante.
–N-não... Não deixe marcas em locais estranhos...-Ofegou.
–Meu... –Essa era a única resposta que o demônio emitia, seu beijos subiam cada vez mais. Leony mordeu os lábios, contendo um gemido, em vão. Seu membro pulsava, excitado.
"Deuses...Estou quase gozando e ele nem ao menos tocou diretamente o meu...O meu pênis" Pensou meio envergonhado.
Asmeram agora beijava a virilha do ruivinho, beijando todo o local, mas fazendo questão de não tocar o membro. Aquilo era uma espécie de tortura? Leony choramingava e tentava mover os quadris, tentando forçar que o demônio a fazer o que devia fazer, mas o incubus não parecia motivado para tal. Segurou com força os quadris de Leony o impedindo de se movimentar.
–N-não...Por favor...Ah... –Suplicou, precisava de mais contato.
Asmeram riu, lambeu a ponta do membro do caçador, bem levemente, desceu da cabeça a até a base, com a mesma lentidão. Leony choramingou, lágrimas de prazer e frustração rolavam de seus olhos.
–Meu. –Falando isso abocanhou de uma vez a ereção do menor, fora um movimento tão inesperado que Leony gritou alto que tinha certeza que todos da estalagem teriam o ouvido. Asmeram parecia não ligar e começou a chupar o membro avidamente. O caçador, com mãos trêmulas, segurava a cabeça do outro, tentando fazê-lo diminuir a velocidade, mas era impossível...
–N-não...Ah...Se continuar...V-vou... –Sua voz estava rouca, coração batia rapidamente, estava ofegante. Eram muitas sensações ao mesmo tempo, sua mente parecia ter derretido, não conseguia pensar só sentir.
Goze.
Uma voz comandou em sua mente...Leony não conseguiu se opor a ela, acabou por gozar gritando o nome do demônio, este engoliu todo o gozo e lambeu o membro até que este estivesse totalmente limpo.
–Isso...Isso foi...-Antes que continuasse a falar, Asmeram o virou bruscamente na cama, empinando a sua bunda no ar –AHH! Asmeram! –Tentou protestar, mas era inútil, o outro era bem mais forte e no momento não estava bem receptivo a aceitar sugestões ou protestos.
–Meu...-Rosnou, desta vez o seu rosnado foi bem mais ríspido e animalesco. O quarto tremeu. Leony olhou para trás e teve que conter uma exclamação. Asmeram lambia a ponta do seu rabo demoníaco, aquilo era de alguma forma sensual...
–Er...B-bem...-Leony não sabia o que dizer, realmente iriam fazer "aquilo"...Finalmente –Ah! –Sentiu algo molhando sobre uma de suas nadegas, olhou por cima do ombro novamente.
–S-seu...Rabo...-De fato, o rabo de Asmeram agora parecia explorar a bunda do outro, logo indo buscar o espaço no meio.
–D-Deuses...-Arfou ao sentir a ponta do rabo massageando a sua entrada. Ele não iria...
O rabo o penetrou lentamente, Leony gritou novamente. Era estranho, ao mesmo tempo excitante... Por que? Talvez fosse o poder do incubus. Todo o toque de Asmeram fazia seu corpo corresponder de forma que sempre ansiava por mais toques.
–Ahh!...B-bom...-Tapou com uma das mãos a sua boca. Notara que suas mãos agora podiam se movimentar, não estavam mais presas pela a magia. O rabo adentrou mais, podia sentir o seu corpo o comprimindo e depois relaxado com a intrusão. Depois o rabo começou a movimentar, adentrando e saindo.
–Bom...AH! AH! –Gemeu, mas havia algo errado, não era assim que tinha imaginado, não queria desta forma. Virou-se de relance para observar Asmeram, este parecia concentrando em observar aquele "show particular", lambia os lábios como se tivesse sentindo o gosto em sua boca de tudo aquilo...Bem, ele era um incubus afinal, tudo que estava ocorrendo deveria ser uma tremenda de uma refeição –Asme...Asmeram...-Chamou, se surpreendendo o quão rouca e falha estava a sua voz –Eu...Q-quero você...-Pediu, choroso. Aquilo chamou a atenção do demônio que rapidamente retirou o rabo.
–Ah...-Leony sentiu suas pernas tremerem, não podia confiar no seu corpo para se sustentar. Agora sem o rabo, se sentia vazio... Desejava algo mais que o preenchesse.
–Leony...-O demônio falou massageando as nadegas com suas mãos e depois as abrindo, revelando a entrada do seu amado – Meu...
–Oh! Pelos deuses....Eu sei que sou seu, não precisa falar todo o tem...AH! –Exclamou surpreso, Asmeram tinha se abaixado e agora lambia avidamente a entrada do menor, este teve convulsões de prazer. Aquilo era diferente de tudo que já tinham feito. Leony fechou o punho, puxando o lençol branco de sua cama. "Isso é demais...E-eu...Vou gozar de novo!".
Então, goze. Não se contenha.
De novo aquela voz em sua cabeça, não podia negar de corresponder a seu comando. Gozou novamente, sujando a cama com o seu esperma. Leony não conseguiu sustentar o seu corpo, tomba, interrompendo as atividades de Asmeram que apenas lambe os lábios e observa o cenário. Seus olhos ainda exibiam um brilho faminto.
"E-ele ainda não está satisfeito...Mas...Ainda nem...Digo...Ainda...".
Ainda não nós tornamos um.
Leony se sobressaltou e voltou seus olhos para o incubus que sorriu e levou o dedo indicador a sua própria testa.
–E-eu...Sabia que você lia pensamentos, mas poder falar dentro da minha cabeça...-Balbuciou o jovem caçador surpreso em descobrir outra habilidade do companheiro.
Asmeram virou, subitamente, o seu amante, sendo que agora estava virando de barriga para cima, pernas abertas.
–Ah...-Tentou cobrir o seu sexo, a sua timidez ainda persistia, era algo da sua personalidade, mesmo um anos juntos, ainda não conseguia vencer as barreiras de desinibição.
–Lindo...-A voz do demônio ainda era ríspida, mas detinha um tom de carinho que fez Leony sorrir, apesar de Asmeram ter mudado fisicamente ele ainda era o mesmo. Tomou coragem e abriu mais as pernas e levantou as mãos, chamando o outro para um abraço.
–Asmeram...
–Leony...-Rosnou aceitado rapidamente o abraço oferecido, logo buscou os lábios do amado, como se sua vida depende-se do beijo a ser trocado. Finalmente os lábios se encontraram, e o beijo foi iniciado. Asmeram saboreava o gosto adocicado de Leony, era impressionante como seu querido humano tinha um sabor tão viciante. Sempre precisava demais...
O ruivinho sentiu algo pressionar a sua barriga, algo grosso e quente. "Deuses... Ele está bem maior do que antes!" Pensou com um certo desespero, nem conseguira colocar o membro de Asmeram todo em sua boca, imagine agora que...
Não me tente, pequeno virgem, pensando essas coisas, vou acabar esquecendo que quero fazer amor com você e colocar a sua linda boca trabalhar...
Leony mordiscou o lábios do demônio, fazendo o sangue escuro escorrer do ferimento. Asmeram se afastou somente para lamber os lábios e sorrir.
–Não vou te...Bem...Fazer você-sabe-o-que com o seu ...P-pênis...Hoje! –Conseguiu falar Leony sem morrer de vergonha.
Tem razão...Tenho outros objetivos.
Falando isso puxou as pernas do ruivinho e as colocou sobre os seus ombros, desta forma o seu membro agora roçava sobre a entrada do menor, este mordeu o lábio inferior, ansioso com o que iria ocorrer. Asmeram era muito "dotado", não iria caber...Estava temoroso. Será que iria doer? E se Asmeram não gostasse? Ele iria se decepcionar? Sabia que não tinha muita experiência, mas queria também dar prazer ao outro, que até o momento não tinha gozado uma vez sequer...
Tolo.
–Ah? –Levantou o olhar e foi surpreendido pelo incubus lhe dando outro beijo.
–Eu te amo...-Sussurrou ainda entre os lábios – Não importa o que aconteça...Eu te amo...
Essas palavras eliminaram qualquer insegurança que estava tendo até o momento.
–Também te amo...Asmeram.
Leony sentiu algo pressionando sua entrada e penetrando. Não se enganara em sua observação, era de fato grande. Era desconfortável, o demônio deve ter pressentindo isso e começou a masturba-lo conforme adentrava ainda mais, tentando distraí-lo. Outra onda de prazer propagou por seu corpo quando finalmente Asmeram tinha adentrado totalmente. Leony arfava, seu coração batia tão rápido que temia que o órgão saísse do seu peito.
Somos um...
–Ahh...S-sim... –Conseguiu falar, a sensação era demais, seu corpo parecia pronto para entrar em combustão. Aquilo era muito bom, além do que imaginara...
Ainda não acabou.
Asmeram começou a se movimentar, saindo totalmente do ruivinho e depois adentrando, desta vez de forma bruta. Isso gerou um grito de prazer do seu amante. As estocadas, então, começaram. A cada movimento Leony sentia ondas de calor e calafrio se propagarem. O demônio começou a rosnar mais, seus movimentos se tornaram mais rápidos e brutos. Leony concluiu que a magia incubus estava atuando, diminuindo a dor... Talvez na manhã seguinte sentiria as consequências, mas no o ruivinho só queria se concentrar naquele momento presente. Abriu os olhos, nem tinha percebido que os tinha fechado, e novamente se surpreendeu com uma nova transformação de Asmeram. Agora os chifres tinham crescido e... Asas? Sim, Asmeram agora apresentava grandes asas negras, semelhante a morcegos, que emergiram de suas costas. O Incubus o encarou, sim...Agora ele deveria estar em sua forma real.
–Asmeram...-Sussurrou meio temoroso o caçador.
A fera emitiu um grunhido e depois se aproximou do menor, o farejando. Não parava de penetra-lo, o que tornava meio difícil de Leony se concentrar, sentia prazer e medo ao mesmo tempo... Será que aquele novo Asmeram o reconhecia?
–L..Leony...-Sussurrou o ser mordendo o pescoço do ruivo que gritou de dor e prazer –Meu...-Rosnou, lambendo o ferimento que tinha gerado.
"Ele ainda...É o mesmo..." Pensou aliviado.
O demônio rugiu e como consequências da onda de energia gerada pelo o ato as janelas do pequeno quarto se quebraram. Asmeram continuou a penetra-lo agora mais feroz. A cama tremia, colidindo fortemente de encontro com a parede a cada estocada.
–Deuses...Ah...Asme...Eu...Goz...zar...
Asmeram respondeu a suplica com um novo rugido, Leony sentiu que o outro tinha alcançado o seu ápice, gozando em seu interior, preenchendo totalmente com uma sensação quente. O ruivinho pouco tempo depois alcançava o próprio limite ejaculando pela a terceira vez naquela noite, emitindo um grito sem som...
Depois disto, o caçador só se lembrou do barulho de algo ruindo, deveria ser a cama, e finalmente a escuridão domínio a sua visão... Desmaiara...
~~**~~**~~**~~
–Hum...-A primeira coisa que Leony notou ao acordar era que não conseguia se mover, seu corpo todo doía. Até respirar causava dor, sua garganta estava seca, sabia que se tentasse falar sua voz sairia rouca. Olhou para os lados, tentando localizar onde estava, não parecia ser o seu quarto na estalagem.
–Deve ter alguma maneira de quebrar esse contrato! –Bradou uma voz, Leony logo reconheceu o seu irmão, Leorion.
"O que ele está fazendo aqui?".
–Eu já expliquei...Não é tão simples assim! –Agora era a voz de Silvanna.
–Você está exagerando...Eu não fiz nada que o Leony não quisesse. –Agora o jovem caçador estava preocupado, por que Asmeram estava falando aquilo? O que seu irmão estava se referindo como "quebrar o contrato"?
–Droga...-Resmungou, sua garganta doeu.
–Ele acordou... –O demônio tinha falado e logo todos silenciaram, a porta do quarto fora aberta.
–Leony! –Disse Leorion se postando ao lado da cama do ruivinho – Você está bem?
Loeny olhou para o irmão, um caçador forte, musculoso, cheio de cicatrizes. A não ser pelo o cabelo igualmente ruivo, poucos iriam dizer que os dois eram irmãos.
–Estou bem...-Tentou forçar a voz, para que não parecesse tão rouca.
–Não! Você não está! Sabe quantos dias ficou dormindo, tentando recuperar as forças? Foram 4 dias!
–Quatro? –Leony voltou seu olhar para Asmeram, o demônio tinha retornado a sua forma comum, mas parecido com um humano a não ser pelo o rabo e as orelhas élficas, entretanto o incubus desviou o olhar. Realmente alguma coisa estava errada.
–Seu corpo está exausto! Além de machucado... Eu sou um péssimo irmão mais velho. Não devia ter aceitado essa parceria entre você e esse...-Olhou furioso para Asmeram que apenas deu os ombros.
–Leorion...-Loeny se forçou para sentar, seu corpo não correspondia a suas intenções. Asmeram veio ao seu amparo, segurando-o –Obrigado...-Sorriu ao parceiro que nada disse –Pelos deuses...O que vocês ficaram fazendo enquanto eu estava dormindo? Aposto que brigaram e começaram a pensar besteiras...
–Besteiras?! Por causa deste...Deste...Demônio! –Rosnou o outro caçador –Você ficou machucado deste jeito!
–Eu me sinto bem...Na verdade eu me sinto maravilhosamente bem! –Sorriu.
–Ah? –Asmeram e Leorion falaram ao mesmo tempo, claramente confusos.
–Eu desejei fazer amor com o Asmeram e não me arrependo. Ele me avisou dos perigos e eu aceitei. Posso estar meio machucado agora, mas... Eu estou extremamente feliz. –Disse com lágrimas nos olhos –Eu...Amo Asmeram... Sendo ele do jeito que é...
–L-Leony... –O incubus sorriu.
–Por Merlin...-Sussurrou Silvanna ao ver que o incubus também chorava enquanto tomava nos braços o pequeno caçador, ver um demônio emotivo daquela maneira só expressava que a situação era verdadeiramente séria.
–Mas... Mas...-Leorion queria argumentar, seu irmãozinho merecia o melhor!
–Acho que o Leozinho já fez a sua escolha, você devia apoia-lo. –Disse a bruxa dando um leve tapa no ombro musculoso do parceiro.
–Tsk...
–Owt! Leoleo fazendo biquinho é tão lindo!
–Silv...Eu não estou fazendo biquinho! –Rangeu os dentes e corou.
–Lógico que não...-Rolou os olhos, a bruxa.
–Irmão...-Leorion voltou sua atenção para Leony – Nós temos a sua benção? Digo...Sei que você pode não gostar muito do Asmeram, mas ele me ama e... Eu quero a sua aceitação também.
–Eu realmente não gosto de demônios, mas... Eu farei uma exceção em relação ao seu demônio pervertido. Afinal ele salvou nossas vidas contra o dragão... –Massageou o pescoço, claramente desconfortável com a situação –E ele te faz feliz... E se você está feliz, para mim está tudo bem.
–Obrigado. –Sorriu mais aliviado Leony.
–Não se preocupe, Leorion, na próxima vez o corpo do seu irmão já estará mais acostumado, então não irá se machucar tanto. É como eu sempre digo, a repetição gera a perfeição! –Disse Asmeram em um tom alegre. O ruivinho corou, se tivesse com todas as suas forças restauradas teria dado um soco no seu parceiro.
–Na próxima vez? –O caçador mais velho já estava puxando a sua espada –E quem disse que vai ter a próxima vez? Vou te castrar agora, demônio pervertido!
–Leoleo! –Silvanna tentou controlar o seu parceiro.
–Está com ciúmes da minha virilidade, caçador? –Provocou Asmeram.
–Pelos deuses...-Resmungou Leony baixinho, mas na verdade estava sorrindo, aquele era o cotidiano de sua nova vida. Sentia-se completo e realizado. Afinal alcançara o seu sonho, se tornou um caçador e também conseguira o amor de sua vida.
Eu realmente te amo, pequeno virgem.
"Eu não sou mais um pequeno virgem..." Pensou em resposta ao demônio.
Para mim, você sempre será meu pequeno virgem...
–Você está passando mensagens eróticas para o meu irmãozinho via pensamento, não é? –Rosnou Leorion que agora já empunhava a sua grande espada –Maldito seja!
–Leoleo, se acalme! –Repreendeu a bruxa.
Asmeram só riu se divertido com a irritação do outro. Leony também não pode conter a risada...
Realmente, estava feliz.
~~** Palavras da autora **~~
O demônio foi! Agora só falta o vampiro!!
Esperem que no fim de semana vai ter mais capítulos, mas agora envolvendo o segundo lugar!
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