Capítulo Cinquenta e Dois

Marlon Shipka:

Depois que a festa finalmente chegou ao fim, conseguimos nos retirar do salão com o mínimo de comoção. Despedimo-nos dos conhecidos com sorrisos e breves abraços. Max, que sempre tinha algo a dizer, dessa vez me envolveu em um abraço apertado, mas permaneceu em silêncio, apenas transmitindo seu afeto e apoio. Foi um gesto raro e carregado de significado. Por cima do ombro dele, vi Sofia se aproximar de Otto e sussurrar algo em seu ouvido. O sorriso que surgiu no rosto de Otto mostrava que o comentário dela havia acertado em cheio.

Saímos da festa com as crianças já adormecidas em nossos braços. Quando chegamos ao palácio, entregamos os pequenos aos empregados, que os levaram gentilmente de volta aos seus quartos. A atmosfera era tranquila, a noite lá fora estava envolta em silêncio, e havia uma sensação de paz em saber que aquele dia, cheio de emoções e momentos marcantes, havia finalmente terminado.

Otto, porém, não parecia disposto a encerrar a noite tão cedo. Ele me pegou nos braços com um movimento decidido e me levou até o seu quarto. O sorriso malicioso em seus lábios denunciava suas intenções. Quando chegamos, ele me colocou na cama com cuidado, mas com uma intensidade que fez meu coração disparar. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele se inclinou sobre mim, aproximando os lábios do meu pescoço e inalando profundamente.

— Seu corpo exala uma fragrância delicada de flores — murmurou com a voz rouca. — É algo tão sutil e ao mesmo tempo inebriante. Misturado ao seu próprio cheiro, fica ainda mais doce e... tentador. — Ele fechou os olhos por um instante, como se estivesse saboreando aquela sensação. — Como é bom poder sentir isso tão de perto.

Não consegui conter uma risada suave, que escapou dos meus lábios enquanto ele começava a distribuir beijos por aquela área sensível. Os lábios de Otto eram quentes e provocavam arrepios enquanto ele explorava cada centímetro da minha pele. Com movimentos precisos e cuidadosos, ele foi abrindo minha camisa, revelando meu peito. Cada gesto seu era cheio de uma mistura de desejo e carinho, como se estivesse descobrindo algo precioso a cada toque.

Quando seus lábios tocaram meu pescoço novamente, dessa vez acompanhados pela carícia da língua, um suspiro involuntário escapou de mim. Otto sabia exatamente onde e como me tocar, e aquele simples gesto me fez esquecer tudo ao redor, deixando minha mente completamente tomada por ele.

O quarto estava envolto em uma penumbra suave, e o som suave de nossa respiração preenchia o espaço. Havia algo de intimamente especial naquele momento, como se fosse a primeira vez em que estávamos verdadeiramente sozinhos desde o início de tudo. Eu me rendi àquela sensação, permitindo que Otto me guiasse por aquela dança silenciosa e cheia de paixão.

Com cada beijo e toque, parecia que ele estava selando mais uma vez a promessa que havia feito, de que estaríamos juntos, não importava o que viesse. A noite estava apenas começando, e com ela, o início de uma nova etapa em nossas vidas, onde não precisávamos mais esconder o que sentíamos. Estávamos finalmente livres para ser quem realmente éramos um para o outro, sem barreiras, sem medos.

E assim, enquanto o mundo lá fora adormecia, nós permanecemos acordados, entregues ao momento, deixando que o amor, finalmente, se expressasse em sua forma mais pura.

Em instantes, nossas roupas foram ao chão e os meus óculos foram para a cabeceira. Otto foi até meus mamilos e os chupou, um de cada lado.
Minhas mãos agarram o cabelo dele, enquanto o direcionava, impaciente, para o local exato ao qual ele já estava indo. Otto, beijou minha pele e indo até sua boca, e atingi o clímax repetidas vezes. Sentindo algo explodir, estourava em minha cabeça pela excitação que passava por todo meu corpo.

Já me encontrava perigosamente perto do orgasmo, com a ejaculação estrangulada em meu pênis ereto e o corpo trêmulo. Otto colocou a mão entre as coxas do outro, vendo que estava completamente úmido e entregue ao prazer.
Por mais alucinado que estivesse, entretanto, precisava prová-la antes de enfiá-lo. Voltou para o meu pênis, começando a chupar e o deixando ainda mais entregue e gemendo. Me virou com a bunda para cima, abrindo e vendo meu buraco e enfiando seu rosto naquele meio, começando a me foder com sua língua e dedos.

Me contorcia em cima da cama, completamente entregue aos seus desejos. Quando senti ele ficar por cima dele, envolveu os quadris dele com as pernas e sentiu o pênis do outro perto do meu buraco, que, devagar, recuou o quadril. A ponta de seu pênis ereto deslizou até a posição correta com perfeição, e ele invadiu meu interior.

— Não pare — sussurrei entre seus gemidos, fazendo com que Otto se descontrola-se, deixando cair a cabeça na curva de seu pescoço, o cheirando.

Se deitou na cama ao lado, então subiu em cima dele começando a cavalgar. Ele segurava firme minha cintura, com ambos gemendo em união, então me puxou para si e roubou meus lábios para um beijo.

Ambos chegamos ao êxtase, juntos, deixando escapar um suspiro.

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Na manhã seguinte, recuperei a consciência aos poucos, sentindo o calor de Otto ao meu lado. Sua mão estava firmemente enlaçada em minha cintura, como se, mesmo dormindo, ele quisesse me manter perto. Virei-me devagar em sua direção, notando que ele já estava acordado, seus olhos me observando com uma suavidade rara.

— Bom dia — sussurrei, aproximando meu rosto do dele.

Otto sorriu, e seus dedos deslizaram pelo contorno do meu queixo, subindo lentamente até meus lábios. Ele acariciou meu lábio inferior com o polegar, seu toque leve e ao mesmo tempo cheio de intenção.

— Você fica ainda mais belo ao acordar — ele murmurou, a voz carregada de uma ternura que aquecia o coração. — Venha aqui, meu esposo.

Antes que eu pudesse responder, ele me puxou para um beijo faminto, intenso e cheio de desejo. Podia sentir a urgência no toque de seus lábios, o desejo pulsando em cada movimento. Era claro que Otto estava pronto para mais, seu corpo expressando o que palavras não precisavam dizer. Ele abandonou meus lábios apenas para descer até meu pescoço, deixando um rastro de beijos quentes e mordidas suaves. Sua língua percorria minha garganta, provocando sensações que me faziam suspirar de prazer.

Nos deixamos perder naquele momento por mais algum tempo, explorando os lábios e a pele um do outro, entre risadas e carícias que alternavam entre o sensual e o carinhoso. A certa altura, Otto começou a fazer cócegas, arrancando gargalhadas involuntárias de mim enquanto eu tentava, em vão, me esquivar.

— Podemos ficar assim o dia todo? — perguntei entre risos, quando ele finalmente se afastou um pouco. — Mesmo que tenha sido uma festa de casamento simbólica, ainda quero aproveitar cada segundo ao seu lado.

Otto suspirou, mas seu sorriso continuava brincando nos lábios.

— Infelizmente, temos afazeres a cumprir. Mas não se preocupe, quando a verdadeira festa acontecer, vamos viajar para o outro mundo, e finalmente conhecerei seus pais. — Seus olhos brilhavam de expectativa. — Julgo que é minha obrigação conhecer meus sogros e convidá-los para a nossa verdadeira celebração.

Senti um aperto leve no peito, misturado à ansiedade.

— Seria ótimo. Ainda tenho que explicar tantas coisas a eles sobre este lugar... — Respondi, mas me sentei com uma expressão de desconforto quando uma dor aguda me lembrou da noite anterior. — Mas antes, vou precisar de alguns remédios para essa dor...

Otto se sentou ao meu lado, rindo baixinho. Ele se inclinou para me dar um beijo suave nos lábios, como uma promessa silenciosa de cuidado.

— Vou cuidar disso agora mesmo — ele disse, com aquele tom autoritário e protetor que tanto me fazia sorrir.

Bati levemente no peito dele em um gesto brincalhão.

— Você não perde tempo, hein?

Ele apenas riu e me puxou para mais um beijo, cheio de doçura. Não importava quantas responsabilidades nos aguardavam lá fora, naquele momento, éramos apenas nós dois, envolvidos em um mundo só nosso. Um mundo onde, apesar dos desafios e das tarefas, o amor e a cumplicidade prevaleciam. E, ao olhar para Otto, soube que, independentemente das festas e formalidades, era com ele que eu queria passar cada dia, rindo, amando e enfrentando o que viesse.

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Passei três dias inteiros enterrado em livros, revirando grimórios antigos e estudando feitiços complexos. Finalmente, encontrei uma solução para ajudar Lídia, mas a descoberta veio com um preço: exigiu mais de meia hora para rastrear os ingredientes necessários, e a dificuldade de obtê-los foi apenas o primeiro obstáculo.

Quando desci para as masmorras, o ambiente era frio e sombrio. As paredes de pedra úmida pareciam sufocar qualquer traço de esperança. Ali, encontrei os aliados de Theorban e, entre eles, Matteo, parados, suas expressões misturando medo e ódio. Assim que nossos olhares se cruzaram, notei como eles tremiam, como se já soubessem o que estava por vir.

— Olá, Matteo — saudei, mantendo meu olhar firme em meu primo, que ainda tentava resistir, mesmo com seu corpo se desfazendo lentamente devido à maldição que o corroía. — Creio que deseja sair desse lugar, finalmente.

Matteo respondeu com um rosnado raivoso, seus olhos brilhando com um rancor profundo. Apenas balancei a cabeça, sabendo que, apesar de tudo, ele escolheria o orgulho até o fim. Mas eu estava determinado a encerrar aquilo de uma vez por todas.

Com os oito ingredientes em mãos, comecei a misturá-los com precisão, sentindo a tensão no ar aumentar. Cada movimento era cuidadoso, cada palavra sussurrada carregava o peso de uma solução há muito esperada. Quando terminei, murmurei o encantamento com voz firme. Um brilho cinza emergiu do caldeirão, serpenteando no ar antes de se fixar no líquido que havia preparado. Sem hesitar, joguei a mistura sobre Matteo.

O brilho cinza o envolveu, e em poucos segundos, seu corpo começou a se desfazer em poeira. Matteo gritou, mas foi um som breve e vazio, logo dissipado no silêncio frio das masmorras. Ao final, não restou nada além de cinzas, que foram levadas pelo vento gélido que soprava pelas frestas.

— Que seja finalizado — murmurei, quase como uma prece.

Quando tudo terminou, um peso pareceu ser aliviado dos meus ombros. A tensão que me acompanhava há dias, talvez até semanas, se dissolveu com o pó de Matteo. Eu sabia que não era o fim de todas as batalhas, mas, pelo menos naquele momento, um capítulo sombrio havia sido fechado.

Respirei fundo, sentindo o ar frio preencher meus pulmões, e finalmente, depois de tanto tempo, uma sensação de leveza me invadiu. Era hora de seguir em frente, sabendo que, mesmo nas escolhas mais difíceis, encontrei força para proteger aqueles que amo.

No caso de Lídia, a solução foi surpreendentemente simples. Depois de tanto esforço e complicações com Matteo, lidar com o problema dela parecia quase fácil demais. Tudo o que precisei fazer foi lançar um feitiço que proibisse os fantasmas de se aproximarem, a menos que ela mesma os chamasse.

Foi quase irônico como, após dias mergulhado em feitiços complexos e poções elaboradas, a resposta para o tormento de Lídia estava em algo tão direto e descomplicado. Usei um círculo de proteção e selei o espaço ao redor dela com palavras de poder. Os espíritos, que antes a atormentavam incessantemente, agora só poderiam aparecer se ela os invocasse de propósito.

Quando terminei, vi o alívio evidente em seu rosto. O brilho nos olhos de Lídia voltou, e ela finalmente pôde respirar tranquila, sem sentir a presença constante e opressora das entidades.

— Está tudo bem agora — falei, dando-lhe um sorriso reconfortante. — Eles só virão se você os chamar. Agora você tem o controle.

Lídia me lançou um olhar agradecido, claramente emocionada por finalmente poder ter paz. A sensação de leveza, tanto para ela quanto para mim, era palpável. Resolvido esse problema, restava apenas aproveitar o momento de calma, sabendo que, ao menos por agora, havia conseguido afastar as sombras que cercavam aqueles que amo.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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