‹⟨ Episódio 4 ⟩›
—o detetive está de folga hoje, tenente. Ele e os meninos se reúnem na casa do Mark toda quarta-feira para jogos—desligo o rádio já sabendo onde ele está.
Mau recuperado, com roxos e machucados em todo o corpo... Eu sei, eu devia estar no hospital ou em casa, mas não posso deixar barato. Por um momento, olho o taco no meu banco de passageiro. Sigo pela estrada deserta. Ao chegar perto da casa do Mark, fico de tocaia, com o carro totalmente desligado. Uma hora, duas horas... Ele finalmente saí e se despede de seus amigos. Todos valentões sem cérebro, bando de idiotas. Flass pega seu carro e começa a dirigir, ligo o meu e o sigo.
Estamos fora da cidade, bem longe das vistas... No caminho para Metrópolis. Acelero meu carro chegando ao seu lado, giro o volante com força e bato na lateral do carro de Flass. Ele se descontrola e saí para fora da estrada, batendo contra uma árvore.
Paro o carro e desço do veículo, estou com o bastão de beisebol em mãos. O observo sair do carro se arrastando pelo chão, se levanta com a mão em frente ao rosto, devido a luz forte dos faróis do meu veículo. Aponto meu revólver, com sua cabeça como alvo. Um tiro... Somente um...
—Jimmy—solta um sorriso—como é que cê tá, cara?
Poderia ataca-lo, na covardia como fez comigo. Mesmo sabendo que ele não tem chances, melhor dar uma vantagem pra ele. Jogo o bastão para suas mãos. Guardo minha arma e firmo meus punhos, será no soco mesmo.
Ele avança, desvio e acerto sua barriga, depois seu rosto, seguro em sua nuca e dou três joelhadas no estômago, ele caí com dor largando o objeto de madeira. Fico em cima dele e começo a desferir vários socos sem parar, continuo, continuo, continuo, soco atrás de soco, até arrancar sangue e um dente... Ele acaba por ficar inconsciente. Resolvo fazer mais uma coisa. Retiro todas suas roupas o deixando nú, e o deixo algemado no próprio carro. Humilhado...
Me viro para ir de volta ao meu veículo. Ele é orgulhoso demais para contar o que realmente aconteceu, vai mentir na certa... Obrigado, Flass, isso vai te ensinar a não mexer com a Sarah de novo. Aperto o acelerador seguindo de volta para Gotham.
TV ON
"Vamos a previsão do tempo: o sol estará escaldante durante essa semana, iluminando toda a cidade de Gotham, tomem cuidado cidadões, vocês iram fritar durante essa semana! Já a noite, o frio domina a cidade podendo haver chuva. Que tempo louco, não?
Agora as notícias principais: além de Falcone, a cidade de Gotham tem mais novidades. Um grupo criminoso surgiu causando medo na cidade, eles se chamam de 'Gangue do Capuz do Vermelho', esses, começaram a realizar ataques contra várias partes da cidade, nenhum morto, mas muitos feridos até o momento. Os principais lugares que foram atacados foram armazenamento de armas de alta tecnologias que foram roubadas. O objetivo deles ainda não está claro, mas já temos a informação de que possuem armamentos e são bem organizados. Essa 'Gangue do Capuz' surgiu das sombras, será que o herói/criminoso mais famoso da cidade está atento à eles? Como será que está o Batman nesse momento?"
TV OFF
POV BRUCE
Caminho pela parte mais suja da cidade, pelos becos mais escuros e sombrios, aqui, tudo é pior, aqui, dá pra ver o inferno de perto, aqui, é a verdadeira Gotham. Chego em uma loja do mercado negro. Claro que não vim como Bruce Wayne, vim como Smith, um homem de negócios que coleciona armas. Mudei minha aparência com maquiagem e adicionei um bigode falso junto de uma cicatriz no rosto, coloquei também um óculos escuro, assim, vou passar a despercebido. Visto um terno importante, mostrando minha personalidade.
—bem-vindo—quando adentro a loja, sou recebido por um homem másculo com barba feita e cabelos compridos raspado nas laterais, ele prende o cabelo em um coque. Veste roupas comuns do dia dia, nada que levanta suspeitas—em que posso ajudar?
—queria comprar uma das mercadorias dos fundos—digo me aproximando do balcão.
—ah, não sei do que está falando, tudo que se tem para comprar está aqui—abre os braços indicando a loja toda. Passo o olhar pela loja e volto para o homem, do bolso, retiro um maço de dinheiro.
—mercadoria dos fundos, 5 mil—ele suspira entendendo o recado.
—vem—sua voz se torna mais séria e firme.
O acompanho passando por uma porta e indo pros fundos, mais uma porta e adentramos uma sala cheia de relíquias de criminosos e da história de Gotham.
—aqui, é a loja de presentes de Gotham. Se as evidências dos crimes de Gotham, relíquias e outras coisas não está na sala de evidências da DPGC, está aqui. Fique a vontade—começo a olhar buscando o que procuro.
—eu soube que você tem a arma que mataram... Thomaz e Martha Wayne no agora chamado beco do crime. Eu quero—digo o fitando.
—ah, está aqui—o homem se encaminha abrindo uma gaveta e retirando o revólver... É ele, nunca esqueceria... Foi apontando no coração da minha mãe, é um fragmento da minha vida.
—eu quero.
—vai custar o dobro de 5 mil.
—ok—pego mais um maço de dinheiro—aqui, 10 mil—ele sorri e me entrega a arma. Guardo o objeto no meu terno e sigo embora.
Já na caverna, apenas de regata preta, preparo a arma. Toda noite que saio, meu peito é o alvo, o morcego, preciso de uma proteção extra.
Com o metal da arma aquecido, tendo a coloração vermelha de tão quente, visto luvas apropriadas e com um martelo de ferro, começo a bater no metal. Eu vou fazer esse metal pagar pelos seus pegados... Eu vou queimar o metal que matou os meus pais, e forja-lo em uma coisa útil. Então, o metal que partiu meu coração quando criança, é o mesmo metal que vai proteger meu coração como homem. E isso, é justiça. Coloco a agora, placa de ferro na água a esfriando.
Coloco meu uniforme sobre a mesa e o abro, embaixo do morcego, coloco o metal. É aqui o lugar dele de agora em diante.
O som da TV chega até meus ouvidos, direciono o olhar para ela prestando a atenção no noticiário.
"O tenente Gordon acaba de salvar três crianças de um sequestrador. O criminoso tem histórico do Asilo Arkham e recebeu alta recentemente. Com sucesso, o tenente da polícia foi aplaudido pelas pessoas após salvar as crianças. Ele agora, se tornará um celebridade da mídia e com razão"
Gordon...
Ouço Alfred entrar na caverna, ele vai para sua mesa de costume, com certeza fazer alguns ajustes nos meus equipamentos.
—Alfred—o chamo.
—huh?
—sabe algo sobre esse tenente Gordon?—pergunto apontando a imagem na TV, meu amigo se vira para onde aponto.
—hãã, não muito... Só que é um bom policial e aparentemente, honesto.
—hhmm.
—por que a pergunta, senhor?
—só anotações. Mantenho meus inimigos bem perto, mas também, aliados, e todo possível aliado, devo registrar.
—entendo—volta sua atenção aos seus afazeres—e como anda o caso das drogas que o policial Flass falou?
—o transporte de drogas vai ser essa semana, estou atento ao porto. Vou tirar a expansão do Falcone, deixá-lo irritado e sem poder.
—e depois?
—e depois? Eu farei uma visita na casa dele. Ele sempre organiza um jantar com sua "família" de negócios.
—entendo. O bom é que o senhor já possue um traje adequado.
—huhu, pois é.
Direciono o olhar na direção da cabine onde fica meu traje... Eu possuo segredos, muitos... Como por exemplo, o anos que fiquei fora de Gotham, ninguém nunca soube onde eu estava verdadeiramente...
—você estava perdido, consumido, eu encontrei você e ajudei, agora, você está pronto—ouço as palavras de R'as.
Todos os membros da liga estão aqui, até mesmo Slaide que observa junto dos outros. Estamos num salão, grande e de aspecto Oriental. Há grandes janelas na sala, junto de um altar no centro, onde estamos, o altar é cercado por grandes arcos gloriosos. Pela grande porta de entrada, adentra um dos ninjas com um homem encapuzado, o homem está preso e sem camisa, sujo e com machucados.
Ele é trazido até minha frente e o fazem ficar de joelhos. O capuz é retirado, o rosto do homem asiático está machucado e sujo, está assustado.
—quem é ele...?—pergunto.
—ele é o seu teste final.
—o quê?
—esse homem é um criminoso. Assassinou o vizinho para usurpar as terras dele. Ele deve ser morto, deve fazer justiça.
—eu...
—ele merece o mesmo destino que deu ao inocente. Criminosos não devem ser poupados. Acha mesmo que ele vai parar? Criminosos não param, quantas vidas não poderiam ser salvas se eles não estivem aqui? Mães não perderiam seus filhos, filhos não perderiam suas mães, famílias não seriam destruídas. Faça justiça!
Meu olhar caí sobre o homem, retiro minha catana da bainha, firmo meus dedos e mão na espada, a deixando apontada para cabeça do homem... Se eu fizer isso, aqui, vidas podem ser salvas... Mas isso é justiça? Matar? Se eu matar, não me torno igual a ele? Um assassino? Devo me achar no direto de ceifar uma vida assim como ele se achou...? Um ciclo de morte sem fim vai começar... E nunca vai parar... Não tenho direito de tirar uma vida, não vou ser igual a eles, tem que ser diferente...
—o que está esperando?!
—o tempo certo...
Me viro rapidamente e acerto com o cabo da espada no rosto de R'as, foi golpe tão forte, que seu corpo caí inconsciente.
—O QUÊ VOCÊ FEZ?!
—o nescessário, meu amigo—respondo Slaide.
—VOCÊ NOS TRAIU!
Os ninjas avançam e começamos uma luta. Defendo seus ataques e os derrubo facilmente.
—eu não vou fazer isso, Slaide, não é certo.
—o certo é que criminosos, não devem viver!
Ele avança, levanto minha espada travando nossas armas juntas. Com força, ele dá passos para frente me obrigando a ir para trás. Minhas costas batem contra a parede. Sua mão puxa sua catana de volta e da uma estocada na direção do meu rosto, lanço minha cabeça para a esquerda e coloco minha espada contra a sua, ele avança para o lado, rasgando a parede e me obrigando seguir para o lado também.
Retira sua arma na intenção de cortar, desvio rolando pelo chão. Assim que me levanto, ele avança fazendo um golpe cortante, abaixo meu tronco desviando e a lâmina passa como em câmera lenta. Levanto me virando rapidamente.
—Slaide, somos amigos, não quero te ferir.
—EU NÃO TENHO AMIGO TRAIDOR!!
Com raiva ele avança lançando golpes fortes e destruidores, me defendo o máximo possível. Giro meu corpo o chutando e num impulso rápido, cravo a ponta da lâmina em seu olho esquerdo.
—AAAAHHHH!!!!
—você quis continuar com isso!
Retiro a lâmina e chuto sua barriga, o fazendo cair. O resto dos ninjas se aproximam, são muitos. Olho para uma das grandes janelas e começo a correr atravessando o vidro.
Caiu da grande montanha, indo por dentro de uma ravina. Finco minha espada nas rochas desacelerando minha queda. A lâmina se quebra e pro consequência, bato minhas costas nas rochas e vou de encontro ao rio gelado, sendo engolido pela água. Subo para superfície recuperando o fôlego. Coloco a mão no meu ombro, que dói muito. Vejo a grande montanha com o palácio gigante. Vamos sair daqui...
Volto a realidade com um alerta sendo ecoando do meu computador. Me aproximo computando e vendo o alerta.
—um novo compromisso.
[...]
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