‹⟨ Episódio 22 ⟩›

—tick, tack, tick, tack... O relógio corre, Batman—um sorriso perverso surge em seus lábios—somos só eu e você nesse jogo...

As luzes, que agora se transformam em lasers miram no tabuleiro, impossibilitando minha passagem ou que eu mexa um músculo se quer. Drones aéreos surgem, dois deles, mirados em mim.

—isso não é um jogo, Nygma. Vidas de pessoas estão em risco, milhões. Você pode fazer algo a respeito, importante, salvando essas vidas. Salve-as, Nygma! Você tem a chance de fazer o certo—o encaro, com meu corpo ereto.

—hahahah!!—em resposta, ri debochando—uma chance, é? EU lhe darei uma chance, Batman, não! Na verdade, doze chances igual a doze meses, doze passos para salvar a cidade...—estreito os olhos—... Mas terá que se apressar, porque enquanto conversamos aqui—bate sua bengala contra o piso—lá—a levanta, apontando para a esquerda—estão preparando jatos que estarão a caminho do nosso belo lar—seu sorriso e expressão me dão nojo. Volta sua bengala para o lugar inicial—agora, as regras são as seguintes... Eu te faço uma charada, se você acertar, um desses adoráveis lasers—olho as linhas de luz vermelhas próximas de mim—será desativado, possibilitando que você avança um quadrado do tabuleiro. Mas, caso você errar... Eles tem uma segunda ordem: mandar um sinal para algum dos meus balões meteorológicos, que será enviado para cidade com a ordem e bem, ele fará uma festa arrasadora, isso, você pode apostar. Vamos começar?

—chega disso. Nós dois sabemos que esse jogo está perdido. São muitas charadas, não irá dar tempo de respondê-las antes dos jatos chegarem!

—irá sim! Mas isso, meu querido detetive, isso, depende somente de você. O quão esperto é. Será que o Cavaleiro de Gotham é tudo o que a fama diz sobre?—mexe uma sombrancelha, sorrindo—para salvar essa cidade, você só tem que responder isso: ooooo que é, que é, Batman...

POV NARRADOR

Gordon surge acompanhado da equipe tática. Ele se aproxima de Lucius, que está sentado a beira do furgão e logo acima, no teto, está Selina, com uma perna dobrada e queixo levantado.

—Lucius! Conseguiu algum sinal? Algum contato com o mundo a fora?—o Capitão de polícia se aproxima do Fox.

—nada... O Charada jogou uma rede sobre a cidade. Não consigo contato com ninguém—responde.

—e onde está o Batman?

—atrás do Charada—seus olhos sobem encontrando a mulher acima.

—ele o encontrou?

—não sabemos. Ele tinha um palpite. Confiamos que esteja agora com Nygma—ela desce do teto, ficando de pé ao lado dos homens.

—então temos uma chance—os olhos de Gordon vagam por todos—temos tempo para encontrar um jeito de atrasar os jatos—se vira para o líder da equipe tática—você tem um sinalizador? Eu irei arranjar um jeito de avisá-los que o Batman está com o Charada.

—como você sabe?

—é melhor ele estar—vira-se para Lucius—Lucius, com a bobina destruída, tem algum jeito de achar outro condutor para o bloqueador?

—eu vou trabalhar no bloqueador—se levanta de punhos fechados—Gordon, você sobe lá e controla o tráfico aéreo. O líder do esquadrão continua tentando contato com a base Fort Robbins, caso Batman consiga derrubar a rede de comunicação—os dois acenam—e você—aponta para Selina—preciso que me ajude com algo—suas pernas se movem, caminhando e se afastando.

Selina o encara pelas costas, com a sombrancelha levantada.

—ajudar em que meu Deus?—um ponto de interrogação surge em sua mente.

POV BATMAN

—... As luzes não são hipnotizantes, Batman? É quase tropical. Me faz querer dançar. Calypso talvez?—brinca equilibrando sua bengala com a ponta dos dedos.

—deixe disso, Nygma e fala logo a droga da charada!—ranjo meus dentes.

—ok, ok... Tudo bem. Não precisa se exaltar—solta uma rizada pela narina—charada número 1: "Um caolho sem a cabeça da cabeça... Com história contada por lendas. A cabeça de uma piton fora do tom... Bem presa para te provocar."—caminha pela sala, girando sua bengala, tranquilamente, ficando atrás de mim—então, Batman, quem sou eu?—para, juntando as pernas e me encarando, com um sorriso, baixando sua bengala. O olho por cima do ombro.

—...—mordo os dentes...

Movo minha mão, se aproximando do meu cinto. Rapidamente sem eu perceber, um dos drones retira sua arma apontando ela para mim, em tom de ameaça.

—hahahahahah!!! Sem trapacear, Batman—ri, ficando ao lado de uma mesinha. Ali, há uma maleta verde, com contagem de 15 minutos. Sem demonstrações de ferocidade física, sem geringonças ou traquitanas, só uma guerra mental.... O que é uma guerra, se não uma batalha entre duas estratégias? Duas mentes no céu sobre o campo de batalha? E essa, sua mais pura forma—não falo nada—vamos lá, Batman. Seja rápido. Você só tem 15 minu...—a minutagem muda—... Ops, eu diria 14 minutos—os drones carregam suas armas, ameaçando—então? "Eu sou..."—solto um suspiro profundo.

—"eu sou..."—sinto suor tomar o meu corpo e descer pelo meu rosto, mordendo meus dentes, a fraqueza nas pernas e o frio na barriga me perturbam... Eu tenho que fazer isso...—"um piolho"—respondo de uma vez. Ele para—a "cabeça da cabeça" sugere a primeira sílaba da palavra, ou seja, "ca." E "piton fora de tom..."—puxo e solto o ar de meus pulmões—... Piton sem tom te deixa com "pi." "Pi" e "olho" é igual a piolho. "Lendas", que são ovos de piolho. E Calypso era uma ninfa, piolhos surgem dos ovos como ninfas, totalmente formados—mordo os dentes durante minhas falas.

—ora, ora...—encara com um sorriso e sobrancelhas arqueadas—... Vamos digitar para ver se a sua resposta está certa—em seu laptop ele digita. Com um sorriso leve, porém, ácido, ele volta sua atenção para minha pessoa—vá em frente, Batman... De um passo—avanço pelo tabuleiro—ótimo... Cuide, Batman... O verdadeiro enigma está à frente.

—ande logo. Chega de pausas dramáticas e faça a maldita pergunta, Nygma—ranjo meus dentes. Ele é um doente, que acha graça nesses jogos.

—hahahah, calma lá, meu morceguinho irritadiço—solta uma rizada—mas, seja como quiser. "Eu tenho só uma voz e mil gargantas..."—caminha, brincando com sua bengala—"vendo minha história por amendoins, mas então..."

—sou uma abelha!—respondo rapidamente, sem dar tempo dele dizer a próxima palavra. O corto. Tem que ser rápido—abelhas zunem como uma voz, uma mente. Uma colmeia é feita de "células", a rainha tem a forma de amendoins—completo minha resposta. O encaro. Está paralisado, sem dizer nada—o que está esperando?! Digite!—pisca várias vezes, sendo trazido de volta para a realidade. Sorri pelos seus lábios finos.

—sim, senhor—seus dedos prexionam as teclas, e a resposta é a correta.

—próxima charada—peço.

POV GORDON

Adentro um prédio grande, alto, um digno arranha-céu. Observo o lugar, com o dedo sobre o queixo e a mão direita na cintura. Pense Jim, pense... Observo o local, buscando algo para poder ajudar no atraso dos jatos. O lugar está caído, janelas quebradas, paredes e pisos rachados, com a vegetação crescendo entre as rachaduras.

—preciso de algo para mandar um sinal à eles... Algo...—um som estrondoso cortando o céu, chega até meus ouvidos. Minha cabeça se vira rapidamente para a janela aberta, com vidraças quebradas. Meus olhos se prendem no grupo de três jatos, voando entre os ares—ah, não...

POV NARRADOR

—tudo bem... É aqui que as coisas ficam mais complicadas... E emocionantes—sua bengala firma contra o chão. Ele sorri, se divertindo com toda a situação. Está adorando.

—pergunte droga!—diz o Batman, querendo terminar isso o mais rápido possível, sem tempo para enrolação. O tempo, é curto, e fica mais curto a cada segundo.

—uau! Você está mesmo com pressa? Hahahah. Seu desespero para salvar essa cidade patética me diverte. Eu diria que você é um burro idiota, mas está me provando o contrário aqui. Então, eu acho que você é somente um iludido e incoente perante essa cidade—ri.

—eu disse para perguntar! ANDE!!

—tudo bem!—curva as costas com as mãos levantadas—tudo bem, cavaleiro das trevas—fica novamente ereto, com um sorriso suspeito—"a maior das minhas forças... É que eu sei o meu valor. Eu mergulho profundamente em cada nascimento..." Então...—os olhos dos dois oponentes se encaram, com Batman estreitando seus olhos e um olhar afiado e pressusoso por parte de Nygma—... O quê eu poderia ser?—o suor escorre pela bochecha do morcego.

Acima dos céus na cidade, os jatos dão a volta, indo para o centro da cidade.

abordagem final...—diz o piloto de um dos veículos.

—você não sabe, não é?—o sorriso de mostrar os dentes se estende pelos lábios do Charada.

—eu...

POV GORDON

Acabo encontrando um grande objeto circular metálico, que reflete a minha imagem. O agarro, observando sua estrutura.

—vai servir...

Junto do objeto, encontro um balde de tinta azul e ao lado, um pincel. Pego em mãos e mergulho na tinta. Começo a passar pelo metal, fazendo um grande desenho.

POV NARRADOR

—"lâmina." A resposta... É "lâmina"—finalmente, a resposta é dita.

—seu raciocínio?—o sorriso é mantido no rosto de Nygma.

—esquece o raciocínio e digite!

Os jatos se preparam.

preparando os cães.

Gordon continua a desenhar. Aflito, rezando por dentro. O tempo corre.

—a hora da verdade!—o Charada levanta os braços abertos.

POV SELINA

—tem certeza que isso vai dá certo?—pergunto assim que chegamos em nosso destino. Fecho a porta da van, com Lucius saindo pela outra.

—com certeza. Vamos! Preciso da sua ajuda.

Com as mãos na cintura, o encaro se aproximar da grande moeda das empresas Wayne.

—ok. O que pode dar errado, não é mesmo?—sorrio me aproximando para ajudar.

Estaciona a van em frente ao museu. Rapidamente saio do veículo subindo no teto. Retiro minhas garras guardadas e corto a corta que amarrava a grande moeda. Ela caí, ficando apoiada na lateral da van.

—assim?—pergunto a Lucius, para ter certeza.

—sim, está perfeito. Isso vai ajudar o Batman—ele aponta seu olhar para o museu.

POV BATMAN

Observo o Charada, convencido, um sorriso que expõe seu sentimento de superioridade. Ele está muito ocupado, preparando su discurso que nem percebeu a falha em seu Laptop e nos seus robôs, que ficam paralisados no ar, sem conexão. Passo de leve minha mão sobre o laser vermelho. Deu certo. O sinal foi cortado.

—a resposta está errada. Se você tivesse visto o tema, Batman! O padrão! As respostas para as charadas, cada uma, a resposta  de uma famosa charada histórica sem solução da história. "Piolhos" era a resposta da charada que matou Homero. E "abelhas" parte da resposta da charada impossível de Sansão. A reposta era "nó", como no grande nó Górdio. Um nó indissolvivel para qualquer um, até para Alexandre, o Grande. Seu palpite era uma lâmina, e está errada, simplesmente errado—expõe sua falsa grandeza. Um pequeno e sutil sorriso surge no canto de meus lábios.

—está mesmo?—pergunto.

Começo a caminhar, passando pelos lasers e indo em sua direção. Logo ele se esguia, se curvando e sua expressão muda drasticamente.

—espera! O que você está fazendo?!—continuo à caminhar, de punhos fechados.

—como eu tinha dito, a resposta para sua charada é "lâmina."—levanta sua bengala precionando o botão nela. Começa a apertar desesperado.

—o quê?!

—seus robôs não podem te ouvir, Nygam. Eles não me vêem mais—avnço sobre ele, agarrando pela gola de sua roupa—você quebrou nosso bloqueador, mas por sorte, encontramos outro dando sopa. Você foi cortado, e não manda em mais nada aqui—o encaro, próximo de seu rosto. Sinto seu corpo todo tremer, de medo—mas sobre a charada, você estava certo. Alexandre não conseguiu resolver a charada do nó Górdio. E sabe o que ele fez?—o encaro—ele sacou a sua lâmina...—fecho com firmeza meu punho direto...—e cortou aquela bosta!!—acerto um soco em seu rosto, o fazendo cuspir sangue e lançando seu corpo para longe.

POV NARRADOR

Gordon coloca o objeto metálico com o desenho para fora da janela. A forte luz do sol reflete no metal, que é lançada na direção dos jatos. O desenho é refletido, o desenho de um morcego.

O piloto de um dos jatos avista a grande luz refletida.

comando, acho que estamos recebendo um sinal! Está vindo de um cidadão em cima de um prédio. É um morcego...

—um morcego, tem certeza?

—sim, é isso mesmo, um morcego! É o Batman!

—minha nossa!! Recue! Não atire contra a cidade!

—ok. Aguardando comando—os jatos se encaminham para o recuo.

Ao observar isso, Gordon suspira consigo mesmo, com suas pernas se dobrando, ficando sentado com as costas encostada na parede.

POV BATMAN

—como? Como você liga a cidade?! Seu sinal foi bloqueado! Você não controla mais nada!

—ahahahhah!!—acerto um grande soco em sua face.

—como?!—caído, ele cospe sangue.

—hahahah!!

O agarro pela gola novamente, ergo meu punho direito fechado.

—fala logo!—acerto um soco—anda!!—ele só ri.

Largo seu corpo no chão, enquanto mordo os dentes. Levo a mão para cima dos olhos, suspirando. Não posso perder o controle, não posso deixar isso acontecer... Tenho que ficar centrado... Manter o controle...

—hahah...—solta uma rizada fraca. Viro meu corpo o encarando—.... Você não pode perder, sabe que se perder o controle, não tem mais volta.... Hahaha! Que magnífica criatura você é!

—cala a boca.

—cof, coff, esse é o desafio, não é, Batman? Coff, o grande ponto coff, coff, de interrogação?—cospe sangue—uma coisa engraçada... Sabia que o original, o primeiro símbolo, lá no século oito, na verdade tinha um formato de um raio. Como um choque, a faísca de uma idéia... Algo como... Isso—abre sua camisa, revelando um aparelho circular verde, com o símbolo descrito por ele desenhado no centro. Ele abre um sorriso.

—o que é isso?—serro os olhos.

—hehe, é um elétrodo. Um aparelho, uma bateria ligada aos meus batimentos cardíacos... Essa bateria, alimenta todos os servidores da outra sala... Engenhoso, não? Há! Se tirar esse aparelho de mim, bem, o sistema inteiro morre. Tudo a não ser a rede de comunicação, claro. A cidade fica realmente no escuro. Um cadáver requintado a espera da pira. E quando começar de novo... Bem, ele precisaria ser completamente reiniciado. Renascido! A cidade ligada à um novo coração! E para isso, bom, precisaria de uma carga de não sei... Mil volts? Eu sei que você vai fazer isso, vá em frente, Batman. A chance da sua sobrevivência é uma em um milhão... Hahaha! Salve o dia! Salve a cidade! Hahaha! Super herói!!—o encaro.

Me aproximo de seu corpo e arranco brutalmente o aparelho de seu peito. Viro de costas, analisando o equipamento em minhas mãos.

—sabe, Batman...—viro o rosto sobre o ombro—... Você é louco, mas saiba, essa cidade, essa ideia, são minhas, tudo que há aqui...

Rapidamente, me viro e piso com força em seu rosto, fazendo jorrar sangue enquanto perde a consciência.

—cala a porra da boca, idiota.

Caminho com o aparelho em mãos, determinado e com os punhos serrados. Vou para a sala ao lado, onde estão os servidores. Na parede da sala, há um desfibrilador de emergência posto pela equipe do museu. Agarro o aparelho e o levo para perto do servidor. Conector seus fios em mim, por baixo do meu traje. Coloco o aparelho no meu peito, aumento a potência o máximo possível. Conecto os servidores no aparelho.

—isso tem que dá certo.

POV NARRADOR

comando recebido, reiniciando missão, voltando—os jatos dão meia volta.

Selina e Lucius encaram o céu. Gordon observa, com a luz do sol refletindo em seus óculos.

—ah, não.

canhão se abrindo, preparando míssil. Aguardando permissão.

Dentro do Museu, tudo está pronto. Respirando fundo, antes de fazer qualquer coisa... O Batman finalmente aperta o botão.

A eletricidade percorre todo o aparelho indo para seu corpo, uma eletricidade acima de mim volts. Ele morde os dentes enquanto sente seu corpo queimar.

—AAAAAAHHHHRRRRGGGG!!!!

Sua visão, se apaga ficando tudo escuro.

No laptop do charada, aparece o letreiro 'Reiniciando... Reiniciando... Reiniciando... Sem sinal. Sem sinal. Sem sinal'

A noite escura, sem estrelas, que cobre totalmente a cidade, ela domina tudo, sem visão, somente os jatos sendo avistados... De repente, tudo se ilumina com as luzes dos prédios, eles se ligam, ilumidando, acordando, estando viva novamente, voltando ao seu explendor de grande metrópole. Ele conseguiu...

espera! A cidade! Voltou a se ligar! Woww... Está tudo de volta!

Um sorriso surge nos lábios dos aliados do detetive...

—ele conseguiu...

—Batman!—Selina rapidamente adentra o museu, buscando seu parceiro.

POV BATMAN

Tudo escuro... Preto na escuridão... No fundo dela, vejo uma luz, com duas presenças... As de meus pais, estendendo suas mãos... Parece tão acolhedor, eu, eu... Quero, eu quero...

De repente minha visão se abre e me ergo no desespero, gritando acordado.

—ah, meu Deus, graças ao senhor—vejo Alfred e Selina ao meu lado.

—o que aconteceu?—pergunto.

—você conseguiu, senhor, você conseguiu...—encaro meu amigo. Fecho os olhos suspirando aliviado.

—mas como? Como você está aqui?—pergunto.

—eu vi os jatos e segui o senhor Fox até aqui... Eu não podia deixa-lo, senhor. Posso nem sempre concordar com você... Mas sempre vou estar aqui para remendar o senhor—claro que logo o abraço, sentindo o conforto de família... Família.

Desfazemos o ato e encaro Selina, que me olha divertida.

—então você é Bruce? Há. Como não tinha pensado nisso—sorrio.

—eu não sou um cara muito sociável—encaro seus olhos.

1 MÊS DEPOIS

POV BRUCE

—"Bruce Wayne assume as empresas Wayne" é uma das manchetes—ouço Lucius, que lança o jornal na minha mesa—claro, depois do Batman.

Antes com o olhar para a janela, observando a grande cidade, me viro sorrindo.

—está de bom tamanho. Temos muito o que fazer, meu amigo—agarro o jornal—as manchetes, podem ficar para depois—encaro a reforma que fazem na sala da previdência.

—já ia quase me esquecendo. Suas coisas—agarra uma caixa no chão e a coloca sobre a mesa.

—obrigado, Lucius—recebo seu aceno com a cabeça e logo ele se retira da sala.

Trago a caixa para próximo de mim, buscando as coisas dentro. Acabo por achar uma foto, um quadro de meus pais comigo quando criança. Com um leve sorriso, o deixo sobre a mesa, onde sempre vou poder olha-los.

—obrigado...

Me encaminho para a saída da sala, deixando os funcionários terminarem as obras.

A cidade está se recuperando, em um mês, conseguimos eliminar o mato e as inundações... Estamos nos reerguendo, colocando as coisas no lugar, aos poucos, voltamos ao que eramos antes. Desço o prédio, seguindo pela recepção. Antes de sair, acabo por ver o Comissário na mesa de recepção, falando com a recepcionista. Me aproximo deles.

—Comissário Gordon—sorrio—o que faz aqui?—se vira com as mãos no casaco.

—senhor Wayne eu...—levanto a mão, o interrompendo.

—por favor, somente Bruce.

—ah, ok... Bruce—sorri—vim agradecer pelo dinheiro enviado para a delegacia, vou usá-lo para melhorar tudo ao meu alcance.

—eu sei... Por isso enviei diretamente para o senhor. Mas diga, e quanto ao Charada? Ainda em Blackgate?

—não. Foi decidido que iríamos envia-lo para o Arkham, lá, eles poderiam lidar melhor com ele.

—tem certeza disso?

—o dinheiro que você enviou para eles, também vai ajudar bastante. O senhor está fazendo muito por essa cidade.

—é o meu dever. Mas agora, eu preciso ir, tenho um encontro com uma bela dama.

—é claro. Até mais.

—até mais, comissário—passo por ele, dando leves tapinhas em seu ombro. Ando de costas, terminado de falar com ele—espero que tenha conseguido parar de fumar—sigo de frente agora enquanto ouço uma rizada.

Desço as escadas da empresa, entrando no carro dirigido por Alfred.

—para onde, senhor?

—para casa—digo—Selina está me esperando.

—ahhh tudo pelo casal, senhor.

O motor se liga e começamos a andar.

—e foi assim que eu consegui aquele diamante—levo uma taça de champanhe para Selina.

Me sento no sofá ao seu lado enquanto ficamos em frente a lareira.

—é estranho vê você se gabar dessas coisa—digo.

—só para você.

—senhor, a janta está pronta—ele surge na entrada.

—obrigado, Alfred—volto minha atenção para Selina—eu...—algo rouba minha atenção.

Meu olhar encara a janela, para o alto. Mantenho minha expressão neutra e sem emoção, apenas observo.

—o que houve?—a mulher em minha frente se vira, tendo a mesma visão que eu.

Ela vê, o morcego ligado, iluminando o céu.

Se vira. Não possue nenhum sorriso, talvez ela saiba o que farei, minha decisão.

—vai. Precisam de você—balança a cabeça, com um semblante sereno.

—não me espera pro jantar.

Deixo a taça de lado, levantando e caminhando até a biblioteca.

Em meio a chuva e trovões, numa noite escura dominada pela água lançada dos céus, surjo em cima de uma gárgula, no teto do prédio da DPGC. Um raio corta o céu atrás de mim enquanto encaro Jim.

Pulo da estátua caindo de joelhos dobrados, com minha capa se abrindo. Levanto ficando ereto. Gordon se aproxima com um arquivo em baixo dos braços.

—gostei—indico o holofote atrás dele. Seu olhar acompanha o meu.

—eu chamo de Bat-sinal.

—quando essa luz alcançar o céu...—começo—... Não será apenas um chamado, será um aviso... De que eu estou chegando. O medo, é uma ferramenta que eu vou usar... Todos vão entender que eu não ando nas sombras, eu sou as sombras.

—as pequenas gangues tremem quando ouvem seu nome, os chefões, se borram nas calças... Mas as pessoas, elas, algumas vêem uma esperança em você. E falando em esperança, o Falcone foi solto por fiança. Sabe o que ele vai fazer, né? Vai recuperar o poder que perdeu. O promotor Harvey Dent está empenhando em manda-lo de volta pra cadeia.

—eu vou ajudar—respondo—algo mais?

—ah, sim—abre o arquivo em suas mãos—tem um cara, que aposto que você vai gostar. Assalto a mão armada, sequestro e ele ameaça liberar as toxinas da ACE química na água da cidade. E ele adora um teatro como você—retira um plástico de dentro do arquivo, com uma carta dentro—ele deixou o cartão de visitas dele—entrega o plástico. Viro, vendo uma carta.

—Coringa...—levanto o olhar para Jim—eu vou investigar.

Me viro, indo para a ponta do prédio. Encaro do alto, a grande cidade que vigio.

—eu não agradeci, por tudo que você fez—o encara, por cima do ombro.

—e nunca vai precisar.

Rapidamente, disparo o arpel que se gruda num prédio, sou puxado por ele me levando para o alto. Me lanço pelo ar, com minha capa aberta como asas de uma criatura alada, com um raio cortando o céu.

Sou a escuridão que contrapõe a luz mais clara, não sou um herói, não sou um vilão, sou algo mais, sou a certeza da punição, sou o homem que os deuses temem, sou o reflexo dessa cidade, sou a noite, sou a vingança. Eu sou...

O BATMAN

































































































































































QUATRO ANOS DEPOIS

Observo o caminhão parar sua rota... Ele estaciona, em meio aos grandes tonéis empilhados no porto de Metrópolis. O grupo de homens armados guardam o veículo. Nele, há uma bomba nuclear que foi transportada de Gotham...

Eu os localizei nas duas últimas semanas, e a empresa responsável pelo transporte é a Lexcorp, e seu nome esta marcado na lateral do caminhão.

Os homens fazem uma guarda ao redor do veículo, com as armas engatilhadas. Serro os olhos observando todos. Conto a quantidade de capangas. 10 homens, 10 armas de calibre pesado... Levo minha mão até meu cinto, apertando um botão e em seguida, as poucas luzes do porto se apagam e todos eles entram em alerta.

Corro pelas sombras, os assustando. Alguns deles disparam, mas erram. Surjo abrindo minha capa como asas, caiu no meio deles e começo a derruba-los, um por um, sem piedade. Ouço seus gritos de desespero e medo, alguns tentam fugir mas logo os capturo de volta. Em poucos instantes, todos estão derrubados. Meu olhar se vai para a carroceria do caminhão.

Um dos homens caídos se levanta e vem correndo, com os punhos serrados e agressivo. Desvio de seu soco e em seguida, acerto acerto um chute em sua barriga, uma cotovelada em seu rosto. O agarro sua nuca e bato sua face no meu joelho, em seguida, despejo socos violentos, com raiva e fúria, até ele ficar mole em minhas mãos. Durante esses anos, me tornei mais mortal. Atiro seu corpo para o lado.

Caminho até o caminhão e abro suas portas. Adentro o local, encontrando uma caixa protegida, lacrada, ao seu redor, está caixas e mais caixas escrito 'super secreto' e computadores. Agarro um equipamento circular do meu cinto e encaixo na fechadura. Começa a sair faíscas a derretendo. A abro e de dentro, surge um brilho verde intenso. Me aproximo com curiosidade e avisto uma pedra verde cintilante. O que é isso?

Levo minha atenção a uma das caixas de madeiras. Com a minha força, abro a tampa de madeira dela.

O que há dentro, são vários papéis e registros antigos, históricos. Observo atento, um dos papéis chama a minha atenção. Meus dedos se fecham ao redor do pedaço de papel e o aproximo da minha visão, onde tenho certeza do símbolo que vejo. É o símbolo Ômega e atrás dele, está uma figura sombria, de olhos vermelhos com três caixas desenhadas ao seu redor. A mesma sensação que senti naquele sonho, eu sinto agora, a mesma angústia, a mesma sensação ruim...

Espero o desbloqueio dos dados baixados daqueles computadores. Trouxe tudo daquele caminhão, absolutamente tudo. 97% do processo concluído.

—o que seria tudo isso, senhor?—Alfred se aproxima ficando atrás de mim. Ainda visto meu traje, mas sem máscara—e a bomba, patrão?

—não existia bomba, era tudo fachada para transportar tudo isso. Aquela pedra, é um mineral que não existe na terra... Aqueles registros históricos, são de uma história a muito tempo esquecida...

100%... Acesso o arquivo, entrando na página inicial. Um dos tópicos que mais chamou a minha atenção é o escrito "meta humanos, lista de ameaças".

Clico nele, e a página é levada para outra área. Há três arquivos, cada um com uma capa com símbolo. Um "S", um "W" e um "A"... Levo o mouse e clico em cima do arquivo do meio, o "W". Em seguida, uma foto se abre, de uma mulher, fotografada saindo de um táxis. Há uma descrição abaixo da foto.

"Abril de 2011, París, França".

Eu reconheço essa mulher... Rapidamente, na segunda tela ao meu lado, procuro uma imagem.

—o que busca, patrão?

Depois de uma pequena pesquisa, rapidamente acho uma imagem dela. A comparo. É a mulher que patrocinou a festa no museu de Gotham...

Abro um outro vídeo, de reconhecimento facial dela, em París, onde ela retira um dinheiro de caixa eletrônico.

Desço mais o arquivo, chegando em uma foto embaçada. Clico na imagem e ela se abre.

"Bélgica, 18 de novembro de 1918."

A mulher é revelada, ao seu redor há alguns homens. Ela veste uma armadura, espada e escudo, coberta por um manto... Encosto minhas costas na cadeira, encarando a foto...

—meu deus, senhor...











































































































O Batman retornará em... Liga da Justiça...

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