‹⟨ Episódio 21 ⟩›

POV BATMAN

Escalo o prédio, surgindo atrás de dois drones aéreos. Ando com cautela, na intenção de atacar um deles.

Do nada, me pegando de surpresa, Selina pula de trás de mim, caindo em cima de um dos drones, o destruindo.

Sou rápido em atacar o outro, antes que ele aviste a Mulher Gato. A mulher se levanta ficando ao meu lado. Deixo minha capa cobrir meus ombros e a encaro. Antes com um sorriso, agora ela o desmancha e levanta a sombrancelha sem entender.

—o quê? Tá me olhando assim por que?

—não podia ser um pouco mais discreta?

—hah!—ri debochando—por acaso você já se olhou no espelho? Se você se acha discreto, deixa eu te contar um negócio. Hahahah!—serro meus olhos. Ela revira suas orbes bufando—você podia dar um sorrisinho, não? Credo—a ignoro.

Vou até um duto e retiro sua grade, a deixando no lado. Com o dedo, ligo o comunicador.

—Lucius, já vamos entrar—aviso.

entendido, Batman.

Deslizo pelo tubo adentro, sendo seguido por Selina. Sigo pelo tubo, com a mulher logo atrás de mim.

—esse lugar não cheira bem—a ouço reclamar.

—se cheirasse rosas, não seria normal—respondo.

—você tem senso de humor? Se isso foi um, eu não sei—continuamos o caminho. Uma decida surge no caminho e logo me preparo—tome cuidado—deslizo.

Com as mãos e pés nas paredes. O túnel segue uma grande descida, caindo em piso firme. Estamos dentro. Ouço a mulher descendo e ergo meus braços para dar apoio. Ela cai de pé mas a seguro, para ter certeza.

—valeu—sorri.

—de nada—solto sua cintura e me viro seguindo em frente.

Me agacho, ficando próximo do teto grade que dá para o corredor das indústrias Wayne.

—entramos—informo.

ótimo. O sinal que rastreamos no centro, está apontando para aí. Nygma deve estar aí. Jim junto da equipe tática continua verificando o túnel que não está alagado. O padrão do sinal faz um desenho na tela, e eles apontam para abaixo da velha torre Wayne, pelos túneis.

—vamos continuar em frente.

POV GORDON

Seguimos por baixo da cidade, pelos túneis velhos e antigos, além dos túneis de trem. Iremos atacar por baixo enquanto o Batman ataca por cima, sem escapatória pra ele.

—esse lugar não é agradável—comento iluminando as paredes com a lanterna.

posso imaginar... O prédio acima é o centro da passagem para dentro e fora de Gotham. Todos os cinco túneis convergem embaixo dele—Lucius começa no comunicador—a sala controle do prédio, está bem em cima de um ponto central. Seria perfeito para Nygma imitir o sinal dali e ligar a rede.

—cinco túneis são bastantes rotas de fugas.

mas a maioria está alagada. Somente dois que não há água. Um está enterrado por terra de desmoronamento, e o outro, é onde você está. O único disponível. Com você e o Batman atacando de pontos estratégicos, será possível de prender o Charada.

se ele nos ver?

então eu ativo o bloqueador de sinais. Ele não vai conseguir controlar nada por dois quarteirões... Mas provavelmente eu irei brilhar como tocha no escuro.

—você é a luz no meu caminho, Lucius—seguimos pelos trilhos de trem.

—se temos esse bloqueador de sinal, por que não o ativamos agora?—o líder dos soldados táticos pergunta, com sua voz sendo transmitida pelo rádio em minhas mãos.

a corrente dessa magnitude, vai queimar os malditos condutores depois de alguns minutos. Lucius, só ligue isso quando estivermos próximos... Temos que fazer valer a pena—Batman é o que responde, pelo rádio aberto.

Caminhamos, até percebermos aparelhos no teto, com desenhos de interrogação.

—Lucius—o chamo com o rádio perto dos meus lábios—encontramos caixas presas no teto, com pontos de interrogação de decoração. Sabe o que são?

devem ser "vampiros". Dispositivos que redirecionam sinais remotos. É um sinal de que estamos no caminho certo.

—espera...

o que foi, Batman?

há quantos desses aparelhos?

—ah, hummm... Uma fileira delas. Por que?

bastaria somente um vampiro por túnel...

—Nygma sempre teve sentimento de grandeza. Vai que...

—não—Batman interrompe Lucius—é estranho... Está fácil demais.

eu e você temos definições muito diferentes de "fácil"—comento.

—capitão—viro para o líder da equipe.

—fale.

—tudo que precisamos fazer, é confirmar que Nygma está aqui—o escuto atento—marca-lo, e depois enviar a informação para Fort Robbins.

—há algum tipo de equipe de captura preparada?—questiono.

—não... Uma espada pronta.

um ataque aéreo? Mas há um sistema enorme de cavernas embaixo da torre... Estão sobre cavernas.

eles sabem disso. Eles estão usando lanças. Mísseis usados como bisturi. Sabe esses comunicadores em nossos cintos?—levanto a sombrancelha—nós digitamos uma senha, contamos para Robbins e aqueles jatos vão partir antes que...

POV BATMAN

—senhas?!—pergunto. Paro de descer o túnel do elevador, com Selina fazendo o mesmo e me aguardando

—o que houve, Batman?—ignoro a pergunta de Selina.

—... Merda! Lucius! Você precisa ativar o bloqueador de sinal agora! Lucius?! LUCIUS?! Merda, está me ouvindo?! Nygma não está aqui, é tudo uma...—a porta do elevador se abre, com um drone aparecendo, um drone terrestre e dois aéreos. O terrestre está com uma tela, que transmite a voz de Nygma.

olá, Batman!

... Armadilha—viro meu rosto por cima do ombro. Pelo canto do olho, vejo Selina arregalar os olhos, olhando na mesma direção de meus olhos.

ele não pode te ouvir... Que irônico, não? O maior detetive da cidade sempre um passo atrás de mim. Hah! Como é ser tão lerdo assim?—viro meu rosto para a parede.

—me diga você—viro meu corpo e arremesso um bumerangue, que explode em uma bomba de fumaça.

Com a força de minhas pernas, me jogo para a saída do túnel, agarrando drone. Selina é rápida em sair do túnel e derrubar os drones aéreos com seu chicote.

muito legal, Batman!—acerto um soco no drone, que o atravessa.

—que força—ouço o comentário da Mulher Gato. Ativo meu comunicar.

Lucius?! Lucius?! Jim? Na escuta? Merda!

sinto, Batman... Mas seus amigos não podem ouvi-lo!—um drone voador surge na vidraça, com uma metralhadora equipada.

Eu e Selina corremos para nós proteger atrás de pilastras de concreto. Retiro uma bomba de meu cinto, uma bomba de reprodução de luz.

—feche os olhos—alerto a mulher. Arremesso o equipamento. Ativo minhas lentes na máscara, que protegem meus olhos, lentes brancas. A bomba explode, causando uma grande luz, que atrapalha a visão do drone. Corro, me lançando para cima dele—VEM!!—Selina corre pulando junto.

Cravo meu Bumerangue no robô, ele despenca, se destruindo. Lanço meu arpel no concreto, agarrando a mulher pela cintura. Nos faço poUsar em segurança no chão.

—nada mal—sorri. Acabo soltando um pequeno e sutil sorriso no canto dos lábios.

Sons de tiros e gritos de Lucius chegam até meus ouvidos. Corro pela calçada, com Selina me acompanhando. Chego até o furgão de operação, onde Lucius estava agindo à distância. O citado é atacado por um drone aéreo, ele está indefeso, jogado no chão erguendo os braços na intenção de se proteger. O veículo onde estava está cheio de marcas de balas e vidros quebrados.

—deixa comigo!

—espera!

A mulher corre se lançando ara o alto, ela cai em cima do drone, o destruindo. Me aproximo dos dois.

—nada mal—elogio. Surge um sorriso em seus lábios—você está bem?—me aproximo de Lucius, agarrando sua mão, o puxo para ficar de pé.

—estou, só quase virei uma peneira—aceno.

Ouço sons de circuitos queimando. Me viro, observando o drone caído. Há uma câmera e microfone nele. O agarro.

—onde você está?! Chega de joguinhos, chega de charadas! Diga onde você está e me enfrente, Nygma!

—N-n-n-n-n-n-ning-g-g-g-uém... V-v-v-ai...—com minha força, parto o drone ao meio. Me levanto ligando o comunicador

—Jim? Jim?! Está aí?

—ele não responde— viro para Lucius.

—Nygma deve ter jogado uma rede de comunicação... Talvez por toda a cidade—digo observando os prédios da cidade.

—o bloqueador de sinal, podemos...

—não. Ele deve ter desativado também. Tudo parte do plano dele.

—então qual o plano agora?—encaro Selina. Penso por um momento... Buscando algo, buscando alguma coisa que posso usar...

—onde está o padrão? A leitura do padrão do sinal?

—o quê?

Caminho para dentro do furgão metralhado, sendo seguido por Lucius enquanto Mulher Gato fica do lado de fora, observando.

—o console ainda está funcionando?—pergunto.

—sim... Um padrão de sinal acabou de sair inclusive—se senta na cadeira, retirando o papel que sai do aparelho. O pego de sua mão—eu não estou entendendo...

—eu fiz isso. Mandei rastrear o sinal novamente, caso ele ligasse algo no prédio. Qualquer coisa, elevadores, tudo—digo observando as linhas de padrões no papel amarelo—achei que tivesse um desenho comparativo. Algo no padrão...

—está vendo algo?

—estou... Estou vendo. Aquelas caixas que Jim encontrou no Túnel... São explosivos...

—explosivos? Mas...

—quando eles chegarem perto o bastante... Nygma vai ativar a comunicação no cinto deles... Ele mesmo vai digitar a senha remotamente e vai mandar uma mensagem para o jatos decolarem. Os jatos vão atacar e detonar os dispositivos abaixo e isso vai...

—afundar a cidade...—completa minha frase. O encaro, com seus olhos arregalados e trêmulo.

—isso...

—meu Deus! A rede de comunicação não está funcionando, como vamos mandar mensagem para os Jatos não atacarem?!—saímos do furgão, com Selina ao nosso lado.

—tem algum plano?

—eu tenho um palpite...—respondo.

—um palpite? Hah! Eu não vejo nada nesse papel aí. Parece a mesma coisa para mim, Batman—ela suspira, com olhos fechados—é, estamos fodidos.

—não, não estamos.

—jura?—ri.

—veja de novo, comigo—deixo o papel em destaque para os dois—aqui, meu palpite—aponto com o dedo.

—mas isso fica no limite da cidade, nem faz parte do padrão—o homem ao meu lado levanta a sombrancelha.

—eu sei... Eu posso estar errado, muito errado...—olho os dois no fundo de suas orbes.

—mas não temos mais o bloqueador... Nygma vai poder usar os balões deles e qualquer arma... Contra você, contra a cidade...

—lembra aquela primeira ideia que tivemos?—pergunto ao homem.

—... Mas é impossível!

—torne possível. Quando encontrar o Jim, fale para ele dar um jeito de atrasar o ataque—me viro de costa para eles.

—atrasar?! Mas Batman, é impossível! Não temos como conseguir...

—temos!—viro olhar pelo ombro—e vamos conseguir. Lute por isso, Lucius, pela cidade, pelo seu filho—seu olhar se transforma... Consigo ver um Lucius destemido e guerreiro... Consigo ver um pai.

—conte comigo, Batman—aceno.

Começo a caminhar, na direção oposta a eles.

—EI! ESPERA!!—a mulher corre, me impedindo de continuar com a mão posta em meu peito—eu vou com você!

—não. Fique e ajude eles. De o suporte nescessário.

—não! Eu vou com você! Não sabemos o que o Charada planeja! Ele pode matar você!

—eu vou ficar bem... Não se preocupe. Agora vai, fique come eles. Isso, é uma coisa que eu tenho que fazer sozinho.

Sua expressão antes intensa, com as sobrancelhas arqueadas, com os lábios firmes e olhos bravos... Agora suaviza... Suspirando de olhos fechados, abrindo a boca mas não emitindo nenhuma palavra.

—como você é teimoso—sorri, aceitando minha decisão—vê se não morre, tá?—estica seu corpo, na ponta dos pés, com uma mão em meu peito másculo, ela deposita um beijo no canto dos meus lábios. Se afasta com o mesmo sorriso—ainda temos muitas danças para fazer—com cuidado e delicadeza, retiro sua mão de meu peito, fazendo um leve carinho na mesma.

Volto a caminhar, seguindo em frente, sem olhar para trás. Com a cabeça levantada enquanto o sol, brilha atrás de mim.


POV NARRADOR

Batman continua sua caminhada, em frente, de cabeça erguida, enquanto o sol atrás de si começa a se por, causando um brilho alaranjado com tons de amarelo. Sua sombra aumenta a cada passo, uma criatura da noite.

As pessoas nas janelas o observam, do alto, com os olhos esbugalhados e hipnotizados por aquele que passa ali.

Fora da cidade, muito longe dali, homens se preparam, subindo em seus jatos, correndo para cumprir suas ordens de atacar Gotham City.

—ativar e gravar... Alfred...—ele começa a falar, uma mensagem—... Muito possivelmente você nunca Irá escutar isso, mas eu quero dizer que você tinha razão... Sobre o Batman... Eu já falhei com essa cidade, duas vezes, não fui capaz de derrotar o Charada, de impedi-lo... Você disse uma vez, que o Batman devia ter um significado, um símbolo... Você está certo... Talvez Batman não seja sobre perder a batalha, quantas vezes forem... Mas se levantar e lutar de novo, tentar de novo, até vencer. Não importa quantos baques tome, ele sempre se levantará, para lutar. Nunca desistir. E obrigado, por me fazer entender isso, meu amigo.... Eu te amo, Alfred... Fique bem... Desligar gravação—ele finalmente chega no local, adentrando a grande sala escura, sem nenhuma iluminação. Seus passos fazem ecos pelo local.

POV BATMAN

Paro... Olho a escuridão ao redor. Minha capa cobre meus ombros enquanto mantenho meu corpo ereto.

—então...—começo—... Estou certo, Nygma? ESTOU?!

Mantenho meus olhos para baixo, esperando... Aguardando. As luzes do lugar são ligadas, revelando o local. Encaro a esfinge do museu.

Um determinado som chega até meus ouvidos, o fino sons de palmas. Vejo a figura de vestimenta verde saindo da escuridão, de dentro da grande estátua egípcia, carregando sua bengala. Com um sorriso presunçoso. Se aproxima, ficamos cara a cara.

—como disse?—levanta uma sombrancelha.

—o padrão de repetição parecia um espiral, como o antigo jogo de tabuleiro Sethet. Mas a resposta sempre esteve ali. Só estava escondida pela improbabilidade em você instalar em lugar tão longe da rede central, de qualquer coisa, uma resposta simples para uma pergunta trabalhosa. Uma charada—solta uma leve rizada. Mantenho meu olhar sério, o encarando—agora desligue isso! Desligue antes que milhões morram!

—hah! Por quê? Só por que você disse?—se vira, se distanciando.

—porque acabou, droga! Esse jogo doentio acabou!

—pelo contrário, Batman...—seu pé aperta uma placa de pressão. Luzes de diversas cores se acendem, como holofotes. O jogo de tabuleiro Sethet se forma em baixo de mim, colorido—... O jogo, só está começando—com os braços abertos, se vira com um sorriso nos lábios.

[...]

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