‹⟨ Episódio 13 ⟩›
Com meu traje posto, somente sem a máscara, me encontro na caverna, atento ao meu computador, sentado em minha cadeira. Ouço o elevador de entrada descer, dele, vem Alfred em minha direção.
—eu lhe trouxe a sua maquiagem, senhor—coloca uma paleta de sombras escuras sobre minha mesa, ao lado do meu teclado—pretas, como o senhor gosta.
—ah, obrigado, Alfred—passo o olhar sobre a paleta e volto o olhar para meu computador.
—então, patrão Bruce, o quê descobriu?—ele se põe de pé ao meu lado.
Com o mouse, abro um mapa da cidade, com todos os ataques da Gangue do Capuz.
—aqui, a Gangue do Capuz Vermelho tem invadido cada armazém Wayne da cidade—aponto para os locais sinalizados no mapa—não há quase nada que eles não tenham atacado.
—quase?—meu amigo questiona.
—sim, e essa é a questão. Essa instalação aqui...—mostro uma imagem do local na tela—... É cheia de materiais que você pensaria que a Gangue iria querer, mas eles não tocaram nela, nem se quer fizeram menção disso. É basicamente o único Wayne que sobrou.
—por que eles...? Oh, não—vejo os olhos de Alfred dilatarem ao perceber o mesmo que eu—mas com o acesso a...
—eu sei, Alfred. E mais, dado o que eles roubaram... Eu só consegui perceber momentos atrás também—levanto-me de minha cadeira—eu sei o que eles planejam. Eu sei quando vai acontecer. Mas não sei como impedir—me encaminho descendo as escadas, para um segundo andar, ficando de frente para meu carro. Alfred prontamente me segue.
—o senhor deve. A instalação é altamente guardada, mas talvez se o senhor... Eu não sei, se Batman...
—eu não acho que Batman pode lidar com isto, Alfred—viro meu rosto sobre o ombro para ele—eu também não acho que ele deveria.
—mas senhor...—ele tenta argumentar mas o interrompo.
—eu acho que isso, é trabalho para outra pessoa—digo voltando meu olhar firme para frente, observando a escuridão presente.
POV NARRADOR
DPGC (Departamento de Polícia de Gotham City)
—comissário!—um policial adentra a sala, onde esta o comissário, que analisa o que sabem sobre o Batman. Este novo comissário de aparência de meia idade, negro, elegante e decidido, diz que não irá tolerar as ações do vigilante—o senhor precisa...
—tenha calma, policial, Kevin—diz com um dedo sobre o queixo, analisando as provas presas na parede—uma curiosidade engraçada: sabia que cuspe de morcego faz bem pro coração? É sério—diz soltando um simples riso, rindo de algo ridiculamente patético à sua visão.
—não sabia, senhor, mas não vim aqui para isso—o policial recupera o fôlego e assume uma melhor postura para falar com o comissário—o senhor não vai acreditar quem está na TV falando que tem informações cruciais sobre a Gangue do Capuz—o comissário de nome Miller suspira, já imaginando quem seja. Ele se vira para o policial atrás.
—não me diga que é o Dent de novo, esse cara...
—não, senhor! Essa pessoa é Bruce Wayne!
—Wayne?
—sim! Ele está na TV nesse exato momento, senhor—o comissário olha pela janela o telão em frente a sua delegacia, transmitindo tudo.
—achei que ele tinha morrido no incidente no porto. tsc, esses ricos mimados só querem chamar atenção.
—bem, ele conseguiu. Está um circo lá fora. Quer que eu chame o carro?
—você é louco? Mande alguém que mereça essa dor de cabeça... Mande o Gordon.
O mesmo citado, está em outra sala, analisando suas provas contra o Capuz, concentrando sua atenção naqueles que ele acredita que são os verdadeiros criminosos.
TV ON
O bilionário de 27 anos pediu para reunir toda a imprensa disponível no local... O mesmo foi declarado morto anos atrás quando deixou Gotham, mas voltou dois anos atrás e desde então está honrando seu título de "o homem mais cobiçado de Gotham"... Ele está ótimo e bem, apesar das últimas notícias de que ele tenha sido vítima de uma emboscada de assaltantes no porto, onde foi levado pelos criminosos e espancado até estar perto da morte... Agora o Sr. Wayne está aqui, reunindo todos. A pergunta que é rodado entre todos é a seguinte: o quê será que ele tem a dizer?"
TV OFF
Todos os repórteres disponíveis estão aqui, em frente a instalação que foram chamados, reunidos. As câmeras estão apontadas, os microfones postos, toda a atenção em uma pessoa: Bruce Wayne. O Bilionário se encontra em frente ao cercado do local, vestindo uma roupa formal e elegante, simples, mas elegante.
—olá, à todos. Alguns aqui não devem me conhecer, bem, meu nome é Bruce Wayne. E hoje, eu vim aqui somente para fazer uma só pergunta... Uma só... E esta é ela... O que vocês adoram em Gotham City?—todos os repórteres e camera mans levantam a sombrancelha, não entendendo o sentido da pergunta—não, quero dizer, vocês aí fora. Todos olhando para essa transmissão. O que vocês adoram nesta cidade?—o olhar do playboy penetra as lentes das câmeras—digo, é um lugar terrível de se viver—espectadores com certeza concordaram com essa fala—certo? Bom, é terrível. É inacessível, perigoso e chuvoso. É um monstro. Então, por quê? Por que a adoram?—seus olhos vagam pelas telas—a verdade é que só vocês sabem por que permanecem aqui. Por que vocês moram neste lugar. Ou talvez, vocês não saibam. Eu não sabia até anos atrás. Mas estando aqui hoje, neste momento, eu posso dizer por que eu a adoro. Eu a adoro porque é uma cidade aonde as pessoas vem por que elas querem se tornar algo mais do que elas são. Eu costumava vir aqui depois da escola, para imaginar a pessoa que um dia eu poderia ser. E o que eu estou dizendo é, talvez esta seja a questão, talvez este seja o por que. Viemos aqui, à Gotham, porque ela é uma cidade transformadora. Viemos aqui com nossos sonhos e a cidade, ela olha para nós com seus olhos de pedra rigorosos... Olhos que vêem todas as nossas culpas, e tudo que temos medo, é a verdade sobre nós mesmos... E ela diz: "tente. Eu o desfio". E então, ela encara você, não é? Mais do que qualquer outra cidade do mundo, ela luta com você, o desafia, a desistir, a sair, a cair e morrer—todos parecem vidrados em suas palavras. O Capitão James Gordon se encosta na sua viatura e acende um cigarro, apenas observando tudo—mas você não desiste, não porque lá no fundo sabe... Você sabe... Que se encarar o desafio, se caminhar através do fogo, você irá emergir mudado. Inflamando aquele lado que você sabia que estava lá o tempo todo. Aquele que os fez vir aqui. O herói. É por isso que voltei anos atrás, mesmo depois do que aconteceu com meus pais, por que é uma cidade onde estamos juntos, onde somos companheiros de luta. Mas recentemente as coisas mudaram. Eu olhei por aí e em vez de desafio, eu vi medo nos olhos das pessoas. A cidade mudou de um lugar de desafio para um lugar de terror. Tudo por causa da Gangue do Capuz Vermelho. Esse grupo, nos diz para desistir, porque suas vidas não significam nada e não importam. Não muito tempo atrás, eles tentaram me matar—os repórteres se surpreendem com a fala—e quase conseguiram. Mas estou aqui hoje, de pé e vivo, para lhes dizer que não tenho medo deles. E vocês não deveriam ter também. Esse, é o nosso desafio. Dete-los. Deter seus planos. Porque eles tem um plano. Um terrível plano. E tudo começa aqui, neste prédio atrás de mim... Química A.C.E...
... Dentro desta instalação, a Gangue do Capuz Vermelho está compondo o que eu acredito ser um coquetel químico tóxico... Um veneno radiativo, devorador de carne que planejam explodir em diferentes locais ao redor da cidade—Gordon que está presente, arregala seus olhos e a fumaça do cigarro que fuma é expelida pelas suas narinas. Os cidadões do outro lado da TV que assistem, ficam igualmente espantados e horrorizados—é verdade. E eles planejam fazer isso logo, também. Amanhã à noite. Eu sei disso porque eu conheço o homem no comando desta Gangue. O Capuz Vermelho 1. E eu conheço seu plano porque ele me disse isso...
À espreita, três homens da Gangue aparecem em cima da instalação da Química A.C.E. Em cima de uma passarela de metal, na instalação que liga os locais do prédio, eles preparam armas de calibres pesadas, lança mísseis. Gordon avista esses homens.
—o quê...?—os criminosos disparam na direção de Bruce Wayne e dos repórteres. O Capitão Gordon corre largando seu cigarro gritando desesperado—TODOS SE ABAIXEM!!!
Antes de alcançar o bilionário, os mísseis atingem o chão causando uma grande explosão, lançados todos para longe com seus corpos caindo batendo no piso de terra. Os repórteres se levantam ajudando seus colegas e apanhando seus equipamentos. Assim que se levanta, Bruce assume uma postura mais firme, com o olhar cortante e sério. Está na hora...
—ei, Alfred... Chegou a hora—diz no comunicador. Sua voz antes tranquila e leve, agora é pesada e áspera, não precisa mais fingir.
—trabalhando nisso, senhor.
O mordomo responde. Eles está perto na instalação, num furgão com alta tecnologia por dentro.
—Alfred, só temos que...
—devo lembrá-lo que sou novo nisso, senhor—com seus dedos ágeis no computar, Alfred consegue destrancar os portões da A.C.E Química. Bruce é rápido em correr para dentro—pronto.
—obrigado. Mantenha seus olhos nos portões—diz assim que adentra a instalação.
Do lado de fora, Gordon de levanta ao lado dos policiais presentes que tossem assim que respiram a fumaça do fogo.
—temos que abrir os portões! Vamos! Sejam rápidos e cuidadosos...! O lugar é a porra de uma bomba suja—aponta para os portões.
Bruce toma cuidado ao entrar. Ele segue ficando nas sombras, e vê três caminhões na instalação, no local que parece um galpão químico, com três caminhões sendo carregados pelos Capuzes Vermelhos com cilindros azuis.
—... Alfred... É pior do que eu imaginei...—diz ao presenciar tudo ali.
—é. Oh, se é—uma arma de calibre pesado é apontado para sua nuca. E a pessoa que carrega essa arma, é justamente o Capuz Vermelho 1—o quão gentil você é, Bruce—diz em um tom debochado, fingindo estar lisonjeado e agradecido—nós fizemos uma surpresa pra você e agora, você resolve vir fazer uma para nós? Quanta gentileza. É uma festa, né?—um sorriso se estende por debaixo de seu capacete—Hah, vamos tornar isso mais exclusivo—fica sério—fechem as portas!—seus capangas seguem sua ordem.
Indo para as portas, os Capuzes Vermelhos começam a fecha-las. Em uma delas, o Capitão Gordon corre apressadamente com seus policiais ao seu lado.
—rápido! Antes que...!—tarde de mais... A porta firme de ferro puro é fechada—merda!—o capitão se vira para seus colegas—arrumem um jeito de abrirem isso!
—explosivos?—um dos tiras sugere.
—filho, eles estão com produtos químicos altamente inflamáveis lá dentro, só... Arranje um jeito de abrir!
—sim, senhor—os policiais se vão atrás de uma solução.
—espero que você esteja à caminho...—ele diz para si.
Dentro da instalação, está Bruce de joelhos, em frente ao Capuz Vermelho líder. A arma continua apontada diretamente para sua testa. Os caminhões abaixo seguem sendo carregados. Bruce está um andar acima, bem em frente a entrada, na frente dos canos metálicos que se enrolam entre si.
—estou realmente impressionado, Bruce. Descobriu tudo isso por conta própria—abre os braços, mostrando a grandeza de tudo—eu imagino que conseguiu as chaves com seu tio para localizar o ponto central, ver a forma das coisas...—abaixa seus braços—... Mas perceber que estávamos decretando o plano para amanhã, no aniversário da morte dos seus pais... E agora... Entrar aqui como uma cavalaria de um homem só... Uau!—expressa—eu tenho um recém-descoberto respeito por você.
—o lugar está cercado, Capuz. Desista...—responde seco e firme.
—hah, me render a quem? Aos tiras? Eu tenho metade deles na Gangue, Bruce. E eu não tenho medo do morcego... Mas, veja o que realmente vai acontecer... Neste momento, estamos carregando o que podemos do nosso "coquetel" como você chamou, nos caminhões...—Bruce direciona o olhar para baixo, vendo o carregamento. Volta a atenção para o Capuz—... Não está totalmente pronto, ainda, está meio instável, mas que assim seja. Aqueles caminhões vão sair deste lugar por túneis nos fundos, onde não haverá resistência, sabendo que ninguém teve tempo de criar uma...—os policiais tentam arrombar a porta do lado de fora—... Uma vez que os caminhões saírem, saímos também. E seus amigos, da boa e velha D.P.G.C... entrarão... No momento que bem, tudo fizer 'cabum'—por todo lugar, estão escondidos dispositivos de explosão. Aparelhos escondidos nos cantos, em baixo das passarelas de metal, nas sombras... Tudo, irá fazer 'cabum'—olha, estou feliz que você esteja aqui para ver isso, no final. O ciclo se iniciou anos atrás com a morte de seus pais, e agora, ele se fecha com a sua, bem aqui, esta noite. O amanhã se abrirá novamente, com uma nova Gotham, uma Gotham que desperta para a verdade das coisas... A feia e maravilhosa verdade, hah!
—vá a merda seu filha da puta.
—como é?
—você não representa verdade no coração de nada—é a vez de Bruce falar. Firme, confiante, destemido...—você finge fazer isso, falando sobre o acaso da vida, a insignificância, mas é tudo uma fraude. A morte de meus pais pode ter sido sem sentido, mas suas vidas significam algo. E sim, tudo pode acabar a qualquer momento pra qualquer um de nós, na violência ou não, mas o que importa é o que fizemos antes. As vidas que deixamos, e a sua é uma abominação. Você é apenas um homem de merda do mal, fingindo ter uma causa—a arma é apontado de volta para a testa de Bruce, mas o mesmo nem pisca.
—um merda é? Bom, acho que não é nescessário você ficar, Bruce. Você sabe, sabe como tudo isso vai acabar—um sorriso surge por dentro do capacete—então, acho que chegou a hora do círculo...—o dedo começa a puxar o gatilho mas de repente, todas as luzes se apagam, como uma lâmpada sendo desligada da tomada—... Fechar?
—o que houve? Os tiras cortaram a luz?—um dos Capuzes pergunta se armando.
—não, eles não poderiam, nós garantimos... Merda!—outro Capuz expressa ao perceber o que aconteceu.
—agora! Enquanto a energia está desligada, derrubem a porta!—diz Gordon do lado fora, em pleno escuro.
Ainda há repórteres do lado de fora, que buscam saber, de alguma forma, o que acontece dentro da instalação.
—não peguei nada! E você?
—não! Está tudo um breu!
—estação, estamos aqui circulando por termos uma melhor tomada... Sim, um grande blecaute—um helicóptero ao longe do canal de TV surge no alto, tendo uma melhor visão do que aconteceu—estão dizendo que toda a vizinha...
—uhh, Donny... O que diabos é isso?—diz ao seu colega assim que vê a escuridão em uma boa parte da cidade.
Do alto, a escuridão provocada desenha perfeitamente um grande morcego que cobre grande parte da vizinhança. Isto, só quer dizer uma coisa: o Batman, está aqui...
—54, você tem o saco com os óculos de visão noturna?—o líder pergunta ao seu capanga.
—sim. Estão aqui comigo—responde.
—eu perdi o Wayne! Não consigo acha-lo!—outro capuz diz.
O Capuz Vermelho 1 pega um dos óculos e segura em frente ao seu capacete, não revelando seu rosto. Ele mexe a cabeça buscando o Wayne...
—onde você está, Bruce?
—peguei ele! Aqui, venham!
—ha, aí está você—diz ao avista-lo.
Na visão dele, Bruce está tentando fugir, escapar com o semblante assustado.
—AAGGHHH!!!—o Capuz Vermelho que agarrou Bruce é arrastado por uma sombra.
O próximo a ser levado, mas dessa vez para estar seguro, é Bruce Wayne.
—venha por aqui, Sr. Wayne—a sombra de morcego o leva para longe.
—porra! Tu viu aquilo? É a merda do morcego!
—chefe, ele tá aqui com a gente! Chefe!
—agora—a voz assustadora diz.
De repente, as luzes se acendem, causando um enorme desconforto nos olhos da Gangue.
—AAAAGHHHH!!!
—MEUS OLHOS!!!—Capuz vermelho 1 diz. Com os olhos ardendo, retira seu capacete e cobre seu rosto com a capa vermelha que possue, ele se vai para atrás de um pilar para preservar sua identidade.
Com a sombra da capa cobrindo seu rosto, seus olhos observam a escuridão do morcego, abrindo suas asas tão longas quanto as de um dragão... Assustador... Mas lindo, belo... Hipnotizante... Ali, o início de algo... Era como se fosse a primeira vez que o visse na vida... É isso que se passava pela cabeça do Capuz Vermelho 1.
—olá, pra você, amigo...—sussurra.
—é o morcego!—gritam os homens.
—acabem com ele logo! Os caminhões estão quase carregados!—o líder da Gangue recoloca seu capacete e começa a correr, entrando em fuga.
POV BATMAN
—estamos tentando, senh...!
Antes do capanga terminar de falar, o acerto uma voadora no rosto, com seu corpo caindo desmaiado.
Apoio minhas mãos no chão e salto, girando meu corpo acertando um chute com os dois pés no rosto de outro capanga. Seu corpo caí no chão e fico de pé, em frente a outro Capuz Vermelho que me aponta um revólver.
—peguei ele, pessoal! Eu peguei ele!
Olho para o lado e vejo outros Capuzes Vermelhos subindo as escadas de metal. Na escada ao lado, o líder deles corre tentando escapar.
—base, como estamos indo?—o chamo pelo comunicador.
—não tão bem, senhor. Estão preparando os caminhões. Não sei se conseguirei controlar os portões a temp...
—anotado... De volta ao trabalho.
Pulo da escada os acertando com um chute, eles caem como pinos de boliches. Agarro um dos homens e quebro seu braço. Consigo ouvir seus ossos se partindo em pedaços.
—AAAAAHHHHHH!!! VOCÊ QUEBROU MEU BRAÇO SEU FILHA DA PUTA!!!—em resposta, quebro sua perna direita pisando nela com força—AAAAHHHHHHH MERDA!!—o deixo de lado e parto para cima dos outros.
Derrubo um a um que aparece em minha frente enquanto vou descendo as escadas.
—saí da frente! Deixa que eu cuido dele!—um Capuz Vermelho grande e forte se aproxima.
Tenta me acertar um soco mas me abaixo e lhe devolvo um soco na boca do estômago, ele se inclina com dor e lhe dou um chute no queixo, lançando seu corpo para longe. Ao me virar, vejo mais capangas descendo as escadas. Dou um mortal para trás, ficando fora da área da escada. Arremesso meu bumerangue no último degrau. O dispositivo é ativado e uma corrente elétrica percorre o metal, os homens fritam em agonia antes de caírem no chão.
Viro-me me encaminhando para atacar outros homens.
—senhor...! Estou vendo ele! Ele...! Ele está...!
—o que foi? Não estou entendendo!—continuo lutando enquanto tento me comunicar com Alfred—não estou recebendo, Base!
—atrás do senhor, patrão!
—o quê?—me viro para trás.
Me deparo com o Capuz Vermelho 1 com uma arma de grosso calibre, diretamente apontada para minha cabeça. Antes de disparar, um tiro acerta seu capacete, o desconcentrando. Percebo que o tiro se repeliu do capacete do Capuz e atingiu um dos cilindros presentes na instalação e um produto verde começou a vazar... Outro Capuz Vermelho me ataca e volto a lutar enquanto fico atento o que acontece ali. Olho na direção de onde veio o disparo, o autor é outro Capuz Vermelho, no andar de cima da passarela, em frente aos controles do prédio.
—chega, chega dessa merda, droga!—diz em tom cansado.
—Capuz Vermelho 347... Vou entender que foi um tiro por acidente e irei te perdoar...
Antes de qualquer reação, o líder levanta sua arma e dispara várias vezes contra o homem. Seu corpo é metralhado enquanto o sangue jorra.
—AAAAHHRRRGGG!
—ainda irei te matar mas está perdoado—o corpo do capanga despenca para o chão. Paro segurando o braço de um Capuz enquanto piso seu rosto.
—347... NÃO!!—corro subindo as escadas para ir até o homem baleado.
POV NARRADOR
Gordon e seus policiais finalmente conseguem arrombar a porta.
—conseguimos!
—agora vamos pegar todos! E tentem evitar tiro, senhores—diz Gordon.
O produto verde liberado pelo tiro repelido do capacete do líder da Gangue começou a vazar, este por sua vez se encaminhou descendo o cilindro de onde era guardado, chegando no chão e se entranhando por ele, por suas frestas... O produto altamente inflamável encontra com um dos dispositivos de explosivos plantados em todo prédio, e por consequência... Um enorme explosão acontece. Isso derruba os policiais e os Capuzes Vermelhos. O Batman nem liga pois está preocupado com a pessoa morta caída, em específico, com a pessoa por trás da máscara...
—não...—diz enquanto a explosão ocorre atrás de si.
—entrem nos caminhões!—o líder da Gangue fala em frente ao grande fogo gerado—levem tudo que puderem! Agora, agora, AGORA!!!—ele percebe que nada é feito—vocês estão me ouvindo?
—as portas, chefe! Não estão funcionando!—é o que eles pensam...
Em seu furgão, próximo dali está Alfred com seu fone de ouvido, com um sorriso em frente a tela do computador.
—ah, elas estão funcionando muito bem sim.
—heh, lá se vai um bom plano—com um cilindro em mãos, o Capuz Vermelho 1 sobe as escadas em meio ao fogo que ocorre, obviamente fugindo.
—por favor não seja...—Batman retira a máscara de quem muito provavelmente salvou sua vida, e o rosto, é de quem ele mais temia—... Philip—ainda de olhos abertos, com sangue na boca, mas sem o brilho da vida.
POV BATMAN
Segurando sua cabeça, de joelhos ao seu lado, direciono o olhar para o fogo. A instalação que está sendo dominada por ele. Mais uma explosão destruidora. Esse lugar, vai desabar.
—Batman! Parado!—um grupo do batalhão de choque se aproxima com os escudos levantados, logo atrás esta Gordon.
—esperem!—ele exclama.
Arremesso um bumerangue contra um escudo do batalhão e logo ele explode, revelando uma bomba de fumaça. Aproveito suas distrações e salto com minha capa se abrindo, caiu no chão enquanto os tiras ficam no segundo andar. Corro subindo as escadas por onde o Capuz Vermelho 1 fugiu. Enquanto isso, consigo escutar Gordon dar uma ordem.
—rápido! Deixem ele! Tirem todos daqui AGORA! Esse lugar vai explodir!
Subo todo o prédio até chegar no topo. Subo as escadas chegando numa porta de ferro. Quando vou abri-lá, uma chuva de bala a atinge, quando o tiroteio para, a abro e vejo o Capuz Vermelho 1 pendurado em uma escada, sendo erguido por um helicóptero.
—olá, morcego!!—sem perder tempo, começo a correr na sua direção—parece que nós dois perdemos essa! Mais sorte na próxima, né? Heh!
Enquanto corro em sua direção, o chão abaixo de mim começa a rachar e se destruir, mostrando o fogo que consome todo o lugar, com as explosões o destruindo de dentro para fora.
Com o helicóptero o erguendo para a fuga, pulo enquanto o chão abaixo de mim se abre. Disparo meu arpel e a corda se enrola em seu calcanhar com o gancho se prendendo. Fico pendurado, causando mais peso.
—não, seu idiota! Assim você vai... AAAAAHHHGGG!!!!
Com o peso dos dois corpos, despencamos do alto, com o teto todo destruído, caímos direto dentro da instalação, numa passarela de ferro com corrimões. Essas pontes se ligam uma a uma seguindo um caminho por cima de grandes tonéis de produtos químicos fechados e altamente inflamáveis. Me apoio no corrimão para me levantar.
—uuhh, ainda está aí?—chamo pelo comunicador—base, ainda está... AAAHHHGGG!!!
—HHHAAAA!!!—minhas costelas são atingidas por uma grande barra de ferro e com a dor, perco o equilíbrio. Meu corpo vai para o chão. Vejo o fogo alto quase atingir o lugar onde estamos.
Quando viro meu corpo, Capuz Vermelho vem direto com o pé, para pisar em minha cabeça. O seguro e atiro seu corpo pro outro lado. Ele se segura no corrimão para não cair enquanto me levanto.
—pode vir então... Mas, uhh, saiba: você não vai vencer! Tudo pelo que luta, essa cidade...
—cala a porra da boca!—acerto uma cabeçada e ele caí, com a parte de onde recebeu o golpe amassada.
Um dos tonéis abaixo da passarela explode, igualmente a um refrigerante quando se coloca pastilhas de mentas. A tampa do tonel é atirada para longe com produto químico sendo espirrado. Com isso, a passarela se parte ao meio, conosco se segurando nos metais para não cairmos direto no produto químico.
—hahahahhahhaahh! Quem é você, huh? Quem é você debaixo dessa máscara? Um ex militar? Um tira? Não... Você é algo mais... Hahahahh! Você é essa máscara que veste. Aiai... Mas que merda.
A ponte onde estamos demonstra fraqueza... A estrutura não vai aguentar. Me seguro no corrimão e estendo minha outra mão aberta, apontada para o Capuz. Eu poderia deixá-lo morrer... Mas há outro jeito... Sempre há.
—rápido! A passarela não vai aguentar!—lhe estendo a mão mais uma vez—MERDA, ME DE A SUA MÃO!!—grito.
—isso, uhh, não é, cof, coff, nada legal—a parte da sua passarela começa a resbalar com o seu peso.
—venha agora! Acabou!—digo o fim...
—Ha, você acha mesmo?—coloca as duas mãos no corrimão—não... Você não vê?—tudo parece parar enquanto um sorriso mostrando os dentes surge em seus lábios—isso é apenas o início.
Sem pensar duas vezes, ele larga o corrimão e seu corpo despenca do alto. Como uma pedra na água, ele caí no tonel, com seu corpo sendo engolido pelo líquido verde.
—NÃÃÃOOO!!!
A última imagem dele que vejo, é seu sorriso através do líquido, enquanto ele some, desaparecendo da minha visão.
POV NARRADOR
Alfred fica em frente a uma lareira, uma grande lareira com o fogo calmo e baixo. Ele passa o dedo pela parede cinza e lisa da parede e um botão é pressionado. A chama do local se apaga, a parede se abre revelando um elevador. Alfred adentra e o transporte desce para um andar profundo.
O mordomo adentra a caverna indo de encontro com Bruce que esta sem sua máscara, com manchas de maquiagem pretas sobre os olhos.
—bom dia, senhor. Me perdoe por não ter preparado seu café da manhã, acabei dormindo mais do que o esperado—o amigo de Bruce ajeita sua gravada e calça, deixando tudo em ordem.
—está tudo bem, Alfred. Não se preocupe.
—a noite foi longa, senhor. Foi muita esperteza da parte de Batman sobrepor imagens sobre os óculos noturnos que a Gangue do Capuz Vermelho estava usado, criando a ilusão de que...
—Bruce Wayne ainda estava na passarela? Obrigado—o olhar do bilionário volta a atenção para o grande computador.
—eu soube que a polícia finalmente descobriu a identidade do Capuz Vermelho líder—Alfred coloca as mãos em suas costas—estou realmente aliviado em saber que o senhor conseguiu por um fim nisso...
—infelizmente não é tão simples assim.
—como?—Bruce coloca os dados e imagens que possue do caso da polícia, isso graças ao hackear os computadores da D.P.G.C. Todos os arquivos e emergências, o Batman recebe primeiro.
—nenhum corpo foi recuperado do Tonel da A.C.E, mas parece que alguns membros internos da Gangue do Capuz Vermelho tinham uma suspeita de quem estava sob o capacete do Capuz Vermelho 1. O homem que eles apontaram era um bandido do Narrows. Um homem chamado Liam Distal—os arquivos são mostrados para Alfred no grande telão.
—e agora, Distal ainda está lá fora, embora aleijado por sua queda no...
—não, esse é o problema... O corpo de Liam Destal foi descoberto ontem. Estava dentro de um barril de detergente fora de um parque de diversões.
—detergente?
—exato. O detergente dissolveu a maior parte dos restos, significa que não tem jeito de dizer quando ele foi morto e colocado lá. Estou dizendo que tudo é um mistério, Alfred. Tudo que sabemos é que alguém matou o Distal ano passado, o original Capuz Vermelho líder, e assumiu a Gangue. Se isso aconteceu meses atrás, semanas atrás ou apenas dias atrás, não dá pra ter certeza. Significa, por tudo que eu sei, é que o homem que eu enfrentei nessas últimas semanas revezava com um bode espiatório prevendo eventual fracasso no seu golpe na A.C.E química... E o Distal poderia ter sido morto semanas atrás, e o homem que estive enfrentando é o mesmo que caiu naquele tonel da química A.C.E. ... Não dá pra saber.
—agora o senhor está brincando de múltiplas escolhas com possibilidades? Bom, eu agradeço por isso finalmente ter um fim, senhor. O senhor conseguiu.
—...—ele não pronuncia nenhuma palavra, reação ou expressão. Apenas com as mãos juntas de baixo do queixo, mergulhado em seus pensamentos profundos e longos.
—algum problema, senhor?
—eu só... Tenho uma sensação ruim sobre isso... Sobre tudo isso.
—patrão, procure não pensar muito nisso. Tenho chá gelado se o senhor quiser para distrai-lo.
—huh, acho que somente assistir a partida dos meninos de Gotham contra Metrópolis pode me distrair um pouco. Mas aceito o chá gelado.
Bruce vira sua cadeira para o mordomo que sorri igualmente. Antes de Alfred falar algo, a TV começa a chiar, com sua imagem sendo "bugada", com várias imagens sendo colocadas, aparentemente aleatórias. Imagens de pontos de interrogação com iluminações verdes, recortes de jornais antigos da cidade aparecem até que tudo na tela ficar escuro... Uma figura com um chapéu aparece, com pouca iluminação e as sombras o cobrindo, somente seus olhos podem ser vistos com clareza junto de um sorriso com os dentes amostras.
—ahem, ahem, muiiiiitos olááááás, Gotham!—diz em animação. Sua imagem está sendo transmitida por toda a cidade, em grandes telões pela cidade—olá para você, e você aí em baixo! Olá para todos vocês! É uma grande honra em estar aqui para todo ESSE GRANDE público! Vocês devem não me conhece, hah—solta uma rizada debochada—óbvio que não conhecem. Meu nome é Nygma, Edwarde Nygma. Mas podem me chamar de... O Charada—todos os cidadões se entre olham—eu estou aqui para deixá-los mais espertos. É a minha missão. O meu chamado. Meu dever. Então, não vamos perder tempo, não é mesmo? Hah! Agora...—sua voz fica mais séria, mas ainda assim, com um fino tom de ironia e deboche, de divertimento...—... Adivinhe isso, Gotham! Existem duas irmãs, uma deu a luz a outra. Quem são elas?
Em cima do telhado da delegacia, Gordon escuta atentamente o que o Charada diz. Ele observa o telão de coloração verde, onde há a transmissão. O capitão deixa suas mãos em seu sobretudo de cor amarelo queimado escuro, com um cigarro na boca.
—é a charada da...
—ninguém? Eu irei dar um dica.
—a charada da esfinge. A menos conhecida segunda charada—Bruce apoia suas mãos sobre o balcão do computador, com seus braços duros e cenho sério.
—aqui vai a dica. Uma irmã disse...
—eu sou o dia...—Bruce se vira para Alfred...
—... E a outra irmã disse...
—... Eu sou a noite—... Seus olhos sérios encontram os de Alfred.
—então que venham as travas! Cidade das trevas!
De repente, dois grandes prédios da cidade ao lado do telão principal da transmissão explodem, sendo tomados por chamas, com seus interiores sendo destruído por elas... As luzes da cidade se apagam. O hospital de Gotham fica sem energia, os bondes paralisam, a delegacia se apaga... Tudo, entrou em trevas.
—tudo bem, Gotham! Hora de ser esperta! Você vai ter que fazer melhor do que isso... Ou a cidade morre de verdade!—Bruce se senta de volta em seu computador, sendo sua caverna o único lugar que ainda possue energia—agora... Que os jogos comecem!
A imagem no telão se apaga, enquanto os prédios ao seu lado continuam em chamas.
[...]
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