‹⟨ Episódio 1 ⟩›
Houve uma época... Uma época anterior... Em que as coisas eram perfeitas, realmente perfeitas... Mas as coisas caem, caem na terra, e tudo que caí, fica no chão...
Como o mundo de um menino de apenas oito anos... Caiu... E nunca mais se reergueu. Ele com toda a alegria presente em si, andava por um beco escuro e úmido com seus pais... Mas uma sombra surgiu na escuridão... Essa sombra, ceifou as vidas deles e correu para longe... Foi nesse dia que essa família morreu, foi nesse dia que o pais da criança lhe foram arrancados, foi nesse dia, que Bruce Wayne morreu... Mas foi nesse dia, que outra coisa nasceu... Foi nesse dia, que o Batman nasceu.
Esse monstro... Sou eu agora, e eu, o abracei...
O BATMAN
GOTHAM CITY
Uma chuva fina e continua cobre a grande cidade sombria e escura... Uma cidade que possue lendas ao seu redor, lendas desde sua fundação... Ao redor do mundo, Gotham é a cidade com maior índice de criminalidade, a maior de todas... Hoje, uma lenda roda pela cidade, a lenda que põe medo nos corações corruptos de todos e até mesmo nos cidadões, quando a noite surge, todos prestam atenção no horizonte, buscando a sombra do morcego...
Em meio a chuva, uma senhora de aparentemente 50 anos caminha apressadamente pela calçada, carregando suas compras do mercado, essas compras devem ser para alimentar sua família que necessita. Ela se apreça para fugir da chuva mas é inútil, pois acaba se encharcando. Para se proteger, ela vai para um beco escuro, com objetivo de fugir da água em baixo do teto de uma residência. Ela recupera o fôlego e limpa a água que desce pela sua testa.
Atrás dela, sem que ela perceba, uma sombra surge com uma lâmina na mão, a pegando desprevenida, ele a agarra tampando sua boca. As compras da mulher caem no chão enquanto ela tenta gritar por socorro, o homem com a lâmina no pescoço da moça a arrasta para trás, ficando em frente a uma porta com uma janela de vidro. Aqui, ninguém escuta e os que escutem, somente ignoram.
—ssshhhh, calma, dona, eu só quero brincar um pouco, heheh—com essa rizada, a mulher sente um arrepio de medo tomar seu corpo.
—não, por favor!—lágrimas descem pelo seu rosto assustada.
—calma...—diz quase como um sussurro—serei rápido...
Para o desespero da mulher, o homem ergue a mão com a lâmina, prestes a "brincar" como ele mesmo diz... Mas de repente, uma mão forte surge atravessando o vidro da porta e agarrando o punho do homem.
—AAAHHH!
O homem é puxado para dentro sendo levado para a escuridão... A mulher ainda assustada e paralisada, olha nessa direção, vendo apenas uma grande sombra em meio ao escuro com olhos brancos... Com um trovão e raio, a sombra desaparece deixando a mulher sozinha e tensa...
Em outra parte da cidade, duas adolescentes adentram um parque fechado. Elas se encaminham para a entrada da casa dos espelhos.
—Jeny, não devíamos estar aqui...!—a menina de cabelos compridos e castanhos diz amedrontada—tá muito escuro!
—ai, Ketlin, deixa de ser medrosa!
—é sério! Sabe como é perigoso à noite.
—fica tranquila. Vamos só dar uma olhada.
As meninas seguem em frente, com Jeny à frente e Ketlin atrás, com medo. Elas adentram a entra, ficando sobre um teto que as protege da chuva.
—hora, hora, hora, o que temos aqui—quatro homens surgem, com sorrisos maníacos.
—merda...!
—vamos brincar, meninas?—um deles com uma faca em mãos, avança.
As meninas dão passos para trás. De repente, ouvisse um grande barulho no teto.
—o que foi isso?!—um dos criminosos pergunta se assustando.
—merda, é ele!—outro exclama.
O teto se abre e dele, algo é disparado e se crava no ombro de um dos homens.
—Aaahh!!—o objeto com uma corda, é puxado e arrasta o homem, somente seus gritos podem ser ouvidos do teto.
—mas que porra!—o resto dos homens avançam para fora.
O que as meninas conseguem ouvir, é somente barulhos de socos e algo sendo quebrado, gritos de desesperos ecoam pelo lugar. Um dos homens aparace no canto da entrada, se arrastando, muito machucado e cuspindo sangue. Antes que possa se salvar, ele é arrastado e grita em desespero. As meninas saem para fora e não há mais nada ali além do barulho da chuva.
—o que foi isso?—Ketlin assustada de olhos arregalados, pergunta.
—foi o Batman!—responde a outra com entusiasmo e admirada com o que presenciou.
No meio da cidade, uma viatura da polícia segue pelas ruas em perseguição à um carro de ladrões que acabara de assaltar um banco.
—estamos em perseguição aos suspeitos, seguindo pela rua staroon!—o policial de cabelos brancos fala no rádio.
—seja mais rápido!—seu parceiro com aparência de anos mais novo, diz apressado.
—estou fazendo o meu possível, garoto!
—o que é aquilo?—o policial mais jovem avista uma sombra passando pelos prédios, seguindo na perseguição dos criminosos.
O homem que dirige a viatura olha na direção de onde seu parceiro apontou. A sombra pula de prédio em prédio, um raio corta o céu atrás do ser, mostrando quem está aqui.
—ei! Por que você está desacelerando?!—pergunta o mais jovem percebendo o que seu parceiro está fazendo.
—calma aí, guri. Vamos ver o show—responde em um sorriso.
O criminosos avistando a sombra, começam a atirar na direção dos prédio, mas sem sucesso em acertar algo. Rapidamente a sombra pula, voando pelo ar. Ele pousa em frente ao parabrisa, encarando os criminosos. Os bandidos vêem apenas a escuridão cobrindo sua face, somente olhos brancos são avistados com clareza. Começam a atirar desesperados, o monstro pula sumindo da vista deles e de depende, os bandidos se encontram batendo contra um muro velho e saltando de um barranco, com o veículo capotando ficando com as rodas para cima. Os bandidos saem de dentro do carro, gemendo de dor por causa do acidente.
—aquilo foi o Batman!—buscando se esconderem, eles se encaminham para um prédio abandonado no terreno velho.
A polícia chega em frente ao prédio, com os faróis iluminado a frente do local. Em cima, está a sombra do morcego, agarrado a parede do velho prédio.
—uau...—exclama o policial mais jovem.
—fiquem aqui... Eles são meus—uma voz assustadora emana da sombra, firme, forte e demoníaca. O Batman adentra a locação, em busca dos criminosos.
—eu achei que ele era uma lenda, que não existia...
—você é novo aqui, é normal. Logo vai se acostumar—o mais velho se encosta no capô do carro.
—não devíamos pegá-lo também? Ele é igualmente um criminoso perante a lei!—se vira para o parceiro.
—vá em frente se quiser. Mas eu pretendo ficar com todos meus ossos do corpo intactos—diz apenas observando o local, esperando o final do "Show".
Seu parceiro apenas aceita e fica esperando o fim disso também.
Dentro da contrução abandonada, conforme os quatro bandidos andam, estalos nas madeiras velhas e corroídas pelos cupins são ouvidos, conforme as tábuas se mexem, poeira desce delas.
—eu achei que o Falcone tinha mandado um matador de aluguel matar o Batman!—exclama um dos bandidos, esse em específico, carrega uma metralhadora potente, seus olhos nervosos vagam pelo local buscando algo.
—ele mandou, Robert, mas o cara foi encontrado com cinco costelas quebradas num beco—responde o que aparenta ser o líder da gangue—agora fica quieto! Ele está aqui, em algum lugar!
Estalos de passos são ouvidos acima deles, chamando suas atenções.
—ali!—todos começam a descarregar seus tiros na direção apontada.
O suor escorre em suas testas, não de esforço, mas sim de medo, medo dele... Estão todos tensos e nervosos, sem saberem se acertaram o alvo.
—acho que pegamos!
As tábuas se quebram e duas mãos agarram as pernas de um deles, o bandido é puxado para a escuridão gritando em desespero.
—Jerry!!—outro se aproxima do buraco, buscando seu amigo—eu não tô vendo ele!
De repente, a mão o puxa pelo pescoço o arrastando junto, somente seus gritos são ouvidos.
—que se foda!—o bandido que carrega metralhadora chamado Robert, começa a atirar no buraco aberto, mas parece ser inútil—APARECE PORRA!! APARECE!!!—grita, já desesperado, sem saber o que fazer, somente grita e grita. Seu parceiro suando frio, fica olhando ao redor tentando avistar algo—ONDE VOCÊ TÁ??!!
—aqui.
Uma voz assustadora surge na escuridão atrás de Robert, e dela, surge o cavaleiro de Gotham. Antes do bandido reagir ele é derrubado, nem mesmo ele viu o que lhe atingiu. Com a sua queda, acaba deixando sua arma cair para longe. O parceiro dele de pé, começa a atirar desesperadamente, mas não acerta nada. Como uma sombra veloz, o Batman desvia de todas, somente pontos brancos são vistos conforme a sombra corre se desviando.
Robert recupera sua metralhadora, e começa a atirar descontroladamente, os tiros acertam e matam seu parceiro antes mesmo dele perceber.
—AAAAAHHHH!!!!—ele grita descontrolado.
Algo é arremessado no gatilho da metralhadora, é um objeto pontudo e com formato de morcego. Com isso, a arma trava. A sombra surge, parecendo mais alta do que realmente é, gigante e assustadora. O homem fica paralisado, sem reação, o medo lhe toma. Suas pernas tremem e suor escorre pela sua testa, suas mãos amolecem e arma caí delas, isso, é sentir o medo.
—q-que p-porra é você?—é a única frase que seus lábios conseguem pronunciar. Encara a sombra, que dá passos lentos, expondo somente seus olhos brancos. Seus passos são pesados e a madeira velha reage à eles. Ele anda, se aproximando, encurralando o homem. Sua visão é totalmente coberta e somente seu grito pôde ser ouvido—AAAAAHHHHHH!!!
"Já fazem dois anos desde o surgimento do Batman... Ele não está curando a cidade, está a destruindo! Quantos criminosos surgiram desde a aparição desse maníaco...? O Batman é necessário sim! O que a polícia não faz ele faz, ele luta contra a corrupção nessa cidade! Ele é o herói dessa cidade! Sem ele, estaríamos num inferno ainda pior....
Outras notícias: a testemunha que iria acusar Carmine Falcone no tribunal, desistiu misteriosamente. Falcone é um dos homens mais ricos de Gotham e controla boa parte dela. Mais uma vez, nenhuma prova seguiu em frente contra o chefe da máfia da cidade"
POV FALCONE
—bando de urubus—desligo a TV—não vão me derrubar tão fácil—me sento de volta em minha cadeira, ponho as mãos sobre a mesa e encaro os homens em minha frente—e o transporte?
—estamos vendo com os rapazes. O comissário está tentando ajudar, mas os nossos meninos estão com medo de dar de cara com ele. Pelo jeito de atuação dele, você está sendo o alvo de agora. A dificuldade de transporte das drogas está grande, graças a ele...—ouvindo isso, bato de mão fechada na mesa.
—Batman, Batman, Batman, Batman, Batman! Ele tem sido uma enorme pedra no sapato!—digo irritado—fala pros meninos, arranjarem outro jeito de transportar as drogas—me levanto ficando em frente a janela—não vou deixar uma lenda tirar o meu poder sob essa cidade.
—ok... E quanto ao comissário?
—deixa ele... É melhor tê-lo no nosso lado. Já me basta ter só o Batman no meu pé, quem dirá a polícia. Diz para mandar o Flass cuidar do carregamento e trasporte.—encaro o horizonte de prédios altos, com estilo gótico e escuro—vamos ter que ser mais silenciosos para os negócios funcionarem.
POV BRUCE
Aguardo o elevador descer no andar certo. Assim que isso acontece, adentro a caverna passando pelo corredor que tem vista para o meu carro.
—trabalhando até tarde, Alfred?—pergunto o vendo mexer nos fios da máscara do meu traje.
—ah, patrão Bruce, bom, eu não sou o único—solto um leve sorriso de canto.
Retiro meu Blazer o deixando sobre a cadeira. Ligo o computador da caverna e começo a verificar os dados que possuo.
—feri, ferro, matei, feri, ferro, matei, feri, ferro, matei, tem algo errado com o microfone—diz após averiguar isso na máscara—estou aperfeiçoando—ele anda com uma bandeja que possue um suco e jarra, deixa as coisas sobre a mesa ao meu lado—então, a noite foi produtiva?
—não, nada. Eram apenas capangas do Falcone, peixes pequenos, não tinham nada. Esse, é o peixe grande—abro a imagem no telão—Gillian B. Loeb, encobre os crimes do Falcone, deixa a polícia fora do pé dele. Possue um braço direito fiel a ele, Detetive Flass. Se é fiel a ele, é fiel a Falcone.
—o comissário famoso da mídia? No que ele ajuda exatamente?—me sento em minha poltrona, encarando o computador.
—pegando ele, eu deixo Falcone sem proteção da polícia. Mas se eu tiver a oportunidade, eu acabo com dois coelhos com uma cajadada só: o comissário e Falcone...
—entendo—um jornal é atirado na mesa. Na machete, está uma sombra fotografada de mim em frente a lua, em forma de morcego—novas regras.
—somos considerados criminosos, Alfred, sempre fomos, tudo normal.
—ah, não, não está normal. Você é uma celebridade agora, e isso fez um alvo enorme nas suas costas.
—não se preocupe, eu sei desviar.
—você mergulhou nessas sombras, e esqueceu do mundo... Bruce Wayne é tão importante quanto o Batman—levanto o olhar para ele.
—não vamos discutir agora. Não tinha uma festa para mim ir? Para manter as aparências?
—sim... Seu traje para o evento já esta pronto, os convidados aguardam o anfitrião—da um passo para o lado, abrindo caminho com a mão.
—ok...—levanto me encaminhando para o elevador—ahhh... manter as aparências, certo...?
[...]
No início do capítulo e mais alguns que virão, haverá/pode trilhas sonoras, para que o leitor tenha uma melhor experiência. Algumas dessas trilhas foram editadas por mim, como acima do episódio.
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