Capítulo 14 - O bem sempre vence
Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .
Boa leitura a todos!
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Tanto Wooyoung quanto San estavam arrumados usando terno e gravata e sapatos lustrados no meio do novo quarto claro e arejado cheio de bichinhos coloridos de Jungwon. Sunmi e Kwansu os esperavam na sala, também devidamente arrumados para a reunião que teriam naquela manhã.
Depois de adiar aquele encontro por cerca de um mes após o nascimento de Jungwon, eles perceberam que não tinham mais desculpas ao receberem uma carta praticamente os intimando até a empresa de Lee Byunjae, o pai de Bokyung.
Sunmi havia dito que tudo estava sob controle, vestia um terno cinza escuro com camisa bordô e sapatos da mesma cor e parecia mais elegante do que nunca com os lábios pintados em um vermelho queimado, iria atuar como advogada depois de anos, mas não conseguia confiar aquela tarefa a ninguém mais.
Jungwon e Yejun estavam aos cuidados de Sooyoung e da namorada Jiwoo que haviam conhecido naquele dia, enquanto Felix havia ido visitar um apartamento e logo voltaria para ajudá-las.
— Eu não vou deixar ninguém separar a gente, meu amor. — O ômega dizia ao filho de apenas um mês. — Não vou deixar te levarem para lugar nenhum. — Deixou um beijo na cabecinha com poucos fios.
— Nós somos uma família, Wooggie, e nós vamos continuar assim. — San o beijou a cabeça apertando seu corpo contra o dele, tentando passar um pouco de calma pela marca, o que pareceu funcionar já que o agora loiro suspirou fundo deixando um último beijo no filho antes de colocá-lo no bercinho de madeira clara.
As pernas de Wooyoung tremiam levemente, e o ômega demorou cerca de vinte minutos se despedindo dos filhos antes de finalmente adentrar o carro. San não soltou sua mão em nenhum momento, e apenas isso o fazia ter forças suficientes para dar cada passo naquela direção.
Já na empresa, ao adentrarem a sala grande e bem decorada se depararam já com o homem imponente de expressão seria e traços muito familiares a Wooyoung, ao lado esquerdo desse Bokyung levemente encolhido com medo de seu futuro e do outro lado um outro alfa de terno e óculos de armação escura. San apertou um pouco mais a mão do loirinho o puxando para mais próximo de si.
— Fico feliz que finalmente tenham aceitado meu convite. — Byunjae começou com um sorriso falso no rosto. — Senhorita Choi e Senhor Jung, é um prazer receber empresários de tamanho nome aqui em minha empresa.
Após todos se acomodarem na mesa grande que havia ali o alfa de óculos que descobriram ser um advogado começou a falar e a apresentar diversas "propostas" a Wooyoung que torcia o nariz em irritação a cada palavra proferida.
— Com isso encerro nossas propostas, tenho certeza que ao menos uma delas deve lhe parecer atrativa.
Wooyoung estava cansado, muito cansado, e terrivelmente irritado com aquele homem. O advogado havia dito dezenove vezes que Wooyoung não havia feito o filho sozinho, e a cada uma dessas dezenove vezes, contadas mentalmente pelo loiro, uma raiva maior crescia.
— Temo que nenhuma dessas propostas seja boa o suficiente, Senhor Lee. — Sunmi começou educada.
— Soaram muito mais como ameaças do que propostas. — San resmungou tentando com todas suas forças não avançar naquele homem.
— A questão é que não há nenhuma possibilidade de meu filho abrir mão da guarda do bebê e nem mesmo aceitar um casamento, mesmo que seja de fachada. — Kwansu explicou.
— Ao meu ver essa é a melhor opção que vocês tem, Wooyoung pode continuar com esse alfa, apenas precisa fingir ser um bom marido a meu filho por dois anos, depois se divorciam e seguem cada um o seu caminho.
— O homem sorriu com a ideia. — É uma proposta excelente, após o dano que seu filho causou a minha empresa acho que estou sendo até menos bondoso com uma proposta assim.
— Danos que eu causei? — Wooyoung franziu o cenho já irritado demais com as coisas que ouvia.
— Não sei com que tipo de olhos está vendo toda a situação, Senhor Lee, mas tenho certeza que os danos causados a sua empresa por conta dos boatos são unicamente culpa de seu filho que fez exatamente aquilo que cada um dos boatos diz. — San respondeu alto fazendo o homem enrugar o nariz em uma careta.
— O caso é, demos a vocês duas propostas e um prazo de trinta dias para pensar a respeito e decidir qual delas é a melhor para você, Jung Wooyoung. — O advogado dos Lee começou novamente tentando evitar que uma briga se iniciasse ali. — A guarda desse bebê é direito de Bokyung também, já que vocês o fizeram juntos.
— Sim, ômega, você não fez o filho sozinho, é direito nosso entrar com um processo de guarda basta faze…
— Então entre. — A voz irritada soou alta pela sala junto ao bater de mãos na mesa, assustando a todos.
— Como? — O alfa franziu as sobrancelhas confuso com a fala do ômega. Wooyoung estava mais do que de saco cheio daquele velho imbecil e não ia mais aguentar aquelas ameaças vindo dele e nem de ninguém.
— Eu disse que se quiser entrar com um processo pela guarda do meu bebê o senhor pode entrar. — O loiro repetiu com a mesma calma e ao ver o homem vacilar ele encontrou ainda mais forças para continuar. — Apenas quero lembrar algumas coisas para o Senhor que parece um homem orgulhoso demais para pensar com clareza. — Respirou fundo — Eu sou um ômega saudável, com vida financeira estabilizada e marcado por um bom alfa que possui um bom emprego. Nenhum de nós faz uso de bebidas alcoólicas ou consumo de drogas, nem mesmo o uso de remédios controlados. Essa criança está nascendo no ambiente mais perfeito descrito por qualquer assistente social e tenho certeza que não existe um único juiz nesse país que lhe daria a guarda desse bebê. Também quero lembrá-lo que caso eu mude de ideia tenho o total direito de processar Bokyung por abandono e também por calúnia e difamação já que ele vem me causando muitos problemas na faculdade, espalhando boatos falsos para tentar se sobressair sobre a situação. Além de tudo isso, caso realmente entre com esse processo, iremos também entrar com um contra o senhor fazendo todas essas alegações e pedindo uma boa pensão já que como o senhor mesmo disse inúmeras vezes desde que pisamos o pé nessa maldita sala, eu não fiz o filho sozinho.
O homem ficou mudo diante de tal explosão, completamente em choque por ser confrontado daquela forma pela primeira vez na vida.
— Acredito que Wooyoung já tenha dito tudo, mas só para esclarecer… — Sunmi começou. — Não existe nenhuma possibilidade de um casamento, e não pretendemos dividir a guarda da criança já que seu filho mesmo deixou bem claro inúmeras vezes o quanto não quer o filhote. — Começou. — Mas já que o senhor nos chamou aqui com algumas propostas é claro que eu não poderia vir sem uma contraproposta que tenho certeza de que não vai conseguir recusar. — Molhou os lábios de maneira um tanto risonha. — Se o senhor e seu filho aceitarem continuar a vida normalmente fingindo que Wooyoung e o filhote não existem, então nós faremos o mesmo e fingiremos que vocês não existem. Ou seja, não vamos processá-lo e nem mesmo soltar informações a mídia nesse caso. Creio ser uma boa proposta para a atual situação, não acha?
Byungjae ficou mais do que vermelho de ódio, mas após trocar umas poucas palavras baixas com seu advogado, ele acabou aceitando o acordo e o alívio se instaurou por todo o ambiente, inclusive em volta de Bokyung que era contra as ideias do pai mas era covarde demais para ir contra.
Assim como Yeosang dizia, o bem sempre vence, e Wooyoung finalmente poderia dormir tranquilo com a plena certeza de que seus filhos permaneceriam em seus braços até que eles mesmos quisessem sair.
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Na parte da tarde Wooyoung abriu despertou após um grande cochilo após o almoço de comemoração que havia sido chamado por Sooyoung e Yeosang de "Comemoração pelo cu comido do velho babaca", mas esses foram prontamente censurados por Jongho e Jiwoo que acharam um absurdo que falassem aquele tipo de palavreado na frente de uma criança, mesmo que Yejun dormisse e Jungwon fosse pequeno demais para entender.
Antes mesmo de abrir os olhos pode ouvir os sussurros baixinhos a sua volta, estava dormindo na caminha pequena de Jiwoo já que havia pego no sono junto a ele e ao abrir os olhos se deparou com o ambiente recém reformado. Assim como o menino havia pedido, agora ele tinha um quarto totalmente azul, e suspeitava que logo teria o cachorro que tanto pedia também já que San se mostrava cada dia mais adepto à ideia.
— Papai, você tá acordado? — A voz infantil do garotinho soou como música para seus ouvidos e ele não conteve a vontade de abraçá-lo fazendo-o rir gostoso com o susto de ser pego pelos braços quentinhos.
— Papai dormiu um montão. — Ele estendeu os braços para representar a quantidade e Wooyoung sorriu.
— É porque eu estava muito cansado, Jungwon ainda não acordou? — Perguntou se levantando para se espreguiçar se perguntando que horas eram.
— Ele acordou mas o papai foi lá e trocou ele e deu mama, ele não parecia querer a mamadeira mas o papai disse pra não te acordar ainda, então eu fiquei quietinho, mas você acordou mesmo assim. — Ele coçou a cabeça fazendo um bico e Wooyoung riu, porque Yejun conseguia ser tudo, menos quietinho.
— Entendi, obrigado por ficar quietinho, meu amor. — Beijou a cabeça do garoto que sorriu se esticando para abraçar ele sabendo que não podia ser pego no colo ainda. Sooyoung havia explicado com muita calma para o garotinho que Wooyoung não iria poder pegá-lo no colo por um tempo porque o corpinho dele ainda estava sarando depois de ser usado como casinha por Jungwon. — Então vamos lá pra eu dar mama pro seu irmão?
— Sim! — Ele pulou animado buscando algum livro de figuras de seu quarto.
Sempre que Wooyoung ia amamentar Jungwon, o pequeno alfinha corria com algum de seus livros para contar uma história ao irmão, ele dizia que assim ele iria dormir bem. Como estava aprendendo a ler, os livros tinham mais figuras do que palavras, mas ele se esforçava bastante em cada uma delas e eles gostavam dele exercitando a leitura dessa forma, além de ser completamente bonitinho a forma como ele parava em algumas partes para explicar para o irmão algum significado de palavras que ele mesmo havia aprendido recentemente.
De mãos dadas eles saíram do quarto e foram até o outro no final do corredor. Ao adentrarem o menininho correu até o tapete felpudo onde havia uma almofada grande com seu irmão deitado e San sentado a frente dele chacoalhando um brinquedinho colorido que prendia completamente a atenção do bebê.
Assim que adentrou mais o lugar a atenção do garotinho desviou do brinquedo e em dois segundo ele havia começado a chorar, Wooyoung não tardou em pegá-lo no colo deixando um beijo nos lábios de San antes de se sentar na poltrona e levantar a camiseta deixando o bebe se alimentar adequadamente, ele sabia que aquele choro era de fome.
San permaneceu no mesmo lugar apenas observando seu ômega amamentar seu filhote enquanto seu garotinho lia de maneira esforçada uma história sobre coelhos e cenouras. Com toda certeza aquela era a cena mais linda que poderia ver na vida, e agradecia sempre por poder apresentá-la todos os dias.
Então com um sorriso no rosto, se levantou saindo do quarto rapidamente, voltando segundos depois com olhos brilhantes e um sorriso de covinhas lindo no rosto. Se abaixou ao lado do filho o abraçando enquanto deixava um carinho no rostinho pequeno de Jungwon.
— Yejun, você sabe o que eu e o papai somos um do outro? — Ele perguntou interrompendo a história que o menino contava.
O alfinha franziu o cenho confuso, porque não sabia o nome que se dava a pessoas casadas, então após pensar um pouco decidiu que não precisava saber o nome para explicar aquilo.
— Vocês são casados, né, papai, eu não sei o nome, pessoas que namoram são namorados mas pessoas que são casadas são o que?
— Nós não somos casados, meu amor, falta uma coisinha pra isso, sabe o que é? — Perguntou vendo o menino parar para pensar novamente enquanto Wooyoung lhe encarava com as sobrancelhas arqueadas.
— Não tem aliança! — Yejun quase gritou ao perceber o que faltava. — Papai você precisa comprar uma aliança agora, eu quero mais irmãozinhos. — Disse beirando o desespero, como se o fato deles não terem alianças fosse impedir que um bebê nascesse. — Mas como que o Won nasceu se não teve casamento? — Acabou questionando confuso.
— É porque mesmo sem casamento tem muito amor. — Wooyoung quem explicou vendo o menino soltar um “Ah tá" como quem compreendia completamente.
— Mas não podemos arriscar na próxima vez, né? — San sorriu olhando para Wooyoung parecendo ainda mais ansioso do que antes.
Então o alfa fez aquilo que vinha querendo fazer desde antes de Jungwon nascer, retirou do bolso uma caixinha simples azul marinho e abriu diante dos olhos arregalados de Wooyoung.
— Wooyoung, eu sei que fizemos as coisas completamente fora de ordem e que tudo aconteceu muito mais rápido do que normalmente acontece, mas eu quero te dar tudo o que você merece, por completo. Eu te dei um filho e você me deu um filho, e agora quero que a gente tenha um casamento, quero comprar uma casa grande com espaço para os filhos que ainda vamos ter, com um quintal para o cachorro que o Yejun não esquece. Eu quero estar com você na sua formatura e no seu primeiro emprego, quero estar com você na formatura dos nossos filhotes e na sua aposentadoria, eu quero estar com você pra sempre, Wooyoung, pelo resto dos meus dias e também depois. Quer casar comigo?
— Wooyoung chorava, mas sorria tanto que até mesmo Yejun soube que aquele era um choro bom. O menink pulava de alegria mesmo que o ômega não tivesse respondido ainda mas a resposta veio rápida, com acenos afobados e uma voz embargada pelo choro.
— É claro que eu quero! — Estendeu um dos braços em direção ao agora noivo sendo abraçado delicadamente já que Jungwon continuava a se alimentar em si, completamente alheio a tudo o que acontecia em volta.
Yejun também abraçou os dois papais completamente feliz, porque se agora eles tinham aliança então com toda certeza estavam casados, San beijou a cabeça do garotinho e em seguida beijou a cabeça do bebe, para então roubar os lábios que mais amava no mundo para si, deixando nele todo seu amor, carinho e promessas que cumpriria todos os dias com todo o prazer do mundo.
Ao se separarem viram o menino fazer a caretinha que sempre fazia quando via alguém se beijando enquanto tampava delicadamente os olhos do irmão com uma das mãos pequenas, e sem poder perder a chance depois de ouvir o discurso de seu pai, ele logo questionou aquilo que não conseguia sair de sua cabeça:
— A casa nova vai ter piscina, né?
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