Capítulo 09 - Novo Vovó

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos!

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A entrada da casa estava em silêncio, Wooyoung encarava o homem a sua frente inundado dos mais diversos sentimentos, amava aqueles olhos sobre sua porque havia crescido pensando que eles eram os mais doces e amáveis juntos aos de sua mãe. E mesmo que estivesse magoado E não soubesse exatamente o que pensar, podia ver o mesmo amor de sempre refletidos no olhos pequenos e com algumas rugas.

San não sabia bem o que fazer, sabia que o ômega havia passado por um momento difícil com o  pai, e por mais que não concordasse com a atitude do Homem, não podia julgar sem antes saber o porque dele ter feito aquilo. Sabia que nem todos os pais eram bons, mas também sabia, pelo que Wooyoung já havia lhe contado, que o senhor Jung sempre havia sido o melhor dos pais.

— O que esta fazendo aqui? — Wooyoung perguntou confuso, e o homem conseguiu ver o pequeno beicinho que seu filho sempre fazia quando estava chateado.

— Vim conversar com você, nós podemos? — Perguntou receoso, com medo de que o. Filho não quisesse lhe ouvir.

Sabia que o ômega tinha esse direito, afinal não havia sido o pai que o mesmo esperava, havia o abandonado em um dos momentos mais importantes de sua vida, e se arrependa muito mesmo que ainda achasse que havia feito o necessário.

— Papais? — O homem mais velho se surpreendeu ao ver o garotinho agarrado às pernas de seu filho, ele olhou diferentemente para seus olhos por alguns instantes e então sorriu . — Esse tio parece o papai Wooggie.

— Esta na hora do venho, rapazinho. — San o pegou no colo rapidamente olhando para Wooyoung logo em seguida. — Acho bom vocês conversarem, amor. — Selou a testa do moreno abaixou a cabeça levemente em direção ao homem de meia idade e então adentrou a casa para subir enquanto ouvia as lamúrias da criança que não queria tomar banho.

Wooyoung suspirou algumas vezes, antes de dar passagem para que seu pai entrasse. Ele não tinha raiva do mais velho, e até sentia muita falta dele, mas se sentia chateado pela forma que ele agiu meses antes quando soube de sua gravidez.

Ambos se sentaram no sofá, um de frente para o outro, Wooyoung sabia que San ia demorar um pouco já que colocaria Yejun pra dormir depois do banho, mas esperava que ele fosse mais rápido naquele dia para lhe fazer companhia naquela situação complicada.

— Sua barriga já está grande. — O homem sorriu olhando para a barriguinha elevada do filho.

— Sim estou para completar seis meses. — Ficaram em silêncio por mais um tempo. Jung Kwansu não era um homem ruim, ele podia ser duro e considerado completamente frio no trabalho, mas quando se tratava se seu único filho era como uma manteiga derretida, por isso tinha suspeitas de que aqueles meses foram muito piores para si do que para Wooyoung que sempre havia demonstrado ser um ômega muito forte, apesar de mimado e infantil.

— Conversei com sua mãe ontem, na verdade conversamos sempre sobre você, e eu não aguentava mais ficar tão longe Wooyoung. — Kwansu suspirou. — Ela me garantiu que você estava muito bem, e eu nunca me senti tão aliviado.

— Foi você quem me abandonou, pai— A voz saiu baixa e quase quebrada.

— Eu sei o que eu fiz, e odiei casa um desses dias, meu amor, mas não me arrependo, não te vendo assim agora. Tão crescido.

— Eu não entendo. — As lágrimas do moreno começaram a cair. — Eu só queria o seu apoio, eu não me importo com o dinheiro, mas queria seu apoio.

— Wooyoung, eu entendo que pense isso agora, mas foi realmente isso que pensou naquela época? — Senhor Jung Se aproximou sentando-se ao lado do garoto para lhe segurar as mãos. — Eu te conheço muito bem meu filho, talvez não mais que sua mãe, mas com certeza mais do que todas as outras pessoas . Eu não queria ficar longe de você e também não queria te privar do luxo que sempre te dei, mas uma criança é um assunto muito sério Wooyoung, e sabendo o quanto você cresceu nesse tempo, sinto que fiz a escolha certa, porque quando te olho agora não vejo mais o garoto que vivia me pedindo mais limite no cartão de crédito, eu vejo um homem, um pai.

— Mas porque teve que se afastar assim, podia ter apenas me tirado o dinheiro. — O ômega voltou a murmurar choroso, dessa vez sendo abraçado por seu pai.

— Você realmente acha que eu conseguiria te dizer não para qualquer coisa que pedisse? — Wooyoung fez um bico ainda maior nos lábios e não respondeu porque sabia que seu pai nunca lhe falava não. O maior motivo de ter crescido como um garoto mimado estava em sua frente.

Wooyoung era o filhinho do papai, tinha um alto limite no cartão de crédito para comprar o que quisesse, havia ganhado um carro assim que completará a maior idade, e jamais havia se preocupado com responsabilidade alguma, seu pai pagava seu aluguel, suas contas, e todos os seus desejos e mesmo que não se orgulhasse tanto de ter sido como foi, ele sabia que era imaturo e infantil e que se seu pai tivesse passado a mão em sua cabeça como sempre havia feito, ele não estaria nenhum pouco preparado psicologicamente para ser pai.

— Eu e sua mãe conversamos muito naquele dia, eu fiz uma escolha por impulso ao dizer aquelas coisas e te cortar a mesada, mas ela me tranquilizou  depois dizendo que achava que poderia ser bom pra você.

— Aquela traidora sabia de tudo então. — Wooyoung se apertou nos braços do pai, não estava realmente irritado com a mãe, mas um pouco chateado por ela ter compactuado com aquilo.

— Eu nunca achei que precisaria te forçar a crescer, filho, eu sabia que você acabaria amadurecendo com o tempo, querendo ou não, mas um bebê exige muito mais do que dinheiro para ser criado, e eu não conseguia ver você conseguindo passar por isso com a maturidade que possuía naquela época, eu sei que fiz uma aposta perigosa, e eu estava pronto para ser odiado se fosse o necessário para que você se tornasse um bom homem e um bom pai para o meu neto.

— Mas e se eu não conseguisse me organizar com o dinheiro que restou?

— Eu nunca te deixaria desamparado nesse quesito, sua mesada era colocada todo mês em uma conta que esta sua mãe, ela ficaria encarregada de te dar mais dinheiro caso você precisasse a qualquer momento. — O homem riu um pouco. — Você sempre foi muito teimoso e orgulhoso então não foi uma surpresa saber que você deu um jeito na questão financeira, mas a forma como você cresceu nesse tempo, isso foi uma grande, e muito boa surpresa. Eu nunca estive tão orgulhoso de você.

— Pai…— O ômega se desatou a chorar ainda nos braços do mais velho, lhe apertando muito e matando toda a saudade que sentiu naqueles dias.

— Eu te amo mais do que a mim mesmo, meu amor, e agora que também é pai acho que consegue entender isso. — Wooyoung acenou com a cabeça, porque ele sabia. Sabia muito bem a sensação de amar alguém mais do que a si mesmo.

— Eu te amo muito, pai.

— Eu vim aqui te pedir desculpas e uma nova chance pra voltar pra sua vida — O homem começou a falar se afastando um pouco do filho para lhe encarar. — Mas eu não esperava topar com um alfa e uma tão familiar. Sua mãe me disse que estava namorando, mas não me deu detalhes, eu não fazia ideia de que estavam morando juntos. — Wooyoung corou até as pontas das orelhas.

— Na verdade eu moro no porão, tem uma espécie de apartamento lá e eu aluguei alguns meses atrás, mas acabei me envolvendo com o San. — O ômega sorriu. — Ele é o melhor alfa que eu poderia ter, pai, e o Yejun é tão perfeito que eu não consigo não sorrir ao falar sobre ele.

— O garotinho? — O homem perguntou curioso.

Conhecia bem aquele brilho nos olhos do filho, eram os mesmos brilhos que apareciam em seus olhos ao olhar para Wooyoung. Era o brilho do maior e mais puro amor que podia existir. Sentiu seus olhos inundarem  e não conseguiu segurar o choro. Estava tão orgulhoso que mal sabia o que dizer ao filho .

— Foram apenas quatro meses e você já montou uma família, tão veloz quanto sua mãe mesmo. — Limpou as lágrimas vendo o filho rir. — Ele não é o pai do bebê, certo? — Perguntou incerto.

— Agora ele e — Wooyoung foi direto já que não gostava muito daquele assunto. Às vezes esquecia que não havia sido San a colocar aquele bebê dentro de si, porque o alfa parecia o amar cada dia mais e mais forte.

— O garotinho parece ter te adotado como pai também. — o alfa continuou, querendo saber mais sobre como andava a vida do filho.

— E eu o adotei como filho. — Wooyoung sorriu bonito como sempre sorria ao falar do altinha e seu pai suspirou, não sabendo se caberia tanto orgulho dentro de si. Havia sonhado por muito tempo ver Wooyoung amadurecendo, tomando conta de si mesmo construindo uma família. Não que desgostasse de estar sempre cuidando dele, ele amava cuidar de seu filho, mas tinha medo de partir daquele mundo sabendo que o ômega ainda dependia de si.

— Com licença. — Ouviram a voz do alfa que havia acabado de descer as escadas.

— Yejun dormiu? — Wooyoung perguntou assim que viu o namorado.

— Sim, mas completamente contrariado por você não ter contado sua história. Ele disse que vai querer duas amanhã. — O alfa sorriu e Wooyoung acabou rindo porque sabia que o garotinho nunca sequer conseguia ficar acordado até o fim de uma única história.

— Tudo bem, eu vou apresentar vocês. — O moreno se levantou sendo seguido pelo mais velho.

— San esse é o meu pai, — Apontou para o mais velho. — Papai, esse é o San meu alfa.

Senhor Jung se surpreendeu pela forma a qual Wooyoung havia chamado o homem, mas o que o surpreendeu ainda mais foi ver a forma como San havia sorriso orgulhoso com aquelas palavras e a forma como ele olhava para seu filho, com tanto carinho e tanto cuidado que soube que não precisava se preocupar, não com ele.

— Muito prazer, senhor Jung. — San estendeu a mão, mas o mais velho apenas o puxou lhe dando um abraço caloroso.

— Muito prazer, garoto. Obrigado por tomar conta do meu filho.

No dia seguinte Yejun amanheceu com dor de garganta e por isso San e Wooyoung acharam melhor que ele não fosse à aula. Porém tinham o problema de não poderem ficar em casa com ele. Choi tinha o dia quase lotado com consultas que não poderia adiar e Wooyoung tinha uma prova pela tarde.

O garotinho não parecia realmente doente, provavelmente acordaria algumas horas mais tarde, cheio de energia, mas mesmo assim o ômega e alfa acharam melhor não arriscar mandando-o para o Colégio, seria bom que ele descansasse por aquele dia para estar totalmente boa no dia seguinte.

— Sunmi tem reunião daqui uma hora e Sooyoung não atende o celular. — O alfa suspirou, não seria nenhum  pouco bom ter que cancelar todas as consultas daquele dia, mas não via outra alternativa.

— Posso pedir pro meu pai ficar com ele, se estiver tudo bem pra você, é claro. — O ômega deu a opção já sabendo que provavelmente o alfa negaria, por mais que tivesse plena confiança em seu pai, sabia que para San  ele era praticamente um estranho.

— Eu não sei… — O alfa suspirou incerto.

— Vamos fazer assim então, eu fico aqui até o horário da minha prova e então levo ele pra faculdade comigo e peço pro meu pai ficar com ele por lá só enquanto eu faço a prova. — Wooyoung deu uma segunda opção, achando que o alfa se sentiria mais confortável sabendo que ele e com muitas pessoas observando. — Ele provavelmente já vai estar bem melhor pela tarde, e não acho que ele vá ficar feliz trancado em casa.

— Você tem razão, acho que essa é uma boa opção, mas tem certeza que não vai ter problema levá-lo para lá? Vão criar ainda mais fofocas sobre você. — O alfa abraçou a cintura do moreno sentido a barriga graninha do mesmo encostar em si. — Como está o nosso bebê hoje?— Passou uma das mãos pela barriguinha bonita tirando um riso do mesmo.

— Dormindo. — Respondeu sorrindo.

— Temos um bebê preguiçoso.

— Se parece com o pai. — A frase saiu tão naturalmente dos lábios do ômega e San sorriu maravilhado porque sabia que Wooyoung estava falando de si. Choi tinha muitos problemas para acordar de manhã e sempre que tinha uma folga gostava de dormir até tarde, ao contrário do ômega que acordava religiosamente às sete todos os dias, precisando ou não.

Mesmo não sendo o pai biológico daquele bebê, ele se sentia como pai sempre que passava as mãos pelo relevo bonito, sempre que passava em comprar algumas roupinhas, ou pesquisava na internet sobre cadeirinhas de carro para recém nascidos . San se sentia pai daquele bebê porque ele era filho de Wooyoung e não havia uma única coisa que viesse de Wooyoung que San poderia não amar.

Minutos depois o alfa se despediu e Wooyoung resolveu arrumar um pouco a casa e dar mais uma lida em seus materiais enquanto Yejun não acordava.

O menino acordou três horas depois, senhor nenhuma dor, e completamente cheia de energia assim como havia previsto. Wooyoung conversou com ele sobre o "tio" da noite passada e ele logo estava pedindo para conhecer o vovô, completamente animado, pois era a primeira vez que tinha um.

Kwansu ficou radiante ao receber a proposta de almoçar com eles e não demorou até voltar a casa. O homem sabia lidar muito bem com crianças,Wooyoung sabia disso, e Yejun o adorou imediatamente se sentindo à vontade em brincar com ele com quase todos os brinquedos que possuía, ficando feliz por ele não se importar de ser o bailarino enquanto ele era o astronauta.

Assim se manhã e boa parte da tarde se passou em um piscar de olhos e logo os três estavam andando pelo campus da faculdade, o garotinho completamente maravilhado com o lugar tão grande e cheio de árvores.

— Pai, fica aqui com ele, vou fazer a prova rapidinho e já volto. — Wooyoung começou assim que chegaram em frente a sua sala. — Ele vai pedir sorvete assim que eu virar as costas, e vai fazer uma carinha muito linda, mas não caia, ele não pode tomar sorvete porque amanheceu com dor de garganta, tudo bem?

— Filho, eu sei como cuidar de um anjinho desses, cuidei de você a vida inteira. — O homem riu da preocupação exagerada do moreno.

— Tudo bem. — Wooyoung suspirou se abaixando para ficar na altura de Yejun. — Eu vou ter que entrar na sala, Anjinho, você não pode tomar sorvete… — Vou um bico se formar nos lábios da criança. — Por favor, não corra por aí, tá? Fique perto do vovô, e se acontecer qualquer coisa você pode gritar e eu juro que venho correndo, tudo bem?

O garotinho acenou com a cabeça e deu um abraço bem apertado no ômega lhe desejando boa sorte na prova e prometendo se comportar bem direitinho para que os papais ficassem orgulhosos , mas assim que Wooyoung lhe deixou um beijo na testa e entrou na sala de aula o garoto sorriu sapeca, colocando sua melhor carinha fofa e dizendo todo manhosinho para o novo vovô:

— Vovô, não pode nem um pouquinhozinho de sorvetinho?

Quando Wooyoung saiu da sala viu o pequeno alfinha com uma barra imensa de chocolate em mãos e a boca completamente lambuzada pelo doce, em seus lábios um sorrisinho satisfeito. Encarando o mais velho com as sobrancelhas arqueadas vendo o mesmo ruborizar envergonhado.

— Você não disse nada sobre chocolates.

— É papai, o que não é proibido é permitido. — Yejun falou exatamente como havia ouvido Sooyoung falando uma vez e o ômega revirou os olhos, cansado demais para briga por aquilo.

— Pode comer até metade da Barra, o restante a gente guarda pra depois do Jantar, tudo bem? — O menino concordou e então Wooyoung sorriu satisfeito. — Vamos pra casa.

Já era quase noite quando San  chegou em casa, completamente cansado, mas ansioso para poder ver seu ômega e filhotes. Assim que adentrou a residência pode sentir o cheiro da comida sendo preparada e as vozes vindas da cozinha. A única diferente que tinha para os outros dias é que naquele havia uma voz a mais.

Cumprimentou seu sogro e beijou Wooyoung e também Yejun que estava muito feliz lhe contando sobre o dia com papai Wooyoung e o vovô, sobre a escola grandona que tinha ido e sobre a barra de chocolate que tinha comido só pela metade porque comeria o restante depois do jantar.

Todos os adultos ouviam tudo atentamente, sorrindo felizes com o  brilho que o garotinho exalava quando estava feliz daquele jeito. San aproveitou quando Kwansu foi até a sala para atender o telefonema para roubar mais alguns beijos de seu ômega, recebendo reclamações de Yejun que dizia que também queria carinho.

Mas o clima feliz e agradável não durou muito, pois logo Kwansu voltou para a cozinha mais parecendo um pouco abatido e muito confuso. Wooyoung rapidamente andou até ele perguntando o que havia acontecido para que ele estivesse daquele jeito do nada, e o homem apenas suspirou,pensando em como dar uma notícia daquela quando todos pareciam tão felizes. Na verdade nem mesmo sabia se aquilo era realmente algo ruim, mas sentia que sim, sentia que algo muito errado estava para acontecer, e por isso prometeu a si mesmo que faria o possível e o impossível para manter seu filho feliz como ele estava, custasse o que custasse.

— Wooyoung, acabei de receber um telefonema da minha secretária dizendo que um tal de Lee Byunjae quer agendar uma reunião comigo o mais rápido possível. — O homem viu o olhar confuso do filho e então continuou, não queria falar, mas era melhor que o ômega soubesse por ele. — Eu não sei quem é ele, mas aparentemente ele quer conversar sobre o futuro de nosso neto.

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