Capítulo 03 -Boas sensações
Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .
Boa leitura a todos!
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Wooyoung havia se adaptado mais do que bem na nova casa, apesar do quarto pequeno demais, estava feliz por poder economizar uma boa parte do dinheiro que ganhava no estágio já que sua mãe continuava a mandar a mesada habitual, e também já tinha um bom dinheiro guardado que havia conseguido com a venda dos móveis e a troca de carro, estava tranquilo quanto a qualquer imprevisto monetário, suas notas na faculdade estavam melhores do que nunca e ele estava muito orgulhoso de si mesmo.
Não havia mais visto a cara do ex namorado, e isso também era mais um ponto positivo em sua nova vida, além de poder ver quase todos os dias Choi San e o pequeno Yejun o qual sempre arrumava uma desculpa para descer até seu andar para brincar um pouco, e mesmo sem saber, acabava o alegrando muito.
Já San estava sempre preocupado do filho o estar atrapalhando, já que mesmo que o ômega parecesse bem feliz brincando com ele, ele podia muito bem apenas estar sendo educado e não queria que um universitário ocupado como Wooyoung acabasse indo mal nas provas porque o pequeno não o deixava estudar devidamente.
Por isso naquele dia em específico estava completamente desgostoso com a situação.Mesmo que fosse raro, às vezes alguma emergência odontológica era marcada de última hora no consultório Choi, e era exatamente o que acontecia naquela quinta feira. San teria que passar a próxima 1 hora moldando os quatro dentes da frente de um garotinho de 12 anos que havia caído de uma árvore, e mesmo que fosse simples, ainda tomaria seu horário de almoço.
Olhou para o aparelho em sua mão por mais um instante antes de voltar a resmungar sobre a irresponsabilidade da irmã mais nova que não o atendia de forma alguma. Infelizmente Sunmi não podia buscar Yejun na escola já que tinha uma reunião, e sua única saída era implorar para Sooyoung ir buscar o pequeno alfa após sair das aulas, mas a mesma não atendera a qualquer uma das ligações que ele havia feito.
— Que droga! — Resmungou novamente. — Não acredito que vou enchê-lo com isso. — Suspirou fundo ao ir para o novo contato no celular. — Ele me deu o número pro caso de alguma emergência e não pra pedir favores. Que droga! — Resmungou mais uma vez enquanto ouvia a chamada sendo realizada.
— San ? — Ouviu a voz do ômega soar em sua orelha ouvindo junto um "Uau, já estão assim?" De uma voz que achou ser a do amigo dele, além de um "Cala a boca" em resposta.
— Oi, Wooyoung. Desculpa estar ligando assim, mas preciso de um favor, e não tinha como pedir pra outra pessoa. — Foi direto, pois não queria tomar ainda mais tempo do garoto.
— Claro, do que precisa?
— Tenho um procedimento de emergência e não vou ter como ir buscar o Yejun na escola, minhas irmãs também não podem, então você poderia buscá-lo pra mim quando suas aulas acabarem? — Suspirou novamente pensando no trabalho que estava dando ao outro.
— Claro, não se preocupe! Ele estuda na Honsei, certo?
— Obrigado mesmo, está me salvando, pode levá-lo pra almoçar onde quiser, sempre deixo um dinheiro com ele nesses casos de emergência, então não se preocupe em usá-lo.
— Ah, não se preocupe com isso. — O ômega riu baixinho. — Ele fica no centro esportivo da Honsei nas quintas depois do almoço, né?
— Sim, eu vou tentar ligar para minha irmã de novo e eu te aviso assim que conseguir pra que ela possa levar o Yejun, apenas buscá-la na escola já me ajuda muito.
— Sério, não se preocupe com isso, sua imã deve estar ocupada e eu só entro as duas no estágio, então posso buscá-lo, alimentá-lo e ainda deixar ele no centro esportivo com tempo de sobra. É tudo caminho, de qualquer forma. — O alfa suspirou contrariado arrancando outro riso do mais novo. — Você se preocupa demais Choi, adoro passar um tempo com o Yejun, nunca é incomodo, então pode ficar tranquilo. — San acabou rindo um pouco dessa vez se dando por vencido finalmente.
— Tudo bem então.
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Honsei era a melhor escola de ensino infantil e fundamental de toda Seul e as mensalidades absurdas provavam toda a estrutura que o lugar continha. San não era rico, mas não se importava de gastar boa parte do seu salário de dentista para proporcionar ao filho a melhor educação que podia, além é claro de ter se aproveitado da vez em que os dois filhos do diretor do colégio precisaram reconstruir os dentes da frente em pleno domingo a tarde, após trombarem um com o outro em uma cama elástica.
Quando recebeu a ligação da assistente se perguntou por que a garota havia o importunado às duas e meia da tarde de um domingo, mas ao ouvir o nome de quem precisava urgentemente de um dentista, ficou feliz de ter com toda certeza a melhor assistente do mundo, pois aquela consulta seria finalmente a garantia de que o filho poderia entrar na melhor escola de Seul no próximo ano.
A criança havia se adaptado muito bem àquele colégio, uma vez que além das aulas normais pela manhã, a escola oferecia diversos cursos e aulas extracurriculares durante toda à tarde, assim o pequeno alfa com energia de sobra podia se divertir nas aulas de natação, piano, ballet, inglês e kung fu, todas muito bem organizadas durante as tardes dos dias de semana. A escola era sim bem mais cara do que as outras, mas pelo menos San não precisava se preocupar com babás para ficar com o filho durante a tarde, e nem em pagar diversos cursos separados para que o alfinha gastasse suas energias. No fim, o valor compensava e muito.
Yejun se dava bem com todos os outros alunos de sua sala, nunca havia brigado com ninguém e ficava feliz brincando com quem quer que fosse, mas havia um menino em especifico que parecia gostar muito de pegar em seu pé. Jeong Cho in era o único garoto alfa além do Choi naquela sala, e parecia gostar muito de criar situações onde eles podiam competir e mesmo que Yejun fosse muito calmo e não se importasse com a maioria das coisas que o Jeong dizia, seu espírito alfa não podia deixar uma competição saudável de lado.
Naquele dia, Cho in estava particularmente irritante falando aos quatro ventos que teria uma irmãzinha alfa para cuidar em poucos meses e como a maioria ali naquela sala ainda eram filhos únicos, estavam todos maravilhados com a notícia. Já era quase hora da saída, e todos os alunos estavam esperando os pais no pátio de recreação onde ficava o portão de saída.
— Minha mamãe disse que o papai plantou uma sementinha na barriga dela, então todos vocês podem ter um irmãozinho ou irmãzinha mais pra frente também, é só pedir pro papai ou mamãe alfa plantar a sementinha no papai ou mamãe ômega ou beta. — O garoto de cabelos castanhos disse exibido, mostrando que conhecia tudo sobre o assunto. — Quase todos vocês, né? Precisa ter dois pais, então nem todo mundo pode ter um irmãozinho. Que pena. — Olhou diretamente para Yejun, este que apenas revirou os olhos para o garoto e voltou a pintar seu desenho. — Que foi, Yejun? Está triste porque não pode ter um irmão ou irmã?
— Eu posso, e vou ter mais pra frente, mas não tenho tempo para ouvir suas histórias, estou ocupado. — Apontou para o desenho que estava fazendo nem notando a tonalidade vermelha que atingiu as bochechas do outro menino.
— Não sei como, já que você só tem um papai alfa. Não tem como. — O garoto mostrou a língua para Choi que novamente revirou os olhos.
— Ai, Cho in , você é tão desatualizado. — Riu como via sua tia Sunmi rir quando estava provocando seu papai usando também a nova palavra que havia aprendido com sua outra tia. — Acontece que eu tenho um papai ômega agora, e ele mora comigo e com meu papai alfa.
— Você está mentindo.
— Não acredita se não quiser então, ué. — Deu de ombros voltando a seu desenho. — Mas ele é o ômega mais lindo do mundo, parece o anjinho do filme que a gente assistiu com a professora. — Vários outros alunos da sala que estavam ali assistindo a disputa entre os alfas começaram a cochichar sobre o anjinho do filme ser realmente bonito o que deixou o Jeong ainda mais irritado por estar perdendo o foco da atenção.
— Aquele é um ator, por isso é bonito daquele jeito, pessoas normais não são assim. Meu papai me disse. — Empinou o nariz contrariado.
— Mas o papai alfa do Yejun também é tão bonito quanto o ator daquele outro filme que a gente viu. — Um garoto beta sentado a esquerda de Cho in disse inocente recebendo um olhar mortal do menino.
San era conhecido por todos ali na escola e também entre os pais dos outros alunos como o pai mais bonito e mais novo daquela escola, isso porque a grande maioria dos pais já havia passado dos trinta anos. Era raro um coreano ter filho tão cedo quanto o alfa.
— É claro que ele está mentindo, está com inveja porque vou ter uma irmãzinha alfa muito linda. — Novamente empinou o nariz e novamente Yejun revirou os olhos.
— Não preciso ter inveja porque quando eu tiver um irmãozinho vai ser um menino ômega tão bonito quanto meu novo papai.—
E como num time perfeito a professora apareceu ali acompanhada, fazendo com que todas as crianças ficassem boquiabertas, principalmente Cho in que se irritou ainda mais.
— Yejun, Jung Wooyoung veio te buscar. — A professora disse ainda um pouco incerta já que era a primeira vez que o garoto aparecia ali, mas ficou aliviada ao ver o sorriso imenso no rosto do menino e esse correr para os braços dele que o pegou no colo com todo carinho.
— Vai almoçar comigo hoje, príncipe. — Wooyoung beijou uma das bochechas do garotinho recebendo em troca vários beijinhos pelo rosto.
E ao virar as costas para ir embora após se despedir da professora e dos pequenos alunos, ele não viu o garotinho, em seus braços dando um sorriso convencido em direção ao pequeno alfa que ficava para trás com um bico nos lábios e vermelho de raiva.
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Tudo naquele dia parecia estar dando errado para San , além de todas as crianças terem resolvido quebrar os dentes no mesmo dia. Aconteceu que mesmo ele tendo prometido a si mesmo que não voltaria a incomodar Wooyoung com seus problemas, acabou que no fim do dia estava lá ele novamente ligando para o moreno para pedir novamente que ele buscasse Yejun no colégio, isso porque outra criança, dessa vez um garotinho muito parecido com seu próprio filho, havia se acidentado enquanto brincava e precisava restaurar os dois dentes da frente os quais o pequeno mal os havia trocado e já havia perdido metade de cada um.
Wooyoung novamente não se importou nenhum pouco e foi muito feliz buscar o alfinho no centro esportivo, este que ficou mais do que satisfeito em poder mostrar o ômega bonito mais uma vez para todos seus coleguinhas, mantendo a pequena mentirinha que havia contado mais cedo naquele dia.
O pequeno sabia muito bem que aquilo era errado, mas em uma conversa pelo telefone com sua tia Sooyoung há poucos dias atrás havia entendido muito bem a mais velha dizendo que se o ômega era mesmo tão maravilhoso como ele e o próprio San fizeram parecer, então seria questão de tempo até que eles estivessem se pegando por ai. Yejun não sabia o que significava "estar se pegando por ai", mas achou que era algo relacionado a casamento e por isso estava muito feliz, porque depois do casamento com toda certeza seu irmãozinho nasceria.
O céu já estava escuro quando San finalmente chegou à sua casa, seu corpo doía pelo cansaço e tudo o que ele desejava era um banho demorado e alguma comida bem gostosa que pediria pelo aplicativo como sempre, mas para sua surpresa, assim que passou pela porta de entrada um cheiro muito bom invadiu suas narinas assim como seu ouvido captou a risadinha bonita do filho.
Andou até a cozinha e se surpreendeu ainda mais ao ver o filho sentado a mesa enfeitando um prato de salada enquanto o ômega moreno desligava o fogão o qual havia três panelas que cheiravam mais do que bem.
— Wooggie, eu fiz uma salada bem bonita pro papai. — A voz infantil soou alegre e Wooyoung se virou para ele sorrindo maravilhado.
— É a salada mais bonita que já vi, seu pai vai amar.
— Vou mesmo. — Wooyoung e Yejun se assustaram com a voz do alfa que estava observando tudo encostado no batente da porta e o garotinho logo deixou a salada de lado para dar as boas vindas ao mais velho.
— Papai! O Wooggie fez o jantar e me buscou na escolinha, ele pode me buscar todo dia? — O garotinho correu animado se jogando nos braços do pai que o pegou com carinho.
Wooyoung sorriu se derretendo completamente com a cena não conseguindo frear os pensamentos de que em alguns anos seria ele ali, recebendo um abraço do seu filhote após chegar do trabalho.
Esperava que as coisas para si dessem tão certo quanto haviam dado para San, mesmo que soubesse que isso era completamente improvável, infelizmente, na sociedade em que viviam a diferença entre um pai alfa solteiro e um pai ômega solteiro eram absurdas, além de todo o preconceito que os ômegas sofriam, também era muito mais complicado para eles conseguirem bons empregos, quase impossível quando se tinha um filho. Mas Wooyoung estava mais do que pronto para suportar qualquer coisa, no fim sabia que era um ótimo aluno na faculdade, o melhor estagiário em sua empresa e futuramente seria o melhor em sua área e provaria que podia fazer tudo ainda melhor do que qualquer alfa e ainda criar muito bem seu filho sem nenhuma ajuda. Ele seria forte e daria para seu bebê tudo quanto podia.
— Esse cheiro está ótimo. — Saiu dos pensamentos ao ouvir o elogio de San e ver o mesmo abrindo as tampas das panelas. — Obrigado, Wooyoung. Você me salvou duas vezes hoje e ainda fez o jantar.
— Não precisa agradecer por isso, eu adoro cozinhar e adoro ainda mais o Yejun. — O ômega sorriu bonito enquanto pegava os pratos em cima da mesa pequena que ficava na sala de jantar.
San apenas acenou com a cabeça e sorriu feliz pensando em como tinha sorte do moreno ter alugado seu porão. A verdade é que ainda não entendia o porquê do ômega estar morando ali quando ele claramente podia morar em um lugar melhor, suas roupas de marca e o carro que possuía ao chegar ali não mentiam, Wooyoung levava uma vida muito boa. Então porque resolverá se mudar para o porão de uma casa?
Já havia pensando isso muitas vezes e em todas havia chego à conclusão de que provavelmente os pais do ômega estavam passando por uma situação financeira ruim, ou o garoto apenas estava tentando não depender mais dos pais e viver por conta própria. Em qualquer uma das alternativas tinha certeza que tudo daria certo para o moreno.
Vendo o garoto seguir para a sala de jantar para colocar a mesa, colocou o filho no chão e pegou uma das panelas para ajudar o ômega.
Logo estavam os três sentados na sala de jantar comendo, o alfa estava maravilhado com a comida boa e não poupava elogios enquanto a alfinha dizia querer comer aquilo todos os dias pelo resto da vida.
— Percebi que vocês tem muitos congelados na geladeira, e Yejun me disse que comem pizza varias vezes por semana. — Wooyoung começou aquilo que queria conversar com Choi desde que havia ouvido a criança se queixar das pizzas mais cedo. Havia sido a primeira vez que ouvia alguém reclamar de comer pizza. — Não quero parecer intrometido, mas não é bom que uma criança tenha uma alimentação assim.
San corou um pouco envergonhado e parou de comer para beber um pouco do suco natural de melão. Ele sabia muito bem que tudo aquilo era verdade, mas não tinha alternativa.
— Eu sei e me envergonho muito por isso, mas sou horrível em cozinhar qualquer coisa, então me resta fazer algum prato congelado ou pedir em restaurantes. — Suspirou ao ouvir o filho resmungar que "A comida do papai é muito ruim". — Até o ano passado minha irmã mais nova morava com a gente e ela sempre preparava as refeições, mas ela foi morar sozinha e nós estamos nessa situação desde então, já tentei aprender pelo menos o básico, mas é muito mais difícil do que parece.
Wooyoung riu um pouco achando graça da falta de habilidade do alfa. Sua família não era das mais tradicionais, por isso antes do divórcio de seus pais o ômega lembrava com exatidão que seu pai era sempre quem preparava as refeições por levar mais jeito, e quando o divórcio saiu e o homem se mudou para Seul, lembrava-se da mãe fazendo de tudo para aprender algumas receitas.
Apesar de não gostar da escola que frequentou por ela seguir padrões tradicionais preconceituoso e que colocavam os ômega em um nível de submissão, ele agradecia por ter tido aulas de culinária naquele lugar, pois quando fora morar sozinho não havia tido qualquer problema com isso.
— Eu realmente entendo, San, e eu posso ajudar se vocês quiserem. — Viu o alfa prestar ainda mais atenção em si então continuou. — Eu cozinho para mim mesmo todos os dias, eu não me importaria de cozinhar para nós três, a verdade é que me sinto um pouco solitário comendo sozinho.
— Tem certeza que não vai ser um incômodo? — O moreno perguntou um pouco preocupado, vendo apenas o outro acenar com a cabeça. — Também quero que me prometa que não vai se obrigar a preparar nada quando estiver cansado, indisposto ou se apenas não estiver com vontade, não quero que seja uma obrigação.
Wooyoung sorriu com a preocupação do mais velho, fazia muito tempo que um alfa se preocupava e cuidava daquela forma de si e foi inevitável corar um pouco, o que aos olhos de San era a coisa mais fofa do mundo, depois de seu pequeno, é claro.
— Minha barriguinha está tão cheia e feliz. — A criança murmurou parecendo completamente exausto de uma hora para a outra.
— Isso quer dizer que é hora do banho e depois de dormir. — O alfa acariciou os cabelos lisos do pequeno que fez um bico emburrado antes de levantar e se jogar no colo de Wooyoung.
— Wooggie, da banho no Principezinho, por favorzinho?
— Mas que garotinho abusado. — O alfa ralhou com o filho que aumentou ainda mais o bico fazendo Wooyoung rir e abraçar o pequeno.
— Eu adoraria.—
Aquela havia sido a primeira vez que San se sentiu estranho ao ver Wooyoung e Yejun juntos. Não era um estranho ruim, de forma alguma, mas de algum jeito foi o suficiente para deixar o alfa apreensivo.
Iria esperar para ver o que aquela sensação gostosa significava, não queria de forma alguma ficar paranóico por aquilo então suspirou e foi limpar a cozinha enquanto sabia que seu filho estava em boas mãos.
Wooyoung deu banho no pequeno e depois o colocou para dormir lhe contando uma história e quando viu que Yejun dormia profundamente deixou um beijo em seus cabelos escuros e desceu as escadas vendo San sentado no sofá com uma taça de vinho nas mãos exatamente como na vez anterior. Talvez ele gostasse de apreciar um bom vinho no fim de noite.
— Você não bebe, certo? — Ouviu a voz bonita e lhe sorriu.
— Não no momento.
— Estou surpreso com o quanto ele está apegada a você. Obrigado, Wooyoung.
— O ômega sorriu novamente com o agradecimento que ao seu ver era completamente desnecessário. Andou até o sofá e se sentou ao lado do alfa.
— Acho que eu sou quem mais se apegou, ele é perfeito. — O alfa riu levemente, porque sempre que alguém elogiava seu filho se sentia como o homem mais feliz do mundo. Sabia que assim como qualquer outra pessoa, seu filho tinha defeitos, mas lhe enchia o coração ver que mais alguém conseguia o ver como ele mesmo via, Yejun era completamente perfeito à seus olhos, e sempre seria.
— Obrigado. — Voltou a agradecer fazendo o ômega rir alto. Com toda certeza aquela era a risada mais bonita que o moreno já havia ouvido.
— Está me agradecendo por muitas coisas hoje, mas a verdade é que não fiz nada demais.
— Não quero que pense que precisa ficar me fazendo favores apenas por morar aqui, Wooyoung. É educado e gentil demais, tenho medo que não saiba recusar quando não quiser ou não puder fazer algo. — O alfa foi sincero recebendo apenas uma careta do outro.
— Não sou tão educado ou gentil quanto pensa, San , sei muito bem dizer não quando quero, mas eu não queria. — Sorriu. — Eu realmente adoro o Yejun , buscaria ele na escola todos os dias se pudesse, e estou feliz por poder preparar o jantar. Antes do divórcio dos meus pais nós sempre jantávamos juntos e mesmo depois eu e minha mãe continuamos com isso, então desde que fui morar sozinho venho me sentindo solitário nesse momento.
O alfa apenas observava o moreno com a mesma sensação pairando a boca do seu estômago. Sentia uma vontade enorme de abraçá-lo ao ver o rosto um tanto triste ao se lembrar do passado e como se seu corpo agisse no automático ele rodeou o corpo menor que o seu e acariciou seus cabelos enquanto o apertava de leve.
Wooyoung corou arregalando os olhos ao sentir um abraço tão reconfortante. Seu coração parecia querer sair do peito e seu estômago rodou como se tivesse borboletas dentro dele, sentia seu rosto quente como brasa e seu coração aquecido como quem toma um chocolate quente enrolado nas cobertas em pleno inverno.
Tão cedo quando seu coração poderia aguentar, mas ainda cedo demais para o que seu corpo pedia, o alfa se afastou, estando tão corado e sem jeito quanto ele próprio.
— Desculpe, eu... me desculpe. — San suspirou tentando acalmar a mente para buscar uma desculpa plausível para seu ato impensado e invasivo, mas não conseguia pensar em nada.
— Obrigado, San . — Vendo como o alfa estava tímido diante da própria ação,Wooyoung tentou deixá-lo mais calmo. Sorriu enquanto pegava uma das mãos do alfa e apertava levemente, antes de se levantar. — Já está ficando tarde então vou indo. Boa noite San . — O alfa sorriu também levantando e lhe acompanhando até a porta para o sótão.
— Boa noite Wooggie.
Eles não sabiam, mas naquela noite teriam exatamente o mesmo sonho, onde aquele abraço nunca terminava.
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