o sombrio
" Há algo sombrio no meu peito que me faz escrever bons poemas
Há algo sombrio no meu peito que se mistura com a bebida e o cansaço
Isso me faz bem, mesmo quando estou sozinho
É a única companhia em madrugadas de chuva
A vida não é mais doce, a vida é mais sincera
Tenta ser sincera
E escondo no vazio do peito
Escondo das ruivas
Das prostitutas e das garrafas
Escondo atrás do blues e do jazz
Escondo atrás da noite
Ela tá acabando comigo
Acabando com meus versos de amor
Me puxa para frente do papel
Onde a caneta faz o que quiser com meu mundo
E escondo ela, escondo na solidão e nas vaginas
Nos carinhos baratos e nas orgias mais baratas ainda
A vida me soca e eu caio
Levantar não é opção
Levantar é obrigação
Onde os fracos não tem vez
É dentro do peito vazio
O lugar onde nem eu mesmo conheço
Talvez Dostoévski, Van Gogh, Bukowski, Dante
Tiveram essa mesma sensação sombria
E a vida me soca mais uma vez
E lona já parece fazer parte do fracasso, do vazio
E onde podemos chorar?
É só quando estivermos sozinhos, acompanhados das paredes pretas."
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