Capítulo 52


                     POV's Piquerez

  Eu tinha acabado de chegar em casa e já fui direto tomar um banho porque daqui a pouco a Barb está vindo aqui para casa e eu prometi que iríamos ficar juntos hoje. Desci para a sala e fui ver alguns números para pedir comida pra nós.

  Sorri largo quando ouvi a companhia e corri para abrir.

- Que saudade eu estava! - Digo abraçando ela e me surpreendo por ela não pular em mim como sempre faz quando me vê depois de uma viagem.

- Oi amor. - Ela diz meia desanimada e eu estanho.

- Tá tudo bem? - Digo fechando a porta e conduzindo ela para se sentar no sofá ao meu lado.

- Aham. - Ela mexe em sua pulseira e eu pego em seu queixo, a fazendo olhar para mim.

- Eu te conheço, por que você tá assim? Aconteceu alguma coisa? - Pergunto preocupado.

- Na verdade aconteceu. - Ela diz pressionando a seu lábio inferior entre os dentes, sinal claro de que ela estava nervosa.

- Pode falar amor. - Peguei sua mão e depositei um beijo ali.

- Antes de tudo eu quero te contar outra coisa.

- Eita, quando tempo ficamos sem conversar? - Ri por ela ter tanta coisa para me falar já que tentamos sempre nos manter informados sobre tudo.

- Então, surgiu uma oportunidade no hospital para quem está fazendo residência em psiquiatria e eu fiz a entrevista com eles.

- E aí?

- Eles me ligaram na sexta-feira e disseram que a vaga é minha se eu realmente quiser.

- Ou seja...

- Eu sairia do Palmeiras para ficar apenas no hospital.

- Eita! - Cocei minha cabeça, eu realmente não esperava por isso - O que você achou?

- Eu acho que é uma oportunidade única, eu estaria na minha área e o salário é sensacional, sem falar que em um futuro próximo eu conseguia uma oportunidade boa lá, já que você sabe que lá é um hospital de referência.

- Verdade.

- O que VOCÊ achou? - Ela se virou no sofá, ficando de lado e fixou seu olhar em mim.

- Amor, eu não vou negar que eu não queria que você saísse de lá não, eu amo ter você lá todos os dias e todos te amam tanto, mas a decisão é sua e é uma oportunidade única.

- Eu tenho alguns dias para pensar ainda mas eu preciso saber da sua opinião, ela realmente é muito importante para mim. - Passei a mão por seus cabelos e dei um selinho demorado nela.

- Fico feliz por você se importar com o que eu penso mas eu quero que você escolha o que seja melhor para você.

- Obrigada. - Ela seca rapidamente as lágrimas que escorrem por seu rosto.

- Amor, você tá chorando? - Abraço ela e beijo sua testa - O que mais você tem para me falar?

- Então... Eu to com fome, o que tem de bom para eu comer? - Balanço a cabeça por ouvir aquilo, Barbara sempre estava com fome.

- Eu já pedi comida para nós, pedi aquele hambúrguer que você tanto ama.

- Que delícia!

- Delícia é você! - Afastei a alça de sua blusa e beijei seu ombro.

- O que você tá fazendo? - Ela pergunta rindo.

- Quero você. - A olho profundamente e colo nossos lábios em um beijo cheio de desejo e saudade, estávamos há um pouco mais de uma semana sem nos ver e eu não posso mentir, eu sou viciado nessa mulher.

- Amor, vamos conversar primeiro? - Ela diz entre o beijo.

- Depois a gente conversa, deixa isso pra depois, tá?! - Apertei sua cintura com uma mão e com a outra eu passei a mão por baixo da sua saia e distribui alguns beijos por seu pescoço lentamente.

- Amor... - Antes que eu pudesse responder a campanhia toca e eu jogo minha cabeça pra trás.

- Salva pelo gongo, hein?! - Sorri para ela e fui abrir a porta e receber os pedidos.

  Enquanto isso a Barb foi organizar a mesa para que possamos comer.

- Quanto tempo eu não comia esse hambúrguer! - Ela diz quase se deitando na cadeira, monstrando o quanto aprovava aquele hambúrguer.

- Faz tempo mesmo amor, você nunca mais veio aqui pra casa. - Passo o polegar na canto de sua boca limpando um pouco de molho que tinha ali e ela riu com aquilo, logo pegando o guardanapo para passar em sua boca.

- Como foram os dias com a seleção? - Perguntou curiosa e eu sorri.

- Foram ótimos, todos estão muito felizes com a classificação para a copa.

- Você estava lindo, eu assisti os dois jogos e eu não gostei que você brigou dentro de campo! - Ela cruzou os braços e eu soltei uma risada alta.

- Aquele cara realmente me estressou muito, filho da puta! - Ela arregalou os olhos já que eu dificilmente falo palavrão perto dela.

  Conversamos durante todo o tempo em que comemos mas eu percebia que tinha algo de estranho com ela, ela não estava tão alegre como normalmente está. Subimos para o quarto para assistirmos algo e eu resolvi perguntar de uma vez por todas sobre o que ela tanto queria falar.

- Quer conversar agora? - Digo abrindo os botões de minha camisa, a tirando e colocando no cabide e sorrio quando percebo que ela estava olhando para meu abdômen.

- Senta aqui! - Ela dá dois tapinhas na cama e assim eu faço.

- O que foi amor? Porque você tá assim tão preocupada?

- Eu não sei muito por onde começar...

- Não gosto quando você começa assim. - Disse impaciente.

- É que... aconteceu uma coisa no Rio de Janeiro.

- Que coisa, Barbara? - Passei a mão pelo meu rosto, impaciente.

- Primeiro eu quero dizer que não significou nada e...

- Fala logo! - Disse ríspido e ela arregalou os olhos.

- O Marcos me beijou. - Ela diz rápido e eu me levanto da cama, me virando de costas para ela e respirando fundo para tentar me acalmar - Mas eu juro que não foi nada demais, na verdade eu afastei ele na mesma hora e...

- Ah não foi nada demais? - Rio irônico e volto a minha atenção para ela - O que eu tanto falei para você, hein?

- Eu sei amor...

- Não me chama de amor, na moral! - Disse nervoso.

- Desculpa tá bom? Você estava certo o tempo todo! - Ela se levantou e foi até mim, pegando em meu rosto mas eu rapidamente tirei suas mãos, a afastando.

- Porra! Eu tinha te falado... Quando foi que isso aconteceu? Foi no dia que eu te liguei e...

- Não Jaoquín, não foi! Foi no domingo e...

- Por isso você estava sonsa no telefone!

- Não fala assim.

- Quer que eu fale como? Eu tinha te pedido no dia anterior para você se afastar dele e você prometeu que faria isso, e no dia seguinte acontece essa merda?

- Não grita, ok? Não precisar gritar!

- Sério mesmo? - Vou até a parede e dou um murro, eu estava nervoso e precisava descontar minha raiva em algo, foi exatamente isso que eu aprendi no boxe.

- Amor, eu prometo que eu não vou mais conversar com ele e...

- Agora que a merda tá feita vai adiantar de que? - Me virei e fiquei de frente para ela - O tanto que eu te pedi, Barbara, desde o começo esse cara nunca me enganou e você continuou dando corda para ele e tá aí o que ele fez, o seu amiguinho tão querido.

- Se for para a nossa conversa for nesse tom é melhor nem conversarmos.

- Tem razão, acho melhor você ir pra sua casa. - Digo sincero e vejo seus olhos encheram de lágrimas.

- Você tá terminando comigo Joaquín? É isso? Você está desistindo de nós?

- Eu não sei Barbara, eu preciso de um tempo!

- Tempo? Você sabe que eu não acredito nesse negócio de tempo.

- Barbara por favor, vai ser melhor assim para nós dois no momento.

  Ela pega a sua bolsa e desce as escadas, eu vou atrás dela para fechar a porta, e percebi que ela saiu com raiva mas eu não vou voltar atrás do que eu falei, desde o começo esse cara tentou estragar nosso relacionamento e ela nunca me dava ouvidos quando eu falava. Assim que eu fecho a porta eu pego um jarro que que tinha em minha mesa e jogo na parede.

  Eu tinha raiva só de pensar nele encostando nela, quando eu imagino ele beijando ela o meu sangue subia e eu não irei deixar isso baixo, custe o que custar, ele cara vai me pagar!

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