Capítulo 26
POV's Piquerez
No dia seguinte eu tive que ir para o Rio de Janeiro, já que tinha um jogo contra o Vasco e em seguida fui para o Ceará, onde tinha uma partida contra o Fortaleza. Eu não vou negar que eu estava morrendo de saudades da Barbara, nós nos falávamos todos os dias mas não era muito já ela tinha muito trabalho no hospital essa semana e eu tinha muitos treinos também.
A minha família voltou para Punta del Este e levaram o Berlin junto com eles já que eu não estava tendo muito tempo para ficar com ele e ele estava cada dia maior, o que não era muito legal para manter ele em um apartamento nessas condições.
Assim que eu voltei para São Paulo, eu tomei uma decisão e conversei com Abel e Leila sobre nós, falei que eu estava gostando da Barbara e eles me surpreenderam muito positivamente. Me deram todo apoio e até falaram que apoiavam muito que nós ficássemos juntos, eu resolvi não contar para Barbara já que eu estava pensando em fazer uma surpresa para ela no sábado.
- Você vai pedir ela em namoro? - Veiga quase gritou assim que eu disse para ele.
- Fala baixo! - Olhei ao redor para ver se tinha alguém por perto e para minha sorte não tinha.
- Mas ela não disse que queria ir com calma? - Veiga arqueia sua sobrancelha.
- Eu sei que ela disse, mas agora é diferente, eu já falei com a Leila e com Abel, e sem falar que nós estamos nos dando muito bem!
- Tirando o ciúmes, né? - Veiga é sincero e eu fecho a cara para ele.
- Como eu disse estamos nos dando bem, eu já melhorei bastante sobre isso e está tudo perfeito, sinto que é o momento certo.
- Eu to ligado que vocês se amam, eu tenho certeza que ela vai aceitar sim, só queria te encher o saco. - Veiga bate em minhas costas.
- Pra variar, né?!
- E já pensou em como será o pedido?
- Eu pensei em muitas coisas mas eu resolvi fazer na minha casa mesmo para ela não desconfiar de nada.
-Eu ia te chamar para você ir em uma festa comigo no sábado, pow!
- Que festa?
- É de uma amiga da Bruna.
- E por que você vai em festa de uma amiga dela? - Franzo o cenho, esperando sua resposta.
- Porque eu também sou amigo dela e do namorado dela, cara.
- Vê lá, hein!
- Eu já disse que não vou mais ficar com a Bruna, já vai fazer um mês que nós não ficamos mais.
- Porque ela não quis, né? - Solto uma risada e ele me dá um tapa na cabeça.
- Vai se fuder, seu bobão!
- Não precisa ficar nervoso, amiguinho. - Agora foi a minha vez de irritar ele.
...
- Oi meu amor! - Barbara fala assim que sai de sua sala e me vê ali no corredor.
- Oi minha princesa! - A puxo pela cintura e a beijo rapidamente.
- Você é louco! - Ela diz olhando ao redor.
- Já acabou seu horário de trabalho! - A abraço de lado e vamos em direção ao estacionamento.
- Mas alguém pode ver.
- Vou te levar para o hospital! - Barbara tinha pedido para eu trazer ela hoje porque seu carro estava com um pequeno probleminha e ela estava com medo de sair com ele enquanto não arrumasse.
- Não precisa, meu bem.
- Eu não perguntei se precisa, eu afirmei que vou te levar. - Dou em beijo no topo de sua cabeça e fomos conversando até o estacionamento do CT.
- Amor, eu preciso de falar uma coisa. - Ela fala enquanto coloca o cinto de segurança.
- É algo bom? - Digo olhando o retrovisor do carro para dar partida.
- Depende. - Ela fala com um tom diferente e eu sinto que não iria gostar daquela conversa.
- O que foi, Barbara? - Pergunto sério.
- Eu nem comecei e você já está me chamando de Barbara? - Eu solto uma risada lembrando de como ela odeia quando eu a chamava pelo nome.
- Desculpa amor, fala o que você quer falar.
- Então... é que.. - Ela fala mexendo em um dos anéis em que usava.
- Você está me deixando nervoso, fala mulher!
- Amanhã eu vou sair para um concerto. - Ela fala rápido e fecha os olhos.
- Amanhã amor? Poxa, eu estava planejando algo legal para nós.
- Podemos ficar juntos quando eu voltar, ué.
- E com quem você vai? - Eu pergunto tranquilo mas percebo que era exatamente isso que ela estava evitando falar.
- Com uma amigo.
- Amigo? - Olho rapidamente para ela e volto a atenção para a direção do carro- O Thiago?
- Não.
- Então quem é? - A olho novamente, agora eu já estava um pouco impaciente.
- Com o doutor Marcos. - Começo a rir, achando que ela estava brincando e ela me olha séria.
- Como assim Barbara? - Passo a mão pelo meu rosto, irritado.
- Barbara? - Ela tenta mudar de assunto mas eu a olho sério- O que que tem?
- Como assim o que que tem? Eu vou te falar o que tem, ele é afim de você, é isso que tem!
- Pra você todo homem é afim de mim.
- Todo homem eu não sei, mas ele é!
- Joaco, escuta bem, ele é só meu amigo, meu colega de trabalho e eu adoro ele. - Eu a encaro por alguns segundos depois do que ela diz- Eu gosto dele, ok? Gosto dele assim como gosto do Thiago, do Guilherme, do Veiga, do Scarpa e do Endrick.
- Vou só te fazer uma pergunta. - Eu faço uma pausa para respirar fundo- Se eu saísse com a Key, você iria gostar?
- Ah Joaquín por favor, não tem nem comparações, você já ficou com ela e por bastante tempo ainda por cima, e eu nunca fiquei e nem vou ficar com o Marcos.
- Por quê? Por que com ele? Por que você não chamou a Sarah ou a Brendha?
- Porque foi ele que me chamou e ele me chamou já faz um mês e...
- Um mês e você vem me falar só agora?
- Nossa, como você está chato, sério!
- Eu to chateado mano, eu não tenho uma boa impressão sobre isso e sem falar que eu já tinha planejado algo legal para nós fazermos amanhã.
- Desculpa amor, mas eu prometo que assim que acabar o concerto eu vou para sua casa, tá bom?
- E que horas vai acabar?
- No máximo dez horas.
Respirei fundo e tentei ser compreensível, levando em consideração que ainda não estamos namorando e que eu não quero que ela se sinta presa ou ache que eu sou um babaca, mas a verdade é que eu sentia que isso não iria dar certo.
- Tá bom? - Ela pergunta depois de perceber o silêncio que reinava no carro.
- Tá bom Barbara.
- Te amo! - Ela dá um beijo em minha bochecha e faz carinho no meu cabelo, enquanto eu dirijo- Sério, eu juro que eu quando eu chegar do concerto a gente vai ter uma noite maravilhosa.
- Eu acho bom. - Digo em um tom malicioso e brincalhão ao mesmo tempo- Você vai ter que me agradar muito.
- E eu não agrado você já?
- Claro que agrada mas eu não quero saber de cansaço nenhum amanhã. - Sorrio para ela e acaricio sua coxa.
- Nossa Joaquín, falando assim parece até que eu sou uma morta.
- Claro que não amor, mas tem dias que você está cansada e eu tenho que segurar a onda, o que eu estou falando é que eu respeito você quando você está cansada de trabalhar mas eu não quero saber de você cansada por ter assistido uma apresentação horrível.
- Ei, não é horrível, ok? Isso é arte!
- A única arte que eu quero saber é você, pra mim arte é você gemendo no meu ouvido. - Olhei para ela que ficou vermelha.
- Para, eu fico com vergonha. - Ela olha pra janela e eu dou risada daquilo.
- Engraçado que na hora de me enlouquecer você não sente vergonha, né?
- É aqui o hospital, pode parar aqui. - Ela ia abrir a porta do carro e eu puxo ela, me aproximando da mesma.
- Ei, não é assim não, você tem que pagar pela viagem. - Ela ri, balançando a cabeça e me beijando- Bom trabalho, te amo!
- Te amo! - Ela manda um beijo no ar para mim e sai do carro, logo se encontrando com uma mulher loira que estava na porta, provavelmente era sua colega Mary, que ela tanto fala. Observo ela entrar e dou partida para ir pra casa.
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