Capítulo 7: Sorvete sabor conselho

As paredes da equipe Ferrari carregavam tantas histórias, tantas lendas da fórmula 1 já sentaram dentro do lugar, era algo que cheirava a sucesso e todos sentiam isso, na verdade quem entrava ali e via aquele escudo na parede só conseguia pensar em ser mais uma lenda da grande torcida tifosi a mais apaixonada da F1. Mas pela primeira vez Arthur não pensava em ser uma lenda quando entrou ali, assim como ele pensava todos os dias quando estava dentro da equipe, os sonhos dele eram de dar muito orgulho a mãe, aos irmãos e ao pai mesmo que esse só fosse estar com ele em seu coração. Naquele dia ele se permitiu relaxar um pouquinho, pensar em outras coisas, pra variar ter pensamentos de um jovem adulto que acabou de sair da adolescência.
O perfume adocicado que ele sentia todo domingo quando tinha almoço de família na casa da mãe adentrou o lugar e ele sabia de quem se tratava.
Maria era namorada do Charles desde 2019 eram 4 anos de uma sólida relação, a modelo conheceu o irmão em uma corrida no Japão onde tinha sido a primeira vez dela em um paddock e Arthur ainda se lembra do amor nascendo nos olhos de Charles
- Hey Maria - ele lhe deu uma piscadinha em comprimento - não sabia que você vinha hoje
- Eu realmente não vinha - a modelo entrou indo direto para a garrafa de café
- Mas ficar longe do Charles é um sacrifício eu entendo - Ele não resistiu em zoar
- Bobão - ela riu bebericando o café - ele não está muito bem com os problemas da equipe você sabe aí eu cancelei uns compromissos e vim dar meu apoio pra ele
- Já que você está aqui posso fazer uma pergunta? - opiniões femininas sempre eram ótimas, ainda mais uma opinião de uma mulher que foi conquistada por um Leclerc
- Claro cunhadinho - ela lhe direcionou sua total atenção porque era raro um Leclerc pedir conselhos , eles normalmente eram muito precipitados e faziam as coisas sem pensar
- O que você viu no Charles? Tipo como ele te conquistou? - na mente Arthur tirou um bloquinho e um caneta para anotar o que ela falaria
- Você quer a ordem cronológica ou alfabética? - ela riu, eram muitas as qualidades de Charles, muito além da beleza que era o que a maioria via pela televisão, Charles era amoroso, atencioso e muito dedicado, Maria sabia a sorte que tinha e ela sempre tentava retribuir tudo que Charles era com ela, ela mesmo tendo seu trabalho de modelo sempre dava uma escapada pra ir ver o namorado correr, com a má fase da equipe ela tentava ao máximo lhe dar todo apoio por que sabia que ele se sentia melhor vendo que tinha as pessoas que amava ali torcendo por ele
- O principal só por favor- ele riu feliz em ver como o irmão era bem cuidado
- Charles foi romântico, e educado, não me tratou como um pedaço de carne, se preocupou todos os dias com meus sentimentos e mesmo com 4 anos juntos ele nunca deixou de me conquistar todos os dias.
Arthur se sentiu feliz em ver que o irmão era amado e amava, mas também se sentiu mal porque não era aquilo que ele estava planejando fazer com a recém chegada ao paddock Rosa Wolff.

Meu Deus como esse lugar é imenso, esse era o pensamento de Rosa pela quinta vez ao dia, ela saiu novamente da equipe porque o calor a obrigou a tomar um sorvete, mas o problema é que ela não fazia ideia onde encontrar sequer um picolé de limão meio derretido, imagina um potinho de sorvete de pistache que era o que ela queria, mais uma vez ela teria que pedir ajuda, ela começará a se sentir brava por não achar nada sozinha no lugar, em um dia ela já teve que falar com mais estranhos do que em anos de sua vida, ela olhou em volta as opções de pessoas para pedir a informação.
Um pouco a sua frente tinha um homem grisalho que usava um uniforme laranja, mas a feição que tinha em seu rosto não era das mais amigáveis e ela sentiu que ouviria um monte de xingamentos se parasse apenas para perguntar que horas eram. Virando novamente a cabeça ela viu outro homem grisalho, o que a fez pensar que ou pra estar na fórmula 1 era necessário ser velho ou aquele esporte realmente era muito estressante e deixava todos de cabelos brancos, até seu pai que não era tão velho e adorava cuidar do cabelo já tinha alguns fios brancos na cabeça. O homem que Rosa viu falava fervorosamente no telefone e ela achou melhor não atrapalhar. Na sua última tentativa de achar alguém pra perguntar onde achar seu sorvete ela achou uma moça que usava a mesma camiseta do homem que falava no telefone, ela apenas lia algo no telefone e tinha um rosto amigável, então ela resolveu que era pra ela que pediria informações.
- Moça, você trabalha aqui?- Rosa cutucou a mulher ue estava virada pra parede ali, ela achou melhor perguntar se ela trabalhava no paddock porque a moça poderia apenas ser uma convidada como ela e não saber nem onde ficava o banheiro mais próximo caso precisasse muito, Rosa pediu mentalmente aos céus pra que ela não precisasse urgente de um banheiro porque ela realmente não sabia onde encontrar.
- Oi, sim e não . Eu sou Wag - a mulher se virou e lhe respondeu com um grande sorriso simpático e verdadeiro, mas isso não impediu Rosa lhe dar uma careta, o que diabos era uma wag? Alguém que cuidava dos carros? Dos pilotos? Alguém que sei lá ajudava o carro a andar? Ela tinha certeza que o pai não havia lhe explicado todas as profissões agora, ou talvez ela estivesse muito ocupada lembrando do último capítulo que assistiu de Diários de um Vampiro e não se lembrou dessa parte
- Tudo bem? - a moça ria de leve da confusão na face de Rosa
- Ah me desculpe eu só me distrai - as bochechas da loira coraram - sou Rosa
- Ah sou Evelym, namorada do Max. - sorriu denovo e era como se um anjo clareasse sua mente Wag claro era esposa ou namorada de jogador ou piloto , mas ela achou um tanto engraçado a mulher lhe dizer sobre o namorado, era como se fosse um " ei ele já é meu namorado não chegue perto ", ela já ouvia ouvido falar e muito sobre Max, Toto sempre havia deixado muito claro o quanto o holandês era horrível, e que não queria nem um dos filhos de amizade com ele e se o pai disse ela concorda porque ele nunca mentiu pra ela, mas a moça em sua frente não parecia alguém ruim, tinha um sorriso que não saia dos lábios e um grandioso brilho nos olhos mostrando grande alegria.
- Muito prazer em lhe conhecer Evelym, e porfavor se não for incomodar, você sabe onde tem uma sorveteria ou algo assim por aqui? - ela coçou o pescoço tímida - eu tô morrendo de calor queria muito comprar um sorvete e lá na equipe só tem torta e monster
- Eu prefiro Redbull, Monster é muito doce então eu super entendo sua vontade de um sorvetinho - Evelym deu uma piscadinha pra Rosa - olha ali aquele lugar com o toldo vermelho, tem umas coisas pra vender- apontou - os sorvetes são divinos , um melhor que o outro você vai adorar e tem redbull também viu, recomendo você tomar um - Evelym adorava mostrar a todos o quanto redbull era o melhor dos energéticos e que dava um surra em qualquer outro inclusive em Monster
- Muito obrigada, pode deixar eu tomo um sim - Rosa sorriu saindo, ainda se lembrando do significado de Wag, quem sabe um dia ela não poderia se apresentar assim também, quer dizer não que ela estivesse louca atrás de um piloto que até ontem pra ela eram só homens que ficavam correndo em círculos sem motivo
algum. Mas conhecer alguns pilotos havia mudado um pouco o pensamento dela, ver o quanto aquilo os afetava e era importante, era algo muito sério, e também tinha o Arthur que estava lutando por uma vaga na categoria, bom muitos lutavam né, só conseguiu parar de pensar naquilo quando chegou finalmente para comprar seu sorvete.

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