Capítulo 2: Paddock Pass

A casa de um homem é sua caverna, bom então o quarto de uma mulher era seu refúgio, era isso que Rosa sempre dizia, o que ela mais amava era estar em seu quarto, deitar na cama e descansar a cabeça em seu travesseiro de penas de ganso e tudo isso era ainda melhor depois de um longo dia de faculdade.
Se virando de lado na cama Rosa pode ver a foto que fora tirada no natal passado onde passou na Inglaterra com seus irmãos, Benedict e Jack. O pequeno Jack era um, se não o membro da família que ela mais admirava, seu meio irmão com apenas 7 anos era tão acostumado com toda fama e glamour de um jeito que ela sabia que jamais seria igual, a leveza e alegria do menino encantava quem o conhecia. Os pensamentos dela foram tirados de sua cabeça com o toque chato e cansativo do celular que ela sempre esquece de mudar e colocar uma música calma e tranquila do jeito que lhe agradava, pegando o celular a palavra pai brilhava na tela junto com a foto tirada no dia que a revista Sonnenlicht fez uma entrevista com os 2, a entrevista que Toto precisou insistir muito pra que a filha participasse, mas como eram raros os programas dos 2 juntos ela acabou aceitando com a condição que fosse algo pequeno.
- Oi pai - atendeu o telefone com o mesmo timbre de voz, calmo e único
- Rosa, que bom que atendeu filha - a voz do pai como sempre forte e poderosa ecoou alto em seu telefone fazendo a mesma afastar um pouco o celular da orelha - Tenho um convite para fazer e não aceito um não como resposta
- Então é uma convocação .
- Chame assim se preferir, mas então, essa semana é a corrida na Áustria e vou lhe mandar um crachá VIP para que você venha ao paddock - o " convite " do pai fez o coração pequeno de seu peito disparar, não por empolgação ao ansiedade, mas sim de desprazer, todos sabiam o quanto ela odiava barulhos altos, muitas pessoas juntas, ou então competições.
- Mas pai, eu não sei se posso, acho que tenho compromisso esse final de semana.
- Não, você não tem. Conversei com a sua mãe sobre sua agenda e ela disse que você não tem nada para fazer. Então não adianta procurar desculpas, você vem. Quero te ver também filha, e posso juntar o útil ao agradável te trazendo também para conhecer meu trabalho.
Era inútil lutar e ela sabia, jamais desobedeceu seu pai e agora não seria a primeira vez, ele era esperto e se ele queria algo ele conseguia, e também pensando pelo lado positivo, ver ele seria bom, ela não conseguia o ver com tanta frequência e bem, onde ele ficava no lugar não devia ser tão barulhento ou cheio de graxa afinal o pai não era piloto e nem mecânico.
- Tudo bem pai, eu vou sim - a voz indicando rendição saiu de sua boca.
- Eu lhe prometo filha, vai ser um final de semana inesquecível. - Foi a última frase do homem antes de desligar a ligação.
Ele estava completamente certo, seria inesquecível para sempre

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