Primeiro contato
O Amor é capaz de coisas que ninguém imagina.
Algumas circunstâncias da vida são estranhas. Veja bem, viver os dias resumidos em vingança, sequestros, sangue e ódio. E com o passar do tempo percebi algumas mudanças nas pessoas que viviam ao meu redor. Pessoas que desejavam a mesma sede de sangue. Não precisava ser um gênio para perceber o que acontecia. Mas, precisava ter certeza que não estava tirando conclusões precipitadas. Observei cada um com atenção redobrada e porventura, percebi que todos os meus seguidores de alguma forma entraram de cabeça em um relacionamento amoroso.
É para um homem poderoso que cujo o entretenimento era assombrar suas vidas, fui ficando cada vez mais solidário. Nem eu acreditei quando percebi que até mesmo Bellatrix Lestrange, a bruxa que tentava de todas as formas me ter, tinha finalmente esquecido da minha existência. Lestrange sempre foi uma excelente bruxa de combate, minha general e, única com a capacidade de liderar os outros em qualquer divertimento que fazíamos pelo mundo trouxa.
Como qualquer homem que tem desejos carnais, me encontrei em pouco tempo em um corredor solitário. Eu jamais imaginei que estaria tão sozinho, depois de tantos anos em busca de poder, submissão da sociedade bruxa e terror. Aquelas novas sensações deixaram-me extremamente frustrado e com raiva. Em um piscar de olhos os dias se tornaram quietos e frios, o vazio é capaz de matar qualquer um e com Lord Voldemort não foi diferente. Todavia, nestes momentos, ele cozinhava os miolos pensando, seja sobre o significado ou como sair dela. Fato é que, às vezes, mesmo rodeados de pessoas, nos sentimos sozinhos. É importante saber, no entanto, que não há mal nenhum nisso!
Ele rapidamente percebeu que sua solidão e aquela sensação que queimava em seu peito. Era falta do sentimento que muitos diziam que ele não era capaz de sentir. Voldemort apenas aprendeu que seus sentimentos e desejos, era uma grande fonte que iria destruí-lo. E para seu próprio bem, escondeu eles nas profundezas de seu coração.
Tudo que o Lord sabe sobre o amor ele escutou na sua adolescência através de bocas apaixonadas. Palavras bonitas, apaixonadas, tocantes, que parecia ser a grande perfeição na terra. Ele desejou um dia ter o privilégio de senti-lo da maneira mais completa que existe e que esse amor seja recíproco com alguém que mereça o seu melhor e tudo o que guardar em seu coração.
Sabia perfeitamente que não era nenhum santinho, que era e sempre será considerado como monstro ou quem até de coisas piores. A maldade que cultivou a tantos anos por aqueles que confiou cegamente – fizeram-lhe se tornaram o que é hoje. O Lord Das Trevas é um homem como qualquer outro, tem capacidade para sorrir, chorar, sentir sentimentos fortes. Como humano tem direito de errar, de acertar, de ter bondade em seu coração. Ele apenas precisava do incentivo certo.
Não podemos esquecer que a maioria dos vilões são apenas garotos machucados e cegos por vingança.
Como fogo na brasa uma vontade insuportável brotou no seu coração. O amor que dizem por aí é aquele que arde o corpo inteiro, que faz delirar, que não se pode ver nem tocar, mas, se pode sentir com toda a alma, com todo o coração. Ele é forte, corajoso e alegra quem o sente. Mas achar uma mulher disposta a me amar seria um desafio. Eu sou o Lord das Trevas, causo medo apenas com a menção de meu nome. Quem olharia para um homem como eu?
Com muito esforço e resmungo. Decidiu fazer um acordo com Dumbledore. Se o velho conseguisse uma mulher Sangue-Puro disposta a casar com ele, Voldemort abriria a mão da guerra e deixaria a todos em paz. Já fazia um tempo que tinha mandado a proposta para Dumbledore. Estava sentado em sua cadeira olhando para a janela com expectativa. Seu coração só acalmou ao ouvir o bater de asas de uma coruja que adentrou o cômodo e deixou um envelope no colo do Lord.
O Lord percebeu que era o mesmo envelope que ele tinha despachado mais cedo. Temeu que Dumbledore nem sequer virá o conteúdo da carta. Abriu o envelope e tirou o pedaço de pergaminho e leu tanto suas palavras como a resposta.
"Serei curto e grosso.
Se você tiver a capacidade de arranjar uma mulher Sangue-Puro disposta a ser minha esposa. Então eu desistirei da guerra, deixarei todos em paz e tudo ficará exatamente como você deseja, velho.
Tom marvolo Riddle."
Então leu a resposta com um sorriso nos lábios.
"Realmente você não mudou, Tom, seu jeito grosso de falar continua o mesmo. O que me faz ter esperança de ter algo bom em você.
Fiquei bem surpreso. Mas aceitamos sua proposta, Tom. Por favor, esteja amanhã em Hogwarts, às 15:00.
Alvo Dumbledore."
Pelo jeito o velho continua emotivo demais para meu gosto.
[...]
Eu passei a manhã e o começo da tarde com muita ansiedade. Estava pensando nos prós e contras dessa decisão que eu tomei. A minha decisão não anula o que eu já fiz de ruim e o que eu sou. Mas se a minha futura esposa for capaz de me amar da mesma forma que eu serei. Posso mudar por ela, afinal o amor verdadeiro muda as pessoas de forma inexplicável.
Nos últimos dias, aprendi tantas coisas que decidi deixar a felicidade abrir a janela do meu coração. Que ela possa se tornar parte de mim e que ela me guie nos caminhos certos. Eu só quero aquilo que todos desejam.
Amar é ser amado!
Eu já estava em Hogwarts. Já tinha sido apresentado para várias mulheres Sangue-Puros, já estava frustrado, nenhuma delas me chamava atenção. Faltava alguma coisa!
Observando com mais cuidado, Tom, começou a perceber alguns detalhes de seus "candidatas". Ao seu lado direito estava uma morena de pele branca, olhos puxados, negros como a noite. Ela parecia ter origem oriental.
— Muito Prazer, Eu Sou Cho Chang, Sou Da Casa Corvinal. Tenho Muitos Pontos Positivos Ao Meu Favor, Sou Uma Excelente Aluna e Apanhadora. Sem Contar Que A Minha Família Tem Grande Influência No Japão. — Disse a mesma em lágrimas.
Tom revirou os olhos. Não gostava de pessoas que choravam por qualquer motivo que não tivesse explicação. Ao ver dele, ela chorava sem motivo e isso não agradou nenhum um pouco o mesmo. A segunda era ruiva, pele branca com pintas, seu rosto era oval coberto por sardas, seus olhos azuis e possuía um olhar distinto.
— Eu Sou Ginevra Weasley, Mais Conhecida Como Gina. Eu Sou Sangue-Puro Descendente Dos Black's.
Porém, Tom não gostava dos Weasley. E não iria nem morto casar com uma.
— E sou Pansy Parkinson, Obviamente sou Sangue-Puro Assim Como Toda A Minha Descendência. Eu Pertenço A Casa Sonserina, O Que Queria Perfeito, Meu Senhor. — Disse a filha de um dos meus comensais. Ela tem um jeito arrogante, esnobe e bem nojento.
Resumindo, não gostei de nenhuma. Nenhuma foi capaz de fazer qualquer interesse surgir em mim. Frustrado de todas as formas decide dar um tempo e ir até a biblioteca de Hogwarts. Gostava daquele lugar, mentes pensantes amam qualquer lugar que tenha muitos livros. Enquanto vou passando pelos corredores vendo qual sessão me interessava mais, perco totalmente a sensação do que acontecia à minha volta. Só percebi que poderia ter mais pessoas perto de mim, quando esbarrei em uma garota que quase caiu, eu a segurei pela cintura bem a tempo.
Meus olhos contemplavam uma garota. O brilho das estrelas não chegava aos pés daquela mulher. Eu nunca acreditei no amor à primeira vista. Sempre achei uma baboseira. Mas ao ver a junção de uma Grifada com cabelos cacheados na cor castanho, seus belíssimos olhos de conhaque, seus lábios rosados e bochechas coradas. Me apaixonei perdidamente.
— Como se chama, bela senhorita?
[...]
No dia anterior, todos os Bruxos e Bruxas que estavam ligados diretamente ou indiretamente tiveram uma grande surpresa com o Lord das Trevas. E uma dessas pessoas que não acreditava no ouviu era Hermione Granger. Ela estava tão animada com o fim da guerra que não deixou de demonstrar para todos sua animação e felicidade. Contudo, ela estava com pena de suas colegas Sangue-Puro, uma entre elas teria que se casar com Voldemort. Como era um assunto que não lhe diz respeito, decidiu ir para o único lugar que conseguia prender sua atenção, a Biblioteca de Hogwarts.
Já fazia um tempo que ela estava lendo um livro sobre Runas Antigas quando decidiu pegar outro. Levantou da mesa que estava e saiu andando com os olhos grudados no livro em suas mãos. O que ela não esperava era esbarrar em um homem de terno extremamente cheiroso, de olhos vermelhos, cabelos negros. Ela o achou simplesmente magnífico, aos seus olhos ele não tinha nenhum defeito.
Eu teria caído se não fosse suas mãos fortes me seguraram pela cintura. Sua voz grossa e rouca ainda passava pela minha mente.
— Como se chama, bela senhorita?
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