20.
"'Cause every little thing is gonna be alright!"
Todos
Terça-feira amanheceu ensolarada e um pouco gelada. Naquela época do ano, era bem difícil um dia gelado como aqueles, mas nem aquilo animou Rebecca, que se vestia com total apatia. Ela colocou uma calça jeans skinny, botas de cano baixo e uma regata verde militar. Prendeu o cabelo sem qualquer cuidado e não passou maquiagem.
Ela agachou e fez carinho na cabeça de filhote de Napoleão, que ainda estava muito chateado com a dona por tê-lo trancado no banheiro no dia anterior, mas logo ele voltou a sua mágoa para um par de meias velhas, que mordia com total devoção.
Até o meu cachorro me despreza, ela pensou com certa ironia mórbida. Então fritou alguns ovos e comeu com as únicas torradas velhas que tinha no apartamento. Preciso passar no mercado na volta. Ou implorar para que a minha mãe volte logo.
Rebecca colocou ração na cumbuca de Napoleão e saiu de casa, trancando a porta. Só levava uma caneta na bolsa, o suficiente para fazer uma bela prova chutada. Ela desceu até o subsolo, entrou em seu velho Ford K e saiu da garagem. Já na rua, colocou um CD gravado só com músicas do Queen no player e acendeu um cigarro. Cantarolando Radio Gaga, pensou que o seu dia talvez pudesse melhorar. E então os primeiros pingos de chuva começaram a acertar o vidro da frente do carro.
Eu não tenho sorte mesmo...
XXX
Luíza chegou bem cedo à escola, carregando consigo algumas anotações de inglês. Sentou-se sob a sombra de uma árvore comprida e leu alguns parágrafos, mas as informações simplesmente não eram processadas. Sempre que os seus olhos começavam a dançar pelas letras, o pensamento voava até os gélidos olhos azuis de Eduardo, que a fitaram com desprezo no dia anterior.
A morena colocou as anotações de lado e suspirou. Era boa em inglês, fazia aulas desde de pequena, não precisava mais estudar, mas queria se distrair.
Não precisou pensar muito; grossos pingos de chuva começaram a acertar a sua meia-calça fina, e ela teve que sair correndo pelo pátio para poder se abrigar no refeitório. Lá dentro, alguns alunos estudavam, suas cabeças apoiadas nas mãos e os olhares nervosos correndo as várias páginas de seus respectivos resumos.
Luíza encaminhou-se até o caixa e comprou um café grande. Depois, sentou-se na mesa mais afastada, cruzou os braços e deitou-se sobre eles.
Mais uma vez ela sentia água, mas desta vez eram suas próprias lágrimas que molhavam a blusa. Chorou em silêncio por pouco tempo, pois logo sentiu duas mãos acariciarem o seu cabelo. Ela levantou só os olhos e encontrou Rebecca sentada ao seu lado, com cara de acabada e um sorriso cúmplice.
- Vamos sair daqui? - Rebecca perguntou, e Luíza concordou com a cabeça.
As duas enfrentaram juntas alguns metros de chuva e pararam embaixo de um pequeno quiosque no meio do pátio, onde alguns alunos brancos demais costumavam passar os seus intervalos nos dias ensolarados.
Elas se sentaram lado a lado no banco de madeira, e Rebecca segurou a mão de Luíza.
- Por que você está chorando? - ela quis saber, acariciando o pulso da amiga com o dedão.
- Eu terminei com eles - Luíza deu de ombros, não se importando com as lágrimas que escorriam novamente pelo rosto. - Ah, Becca... eu estou cansada de chorar! Eu não sei mais o que fazer, e então você parou de falar comigo, e eu fiquei totalmente perdida...
Rebecca abraçou Luíza pelos ombros e beijou o topo da sua cabeça.
- Eu sempre fui a mais sensata, não é?
- Sempre.
Elas ficaram abraçadas e silenciosas, só ouvindo a chuva cair. Então Luíza fungou e limpou o rosto com as costas da mão, endireitando o corpo e fugindo do abraço de Rebecca.
- Me desculpe por ser uma vaca - ela pediu, olhando nos fundo dos olhos azuis da melhor amiga.
- Não é para mim que você deve pedir desculpas - Rebecca disse, e Luíza deixou os ombros caírem. - Mas já é um belo começo. E eu te perdoo, a propósito. Acho que fui muito severa, para falar a verdade.
- Foi mesmo - Luíza concordou. - Mas desde quando você usa a palavra severa?
- Desde quando você pede desculpas para alguém, sua grande chorona mimada? - Rebecca rebateu, e as duas riram.
- E você? Como vai? - Luíza perguntou, querendo mudar um pouco o foco da conversa; queria se distrair, parar de pensar obsessivamente em como conseguiria o perdão de Eduardo. - Ouvi dizer que está de namorado novo.
- Ah... - Rebecca suspirou, remexendo no bolso da blusa. - Para te contar essa história eu vou precisar de um cigarro.
XXX
Luíza ouviu toda a história com a boca ligeiramente aberta.
- ...e então eu o levei para casa e o deixei lá, com um bilhete que mentia dizendo que eu já havia conversado com João, que ele não iria mais incomodar e que o Bruno não deveria me procurar mis. Fim da história.
Rebecca jogou a bituca do cigarro na grama e o apagou com a sola da bota.
- É, Becca, não é a nossa melhor fase - Luíza comentou, mordendo o lábio inferior. - Não sei quem está pior.
- Provavelmente eu - Rebecca mordiscou a unha do dedão, mas Luíza deu um tapa em sua mão, como sempre fazia quando via a amiga roendo as unhas. - Você pelo menos não tem um psicopata perigoso apaixonado por você.
- Você não sabe se ele é um psicopata. Qualquer um ficaria fora de si quando visse a garota que gosta beijando outro. Mas eu disse para você não sair por aí dando bola para estranhos em ponto de ônibus.
Ao longe, as duas avistaram Raquel entrar correndo no colégio, com os olhos apertados e um caderno na cabeça. Elas se entreolharam e fizeram sinal para que a ruiva se aproximasse, e foi o que ela fez.
XXX
Raquel estava tendo um dia horrível. Além de estar com os olhos inchados de tanto chorar no colo da mãe na noite anterior, o seu cabelo estava armado por conta da chuva, a maquiagem borrada pela pressa com que fora feita e o caderno de história ensopado.
Ela se abrigou no quiosque que sempre pensou ser inútil e o tirou da cabeça.
- Merda - sussurrou, passado o dedo pelas páginas borradas da matéria da prova que teria em pouco tempo. - Chuva escrota.
- Ah, Deus! Eu não quero mais viver nesse mundo! - Luíza exclamou, e Raquel olhou para ela sem entender. - Raquel Bandeira falou um palavrão. Um não, dois!
Rebecca caiu na risada, e foi acompanhada por Luíza. Raquel primeiro ficou um pouco ofendida, mas depois caiu na risada com as meninas.
Pisou na merda, abre os dedos!, ela pensou.
Luíza não comentou sobre a conversa que ela e a ruiva tiveram no dia anterior pelo telefone, e Raquel achou melhor assim; tinha quase certeza que Rebecca não gostaria de saber que Luíza estava se confidenciando com outra. E, para ser sincera, ela tinha um pouco de medo da morena.
A ruiva se sentou ao lado de Rebecca e ela lhe ofereceu um cigarro; Raquel negou com a cabeça e Luíza o pegou. As duas acenderam na mesma brasa do isqueiro e Raquel tirou um fio de cabelo da sua saia.
- Preparadas para a prova? - a ruiva perguntou.
- Ninguém nunca está preparado para matemática, ruivinha - Rebecca deu de ombros.
- Eu tenho inglês, faço inglês desde pequena, então... - Luíza deixou a frase morrer no ar. - E você, tem prova do que?
- História.
- E você com certeza vai gabaritar, não vai, ruiva? - Rebecca olhava divertida para a menina.
Raquel sorriu sem graça; odiava ser observada por Rebecca. Parecia que a menina estava sempre com aquele sorrisinho de deboche nos lábios.
XXX
Ana adormeceu ouvindo Britney Spears com Bruce Springsteen e acordou ouvindo só Britney Spears. A sua cabeça doía e ela esticou o braço do sofá em que adormecera para desligar o rádio. Depois, jogou longe a bituca do baseado que havia fumado e levantou-se com certa dificuldade.
Sem que ela pudesse impedir, os flashes da noite anterior invadiram o seu pensamento, e o seu coração acelerava toda vez que ela se lembrava de como os dedos de Daniel a tocaram com delicadeza.
Não, ela não desistiria de Daniel. Ela só o faria tomar jeito.
A loira se arrumou rapidamente e saiu do apartamento. A porta de Daniel estava fechada, mas, pela primeira vez em muito tempo, ela não o esperou enquanto segurava a porta do elevador. Não, ela só entrou, apertou o térreo e esperou o elevador fazer sua mágica.
Se era uma vaca sem coração que Daniel queria, uma vaca sem coração Ana seria.
XXX
As três garotas sob a proteção do quiosque mágico ouviram um estalo alto e viraram os rostos ao mesmo tempo na mesma direção. Ana Anderson estava perto delas, e havia acabado de derrubar todas as suas coisas no chão.
As três foram até ela e a ajudaram. Logo, o grupo estava protegido no pequeno quiosque no meio do nada.
- Obrigada - Ana agradeceu com um murmuro.
- Tem mais balinhas para nós hoje, loira? - Rebecca perguntou, encostada na viga de madeira e observando a nova intrusa com um sorriso diabólico nos lábios. Recebeu um cutucão de Luíza e olhou feio para a amiga. - O quê? Eu vou mal na prova de qualquer jeito!
- Prova do quê? - Ana quis saber, remexendo na bolsa.
- Matemática.
- Eu também tenho matemática hoje, se quiser, posso responder a prova por você.
O grupo ficou mudo, enquanto Ana continuava a remexer a bolsa.
- Sério? - os olhos de Rebecca brilharam. - Tipo, sério mesmo?
- Sério - Ana deu de ombros, subindo os olhos para Rebecca. - É só não chegar mais perto do Daniel.
- Fechado! - Rebecca berrou, ao mesmo tempo em que Luíza revirou os olhos e exclamou.
- Ainda essa história do Daniel?
Ana soltou uma risadinha e finalmente achou o que procurava na mochila; um pacote de balas de goma.
- Essas balas servem? - ela perguntou, abrindo o pacote e ignorando a pergunta de Luíza.
Cada uma pegou uma minhoca e fizeram caretas ao colocá-las na boca.
- Não sei o que você vê no Daniel - Raquel comentou, depois de mastigar e engolir sua minhoca. - Ele é tão...
- Infantil! - Luíza completou, e as duas riram.
- Ele não é infantil na cama - Rebecca deu de ombros e Ana a fuzilou com os olhos. - O quê? Eu nem sabia que você era afim do cara! Por que não me disse antes? Eu ficaria longe dele para o resto da vida se você fizesse todas as minhas provas!
- Deixa de ser escrota, Becca! - Luíza exclamou, rindo.
- Eu diria que ela não é a única escrota por aqui - Ana comentou, dando de ombros.
Raquel só ouvia, rindo dos comentários; não queria se meter aonde não era chamada, por mais que já soubesse de tudo o que estava rolando.
- O que você quer dizer com isso? - Luíza cerrou os olhos. - Não sou eu que saio por aí filmando as coisas particulares dos outros.
- Eu te fiz um favor. Se não os tivesse alertado, qualquer um poderia descobrir sobre vocês, e eu tenho certeza que ninguém seria bonzinho como eu fui - Ana pegou mais uma minhoca do saco, sendo acompanhada por Rebecca. - Além do mais, eu nunca filmei nada. O meu celular nem tem câmera.
A loira tirou o celular do bolso e mostrou para Luíza, que estava boquiaberta.
- Eu te desculpo por ter mandando eu ir me foder, pode ficar tranquila - ela completou, sem que a morena dissesse nada.
Rebecca caiu na risada, acompanhada por Raquel.
- Do que vocês estão rindo? - Luíza perguntou, irritada. - Se nada disso tivesse acontecido eu ainda estaria...
- ...com dois caras, confusa e sempre com medo de que Fabrízio descobrisse sobre Eduardo - Raquel comentou e Luíza a olhou de esguelha. - Acho que Ana te fez mesmo um favor.
- Vocês são ridículas - Luíza revirou os olhos.
Aos poucos a chuva foi diminuindo e o sol voltou a brilhar. Entre conversas e risadas, as meninas perderam a noção do tempo, e se assustaram quando o primeiro sinal para a prova bateu.
- Ah, Deus, é agora - Rebecca exclamou, apagando o cigarro que acabara de acender.
- Relaxa, eu vou fazer a sua prova - Ana disse, sorrindo com certa dificuldade; ela não era uma garota de muitos sorrisos. - Vai dar tudo certo.
Vai dar tudo certo.
Era só nisso que as quatro gostariam de acreditar.
XXX
Daniel chegou ao colégio desanimado. Além de ter a tão temida prova de física, ele voltava de um encontro nada agradável com o seu chefe. Ou pelo menos o cara que costumava ser o seu chefe; agora ele não tinha mais emprego nem esperanças de entrar em uma boa universidade.
A sua única chance seria o The Corleones, mas, do jeito que as coisas andavam, Daniel acabaria como músico de rua, tocando Beatles por algumas moedas.
Ele carregava o caderno de Ana embaixo do braço; havia dado uma lida nele antes de dormir, e muitas de suas ideias foram clareadas, mas não seria o suficiente para que ele fosse bem na prova.
Depois de entrar pela segunda portaria, o guitarrista entrou no refeitório. Lá, encontrou Fabrízio, que estudava matemática compenetrado.
- Perdi o emprego - ele anunciou sentando-se ao lado do amigo, que nem tirou os olhos do caderno.
- O Bruno está me devendo 20 reais então - ele comentou.
- Qual foi a aposta dessa vez? - o guitarrista quis saber.
- Eu apostei que você perderiam o emprego em duas semanas, Bruno apostou um mês - Fabrízio respondeu.
- O Bruno é o único que ainda acredita no meu potencial... - Daniel suspirou.
Ele abriu o caderno de física da vizinha e abriu na página que havia parado.
Um termômetro graduado com uma escala X registra -10°X para a temperatura do gelo fundente e 150°X para a temperatura da água fervente, ambos sob... ele queria resolver o exercício, mas acabou reparando em uma frase escrita com letra miúda no tipo da página.
"The course of true love never did run smooth." - William Shakespeare.
- Você perdeu o emprego ou a capacidade de se comunicar? - Fabrízio perguntou, tirando Daniel do devaneio.
- O quê?
- Você já escreveu alguma coisa para a música do concurso? - Fabrízio repetiu a pergunta que havia acabado de fazer.
- Ah... porra nenhuma... na verdade, estou depositando todas as minhas esperanças na sensibilidade do Bruno - Daniel confidenciou, e os dois riram, mas logo pararam ao ouvirem Bruno comentar atrás deles.
- Estão esperem sentados.
Os dois se viraram e soltaram palavrões distintos ao mesmo tempo.
Eduardo estava ao lado de Bruno, mas nem foi notado.
- Caralho, Bruno, quem foi que te deu um tiro de 12 na cara? - Daniel exclamou, horrorizado.
- Longa história - o loiro revirou os olhos, sentando-se ao lado dos amigos.
Todos no refeitório olhavam para ele, tão perplexos quanto Daniel e Fabrízio.
- Você tá parecendo um tomate podre! - Fabrízio balbuciou. - O que foi que aconteceu?
- Não quero falar sobre isso - Bruno disse, abrindo o caderno de geografia.
Eduardo sentou-se ao lado deles e fez sinal para que eles não insistissem. Logo, os quatro voltaram suas atenção aos estudos, mas, de vez em quando, Fabrízio e Daniel lançavam olhares de esguelha para Bruno, que fingia não perceber.
Aos poucos, o refeitório foi lotando, e todos que passavam pela mesa de Bruno cochichavam. O loiro parecia compenetrado no caderno, mas tudo no que conseguia pensar era no bilhete de Rebecca.
Não me procure mais.
Não me procure mais.
Não me procure mais.
Ele suspirou e apoiou a cabeça nas nãos, mas arrependeu-se amargamente - apoiou-se bem no hematoma que tinha no queixo.
Ao seu lado, Fabrízio tentava não pensar em como Raquel estava linda naquela manhã. Eles quase se esbarraram quando ele desceu do ônibus e ela despontou na esquina, mas ele foi mais rápido e se escondeu em uma cabine telefônica.
Sim, ele havia decidido não desistir de Raquel, mas não pretendia começar no dia seguinte ao fora que levara. Ninguém era suicida a esse ponto.
Ele faria Raquel sentir a sua falta.
Ou pelo menos esses eram os seus planos - claro que eles poderiam ir por água a baixo na primeira festa em que Fabrízio ficasse bêbado e ligasse para ela.
Preciso deletar o número dela do meu celular, ele pensou, mas não o fez.
- Bruno, é sério cara, o seu rosto está me deixando enjoado - Daniel comentou, não conseguindo ficar quieto. - Quem fez isso com você?
- Ah, cara... só eu sei o quanto eu odeio vocês... - Bruno suspirou, fechando o caderno o qual ele nem estava lendo. - Ontem eu fui até a casa da Becca...
Bruno passou aproximadamente 15 minutos contando a história de como havia apanhado feio de um cosplay de vampiro, e, ao final do relato, os três amigos estavam se segurando para não rir.
- ...e então ela me escreveu um bilhete pedindo para que eu não a procurasse mais - Bruno deu de ombros. - Eu até cheguei a pensar que ela talvez sentisse algo por mim, mas depois de ontem eu tenho certeza que não passo de um amigo pé no saco.
- Eu sei como você se sente - Daniel comentou, não tão incomodado quanto pensou que ficaria ao ouvir aquela história.
- Você não tem medo que esse cara machuque ela? - Fabrízio quis saber. - Se ele fez isso com você, imagina o que faria com ela.
- No bilhete ela deu a entender que eles já estão juntos de novo, então a minha participação na história acaba aqui - mas eu vou andar com os olhos bem abertos, e se ele fizer algo com a Rebecca eu juro que arranco o pinto dele com um alicate de cortar unhas, ele pensou em dizer, mas não queria parecer muito melodramático.
O sinal bateu naquele instante e os quatro se levantaram. Eduardo, que até então estava deletando as mensagens de Luíza do celular, levantou os olhos para o refeitório e a observou passar em frente as janelas com Rebecca, Ana e Raquel ao seu lado. Ele sentiu como se tivesse levado um chute nas bolas e guardou o celular no bolsa da calça jeans, enjoado.
Agora ela era amiguinha da garota que até pouco tempo atrás estava ameaçando os dois?
Aonde aquele mundo iria parar?
- Mas e aí, e a música? - Fabrízio quis saber, enquanto os quatro saiam pelas portas duplas do refeitório para a umidade do lado de fora. A chuva havia parado, deixando a grama molhada e o barro como rastro. - Nós temos que fazer alguma coisa, e logo!
- Não consigo agir sob pressão - Bruno deu de ombros.
- Nós precisamos escrever essa música até domingo! - Eduardo exclamou. - Como vamos fazer isso se temos que estudar para as provas?
- Não se preocupem, nós vamos dar um jeito - Daniel deu de ombros. - Nós sempre damos um jeito.
- No final, tudo dá certo - Bruno sorriu, e os quatro amigos entraram no prédio em que fariam as provas.
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