117 - FINAL

é pra ouvir essa buceta ouvindo Sign Of The Times do Harry, já coloquei na mídia pra voces sz

só digo uma coisa: não vou falar quem morreu, e sim quem está vivo.

boa leitura :)

xoxo, lily

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megan.

— Me responde, Blake.

Ele franze o cenho com uma aparência confusa. Era como se toda a raiva desnecessária que a Megan antiga havia, tivesse vindo à tona. Porém, com um motivo.

— M-megan, como assim? — o loiro responde gaguejando.

— Como assim? — grito jogando seu celular na cama. — Eu que deveria estar perguntando "como assim?"!

— Eu não sei do que você está falando, Meggy. — diz.

— Ah, vai se fazer inocente agora? — sinto a raiva subir pelo meu corpo, enquanto minhas lágrimas desciam sem parar. — Vai tomar no cú!

— Cara, eu realmente não estou entendendo. — ri anasalado.

No impulso, pego o abajur que permanecia no criado-mudo ao lado de sua cama e jogo o objeto no chão com toda força do mundo.

— VOCÊ ME TRAIU! — berro, tentando segurar o choro. — De quem é esses nudes, seu filho da puta? Eu não entendo! Eu fiz tudo por você!

— Que droga é essa?! — arregala os olhos olhando para o entulho quebrado no chão. — Para de ser maluca, garota!

Minha vontade era de agarrar aquele pescoço e esgana-lo. Eu sou a maluca agora?

— Acabou tudo. — digo convicta. — Tudo.

— V-você tá terminando comigo?

— O que você achava que eu faria quando descobrisse? — sorrio irônica.

Blake continuava travado no mesmo lugar tentando assimilar tudo que estava acontecendo. Ele não movia nenhum músculo, até seu telefone tocar.

— Olha, deve ser sua amante.

— Que? Amante? — pergunta indignado. — Olha a merda que você está falando. — ri sem humor. — Você precisa procurar um médico urgente.

Ele pega seu celular atendendo, e pelo visto era Hunter. Sua feição mudou para preocupado e seu rosto ficara pálido, o que foi o bastante para que eu me retirasse de seu quarto.

Saí correndo pela casa até a saída e a coisa que eu menos quero é voltar para casa e enfrentar meus pais, que estariam preocupados pelo meu estado.

Comecei a andar pelas ruas, ou pelo menos tentar já que minha visão estava embaçada.

Parei em um parque qualquer e me sentei no banco, enquanto escondia meu rosto nas minhas mãos.

— Meg? — ouço uma voz.

Em meio de soluços levanto o olhar e encaro as duas meninas que tinham um olhar preocupado.

— O que aconteceu? — Helena pergunta ao lado de Emily.

— B-blake...

Elas se entreolham e me dão um abraço coletivo, acariciando minha bochecha.

— Tudo vai ficar bem. — diziam. Mas elas não pareciam bem.

Abro um sorriso forçado e as duas disseram que precisavam ir, pois tinham que ajudar um amigo delas.

O sol já estava se pondo, e as pessoas começavam a sair do parque. Me levantei do banco e pego meu celular, o desbloqueando.

(1) chamada perdida de Amanda.

(20) chamadas perdidas de Matthew.

(15) chamadas perdidas de Mia.

O aparelho começa a tremer e respiro fundo, atendendo a ligação.

— Alô. — minha voz falha.

Onde você está?

— Voltando para casa.

Está tudo bem? Quer que eu aí?

— Não. — respondo, andando pelas ruas.

— "Não" para qual pergunta? — pergunta.

— As duas.

Depois nos falamos pessoalmente, mas fique bem, por favor. Eu gosto muito de você.

— Eu também gosto muito de você, Allice. — minha voz enfraquece.

Ela desliga o celular e me encolho em meu moletom, sentindo o vento forte bater no meu rosto.

Eu não conseguia tirar Blake de minha mente. Parecia que todas as minhas inseguranças haviam voltado, como se ele tivesse tirado toda a minha confiança e ego.

Eu não fui suficiente?

Eu não fui o bastante?

Ele não gosta de mim?

Esbarro em uma pessoa alta e murmuro alguns xingamentos, olhando para cima e visualizando quem era.

— Eu estava te procurando. — Aaron fala.

— Você está horrível. — Lisa ao seu lado diz.

A garota da pele branca igual ao pai, vem em passos lentos e me abraça calorosamente.

— Tudo vai ficar bem.

Engulo á seco assentindo e contornando os dois, seguindo o caminho á minha casa.

As luzes da casa do loiro estavam todas apagadas. Sinto um nó na minha garganta ao lembrar das fotos em sua maldita galeria.

Continuei observando a casa apagada, na esperança de ele aparecer ali com aquela risada tosca e aquele sorriso desajeitado dizendo que era apenas uma brincadeira.

Mas não era uma brincadeira. Desvio meu olhar do casarão e em alguns passos a mais, chego no meu doce lar.

Cerrei meus olhos vendo uma silhueta  sentada no meio-fio. Seu cabelo bagunçado, seus lábios secos, seus olhos vermelhos e com uma terrível olheira.

Cuidadosamente me sentei ao seu lado, colocando minhas mãos por dentro dos bolsos do moletom.

— O que aconteceu? — pergunto.

— O que aconteceu? — ela repete em um fio de voz.

— Blake. — respondo no mesmo tom com o vento bagunçando meu cabelo loiro. — Eu...vi algumas coisas no celular dele que não queria ter visto.

A garota riu anasalado sem humor e brinca com seus dedos.

— Já ouvi essa história antes.

— Sim. — concordo. — Talvez seja um carma contra mim.

— Talves seja um carma contra nós. — aumenta seu tom de voz.

— O que quer dizer com o "nós".

A loira me encara pela primeira vez e balança sua cabeça negativamente, soltando um breve suspiro.

— Esse é a merda do nosso "felizes para sempre"! Você não entende, Megan? As vilãs nunca têm um final feliz. — Ariel fala com raiva.

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