Wild

No dia seguinte, acordo às 08:00 da manhã e pego meu celular, havia uma mensagem de Noah enviada a um minuto atrás.

Noah: Aaah, é hoje, estou surtandooo

Josh: Siiim, e eles não revelaram o local até agora.

...

Deixo o celular no criado mudo e vou para o banheiro. Escovo os meus dentes e lavo meu rosto, depois pego uma roupa qualquer e a visto.

Pego meu celular e desço, olho a hora e percebo que estava bem adiantado, iríamos sair as 9:00, então resolvo ir ao Starbucks, que ficava a duas quadras do hotel, para tomar meu café da manhã.

Entro na cafeteria e vejo Sofya e Diarra, a garota do Senegal, sentadas em uma mesa. Elas me vêm também, sorriem e eu retribuo. Vou até o caixa, peço um capuccino e vou me sento com as garotas.

– Bom dia – digo a elas me sentando ao lado de Sofya.

– Bom dia – elas respondem

– E eu pensei que eu estava adiantado – eu rio.

– Eu, particularmente, não consegui dormir direito por causa da ansiedade – Sofya ri fraco.

– Podem imaginar, vamos gravar o nosso primeiro clipe, vai ser o começo de tudo! – Diarra fala animada.

– Pois é, sem pressão – falo e nós rimos.

As bebidas das meninas chegam e a minha chega um tempo depois. Nós nos levantamos e caminhamos para o hotel novamente enquanto bebíamos e conversávamos.

Quando chegamos na frente do hotel, havia um ônibus parado na frente. Vejo Bailey entrando nele. Me surpreendia que já tínhamos até um ônibus. Diarra, Sofya e eu entramos no ônibus. Já estavam todos dentro dele, inclusive Noah, mas Bailey estava ao seu lado.

Enquanto entro Noah e eu nos encaramos, dou uma piscadinha pra ele e nós dois sorrimos. Sento ao lado de Any e nos dirigimos a XIX.

Descemos do ônibus e somos guiados para uma sala onde havia roupas, cobertas com capas de plásticos, penduradas em alguns cabideiros.

– Bom, esses são os figurinos de vocês, se vistam e depois vão para a sala do lado fazer o cabelo e a maquiagem.

Ouvia-se comemorações de alguns ali, enquanto procurávamos e admirávamos nossas roupas. Começamos a nos vestir. Quando acabo de arrumar meu cabelo vou até o sofá onde Noah estava sentado e me sento ao seu lado.

– Como você está, mano? – pergunto olhando para ele.

– Estou muito animado com a gravação do clipe – ele sorri – Mas psicologicamente estou acabado e fisicamente também não estou totalmente bem.

– Como assim? – pergunto.

– Estou com dor no meu ombro esquerdo, acho que dormi de mal jeito, para variar – ele fala desanimado.

– Foda! – falo pensando em como poderia me ajudar – Vira!

– Como assim? – ele pergunta confuso.

– Eu vou fazer uma massagem em você para ajudar a melhorar – sorrio.

– Desde quando você sabe fazer massagem? – ele ri.

– Minha mãe me ensinou, vai logo – rio e ele se vira.

Coloco minhas mãos em seus ombros e começo a massageá-los vagarosamente, Noah estava com os olhos fechados e com a cabeça inclinada para a direita oque me faz pensar que ele estava curtindo.

– Josh, isso é realmente bom – ele sorri e eu também.

Aumento a intensidade oque faz Noah resmungar um pouco e se mexer.

– Fica quieto – rio e puxo ele para continuar a massagem.

Enquanto o massageio, sinto vontade de beijar o seu pescoço e descer minhas mãos pelo resto de seu corpo.

– Sessão de massagem? Também quero – Any chega e senta em um banquinho próximo de nós.

A chegada de Any me acorda dos devaneios em que eu estava preso. Termino a massagem e Noah se espreguiça e se endireita no sofá.

– Ele tem as mãos de um anjo – Noah fala para Any e ri – Valeu mano – ele sorri para mim

– As tuas ordens – sorrio para ele também.

– Que fofo esse bromance de vocês – Any fala e ri.

– Engraçadinha – faço careta para ela.

Yonta entra na sala e todos se voltam para ela.

– Estão prontos? – ela pergunta e todos ali respondem que sim.

Nós voltamos para o ônibus, dessa vez me sento ao lado de Noah e conversamos durante o trajeto. Alguns minutos depois estávamos parando em frente a um prédio no centro de L.A

Todos nós descemos do ônibus e esperamos as instruções de alguém.

– Aqui é onde vamos gravar – todo mundo a olha com uma expressão confusa – Vamos para o terraço e lá vai ser onde iremos gravar. Pode parecer estranho, mas vai ficar muito bom.

Subimos para o terraço, lá de cima dava para ver quase toda a cidade, equipamentos, luzes e câmeras já estavam posicionados lá em cima.Haviam também algumas caixas d'água pichadas e algumas poças no chão que seriam usadas para refletir nossa imagem enquanto dançássemos.

Finalmente começamos a gravar. Felizmente não fazia muito calor naquele momento, mas o sol brilhava no céu e, segundo os diretores, isso era bom para o visual do clipe.

Em alguns momentos em que estavam gravando cenas individuais de algum integrante, os outros ficavam dispersos conversando entre si e vendo as filmagens. Depois de 8 horas gravando, os diretores avisam que as gravações acabaram e nós batemos palmas e soltamos alguns "vivas" como comemoração. 

Deveríamos ir para o hotel assim que as gravações terminassem, mas Noah decide dormir no meu quarto no hotel, porque na madrugada seguinte iríamos para a Rússia e dormindo lá, Noah não precisaria acordar mais cedo ainda. Então, Noah e eu vamos para sua casa para que pudéssemos pegar suas coisas.

 – Como você consegue fazer as coisas de última hora?  –  pergunto para Noah enquanto o olhava arrumando sua mala.

 – Se eu arrumasse antes provavelmente eu ficaria acrescentando e tirando coisas, se eu arrumo as malas pouco tempo antes, eu não tenho tempo para ficar mudando.  – Noah dá uma piscadinha para mim e volta a arrumar a mala.

 –  Isso não faz sentido, mano  –  falo confuso.

 – Pra mim faz, eu poupo energia e tempo  –  ele sorri e eu dou de ombros.

Quando saímos do quarto de Noah, seus pais estavam na sala conversando, era a primeira vez que eu vira o pai de Noah. Eles nos olham assim que entramos e o pai de Noah se levanta.

 – Pai, esse é o Josh  –  Noah se apressa em me apresentar e ele se aproxima de nós.

 – Enfim estou conhecendo o garoto que está passando mais tempo com meu filho do que sua própria namorada  – ele sorri e estende a mão para me cumprimentar.  – Augustus Urrea.

 – Josh.. Beauchamp  – aperto sua mão meio sem graça e olho para Noah, que parecia estar sem graça também  – É um prazer, senhor.

Depois de nos cumprimentarmos, Noah se despede de seus pais e pedimos um Uber para irmos para o hotel.

No quarto no hotel, nós já havíamos tomado banho, um por vez infelizmente, e estávamos deitados cada um em uma cama de solteiro. Estávamos mexendo em nossos celulares.

 – Mano, que ridículo  – Noah fala um pouco nervoso.

 – O que?  –  olho para ele.

 – Zoe está brigando comigo por não ter me despedido dela  –  ele bufa  –  Expliquei para ela que não tive tempo, mas as vezes ela se torna uma pessoa incompreensível.

–  Ela vai entender  –  dou de ombros e depois dou um sorriso fraco para ele. 

  –  Que se dane, quando ela se acalmar, nós conversamos  – ele fala irritado bloqueando a tela do celular e se deitando.

Também me deito e deixo meu celular no criado mudo, deito, fico observando Noah e pensando no que aconteceria se Noah terminasse com Zoe, já que o relacionamento deles não estava as mil maravilhas, e se nós teríamos uma chance de ter algo a mais que uma super amizade.

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