Total Eclipse of The Heart
Durante a semana,eu só pensava se aquilo que eu havia feito tinha sido o certo. A incerteza de como as coisas prosseguiriam me dava uma sensação de desespero.
Se não fosse Rafael, eu não teria nem saído da cama nos dias seguintes, mas nas manhãs ele estava ali para me fazer levantar e me motivar a trabalhar ou fazer qualquer coisa.
Meus pais estavam pressionando ainda mais a polícia para dar prosseguimento no caso, acho que me ver daquele jeito estava afetando a eles também. Como Rafa havia dito "eles já te viram deitado por 6 meses seguidos".
Layla estava realmente brava comigo.
- Josh, você basicamente foi para L.A só para iludir o garoto - ela fala enquanto arruma suas coisas.
- As circunstâncias eram diferentes - a olho sério.
- Vocês não vão conseguir ficar longe um do outro, não agora que entraram em contato e você é um grande filho da puta - ela dá um sorriso sínico.
- Você não tem ideia de como é - falo colocando minha mochila nas costas.
- Não mesmo, mas gosto de julgar mesmo assim - ela sorri de novo da mesma maneira e eu reviro os olhos.
Na sexta a noite, Rafa me chama para assistir um filme em sua casa. O filme era de suspense, não era meu gênero preferido, muito menos depois de tudo que havia acontecido, mas nem protestei quase não conseguia prestar atenção.
Em certa parte do filme o assassino atira na mulher, o som da arma do filme desperta alguma coisa dentro de mim, uma sensação de euforia.
- Josh, quer pipoca? - Rafa pergunta.
Ouvir sua voz fez o meu coração acelerar um pouquinho e eu sabia que algo estava errado. Respiro fundo e me levanto.
- Rafa, eu tenho que ir embora, tenho que fazer uma coisa que a Layla me pediu - reviro os olhos.
- Tá bom - ele me olha confuso.
Vamos até a porta juntos e nos despedimos. Quando entro em casa consigo respirar novamente, algo estava errado.
Quando deito na cama mais tarde, não consigo dormir, tudo parecia grave naquele momento. O fato de eu ter sido quase morto e ameaçado me aterrorizava.
No dia seguinte, sábado, quando acordo não lembrava em que hora eu tinha conseguido dormir, meus pais não estavam em casa, tinham ido para a fazenda do meu tio.
Começo a fazer meu café quando escuto alguém bater na porta. Abro a porta, Noah estava de costas para mim olhando para a casa de Rafael, eu respiro fundo.
- O que você está fazendo aqui? - pergunto, ele se vira e me olha sério.
- Eu não vou ficar longe de você, qual parte você não entendeu? - ele entra e eu tranco a porta.
- Sou eu quem tenho que te perguntar isso? - cruzo os braços.
- Foda-se, Josh, não posso deixar que controlem a minha vida, não vou te deixar por isso, eu não posso ficar mais longe de você - ele se aproxima de mim e meu coração acelera - Vamos morar juntos longe daqui, recomeçar em um lugar seguro, sem fama, sem Now United.
Eu o olho confuso, não sabia aí certo o que lhe dizer.
- Noah, você tem uma vida inteira, está alcançando tudo o que sonhou, você não pode desistir disso agora. Minha vida teve uma mudança drástica, eu estou tentando tomar um rumo novamente, não posso trazer você para isso, somos jovens demais... - antes que eu possa continuar, Noah começa a falar.
- Você é tudo o que importa para mim, sim, somos jovens, mas eu vou te amar pra sempre - ele segura minhas mãos - Vamos pensar sobre isso juntos, vamos decidir o que queremos fazer, deixar nossos país de fora disso e ver o que é melhor para nós - ele sorri e eu não consigo não me derreter para aquele maldito sorriso.
- Ok - mordo os lábios e respiro fundo.
- A gente muda de nome, corta relações, tanto faz para mim, eu só quero você - ele sorri.
- Eu também só quero ficar tranquilo com você - sorrio e acaricío seu rosto.
Ele coloca a mão na minha nuca e me puxa para um beijo, eu retribuo vorazmente, a ideia de ficar sem beijar aquela boca não fazia sentido naquele momento. Ajudo Noah a tirar sua jaqueta e coloco minha mão por dentro de sua camisa acariciando seu peitoral, ele me olha surpreso e abre a boca para falar, mas eu coloco um dedo em seu lábio indicando que ele não devia falar.
Seguro sua mão e subimos para o quarto. Retiramos a camisa um do outro, eu o jogo na cama, avanço para cima dele e beijo seu pescoço e depois seu corpo. Nossos corpos já estavam totalmente estimulados pelos toques e anseavam por mais e mais. Sem muita demora estávamos nus e sem nenhuma vontade de parar ou nos separar...
- Já te saquei - sorrio e saio de cima dele, estava um pouco ofegante - Quem conseguiria te deixar depois de fazer sexo - rimos.
- Eu tenho várias habilidades, Beauchamp - ele ri.
- Vamos comprar alguma coisa pra comer - disse eu dando um tapinha na sua coxa e começando a me vestir- Tipo pra comer no sentido literal - nós rimos e ele morde o lábio.
Havíamos acabado de nos vestir quando Rafael entra no quarto, ele sorria.
- Oi pombinhos - sua expressão se escurece.
- O que foi, Rafa? - pergunto confuso.
- Devia ter previsto que vocês não conseguiriam ficar afastados - ele solta um riso - fui muito idiota.
- Foi você, não é? Você atirou em mim - meu coração acelera, seu tom de voz me assombrava tanto que eu sabia que já o havia escutado falar daquele jeito.
- Sim - ele aponta a arma para Noah - Seu pai não vai gostar de saber que eu o matei, mas não se preocupe, eu invento alguma coisa - ele sorri melancolicamente.
- Calma, Rafa - começo a me aproximar, eu tremia muito, e ele aponta a arma para mim - Por que está fazendo isso?
- Eu te dei uma nova chance para recomeçar e você rejeitou e ainda voltou para ele - ele cuspia as palavras - agora vocês vão poder ficar juntos, se quiser - ele olha para Noah - Reconhece essa belezinha aqui, é do seu pai, ele me deu para atirar no Josh, homofobia é foda... Ah, não sou homofóbico, nem perto disso, eu gostava mesmo de você, Josh...
- E tentou me matar? - faço uma expressão confusa.
- Sim, se eu não posso te ter então ninguém pode, essa é a regra e o pai do Noah também estava oferecendo bastante - ele sorri.
- Para de falar essas merdas - Noah fala irritado e Rafael aponta a arma para ele.
- Não estou mentindo, você a reconhece sim - ele ri e depois assume uma expressão perigosa, estava concentrado na arma e em Noah - Enfim, vou começar com você, não tenho nenhum apreço por você, Josh pelo menos vai poder fazer uma escolha.
Sentia a adrenalina no meu corpo e então avanço para cima de Rafael, sem nem pensar, o empurro na parede fazendo ele mudar a direção para a qual ele apontava a arma, antes que eu pudesse fazer qualquer outra coisa, ele empurra minha cabeça com toda a força que tinha na porta e eu caio sentindo uma grande tontura.
Estava difícil de enxergar, minha vista estava embaçada, consigo distinguir Noah avançado nele e os dois caindo no chão, os dois lutavam, eu ouvia os socos, um zunido forte se apodera da minha audição, eu não conseguia escutar muito, só alguns gemidos e gritos dos dois.
- Noah - falo fraco começando a me levantar, mas então escuto a explosão da arma e caio de joelhos.
Lembro da noite em que havia levado um tiro, lembro da voz do Rafael e do medo que havia sentido e desmaio.
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Peço que me sigam, eu tenho algumas questões sobre a história e gostaria de perguntar coisas em forma de aviso.
A história está chegando ao fim :(
Segue a playlist da fic no spotify: https://open.spotify.com/playlist/6n9KcntGabE8b6Uqa33zMF?si=xfYuFi7dTLWgOgR3eayNSw

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