Let Me Love You
Pego o carro da minha mãe emprestado para poder buscar Noah no aeroporto.
Paro o carro no estacionamento e entro no aeroporto para esperar. Depois de 45 minutos esperando, vejo Noah descendo as escadas rolantes com sua mala do lado. Sorrio para ele que retribui quando me vê.
Ele caminha até mim e nós nos abraçamos bem forte. A vontade de agarrá-lo era muito grande, porém me contenho.
– Que saudades – falo.
– Nem me fale – ele sorri.
– Vamos, eu preciso encontrar algo para o meu pai, você me acompanha, cavaleiro? – rio.
– Com certeza, eu te acompanharia até os quintos dos infernos – ele ri e eu também.
– Isso foi romântico e drástico, espero que nunca precisemos ir até lá – rimos novamente.
Caminhamos em direção da saída para o estacionamento, mas antes de sairmos de fato, escuto uma menina tentando chamar nossa atenção.
– Ei – a menina falava tentando nos alcançar.
Nos viramos para ela e ela sorri, eu não a conhecia e parecia que Noah também não.
– Ei, vocês são Noah e Josh né? Do Now United – ela fala timidamente quando nos alcança.
– Nós somos – sorrimos para ela.
– Eu poderia, hm, tirar uma foto com vocês? – ela fala tirando o celular de seu bolso.
– Com certeza – eu falo e então ela se encaixa no meio de nós para tirar a foto.
– Qual é o seu nome? – Noah pergunta depois de tirarmos a foto.
– Bárbara – ela sorri – Muito obrigada pela foto.
– A gente que agradece – sorrimos para ela e ela retribui, se vira e vai embora toda contente.
Noah e eu nos olhamos e sorrimos, finalmente estávamos sendo reconhecidos e aquilo era realmente animador.
Deixamos o aeroporto e vamos para o centro da cidade tentar comprar o presente antes que as lojas de fechassem, já que eram 21h.
Depois de passar em algumas lojas, eu entro em outra de objetos de decoração, enquanto olhava as coisas, eu encontro uma garrafa de vidro com um barco de madeira dentro, pego para olhar e Noah se aproxima.
– É bem bonito – Noah fala.
– Quando eu tinha uns 10 anos, a gente tinha um gato e meu pai tinha uma garrafa como essa, já sabe o que aconteceu – olho para ele e sorrio – Meu pai gostava muito dela e eu tinha me sentido culpado por ela ter quebrado, já que foi eu quem tinha resgatado o gato da rua.
– Você é mesmo um anjo – ele ri
– Agora que você percebeu? Só falta a auréola – rio – Acho que vou levar essa para ele. Ele vai gostar e a gente não tem muito mais tempo para procurar outra coisa – dou de ombros.
Depois de comprarmos a garrafa, descemos a avenida em direção ao carro.
– Eu posso dirigir agora? Tem um lugar onde eu queria te levar – Noah sorri.
– Onde? – pergunto confuso.
– É surpresa, posso ou não?
– Tudo bem – sorrio.
Noah, então, dirige por uns 7 minutos e estaciona em uma rua que parecia estar bem movimentada. Depois de sairmos do carro, Noah se aproxima e tampa meus olhos com suas mãos, eu podia sentir o cheiro do perfume que eu tanto gostava.
– Isso é mesmo necessário?
– Não estraga as coisas – ele fala e começamos a caminhar.
– Tudo bem, não vai me fazer cair.
– Nunca – provavelmente Noah tinha sorrido porque eu tinha.
Andamos um pouquinho e então paramos. Era possível ouvir a voz de muitas pessoas conversando, Noah tira a mão dos meus olhos e eu observo o letreiro "La Liberté" que piscava na frente do estabelecimento.
– Você nos trouxe a uma boate? – pergunto incrédulo.
– Não, eu nos trouxe a uma boate LGBT – ele ri – A gente precisa disso, estar em locais em que podemos ser nós mesmos sem problemas ou julgamentos, então você não pode recusar.
– Recusar? Em nenhum momento eu pensei nisso – falo ironicamente e rio.
– Vamos – ele me puxa para a fila.
Pagamos a entrada, mostramos nossas identidades para o segurança e entramos. Não estava totalmente lotado, porém tinha uma quantidade boa de pessoas. As luzes piscavam, todo mundo dançava, bebia ou dançava e bebia, era um lugar bonito e colorido.
Noah me guia até o bar e pede dois energéticos para nós.
– Como você sabe daqui? – pergunto enquanto estamos sentados em duas banquetas.
– Eu pesquisei por boates em Edmonton – nós rimos.
Estava tocando uma música eletrônica bem dançante e Noah começa a fazer uns movimentos engraçados ali sentado. Eu ria dele enquanto bebia o energético.
Em um momento, começa a tocar Where have you been da Rihanna. No bootcamp , nós tínhamos aprendido a coreografia dessa música e eu ainda a lembrava. Olho para Noah.
– Você ainda lembra? – dou um sorriso sacana para ele.
– Lembro, vamos lá – ele me devolve o sorriso, se levanta e oferece sua mão para eu me levantar.
Seguro sua mão, então juntos vamos para o centro da pista de dança. Nos preparamos e no refrão começamos a dançar coordenadamente. As pessoas começam a reparar em nós dançando e abrem espaço para assistir e aplaudir.
Depois que a música acaba todo mundo aplaude e fazem barulho para nós. Olho para Noah e dou um sorriso, ele retribui, me puxa com atitude para perto e me beija calorosamente, a galera volta a aplaudir.
Depois disso, nós dançávamos e nos pegávamos no meio de todas as pessoas alí, algumas delas vinham nos cumprimentar e nos elogiar.
– Vocês dançam muito bem e ainda formam um belo casal – uma menina com o cabelo roxo dizia enquanto dançava perto de nós.
– Valeu – sorrio.
– Olha, se eu fosse hétero, claramente faria um ménage com vocês dois – nós três rimos.
– Infelizmente, somos bem monogâmicos – eu falo.
– Diga por você – Noah olha para mim e sorri sacanamente e eu lanço um olhar de censura para ele – Estou brincando – nós rimos.
– Bom, eu vou indo, tem uma menina lá do outro me encarando, vamos ver se rola – a garota ri.
– Boa sorte – falo para ela.
– Obrigada, tchau – ela fala, se vira e some no meio das pessoas.
Depois de algum tempo, voltamos ao balcão e pegamos um refrigerante para tomar. Olho no celular e eram quase 2 horas da manhã.
– Vamos? – pergunto a Noah e deixo uma nota de 20 dólares no balcão.
– Vamos
Nos levantamos e saimos do local. Noah ficava batendo seu ombro no meu.
– Para – rio e ele também.
– Eai, gostou? – ele pergunta.
– Se eu gostei? – puxo ele para mim e me encosto na parede da boate – Eu adorei – sorrio e o beijo intensamente.
Logo em seguida, voltamos para o carro e vamos para casa.
Entramos em casa silenciosamente, meus pais já estavam dormindo. Pego uma toalha no meu guarda-roupa.
– Vou tomar um banho, você vem? – sorrio.
– Sim – ele fala e tiramos nossas roupas.
No chuveiro, a água estava morna e nos esfregávamos um ao outro e claro, nos pegávamos também.
Saímos do banheiro nus e puxo Noah para perto de mim, coloco uma de suas mãos no meu ombro e seguro a outra, por fim, coloco minha outra mão em sua cintura.
– O que está fazendo? – ele sorri confuso.
– Vamos dançar – sorrio e começamos a dançar de um lado para o outro.
______________________________________
Olar pessoas, se gostarem, não esqueçam de votar e compartilhar, me incentiva muito a continuar, me deem um feedback e comentem se quiserem. Obrigado por lerem!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top