Dusk Till Dawn
Depois de meia hora chego ao cemitério nacional de Los Angeles, pago o motorista, agradeço e saio do carro. Era um cemitério imenso e já eram 14:20. Respiro fundo e entro no local.
Vou andando apressadamente pelos caminhos que haviam lá. Após alguns minutos procurando avisto Noah e Zoe. Eles estavam onde deveria ser a cova do avô de Noah. Ele estava de cabeça baixa e Zoe falava com ele.
Fico observando-os de longe. Depois de algum tempo, Zoe se vira e começa a se afastar. Quando ela sai do meu campo de visão, eu começo a caminhar em direção a Noah. Não sabia oque falar ou como agir, mas sabia que devia estar lá para ele, porque nós éramos, acima de tudo, amigos.
Chego por trás de Noah e coloco minha mão direita sobre seu ombro esquerdo, ele se vira, seu rosto estava molhado pelas lágrimas. Ele olha em meus olhos.
-Escuta Noah... Eu sinto muito - respiro fundo olhando para ele.
De repente Noah me abraça forte, sentia o desespero e a angústia em seu abraço, não poderia fazer nada, além de retribuir aquele abraço e mostrar-lhe que eu estava ali para ele. Sentia suas lágrimas molhando meu ombro direito. Penso em falar algo, mas tinha medo de piorar as coisas, então fico calado, passando as mãos em suas costas.
Nos afastamos e nos encaramos, dou um sorriso fraco e ele retribui antes de começar a enxugar o rosto. Por cima do ombro de Noah, vejo Zoe se aproximando.
Noah se vira em direção a ela e caminha até ela. Eu fico olhando ele ir para ela, aquilo me deixava chateado, mas eu não queria bagunçar a vida de Noah, então apenas me viro e começo a caminhar. Sem esperar, escuto passos atrás de mim, me viro e lá estava ele vindo atrás de mim.
Sorrio para ele e ele faz o mesmo para mim.
- Me tira daqui - ele fala quando me alcança.
- Ok - respondo e caminhamos até o seu carro.
- Você quer que eu dirija? - encaro Noah enxugando os olhos novamente.
Ele apenas assenti com a cabeça, tira a chave do bolso e me entrega. Eu dou a volta no carro e entro nele, Noah senta no banco do passageiro. Ligo o carro e sorrio para ele. Saio do estacionamento do cemitério e dirijo pelas ruas da cidade.
Após 15 minutos estávamos subindo por uma estrada de terra. Estaciono o carro debaixo de uma árvore e nós saímos dele. Nós estávamos em um ponto bem alto e de lá podíamos ver uma boa parte da cidade. Noah me guiara até ali.
Noah sai do carro caminha até a grama e se senta, me sento ao seu lado e ficamos observando a cidade por um tempo.
- Meu avô me trazia aqui, era o nosso lugar - Noah começa a falar - a última vez que viemos aqui foi quando meu pai brigara comigo por eu ter passado esmalte nas unhas...
Sempre reparei que Noah pintava as unhas de esmalte preto. Era o seu estilo, era diferente e eu gostava disso.
- Ele me trouxe aqui e me disse que não havia problema com aquilo e que eu deveria ser quem realmente eu queria ser - ele continua falando enquanto olha a paisagem - No dia seguinte ele chegou lá em casa com as unhas pintadas, meu pai ficou muito sem graça - ele ri e eu também.
- Ele parecia ser uma pessoa maravilhosa - sorrio para ele e ele retribui.
- Ele era mesmo - ele volta a olhar a paisagem.
Fico pensando se devia pedir desculpa para ele sobre o que acontecera no dia anterior, porém imagino que aquele não era o momento certo.
- Obrigado, por estar aqui comigo - ele olhava para mim e sorria.
- De nada, sempre vou estar aqui pra você - sorrio para ele.
Noah se deita na grama e observa o céu, faço a mesma coisa. Sinto a mão de Noah roçar a minha, sem pensar duas vezes, eu entrelaço minha mão na dele e aperto, ele aperta também, mas continuávamos olhando para o céu.
- Onde você acha que vovô estaria agora? - Noah olha para mim.
- Hmm... Em algum lugar melhor do que aqui - olho para ele.
- Também acho, ele era uma boa pessoa, não merece menos que o céu - ele ri e eu também, então voltamos a observar as nuvens.
Depois de um tempo, nos levantamos e vamos para o carro. Noah agora dirigia, ele acaba nos levando no MacDonald para pedirmos um Milkshake, depois nós vamos para o hotel.
Estacionamos na frente do hotel e Noah e eu nos olhamos.
- Ei Josh, você não quer dormir lá em casa? - Noah sorri fraco.
- Sua mãe não vai achar ruim? - pergunto meio nervoso com a ideia.
- Não, ela é de boa - ele sorri.
- Beleza então, só deixa eu ir pegar uma roupa lá dentro - eu sorrio para ele e ele assenti com a cabeça.
Saio do carro e subo para o meu quarto. A possível ideia de dormir perto de Noah me deixava nervoso e animado. Pego minha mochila e coloco algumas roupas e minhas coisas pessoais nela. Tranco o quarto e retorno para o carro.
- Podemos ir? - Noah pergunta quando entro no carro.
- Sim - sorrio.
Noah morava a mais ou menos 15 minutos do hotel onde eu estava hospedado. Ele para o carro em frente a uma casa , que eu imaginava ser a dele, era grande e bonita, tinha uma aparência vitoriana. Nós descemos do carro e entramos na casa.
Havia algumas pessoas na sala de estar conversando, todos estavam vestidos de preto, então imagino que todos ali estiveram no funeral. Uma mulher caminha em nossa direção.
- Onde estava, filho? - presumo que é a mãe de Noah, não aparentava ter mais que 40 anos, era muito bonita e elegante.
- Eu fui tomar um ar - ele responde e dá um meio sorriso para sua mãe, ela por sua vez, assenti com a cabeça compreensivamente - Ah.. Mãe, esse é o Josh.
- Olá Josh - ela estende a mão e eu a aperto - Noah me falou muito sobre você, seja bem-vindo
- Falou é? - fico com um pouco de vergonha. - Muito obrigado - sorrio - E meus sentimentos, Sra Urrea.
- Obrigado querido - ela sorri. - Pode me chamar de Natasha...
Depois de cumprimentarmos alguns parentes e amigos de Noah, nós descemos para o seu quarto. O quarto de Noah era muito grande, havia uma porta corrediça que separava uma pequena sala de música de seu quarto. Me sento na cama e Noah começa a tirar seu terno.
Noah tira a camisa branca, sua pele era bronzeada e seu corpo não era tão musculoso, mas tinha algumas marcas de definição pelo peitoral. Sua pele parecia estar quente e eu sentia vontade de tocá-la. Percebo que estava praticamente comendo-o com os olhos, então pego meu celular e começo a mexer no Instagram.
Depois de se trocar, Noah e eu voltamos para a cozinha e pegamos alguma coisa para comer. Enquanto comíamos, Zoe aparece.
- Você está ai - ela diz para Noah e dá um selinho nele.
- Oi, amor - ele sorri para ela, ver aquilo me deixava meio triste, claramente estava com ciúmes.
- Oi Josh - Zoe sorri para mim e retribuo o sorriso para ela quando a cumprimento de volta.
Noah e Zoe saem da cozinha para conversar, oque não me deixa com outra opção, além de mexer em meu celular. Depois de 20 minutos, ele retorna sozinho.
- Onde está Zoe? - pergunto quando ele se senta ao meu lado.
- Ela teve que ir - ele sorri fraco para mim.
Pessoas começam a se despedir de nós e ir embora. Quando todos já haviam ido, nós nos reunimos com a mãe de Noah na varanda.
- Mãe, tudo bem se o Josh dormir aqui? - Noah pergunta.
- Claro - ela sorri para nós e nós retribuímos.
- Onde está o papai? - ele pergunta.
- Depois do funeral, ele teve um chamado urgente no hospital - ela sorri fraco e Noah assenti com a cabeça.
Depois de alguns minutos ali na varanda, Noah e eu descemos para o seu quarto novamente.
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