Você não devia fazer essas Coisas

 Voltei com o doritos enorme, que por sorte havia ali - me surpreendeu o folgado do Miguel não ter comido tudo sozinho -, e com os sucos numa bandeja. Coloquei ela em cima da mesa, e peguei um copo, entreguei-lhe para Justin, depois voltei e peguei uma banqueta, colocando-a no meio da sala. Voltei e peguei meu suco e o Doritos e os coloquei na banqueta, depois me sentei ao lado do Justin.

Senti ele me encarar e olhei para o lado.

- O que?

- Para de sorrir. - disse de cara fechada.

- Eu não tô sorrindo. - disse começando a rir.

Olhei para a televisão e mudei o áudio Perfeito, tinha em inglês. Mas se não tivesse, ia ser esse mesmo, nem a pau eu mudaria.

- Olha que beleza, tem em inglês! - exclamei e me acomodei no sofá, enquanto passava a abertura.

Abri o saco de Doritos e deixei entre eu e o Justin. Tomei um pouco do suco pegando-o de cima da banqueta e coloquei-o lá novamente, esfregando as mãos empolgada para o começo do filme.

- Heloísa. - ouvi Justin me chamar e olhei pra ele.

Ele só ficou me encarando serio, então eu ri.

- O que é?

- Para com isso. - arqueou a sobrancelha.

- Isso o que?

- Para, se não a gente não assiste esse, vou te trancar no seu quarto.

Eu gargalhei e bati no ombro dele.

- Para Jus.

Ele colocou o suco em cima da banqueta e puxou minha mão, me aproximando dele e abraçou-me, passando com a outra mão, o Doritos para a banqueta, e me aconchegou a ele.

Minha barriga deu uma reviravolta e eu suspirei.

- O que Jus? - perguntei e olhei pra ele. O que não foi muito bom, já que ele estava perto o meu rosto, e eu estar apaixonada por ele, ferrava com a vida.

Tentei desacelerar meu coração, com medo dele ouvir.

- Você. Pra cima dos menininhos. - falou me olhando com reprovação.

- Não tem nenhum menininho aqui. - respondi com a sobrancelha arqueada.

- Eu sei que você está animadinha por causa do Chris Evans.

- E ele não é nenhum menininho.

- Toma teu jeito Heloísa. - ele me apertou contra ele na cintura com um pouco mais de força.

Aposto que ele queria que isso soasse como uma forma de repreensão. Mas foi exatamente o contrário e piorou minhas reações e a vontade de lascar-lhe um beijo.

- Desculpa. - falei com um meio sorriso e tentando respirar.

- Rum, passa esse doritos aí.

Eu ri, ou tentei, e peguei o doritos, colocando no colo dele.

Olhei para a tela a minha frente e tentei esquecer que estava abraçada a ele.

Foi incrível o efeito que eles conseguiram fazer no Chris Evans, de transformá-lo de.....sarado à magrelo.

Mas um magrelinho fofo, combinemos.

Justin quase engasgou de tanto rir com o Steve Rogers - Chris Evans - apanhando no começo do filme, magrelo que só ele, e eu ri um pouco, apesar de repreende-lo por isso.

E na parte que ele estava dentro da cabine, sendo espetado por milhares de agulhas, fiquei ansiosa.

- Heloísa.

- Hm? - respondi sem tirar os olhos da tela, onde a qualquer momento, ele sairia.

- Pare de olhar desse jeito ou tapo seus olhos. Quiete os ânimos.

Eu ri.

- Qual é Jus, presta atenção no filme, shiu.

Pude ouvi-lo suspirar de impaciência e sua outra mão envolveu minha cintura pela frente, se cruzando com a outra mão, e me abraçando mais firme.

Suspirei levemente ao sentir as reações.

O Chris vai sair da cabine, se concentre.

Forcei meus olhos para a tela e foi exatamente na hora em que a cabine se abriu, deixando a mostra, Chris Evans sem camisa, com os músculos suados.

Esse, meus amigos, foi o momento exato da minha morte.

- Heloísa! Dá pra fechar essa boca, parar de babar e voltar a respirar?! - ouvi ao longe Justin me repreendendo.

Mas eu estava em um momento crítico de existência. Ressuscitando aos poucos, enquanto me deleitava com a imagem a minha frente.

Eu não sabia mais como se respirava.

Uma mão pegou meu queixo, e meu rosto foi virado.

Justin me encarou com um olhar duro.

- Para com isso. - sussurrou e acho que era pra ser de forma ameaçadora.

Mas não funcionou.

Agora sim que meu ar não encontraria o canal certo, seu rosto estava muito perto, e seu sussurro soprou no meu rosto.

Essas pessoas não gostam que eu viva, estão tentando me matar de asfixia.

Meus olhos atordoados examinaram seu rosto perfeito e pararam em sua boca.

Se controle Heloísa, se controle!

Respirei fundo, mas soou mais como um suspiro apaixonado.

Ele se aproximou e beijou minha testa, lentamente.

O porquê eu não sei, mas isso me fez fraquejar.

Em seguida, ele encostou a testa na minha, para me olhar nos olhos.

- Você é minha belieber, não pode ficar de safadeza pra cima dos outros. - ele sorriu de lado.

Tentei dar um sorriso, mas estava ocupada, me concentrando em não beijar ele.

Justin me abraçou, escondendo minha cabeça em seu peito, numa atitude infantil pra me desviar da televisão. Sem olhar em seus olhos estava mais fácil de me controlar.

- Você é burro ou quer um real? - brinquei com os olhos em seu braço, como estava sendo restringida de olhar para os outros lados.

Ele riu.

- Quero um beijo.

Minha batida do coração acelerou.

- I-i-isso não estava nas opções. - gaguejei nervosa e ele riu.

- Não interessa, quero um beijo.

Respirei fundo, tentando acalmar os nervos.

- Oxe, pede pra Selena, doido.

Ele riu de novo.

- Um beijo na bochecha, doida, você é minha amiga, pode me dar um beijo na bochecha. E belieber, acima de tudo.

- Está tão desesperado assim por um beijo? - eu ri.

- Anda boba.

- Retardado. - levantei a cabeça e dei um beijo estralado em seu bochecha.

Ele até fechou os olhos.

Que vontade de beijar outra parte...

- Linda. - ele sorriu e beijou minha bochecha.

Estamos muito juntos ou...?

Ele me abraçou do modo para restringir de novo.

- Jus.

- Hm?

- Já não posso voltar a ver o filme?

Ele riu.

- Pode. - me desapertou um pouco, o suficiente para eu conseguir ver, mas sem me soltar.

Olhei para a tela e o Capitão América estava tentando tirar a informação do cara da Hidra que matou o tal médico.

Ele apoiou seu queixo em minha cabeça.

Aaaah o cheiro dele.


- Algum problema Capitão?

- É que eu tinha um encontro.

- Heloísa? - Justin me chamou quando as letras dos nomes finais começaram a passar.

- Hm?

- Tá chorando?

- Não. - limpei rápido meu rosto.

Ele abaixou a cabeça, pra olhar pra mim.

- Aw, por que tá chorando shawty?

Ele limpou meu rosto.

- Ele tinha um encontro! E ela já morreu provavelmente. - chorei.

Justin riu um pouco.

- Não fique triste.

- Eles nem ficaram juntos!

- Eu sei, mas olha, - ele pegou meu rosto entre suas mãos - ele estava salvando milhões de pessoas, ia ser mais triste se milhões de pessoas e inclusive eles, morressem não é?

Assenti com um bico involuntário e ele sorriu.

- Então, pense por esse lado.

Assenti de novo e ele beijou a ponta do meu nariz.

Meu coração deu uma guinada rápida.

- Parece um bebê. - ele acariciou minha bochecha e depois deu um beijo nela, enquanto eu ria pelo nariz.

- Olha quem diz. - murmurei.

Ele se afastou um pouco para sorrir pra mim e beijou minha bochecha esquerda, só que mais perto da boca, ai cacetada.

Ele tá beijoqueiro não é?

Eu gosto.

Mas...

Sua boca passou perto da minha, me desconcentrando, para ir beijar meu pescoço.

Mas o que?!

Concentra, concentra!

- Jus... como tá a Selena? - minha voz tremeu, me deixando constrangida.

Selena, era o nome que ele precisava ouvir para despertar.

- Bem.

Ao contrário do que eu pensava, seu nariz começou a traçar linhas pelo meu pescoço, e seus dedos, afastaram meu cabelo para trás, depositando em seguida, a mão em minha nuca, por baixo do cabelo.

O toque soou como gelo. Mas fogo.

Um fogo gelado.

É. Algo irracional.

Mas ao mesmo tempo que me arrepiava, queimava por onde passava.

- Cheirosa. - ele me elogiou.

Pigarreei e abri meus olhos fechados, algo que eu nem tinha percebido.

Eu ri, nervosa.

- Você...você é mais.

Mais um beijo no pescoço.

Alguém avisa esse homem que ele é comprometido?! E que não é certo deixar uma garota doida assim?!

- Jus...

- Hm?

- Para. - forcei a palavra a sair pelos meus lábios.

Seu nariz foi subindo do meu pescoço para a minha bochecha, e da minha bochecha ao meu nariz, me dando um beijo de esquimó.Os olhos nos meus. A expressão indecifrável.

Ele inclinou a boca para a minha. CARAMBA VIDA.

Coloquei minha mão em seus lábios, antes que se aproximassem mais.

- Não faz isso. - minha voz não saiu de um sussurro.

Ele respirou fundo, mas não fez mais nada.

Foi tão difícil falar aquilo que eu tive que reunir todas as minhas forças.

Nossa, alguém faz noção da vontade que eu estou de beijá-lo?! E eu tenho que impedir isso.

- Por favor. - completei ainda sussurrando.

- Me desculpa. - ele disse e parecia ofendido.

- Não me entenda mal. Eu... é por outro lado.

- Como assim, bebê? - ele afagou minha nuca.

Eu estremeci.

Ele tinha que parar com isso.

- Você.. não devia fazer essas coisas.

- Por que?

- Fala serio Jus. Você tem namorada.

- Não estou fazendo nada demais.

Repreendi ele com o olhar.

- Se fosse com meu namorado...

- Seu eu fosse seu namorado?- ele me interrompeu.

Abaixei a cabeça, constrangida, as bochechas corando.

- Não foi isso que eu disse.

- Se você tivesse um namorado, eu espancava ele. - seus dedos faziam voltas na minha nuca, voltas lentas, que me arrepiavam e me causava...sensações.

- Por que? Ele só estaria sendo meu namorado, pelo que foi dito.

- Exatamente por isso, por ser seu namorado.

Arqueei a sobrancelha, esperando ele me falar, e ele sorriu antes de começar.

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