Epílogo II
Você ainda vai me amar quando eu não for mais nada além de uma alma dolorida?
Eu sei que você vai.
Young And Beautiful | Lana Del Rey
— Você tem certeza que é normal atrasar assim? — inquiri a Dante enquanto olhava a hora no meu relógio. Foda-se que eram apenas cinco minutos de atraso, mas a sensação era semelhante à eternidade.
Meu amigo e padrinho me olhou de lado como se eu fosse um idiota maricas, o que claramente estava parecendo. Ele ultimamente não tinha tanto crédito, havia se tornado um maníaco tanto quanto eu, ao seu modo ainda mais fodido e obcecado.
— Não acompanho muito as tradições — zombou, o rosto em pedra.
— Minha opinião não foi solicitada — se intrometeu Jacob, da cadeira onde estava sentado comendo os doces da festa — , mas a média é de 30 minutos. — Como se ele soubesse, já que seu estilo era levar a noiva amarrada ao altar.
Resmunguei, não sentindo diferença alguma na minha impaciência.
Tentei usar as memórias de ontem a noite para dispersar o sentimento, dos seus sorrisos e do seu corpo perfeito ao lado do meu por toda a noite. O zumbido do vento ao fim de tarde na ilha e o som dos convidados foram abafados pela melodia da sua risada que ecoou pela minha mente, e apenas degustar uma dose de sua essência em meras lembranças mostrava o quão dependente eu me via daquela pequena mulher que tinha total poder sobre mim. O antigo dono das partes mais sujas de NY, agora apenas CEO da maior indústria balística do país, apenas poderia ser dominado por duas pessoas.
A pequena mulher que iria me encontrar de branco aqui.
E minha pequena princesa, claro, que tinha me enrolado nos seus pequenos dedos.
Eu não poderia ser mais sortudo.
Meu telefone tocou e dissipou a doce névoa que me tomou.
— Você precisa vê-la. — Meu cunhado realmente não era fanático por mim, ele nunca tentou esconder seu desgosto pelo o que fiz com sua irmã, e isso explicava totalmente a sua voz amarga do outro lado da linha.
Meus instintos ficaram aguçados, mil e um pensamentos terríveis passando pela minha mente. Em todos Magan estava caminhando para longe de mim.
Isso.
A fodida sensação de estar afogando meu coração em ácido. Como o futuro que eu estava vendo até poucos minutos atrás fosse uma mera quimera.
— O que aconteceu? Ela está bem? O que po-
— Se acalme, idiota, ela está bem e, infelizmente, te ama demais para te deixar. — Ignorei seu insulto, focando na informação de que ela está bem. — Mas ela está um pouco... nervosa. Não gosto de ver minha irmã assim, mesmo tentando deixar ela melhor com uma conversa, quando saí de lá ainda achei seus olhos distantes. Resolva isso. — A linha ficou muda.
— Onde diabos você está indo, porra? — exclamou Sullivan quando me viu correr em direção à mansão onde Mag estava.
Não me prestei a perder tempo lhe explicando nada, apenas me vi indo até ela, como se minha vida dependesse disso.
E dependia.
— Magan! — após o que pareceu uma eternidade chegar até ela, chamei depois de bater em sua porta, controlando a vontade de arrombá-la. Não ouvir sua resposta só me deixou mais inquieto. — Você está bem, amor? Aconteceu algo? Apenas fale comigo, querida.
Murmúrios eufóricos vieram de trás da porta. Seus amigos repreendendo-a sobre vir até mim, mas, foda-se, ninguém estava afastando minha mulher de mim mais um segundo sequer.
Sempre achei o nervosismo uma cadela, e, por Deus, eu poderia viver sem isso agora. Realmente não era algo que combinava comigo, bastava comparar aos extremos do meu passado.
Mas, apesar de tudo, entendia o sentimento.
Porque hoje seria diferente. Estava em busca do que me fazia feliz e não conseguia me sentir nada menos que realizada.
Então talvez isso explicasse meu surto de ansiedade no dia do meu casamento. Meu verdadeiro casamento, já que eu e Derek entramos em consenso de que aquela primeira cerimônia anos atrás não merecia ser considerada, não existia amor, nunca foi realmente sobre nós e hoje não nos representava mais. A mera lembrança do momento do meu aceite aqueceu meu peito, levando um pouco de nervosismo com as imagens doces projetadas em minha mente.
— Corra, mamãe, ele vai nos pegar — Sky meio que gritava e ria enquanto corria pela grama, eu e Derek em seu encalço.
A felicidade da nossa filha era a coisa mais linda refletida em contraste com o sol de verão em nossa casa de campo. Ainda não encontrei coisa mais bela, não desde 6 anos atrás, quando a segurei em meus braços pela primeira vez.
Alcanço-a, rindo quando peguei sua mão e, juntas, tentamos, fantasiosamente, despistar o homem que nos perseguia.
Senti-o antes que ele chegasse, antes que seus braços fortes, minha casa, se fechassem em torno de nós duas. Os sentimentos de pertencimento e de felicidade suprema que ele me transmitia eram inestimáveis.
É tudo o que eu preciso.
— Não, não, papai, você ganhou de novo! — ela reclamou, mas não tardou a esquecer quando ele começa a fazer cócegas em seu pequeno corpo, arrancando protestos e risadas que encheram nossos ouvidos.
— É o pi-pior jogad-dor de pega-pega que existeee!
— É mesmo, princesa? E que tal você sendo a pior trapaceira? — O rosto de Derek era sereno enquanto brincava com Sky, toda sua postura divertida e relaxada, nada comparada ao homem de uma década atrás.
Este que tinha meu coração e o conservava, fazendo absolutamente tudo para ver um sorriso em meu rosto, pela promessa que ele fez no passado e que vem mantendo. Haviam dias onde não era possível, que os fantasmas do passado voltaram a nos assombrar, mas existia mais alguém ali para nós, nossa pequena princesa Sky. Nossa luz mais preciosa.
Balancei a cabeça enquanto os deixei se divertindo e caminhei até o cobertor sobre a grama com as guloseimas que Sky pediu para nosso piquenique.
Ele me acompanhou logo depois, deixando nossa filha entretida com seu cachorrinho de estimação que ganhou de presente no seu último aniversário. O husky carinhosamente nomeado Bubbles compartilhava da mesma energia que ela.
— Cansou tão cedo? Claramente sinais da idade. — Voltei meus olhos para o homem ao meu lado. Sem dúvidas essa era irrevogavelmente a nossa essência, e nunca deixava de ser divertido e excitante provocá-lo, em todos os sentidos.
— Idade, hein? — zombou ao se sentar ao meu lado, me puxando imediatamente para o seu colo, o meu lugar preferido em todo o mundo. — Você provavelmente está esquecendo de nossa atividade física dessa manhã. Estar velho realmente não está interferindo nisso. — Mordi o lábio ao lembrar do quanto ele me cansou hoje logo após acordar me devorando com a língua entre minhas pernas.
Claro que apenas queria provocá-lo, pois, no início dos quarenta, ele estava em um ótimo físico e aparência. Juro, meu marido conseguia ficar melhor a cada ano, provando a teoria do vinho. Ainda perdia o fôlego quando contemplava seu corpo em todo seu vigor, principalmente quando ele tinha aquele semblante em seu rosto de quem iria me devorar a qualquer momento do dia.
— Pode estar tendo ajuda com isso, Jacob uma vez me disse que viu você comprando pílulas. — O seu revirar de olhos indicava que ele provavelmente achava que eu e Jacob juntos contra ele era muito mais que uma penitência.
— Nem pílulas o ajudarão quando eu cortar o brinquedo precioso dele um dia. — Ri de sua raiva enquanto deixei um beijo breve em seus lábios.
— Pare de ser tão rabugento.
— Impossível quando tenho você como diaba pessoal. É minha sorte que eu fodidamente ame isso.
— Você me perseguiu para ter isso, faz sentido — Seu sorriso demonstrava que ele não estava nada arrependido.
Derek me beijou em seguida, em uma intensidade pecadora, aproveitando que nossa filha estava com o foco distante, até que perdi o fôlego, e tinha certeza de que agora meu rosto estava corado, e não apenas pelo sol que beijava minha pele.
Ouvimos passos e me recompus quando Sky vinha correndo até nós, radiante. Nos aprimoramos em manter a decência na frente da nossa pequena ao longo do tempo.
— Já se passaram os três minutos que me pediu, papai — garantiu orgulhosa quando finalmente chegou.
— O que? — perguntei, curiosa.
Não por Sky contar precisamente 3 minutos, porque seu padrinho Dante aparentemente amava ensinar pequenas táticas de sobrevivência a minha filha, ele e Derek mal escondiam a animação para chegar o dia de ensinar defesa pessoal a ela, e Jacob secretamente esperava ser ele a ensiná-la a atirar – algo que fiz questão de negar veemente permitir, pelo menos até os 15, pelo amor Deus.
Ela realmente estava envolta de homens superprotetores. Mas no fundo apoiava isso, não queria que ela fosse indefesa como fui, não nesse mundo impiedoso. Minha filha seria forte, uma força da natureza, uma mulher de fibra.
— Você foi ótima, querida. Agora pode dizer à sua mãe o que conversamos mais cedo — ele instruiu.
Dizer que estava entendendo alguma coisa seria uma enorme mentira.
Sky se aproximou lentamente da gente e se sentou à minha frente, e não pude deixar de admirar quão linda ela era com seus olhos de inverno e os cabelos de ébano em contraste da sua pele que lembrava neve. Ela era a nossa cópia carbono, a melhor parte, como sempre confessava a ela.
Ela respirou fundo e se concentrou, como se estivesse em uma missão.
— Mamãe, você sabe que eu e o papai te amamos muito. Mesmo quando eu estava na sua barriga como um pequeno abacaxi, como disse o Tio Jacob, e o papai estava dormindo por muito tempo, você era tudo para gente. — Lágrimas já banhavam o meu rosto, odiava ser uma chorona. — Você foi a princesa que não precisa de cavaleiro, agora rainha, que acaba com os monstros sozinha, mas o papai precisa saber se você irá dar a ele a honra de ser seu cavaleiro para sempre.
Emoção não seria a palavra adequada para o que eu estava sentindo agora, ela era insuficiente, rasa. O sentimento regado de amor que me dominava nesse momento era inominável e indescritível.
Os braços protetores e carinhosos do meu homem se fecharam contra mim, para depois ele delicadamente se afastar e voltar meu olhar para ele, onde avistei seu rosto. Devoção se estampava em seus olhos há muito tempo não mais opacos.
— Você me deu tudo o que eu nem sabia que precisava tanto. Eu nunca vou conseguir expressar em palavras o quanto eu te amo e quanto preciso do seu sorriso para viver, querida. Talvez o amor não seja o sentimento páreo para o que sinto, mas você pode nomear minha devoção, obsessão e necessidade por você do que quiser e desejar. Eu preciso que me conceda a oportunidade de estar ao seu lado até o resto da nossa vida, para mostrar tudo o que sinto por você, até o último dia em que você respirar, porque também vai ser o meu último, já que você é a porra do meu oxigênio, Magan.
— Papai! Olha a boca!
— Perdão, querida. — Rimos, eu entre lágrimas, enquanto ela claramente se continha para não estender a mão para o dólar para respeitar o momento.
— Magan Thompson — ele me chamou pelo meu nome de solteira enquanto pegava minhas mãos entre as suas e olhava para Sky, que se adiantou em por suas mãozinhas fechadas sobre as nossas, roubando meu fôlego quando abriu e mostrou um anel delicado com um lindo diamante incrustado em seu topo, que estava entre pequenas flores secas brancas —, você aceita se casar comigo? Me concede a maior honra para um mero homem quebrado como eu de ser seu marido, amor?
Ele sabia o quanto aquilo estava significando para mim, para nós, e não conseguia parar de chorar enquanto absorvia aquele momento perfeito, nosso, real e precioso.
O que começou como um pérfido desejo, havia se tornado tudo o que eu conseguia imaginar de melhor em minha vida.
— É óbvio! Só você.
Beijei seus lábios em volta do calor que nos aquecia, ouvindo os gritinhos eufóricos de Sky, para no fim do beijo ele pegar o anel entre as flores da mão da nossa filha, o nosso maior tesouro, e colocar no meu anelar.
— Minha vida é e será nossa família. Sempre. Eu vou ser a alma miserável mais feliz do universo com vocês duas na minha existência.
E, ali, sentindo as batidas dos corações mais importantes na minha vida, eu senti um gosto do céu.
— O que você está pensando com esse sorrisinho, hm? Com certeza deve a lua de mel com seu marido gostoso, não é, safada? — Aust comentou do meu lado, me tirando do transe melancólico que eu estava. — Com todo respeito, claro.
Ri de suas palavras, perdendo um pouco do nervosismo que estava se incrustando em meus ossos, mesmo sem eu saber ao certo qual o motivo.
Eu já havia me casado antes, mas, porra, agora era tão diferente. Tão especial.
Tinha a sensação de que estava com medo. Medo de, mesmo após muito tempo só sendo feliz, chegar o momento de que isso pode evaporar da minha vida. Sentir a plenitude pode ser um pouco assustador, mesmo que pareça sem sentido.
Por esse motivo estava tão atrasada para o meu casamento.
— Nem isso está sendo o suficiente — confessei —, estou sendo uma cadela nervosa.
— Está tudo bem, querida — Anne puxou do outro lado, pegando minha mão sobre a sua. — É normal se assustar com a felicidade. Vai ficar tudo bem. Você só não pode não se agarrar a esse momento que está te chamando.
— Ele é todo seu, meu amor — meu amigo pegou minha outra mão. — Seu momento. Agora tudo é diferente, muito mais lindo.
— Magan! — Soltei um suspiro surpreso com a voz vinda atrás da porta, a voz do homem que deveria estar me esperando no altar. E que talvez estivesse louco por sua sua mulher não ter cruzado o caminho até ele no altar como era o combinado, vinte minutos atrás.
— Parece que chegou o cavalheiro com sua espada para te salvar, amiga!
— Aust — mas eu já estava rindo e me erguendo até a porta quando eles me pararam.
— Você está bem, amor? Aconteceu algo? — Sua preocupação crua aqueceu meu coração. — Apenas fale comigo, querida.
— Você ainda não pode vê-lo! — Gritaram meus amigos, tomando minha frente.
Mas ele era a pessoa a quem eu mais preciso agora.
Soltei o ar que estava preso nos meus pulmões quando o clique da porta soou, seus olhos brilhantes caindo em mim. E, foda-se, eu não estava pronto para essa visão.
A mulher na frente pareceria um lindo anjo, se não fosse a representação de uma deusa, a minha doce e glamurosa deusa. Embora agora meu foco estivesse em seu rosto que não tinha aquele sorriso que vi em seus lábios quando me despedi dela essa manhã.
— Você realmente não deveria ver a noiva antes do casamento. — Um sorriso aliviado dançou em sua face, quebrando o aperto em minha garganta.
— Ainda está para existir algo que me impeça de chegar até você nessa vida. — Se dependesse de mim, nem a fodida morte.
Seu corpo esguio e delicado estava em meus braços em segundos, tudo e todos ao nosso redor se tornado apenas fumaça.
— Precisava de você. — Sua confissão baixa me desarmou totalmente, e apertei-a mais contra mim, desejando fundir-me à ela.
— Sempre vou vir até você, querida.
Afastando-se do meu pescoço, ela me fitou com brilho nos olhos, suas íris refletindo a aura que nos cercava. Ela estava transmitindo que sabia.
Já sentia que estávamos a sós, dedilhei seu rosto com os dedos, traçando sua feição angelical, desejando varrer qualquer coisa que estivesse atormentando-a.
— O que aconteceu? Estava me pregando uma peça me deixando louco no altar? Eu realmente preciso que saiba que não vi nenhuma graça, diaba.
O som de sua risada cortou o quarto e o revirar de olhos que eu tanto amava e me provocava estava ali, e, porra, eu amava isso pra caralho.
— Isso realmente não iria funcionar, sei que não estou me casando com o homem mais paciente da américa.
— Não mesmo, baby. — O mais fodido, talvez, mas também o que mais obcecado por ela.
O silêncio nos tomou, e, contrariado por ela não ser assim, mas ainda respeitando seu momento, a levei até nossa cama, puxando-a para meu colo, de onde não queria que ela saísse nunca.
Magan apenas se agarrou a mim e ficamos assim por minutos, e foda-se, por mim seria pela eternidade.
— Não é irônico eu estar com medo de estar feliz? — A declaração nos tirou da nossa bolha, e aguardei que ela levasse o seu tempo para se abrir. Nós funcionamos assim, anos ao seu lado me fizeram respeitar o seu tempo. — Eu vou me casar com o homem que amo e que acordo todas as manhãs ao lado, mas estar aqui, diante desse momento que ganhei a oportunidade de ter, que, nos meus piores momentos não imaginei ser possível, é assustador. Eu amo isso, estou eufórica para dizer enfim sim a você naquele altar, com todo meu amor, na frente de todos. Mas também estou com medo de fechar os olhos e tudo ser um sonho, uma fantasia que vai desabar a qualquer momento. Isso ridiculamente me sufoca, ser boba e fraca o suficiente para acreditar nessas fobias. — Queria levar ao inferno todos seus tormentos, mas sabia que poderia protegê-la de tudo e todos, menos de sua mente. Era uma batalha dela. Mas estaria ao seu lado em toda guerra. — Estou sendo ridícula. — Suspirou. — Mas eu só sabia que... precisava de você aqui.
— Você não está sendo ridícula ao sentir, meu bem. E no fundo você sabe disso. Que está tudo bem se assustar e não se sentir pronta, e eu estou aqui, sempre, para esperar por você, não importa seu passo. Se você quiser, amor, eu expulso todos os convidados e a gente pode passar toda a tarde assistindo filmes com Sky enquanto sou seu modelo de penteados. Se não tiver certeza ou não se sentir pronta-
— Nunca me senti tão pronta, Derek. Eu quero isso hoje, vamos fazer isso hoje. — Seu rosto se inclinou, um sorriso escapando por seus lábios após um suspiro. Minha atual e futura esposa – oficialmente – reluziu o brilho âmbar em seu olhar marinho, o sol nascendo entre as ondas de suas íris. — Talvez eu precisasse apenas de um empurrão, talvez eu apenas precisasse que você me garantisse que isso é real.
— Todos os dias quando acordo com você em meus braços eu preciso de um impulso físico de dor para acreditar enfim que mais um dia que acordei é real. Que todos os momentos maravilhosos e preciosos que compartilhamos não passam de um sonho dos que passei viajando naquele ano, em que renasci para você, que lutei contra a morte para conseguir chegar aqui hoje e jurar na frente de todos que cada fibra da minha falha existência é sua, que meu amargo sangue só pulsa no meu peito agora por sua causa.
Seus lábios vieram aos meus com ardor, da ardente forma que carne e fogo, quando fundidos em sentimento, conseguiam se comunicar.
— Eu sou sua — sussurrou por entre nossas respirações —, e eu te amo tanto.
— Só existo por você, eu respiro por você, Magan.
Fui de encontro a sua boca novamente, tomando minha doce dose, bebendo da sua rara essência. Minhas mãos desenhando seu corpo em um rastro que fazia meu sangue correr na temperatura de lava, um zumbido em meus sentidos, meu pau reclamando estar distante dela, mesmo estando tão perto.
— Eu acho que a real razão dos noivos não se verem antes do casamento é o fato de ser impossível se separarem compostos antes da cerimônia.
— Não mesmo — enquanto estava ávido para traçar meus lábios do seus ombros delgados até sua boceta que eu sabia que já estava fodidamente molhada pra mim, meus olhos lamberam sua pele marfim que não estava encoberta pela alva seda que abraçava suas curvas de forma pecaminosa como uma segunda pele — , o real motivo é que é necessário muito autocontrole para não querer rasgar o vestido da noiva antes da hora. Como um delicioso presente. Essa porra não poderia ser vista como algo decoroso.
Minha respiração ficou afiada quando ela traçou suas unhas por meu pescoço, a provocação desenhada em sua face, que clamava por meu descontrole, ali mesmo. Puta merda.
— Quando você ligou para o decoro, Mitchell?
Foda-se essa merda.
— Nunca — rangi ao erguê-la sobre mim, levando-a até a parede mais próxima, suas lindas pernas se agarrando em meus quadris enquanto meu pau se posicionou bem ao seu centro, meu lugar preferido depois do seu sorriso. — E é por isso que não vou me importar nenhum pouco em comer minha boa garota minutos antes de encontrá-la no altar. E eu quero que eles percebam o quão feliz eu te faço. Tudo pela minha mulher. — Meus lábios se ergueram.
— Talvez, apenas talvez, eu aprecie isso mais do que deveria — sussurrou com luxúria antes de me beijar novamente, arfando em seguida quando meus dedos vagaram até sua fenda, acariciando seu clitóris. O som de seu gemido cortando o ar era força contra a minha sanidade.
— Você está pingando em meus dedos, tão desesperada para ter meu pau. É óbvio que aprecia isso como a perfeita vadia que é. Tão minha.
Sua perfeita imagem ofegante e em deleite poderia ser refletida em um quadro para mim apreciar sempre que quisesse, apesar de ver não ser o suficiente. Eu precisava ouvir sua respiração cortada como estava agora, sentir meus dedos sendo engolidos dentro da sua boceta faminta para ser fodida por mim. Apenas por mim, porra.
— Eu preciso de você agora — clamou.
— Eu já te disse, não há nada que eu não lhe dê nessa vida. Você quer o meu pau agora, amor? — Seus turbulentos olhos rolaram quando me afundei dentro dela, sentindo-a se contrair contra mim quando comecei a estocar lentamente, torturando-a, me torturando quando eu queria mais. Fodido masoquismo. — Tão receptiva, minha noiva.
— Vamos deixar isso sério, querido — suplicou, erguendo suas costas, cravando suas mãos em meus ombros como se sua vida dependesse disso. Na névoa do nosso prazer, enquanto minha mão cobria seu pescoço, aplicando força o suficiente para instigar seu prazer distorcido que eu tanto era viciado, querendo que ela tivesse contato comigo enquanto a devoro, me levei a tomá-la mais forte, o controle que fosse ao inferno. — Isso, forte. Porra!
— Boa garota. — Sua boceta se apertava em mim tão bem, ao nível perfeito e doloroso, pontos pretos na porra da minha visão enquanto me perdi nos seus deliciosos sulcos inundando meu pau, intensificando meu ritmo. — Perfeita pra caralho.
Malditos frissons cortaram minha carne enquanto me perdia nela a cada minuto, sua tensão aumentando a cada movimento, o me fez caminhar mais ainda para o limite ao sentir seu orgasmo se criando.
— Você precisa gozar, não é, querida? Está tão perto. — Seus lindos olhos escureceram e ela abriu a boca em busca de implorar mais, além do ar escasso, meu controle seguro ainda nela o suficiente.
Decidi acabar com sua tortura e a levei ao seu próprio limite, assistindo e sentindo seu corpo tremular em torno de mim, meu nome saindo como uma oração.
— Eu amo sua loucura — confessou quando voltei a aumentar o ritmo, agora me soltando totalmente nela, a porra das minhas bolas no limite enquanto ela me sugava.
Uma segunda onda vindo dela e atingindo seu ponto de prazer, meu dedão apertando seu clitóris, o que a arrancou de toda sua homeostase, e amaldiçoei ao me deixar ser levado pela sua perdição.
— Agora você vai caminhar até o altar com meu esperma escorrendo entre suas pernas, amor. O fodido melhor presente de casamento da minha putinha. — Minha doce garota gritou quando gozou novamente, e encontrei minha própria liberação com o ar que me restava, caindo totalmente no furioso abismo de luxúria que nos envolveu. Me sentindo completo, como ela só ela me fazia sentir.
E, mais tarde naquele dia, um dos mais felizes de nossas vidas, eu me senti bem mais que realizado.
Quando ela olhou em meus olhos e me prometeu sua alma, sua matéria, quando nós verdadeiramente juramos nosso amor, no momento que seu sim cantou ao fim da tarde, tudo o que eu mais esperava ouvir, mesmo já sentindo todo esse tempo, eu soube. Soube que, diante dos homens e de todos os cosmos, enfim, até mesmo depois que restasse da carne apenas o pó, éramos um só.
oii, diabinhasss.
ressurgi dos adormecidos kkdkdjkj
a intensão sempre foi ter dois epílogos, queria mostrar mais dos sentimentos dos dois em cada, e um pov derek apaixonado é tudo pra mim. e, nisso, a história enfim se concluiu.
eu deixei 2 spoilers no início dos meus meninos preciosos, meu sonho de vida é terminar as histórias deles, e estou trabalhando nisso, vão sair, sim. a parte ruim é que não consigo escrever no mesmo ritmo de antes, e isso me dói muito. e, apesar de eu não ser ativa aqui, sempre que posso estou lendo e respondendo os comentários, sempre me rendem uma risada sincera, e adoooro também as mensagens que recebo aqui e no insta, pra trocar papos com vocês sobre surtos, AMO ISSO.
no mais (COMO EU TAVA COM SAUDADE DE DIZER ISSO NO FINALZINHO), é isso, fiquem bem, amores. vocês são preciosas e incríveis <3
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