Capítulo 42 | Estou Sangrando
Eu te dou tudo de mim agora, você não consegue ver?
Por que você não me liberta?
Você tem poder, poder
Você tem poder sobre mim
[...]
Você é o único que me seduziu
Me traiu com sua beleza
Agora eu sei que você me usou
Estou pronta agora, estou pronta agora
Tudo o que você fez foi me confundir
Você não é mais o que eu preciso
Me toque devagar, sinta meu coração sangrar
Estou pronta agora
Power | Isak Danielson
(***Eu nunca pedi isso, mas recomendo ouvir toda a música anexada à mídia e acompanhar a tradução. Talvez ela consiga expressar mais do que eu serei capaz. Espero que vejam além das palavras, além do literal.)
O silêncio da sala era apaziguante, embora fosse, possivelmente, torturante e agonizante para alguns que aqui vinham.
— Você pode começar quando se sentir pronta, Magan. — A voz que ouvi era serena, carregava, de certa forma, segurança. Uma segurança não muito presente na maioria das pessoas que entraram em minha vida.
— Existem dois homens em minha vida — disse à mulher ao meu lado, meus olhos opacos centrados no teto branco enquanto meu corpo estava reclinado no divã. E, por Deus, como era difícil. No entanto, estava com a consciência de que estava prestes a me mostrar para alguém, mas, diferente de todas as vezes, de uma forma que não receberia nada menos que a verdade. Não julgamento, não pena. Imparcialidade. Talvez fosse a única forma de mim mesma me entender. — Eu odeio o Diabo com todas as minhas forças. Cruel, amargo e insensível. Ele abusou de mim, roubou minha vida, ele não é bom. Chorei por seus atos, senti por suas artimanhas, perdi no seu jogo. Ele é meu oponente. Ele é minha guerra, a minha dor, ele me assistiu cair no infinito poço escuro, e contemplou minha derrota. — Minhas palavras não podiam ser mais frias, fortes e seguras. — Ele me machucou, isso é algo irreversível. O Diabo não merece nada de mim além de raiva.
— Você citou dois homens — ela comentou suavemente, era uma pergunta sútil.
Nessa hora meus olhos se fecharam, lágrimas começaram a cair e cair, lentas, cortantes como lâminas, purificantes. Não senti vergonha de expressar como isso me afetava, embora.
— O outro é o homem que eu amo. — Um soluço sofrido cortou minha garganta. Não sei se as paredes se encolheram diante da angustia que ele carregava. Nunca havia admitido isso nem para mim mesma, e falar em voz alta... Mas não caí, tal como imaginei que faria, e isso me surpreendeu. — Derek é a pessoa que me causa divergências. Diferente do Diabo, ele não prende meu corpo. Dei-lhe meu coração e alma, me entreguei a ele. Tudo o que fazemos... Eu amo isso. — Minhas mãos tremiam sobre minha barriga. E meu peito gritava, abrindo-se, enfim. — Sinto-me segura em seus braços como não me sentia há muito tempo. Sei que ele também se entregou. Somos uma constante, nos moldamos no meio de uma tempestade, da guerra. Quando estou com ele... não quero estar em nenhum outro lugar. Eles lutam entre si, e não se separam, entretanto. Esses homens estão na minha vida. Meu inimigo e meu amante. As duas faces da mesma moeda.
Não estava falando com ela, estava confessando aquilo para mim, para minha covardia que me fez ficar omissa. Mas era a hora de parar com a vergonha, do medo dos meus sentimentos, do que me consumia.
Eu consigo.
Não sou fraca.
Sou uma sobrevivente.
— Estou sangrando... — Mordi o lábio ao ponto de sentir o gosto de ferro, enquanto piscava os olhos. — Lentamente, eu sangro. O Diabo não mais me ataca, mas ele deixou memórias, essas nunca poderão ser esquecidas. Derek quer me dar a liberdade, ele está me entendendo algo que não sei se teria mais coragem para pegar.
— Você quer ser livre?
Quando fui?
— Quero viver. Quero a paz, não lágrimas. Preciso de certezas, mas minha vida é de inconstâncias. — Seria pedir muito? — Quero estar com Derek, mas sei que não é o certo. Por horas a fio refleti sobre o que fazer. Se alguém estivesse lendo minha mente, assistindo minha vida, diria que sou louca, que estou errada, que não devo ficar. Tudo mundo tem respostas para tudo, justificadas, as verdades universais e o senso comum. Preto e branco. Bem e mau. — Suspirei, acalmando-me. — Bem e mau. Isso nunca é exato. Vilão, herói. Quem é quem? Eu nunca poderia dizer, não mais. Porque cheguei em um momento em minha vida em que aprendi que perspectivas moldam e superam fatos. Então como vou ter certeza de que estou errada em ficar? Por escolher seguir meus anseios, fechando os olhos para o que pensam. Estou doente, serei julgada, pois um lado meu irá fazer isso, porque um dia já fui todo mundo. — Limpei a lágrima.
— O que o Derek é para você? Você conseguiria titulá-lo herói? — indagou após rabiscar em algo que imaginei ser sua agenda.
— Heróis existem apenas para quem tem um partido, um lado. Não tenho nenhum. Então heróis não existem para mim, e não preciso de nenhum. Aprendi a me salvar.
— De que você se salvou?
— De demônios. Do fim. De mim.
— Não obstante você percebe que ainda está caindo.
— Sinto isso. — Mais anotações.
— O cenário em que você está pode estar desencadeando tal sensação. Mas isso não se limita ao físico, Magan. Muitas vezes a mente pode ser o maior inimigo em potencial, e ela também é um local. Nela residem cobranças, ou até os medos, que muitas vezes levam ao desespero.
— E quando não sentimos medo? — E quando quase não sentimos alguma coisa parecida?
— Não está isenta, ele sempre volta. É um mecanismo de natureza humana. Assim como tem o poder de paralisar, também é importante para a sobrevivência. Talvez você ache que está na ausência dele, e isso é normal perante seu estado. — Seu estado, seu diagnóstico. Algo que não era uma novidade, eu sabia o que carregava. — Foi a forma que sua mente encontrou para barrar tudo o que estava caindo sobre você como uma avalanche.
— Ficar anestesiada. Isso não é muito mórbido? — pedi, baixo.
— Isso é sobrevivência. É defesa, é a arma que você buscou, inconscientemente. — Alguns segundos foram carregados de silêncio, para então ser quebrado com sua fala. Sempre amena. — Magan, para que possamos fazer isso funcionar, precisamos ir além, o que é necessário para saber como você chegou aqui. Não é uma cobrança para que fale sobre suas dores, não é uma exigência para que conte tudo. Vai ser um caminho difícil, mas estarei aqui para ouvir o que você quer e consegue compartilhar, e, assim, poderei mostrar a ajuda que você mesma conquistará.
Decidi que não importaria o preço, iria me abrir. Ninguém além de mim poderia me estender isso, seria minha escolha, seria minha luta e o meu caminho.
Seria um propósito.
E então em falei tudo, contei cada detalhe vívido em minha memória. E chorei, por Deus, como chorei, porque era difícil. Mas dessa vez tinha um sabor diferente, uma sensação de estar tendo um pedaço levado de mim, escorrendo — uma parte suja, que me sufocava. A doutora Lopez me ouviu atentamente, falou por vezes. E me senti bem em confidenciar cada coisa a ela. Houveram perguntas. Minha convivência com Derek, nosso antes e agora, a descoberta de sentimentos, como o envolvimento teve início. Falei abertamente sobre cada detalhe, sobre mim e sobre nós. Os sequestros foram assuntos delicados, os quais não aprofundei e achei melhor dar esse passo quando retornasse. Ela me explicou coisas que não enxergava ou entendia. Assustei-me com algumas, me senti aliviada ao ouvir outras. Eu não era um monstro, ela disse veemente, e não falei nada, mas uma fração me alívio me banhou.
Senti que o tempo foi estendido, que foi além dos minutos geralmente usados em uma consulta. Talvez ela tivesse receio de que eu não voltasse, ou que da próxima vez não colaborasse tanto. Talvez estivesse me estendendo uma mão. Eu realmente não sabia.
Quando saí do seu consultório, me pediu para que me cuidasse e que repetisse a consulta tão logo possível.
Estava disposta a fazer isso.
Na sala de espera, Derek estava sobre o sofá, olhando para um ponto fixo antes de se voltar para mim e se erguer, cumprimentando a psicóloga com um aceno contido costumeiro dele. Não voltei meus olhos para a senhora Lopez, mas supus que ela ligou os pontos quando ele se aproximou de forma íntima e marchamos em saída.
Logo após nossa conversa de ontem, de descobrir tudo aquilo — todo o seu passado de quedas —, disse-lhe que aceitaria seu pedido, fiz uma promessa, mas que antes precisava buscar uma liberdade que apenas eu poderia me dar. Ele não me questionou quando pedi ajuda médica, apenas ficou do meu lado quando estendeu o celular para que eu mesma buscasse algum nome na internet, que trilhasse esse novo caminho — sabia que eu mesma precisava fazer isso. No fim da noite, entretanto, confidenciei para ele que não tinha medo dos seus demônios, que não abominava seu passado e suas cicatrizes. Chorei até dormir, abraçando-o, e pensando em como queria ter feito aquilo com ele quando ninguém mais fez. Ambos sabíamos que nada justificava o presente, mas também que o passado nunca ficaria para trás e era dolorido. O meu, o dele... Pisávamos em cacos de vidro, talvez para sempre.
— Tudo ocorreu bem? — indagou enquanto estava ao volante, e logo após acrescentou calmamente: — Não precisa falar sobre se não quiser. — Ele viu minha expressão de choro.
Meus olhos estava na escolta à nossa frente quando respondi, ainda imersa em pensamentos. E em uma saudade que já começava.
— Era algo o qual eu precisava. Me fez bem.
Senti um toque em minha mão, um aperto que teve tanto efeito como palavras seriam possíveis. E assim fomos para sua casa. Ainda era minha gaiola dourada?
— O que acha sobre uma ilha deserta? — disse sobre o silêncio de seu quarto.
— Soa como... um vazio — murmurei, ouvindo os batimentos do seu peito. — Soa agradável.
Ele ficou calado, à princípio. Tentei imaginar o que estava pensando, mas parecia impossível.
— O que acha de nós dois em uma ilha por uma semana? — foi direto.
Surpreendi-me. Isso me fez voltar meu rosto para ele, encontrando seus orbes já sobre mim.
— O que você quer dizer com isso?
— Exatamente o que disse. — Rolei os olhos.
— Você está propondo uma temporada em uma ilha? Só nós dois e...
— Apenas nós, Magan. Apenas eu e você. Apenas isso — tentou se referir ao momento em que estávamos agora.
Uma última vez. Viver um nós. Os dias estão contados, afinal. Um bolo se formou em minha garganta.
— Só se você me fizer um jantar à luz de velas. — Tentei usar uma expressão séria ao encará-lo, mas foi muito difícil. Derek franziu o cenho quando me ouviu, não percebendo que era uma tentativa de brincadeira.
— Está feito, então. — Arregalei os olhos. O quê?
— O quê? — minha voz estava desacreditada. Tanto pelo fato dele ter levado uma provocação a sério, quanto por imaginá-lo em um jantar romântico.
— Não é o que você quer? — Agora ele quem parecia confuso, não entendendo meu rompante. Quase ri daquela cena improvável.
— Eu aceito a viagem. — Voltei a depositar meu rosto em seu peito. — Mas nada de jantar romântico, milorde.
Sua risada grossa preencheu meus ouvidos.
— Você tão próxima de velas enquanto está comigo realmente não é uma boa ideia.
Adormeci rindo. E, pela primeira vez em meses, não senti tanto peso em meu peito.
— Você vai entrar? — perguntou ele, inclinando-se à sala de porta moderna. Estávamos em sua empresa, ele alegou que antes de viajar precisava resolver uma pendência na cede de seus negócios. Eu ainda estava deslumbrada com toda aquela exuberância do prédio, e o luxo em seu interior.
Fiquei tentada em relação à sua proposta para acompanha-lo à sala, confesso. Como seria sua mesa de trabalho?
— Não, aguardarei aqui. — Assegurei-me de guardar o riso malicioso que queria brotar com o pensamento passado. E também não era como se ele fosse tocar em mim, ainda estava tendo que lidar com ele me tratando como um cristal que quebraria ao mínimo toque.
Semicerrando os olhos, Derek acenou e deixou-me ali, naquela recepção impessoal e fria.
— Aceita alguma coisa, senhora Mitchell? — a secretária indagou. — Água, café...
— Não, obrigada. Estou bem. — Então lhe ofereci um sorriso. — Apenas Magan, Marylin, por favor. — E, ainda que existisse um ar de relutância, recebi um aceno. Eu realmente gostava dela.
Passos leves, embora firmes, prenderam minha atenção após as portas do elevador se abriram.
— Dante — saudei o homem de terno negro e alinhado que se pôs ao meu lado.
O moreno me fitou inexpressivo, como de praxe, mas havia algo ameno em seus olhos que tanto me lembravam o inverno — pinho e gelo.
— Magan. — Acenei em resposta.
— Creio que não tive a oportunidade de lhe agradecer pelo o que fez. Derek me contou tudo. — Dante também fez muito para que eu ainda estivesse respirando, e não morta como Asher planejou.
— Não há o que se agradecer, você era minha missão, isso não foi sobre salvar o dia. — Impressionante. Esse homem era impressionante. Não me surpreendia que fosse amigo do Derek.
Ri devagar, antes de me aproximar, sem hesitar, e lhe dar um abraço. Ele com certeza não esperava isso e, sendo sincera, nem eu. Seu corpo firme e quente estava inerte com nenhum movimento, ação, mas não me afastei de imediato. Com o rosto encostado ao seu peito que batia constantemente — como uma pessoa normal que era —, disse-lhe baixo:
— Você não é uma máquina, Muller. A pulsação que sinto aqui em seu peito prova isso. — Senti que ficou mais tenso. — Não me importo com o que pensa sobre aquele dia, o que me importa é que estou viva aqui e você tem parcela nisso. Apenas aceite o agradecimento, nem que precise fingir o fazer.
— Se assim você quer — falou de cima, e, separando-me de seu corpo enorme, vislumbrei sua fala. — É bom que esteja bem hoje. — Ele sabia fingir bem, isso era certo. Seu olhar... era um enigma que muitos decidiriam não desvendar ao primeiro contato. Algo obscuro, segredos, verdades e, claro, dureza.
— Ainda não estou. Talvez um dia. — Cruzei meus braços sobre meu busto, adotando uma postura diferente para o tópico o qual iria. — E, Dante, eu percebi o jeito que você olha para a Anne. — Nada. Exatamente nada mudou em seu rosto. E, percebendo que não receberia uma resposta ainda, completei: — Ela é importante para mim, não tem nada a ver com esse mundo. É uma garota inocente. Seja cauteloso. — Cuidado, ele leu em meu olhar.
Eu não era cega, e não iria arriscar o bem de minha amiga — faria o que pudesse para evitar. Inclusive confrontá-lo ali.
— Isso é uma ameaça, Thompson? — com os olhos cravados aos meus, ele perguntou, no exato momento que Derek abriu a porta. Que timing. Era dispensável olhar para Derek para saber que ele havia escutado, o toque sutil em minha cintura afirmou por si só.
Não passou despercebida a forma que me chamou. E ouvir meu nome foi algo nostálgico, que me remetia a um tempo que parecia tão distante agora, apesar de não passar de meses.
— O que está acontecendo? — a voz do meu ainda companheiro era baixa, carregada de curiosidade, assim como de aviso.
Toquei seu braço como resposta.
— Não ameaço homens como você, não sou idiota para entrar em uma guerra sem armas. — Ele, no entanto, olhou para Mitchell, como se provasse que minhas palavras não eram totalmente verídicas. — Com exceção dos que me sequestram e ameaçam quem amo. Mas, como ia dizendo, não é uma ameaça hostil. Estou recorrendo à sua honra. Creio que faz uso disso, estou certa? — Nenhuma resposta. — Apenas faça o certo, Muller. Você sabe o que é o certo.
Seu tamanho somado ao semblante indecifrável que recebi deveria me deixar intimidada, mas um homem precisaria de muito mais que uma cara feia para me colocar medo.
— Tenha uma boa viajem, senhora Mitchell. — Obtuso. Em todos os malditos sentidos.
Apenas assisti ele sair, seguido para uma porta no corredor ao passar por nós dois.
— Isso foi o quê exatamente? — A fala de Derek me fez fitá-lo, saindo da linha de pensamento.
— Preocupação com meus amigos, nada mais — esclareci.
— Dante não vai cruzar nenhuma linha, Magan, não se preocupe. E também não é como se conseguisse. — Não entendi a última parte. O que poderia impedir Dante se ele quisesse? Derek se aproximou mais. — Você assim é quente como o inferno — foi apenas um sussurro rouco.
Toquei seu rosto com um carinho sucinto depois de um breve beijo que recebi dele.
— Você viu que às vezes posso ser um inferno.
Ele colou as mãos em minhas costas, encostou seu nariz ao meu, os rostos próximos, e alimentou o fogo que crescia em minhas veias.
— O mais doce e tentador que existe, Magan.
Entre mil pensamentos, nunca teria adivinhado como seria aquele lugar.
Do alto, vi que a ilha só tinha uma propriedade — enorme —, e possuía um deserto em mar ao seu redor. Um paraíso, definitivamente. Tirou meu fôlego.
Desci do helicóptero, com auxílio de Derek, e me voltei para a praia mais próxima, mal percebendo que meus pés se moviam em sua direção. Tirei meus sapatos, sentindo a sensação da areia em meus pés no fim da tarde, a brisa tinha um gosto e toque diferente, fresco, relaxante. Livre. Mal percebi que já estava distante — a poucos passos o mar — e, ignorando o aviso de Derek, comecei a correr.
Livre.
Só corri e corri, apreciando aquela sensação, não pensando em nada além do momento, de se entregar ao agora e absorver as mais doces emoções.
— Magan! Não faça isso! — Mas ignorei a advertência.
Eu precisava.
O primeiro contato com a água foi um choque. Era fria, e era perfeita.
E nadei. Nadei até o quanto suportei. Minha alma clamava por aquilo. Tinha o gosto de ir à linha de chegada, do fim do inverno, a interrupção da chuva, o nascer do sol... Fechei meus olhos, flutuando sobre a água cristalina ao cessar.
Sabia que Derek estava atrás de mim, talvez até preocupado, e ele chegou até onde eu estava no segundo seguinte. Meus olhos não se abriram quando ele me tocou, quando chamou meu nome com urgência, tampouco quando me puxou para si.
Por que aquilo parecia uma utopia? Ele, eu, nada além.
— Derek — pedi, meu rosto molhado próximo ao seu, nossos corpos colados ao mar.
— O que estava pensando ao fazer isso? Eu pensei que você ia... Porra. — O tom era duro, mas ele não conseguia disfarçar a preocupação. — Enfrento deixar você ir Magan, mas não perder você assim.
— Shhh... — Colei meu dedo sobre seus lábios, calando-o. Claramente, pensou que eu tentaria tirar minha vida novamente, mas havia se enganado. — Não vou a lugar nenhum agora. — Abri meus olhos, encontrando-o totalmente enxarcado, ainda com as suas roupas, o cabelo molhado caindo na testa... e seu rosto não possuía mais barreiras. Meu peito palpitou. — Apenas quis me aprofundar nesse momento, só sentir. E eu quero estar com você, Derek, aqui, agora. Como se não existisse nada além de nós novamente. — Dê-me esse momento com o homem a quem amo.
Tocou meu cabelo que dançava por meus ombros, em seguida meu rosto. Cedi em direção ao toque, aos sentimentos que nos rondavam.
— Nada além de nós, Magan — garantiu, como se sua vida dependesse disso, e como se doesse.
Também doía em mim, e ambos sabíamos o porquê.
antes de tudo... feliz ano novo e afins, amores <3
reta final, oficialmente. estão prontos? serase surpreendo vocês ainda? tô muito ansiosa nessa fase do livro, e feliz AAAAAAAAAAA
já que não consigo pagar terapia pra vocês e nem pra mim, ao menos os personagens ganharam uma. o que acharam desse passo da mag? eu chorei, dnv, só dor.
e agradeço à fernanda, gi, fran e jão que me foram sinceros com suas opiniões sobre o capítulo. vocês nem imaginam o tanto que me ajudaram quando estava perdida e insegura nesse cap <3
aos demais que agora leram, também deixo meu obrigada!
de sua autora,
K. L. Lawrence
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